Análise da semifinal pernambucana de 2017 – Sport enfim com força máxima

Pernambucano 2017, 1ª rodada: Sport 3 x 0 Central. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Em dez jogos disputados no hexagonal, o Sport usou formações alternativas em seis. Em um desses, no empate com o Salgueiro na Ilha, utilizou apenas juniores. Por isso, o rendimento do Sport no Estadual pode ser bem enganoso. Tecnicamente, o time está à frente dos adversários – o que nos últimos anos não resultou em taças, diga-se. Somente no setor ofensivo, o investimento é de quase R$ 15 milhões. E chega à semifinal em seu melhor momento na temporada, após boas vitórias sobre Campinense e Danubio, em mata-matas, num grau de pressão diferenciado. Ou seja, as apresentações em outros torneios fomentam a análise sobre o leão, agora treinado por Ney Franco.

Curiosamente, a saída de Daniel Paulista aconteceu no próprio Campeonato Pernambucano, após o empate com os reservas do Santa, em casa. Até ali, por mais que o time alcançasse as metas no ano, o futebol não vinha evoluindo. Portanto, aliar qualidade técnica à competitividade é a principal tarefa do novo comandante, até por encarar um clássico já na semifinal – em quatro jogos deste porte disputados até aqui, nenhuma vitória. Com apenas um título pernambucano nesta década, em 2014, o Sport passa a “priorizar” a competição a partir de sua fase decisiva. A falta de foco não será desculpa.

Desempenho na semifinal (2010/2016): 7 participações e 6 classificações
Vs Náutico na semifinal: 2 confrontos (2011 e 2012) e 2 classificações

O esquema tático leonino sofreu ajustes com a chegada de Ney Franco. A maior foi no meio, com a entrada de Fabrício e o recuo de Everton Felipe

Formação básica do time titular do Sport no Estadual de 2017. Crédito: this11.com com arte de Cassio Zirpo/DP

Destaque
Diego Souza. Embora tenha jogado poucas vezes no Estadual, devido ao planejamento do time, o meia se destacou nas outras frentes, Nordestão e Copa do Brasil. Tanto na criação quanto na conclusão, é a maior arma.

Aposta
André. Foi o maior investimento leonino no ano, R$ 5,2 milhões, mas ainda não deslanchou. Por outro lado, o atacante começou a ser mais utilizado sob o comando de Ney Franco. A evolução da equipe pode refletir no centroavante.

Ponto fraco
Marcação. Com seguidos testes nas laterais e na composição dos volantes, o Sport ainda não passa segurança no setor, hoje ocupado por uma revelação de 18 anos – justamente porque o contratado, Rodrigo, ainda não rendeu.

Campanha no hexagonal (10 jogos)
17 pontos (3º lugar)
4 vitórias (3º que mais venceu)
5 empates (1º que mais empatou)
1 derrota (quem menos perdeu)
14 gols marcados (4º melhor ataque)
8 gols sofridos (2ª melhor defesa)

Melhor apresentação: Sport 3 x 0 Central, em 28 de janeiro, na Ilha do Retiro.

3 Replies to “Análise da semifinal pernambucana de 2017 – Sport enfim com força máxima”

  1. Rodrigo, sim, agora é valendo… e toda vez que é valendo mesmo, vc já sabe o final, né?? rsrs…

  2. agora é valendo! nos outros anos o Sport jogou menosprezando o pernambuquinho – com razão, diga-se! mas agora parece querer o título, nem que seja para impedir que os outros clubes fiquem arrotando – mesmo iludidos – que mandam no futebol de PE!

  3. Se a “força máxima” não consegue nem vencer o time B do Glorioso, eu me pergunto como vai ser essa final… Passeio tricolor?

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