Por mais que a lembrança das raquetadas no saibro sigam recentes, o ano era 1997…
O Brasil já não acordava com a mesma empolgação esportiva na manhã de domingo.
A Fórmula 1 sem um ídolo não era a mesma coisa. Não é até hoje, diga-se.
Foi quando surgiu um catarinense de 21 anos, com uma camisa berrante nas cores azul e amarelo, bem diferente do tom sóbrio que marcava o circuito de tênis.
Como um cometa no esporte, Guga foi derrubando todos os adversários na mais improvável das caminhadas em Paris.
Estreia contra Slava Dosedel (3 a 0). Na sequência, só feras. Jonas Bjokman (3 a 1), Thomas Muster (3 a 2), Andrei Medvedev (3 a 2), Yevgeny Kafelnikov (3 a 2) e Filip Dewulf (3 a 1), na semifinal.
Durante duas semanas, Roland Garros se curvou àquele talento. Ainda mais pela origem, pois não havia brasileiro algum com um desempenho tão espetacular.
Na final, o embate contra o espanhol Sergi Burguera, bicampeão do Aberto da França em 1993 e 1994. Experiente e vencedor. A última barreira para a história.
Ali, o sonho de Guga já parecia realizado. Mas era apenas o primeiro de muitos.
O seu destino reservava inúmeras glórias a partir dali.
Em 8 de junho 1997, há exatamente 15 anos, Kuerten tornava-se campeão de Roland Garros pela primeira vez ao cravar 3 sets a 0 (6/4, 6/3, 6/2).
Naquela quadra central, de terra batida, ele seria rei, com o tricampeonato. Também com o status de número 1 do mundo, que chegaria em 3 de dezembro de 2000.
Abaixo, o registro histórico do dia em que o torcedor brasileiro voltou acordar feliz numa manhã de domingo…