Montevidéu – Um pequeno “causo” em solo uruguaio.
Durante a visita ao Museo del Fútbol, embaixo da arquibancada Tribuna Olimpica, a maior do estádio Centenário, fui surpreendido pelo conhecimendo do porteiro do local.
Geraldo Cal, 53 anos.
O uruguaio trabalha há dois anos no museu. O passeio ao museu inclui a visita ao estádio e um minicinema com o gol de Loco Abreu nas quartas de final no Mundial de 2010. Nessa passagem, pedi para que Cal tirasse uma foto minha. Ele me reconheceu como brasileño, e seguiu o diálogo em portunhol abaixo.
“San Pablo o Río?”
“Recife…”
(aí, ciente da capital pernambucana, ele fez algumas perguntas e as respondeu)
“Recife. Sport? Segunda división. Náutico? También en la segunda. Batalha dos Aflitos!”
(nota: ele não citou o Santa Cruz)
“Batalha dos Aflitos…?”
“Si. Con siete jugadores, el Grêmio ganó el partido.”
Neste momento, eu já estava impressionado. Ele também lembrou que o Sport jogou a Libertadores de 2009 como campeão nacional.
Foi quando se aproximou o único brasileiro que encontrei durante a visita ao Centenário. Torcedor do Atlético-PR.
“Com licença, mas que Batalha dos Aflitos é essa que esse senhor estava falando?”
“Cara, você está falando sério…?”
O paranaense disse que estava sim. Mas fiquei na dúvida se ele era mesmo brasileiro, assim como se Cal era realmente uruguaio.
Geraldo Cal sabe até as cores do Criciúma, as mesmas do Peñarol. E é vascaíno.
Esse é o Grêmio, por vezes odiado por muitos admirado e sempre lembrado!
Cássio, na verdade, acho que esse senhor tem esse repertório gravado para turistas pernambucanos. Ele falou e-x-a-t-a-m-e-n-t-e a mesma coisa quando estive no museu. Também fiquei impressionada na hora, mas to começando a achar esse cara meio duvidoso…
Não é a toa que o cara trabalha em um museu de futebol, rsrsrsrs…
Não saber sobre a Batalha dos Aflitos só confirma que a maioria dos Capenses são torcedores modinha, que nada sabem de futebol, que só usam uma camisa do time quando ele está “por cima da carne seca”.
Uruguaio 10 x 0 “Capense”