Cubo D’Água e Ninho de Pássaro dominados

Antes dos Jogos, os chineses fizeram questão de falar sobre o avanço tecnológico da piscina do Cubo D’Água e da arena do atletimo no Ninho de Pássaro. Alguns centésimos a menos na água e 1% de melhora no desempenho nas pistas. Isso tudo deve ser verdade mesmo, porque as Olimpíadas de 2008 ficarão marcadas para o Brasil com duas das medalhas douradas mais importantes que o país já conquistou. Ambas nos dois maiores palcos dos Jogos.

A primeira medalha veio com César Cielo, nos 50 metros nado livres. Vitória triunfal na prova mais rápida da natação, com direito a recorde olímpico (21s30). Foi simplesmente a 1ª medalha verde e amarela em toda história olímpica nas piscinas. E na manhã desta sexta-feira, outro ouro inesquecível, histórico. O primeiro em 24 anos no atletismo. O primeiro pódio feminino em provas individuais (que demorou 76 anos, desde a nadadora Maria Lenk, em Los Angeles, em 1932). Um ouro que encerra um drama iniciado em 2003, quando a saltadora Maurren Higa Maggi foi flagrada no exame antidoping.

Mas a paulista de São Carlos não desistiu e retornou em 2006, em grande forma. Ela foi ouro no salto em distância no Pan do Rio no ano seguinte e agora escreve de vez o seu nome no esporte nacional, por causa do salto de 7m04, que rendeu a única medalha brasileira no atletismo até agora. O nome de Maurren – campeã olímpica aos 32 anos – agora entrará no mesmo capítulo do triplista Adhemar Ferreira e do corredor Joaquim Cruz. O capítulo que mostra que o importante até pode ser competir, mas que também é sim possível vencer.

Ouros brasileiros no Atletismo

1952 – Adhemar Ferreira (salto triplo)
1956 – Adhemar Ferreira (salto triplo)
1984 – Joaquim Cruz (800 metros rasos)
2008 – Maurren Maggi (salto em distância)

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