Santa Fé – Uma cidade de cabeça para baixo e revirada.
O clássio do Rio da Prata incendiou a pacata Santa Fé, na Argentina.
Em um dos primeiros posts deste sábado eu comentei que as ruas ainda estavam desertas. Estavam. Os carros apareceram, as bandeiras, então, tomaram conta.
A cada esquina, o velho grito dos hermanos.
“Vamos, vamos… Argentina. Vamos, vamos… a ganar. Que esta barra, quilombera… no te deja, no te deja de alentar”
Mas para saber disso, só circulando na cidade, né? Pois é. Na Copa América o cronograma é rigoroso. Poucas horas antes dos jogos vários ônibus levam os jornalistas dos centros de imprensa aos estádios, sempre.
E assim seria o meu caso, novamente. Eu era o único brasileiro às 10h. Uruguaios, argentinos, venezuelanos e bolivianos completavam a lista. Eis que surgiu um ônibus aberto, customizado para desfiles nas ruas…
Com um carro de som pra lá de potente atrás, subindo o ritmo, começou uma carreata. Papel picado e aquela festa de sempre, apesar do momento surreal. E a dúvida.
“Eu entrei no ônibus certo?. Rapá… Vou ficar é calado aqui.”
Foi um verdadeiro city tour, ainda que sem qualquer aviso.
Tudo seguia com entusiasmo dos argentinos até que o motorista “inventou” de passar próximo ao hotel onde está hospedada a delegação do Uruguai, no centro de Santa Fé.
E lá estavam os hinchas uruguaios… Pronto, provocação em espanhol pra todo lado e a polícia chegou. Seguiu o cortejo até o estádio.
Chegando na cancha do Colón, a 4 horas do jogo, o clima já era de clássico…