Não se sustentou por um dia o esquema montado pelo governo do estado para a mobilidade rumo à Arena Pernambuco, em sua inauguração.
Na quinta-feira, o anúncio do projeto, com o objetivo de encaminhar os trinta mil torcedores esperados na abertura do estádio até as estações de metrô mais próximas. A nova estação Cosme e Damião, a dois quilômetros da arena, será a 29ª da rede metroviária. Receberá todo o público pelos trilhos, num novo hábito.
A sensação de sobrecarga foi imediata. A possibilidade de uma falha no sistema travar todo o planejamento parecia um tanto óbvia. Sem direito a plano B.
Eis que no dia seguinte a região metropoliana amanheceu debaixo d’água. Vivemos em uma época na qual o controle da informação pertence ao público, na produção e compartilhamento de conteúdo através das redes sociais, com alcance cada vez maior, entre conhecidos e desconhecidos.
Considerando que controlar o tempo é ainda mais difícil, imagens impactantes surgiram de todos os lados. A sua rua alagada logo foi vista por centenas de pessoas no twitter, milhares no facebook, instagram, orkut etc.
Com esse contexto, o discurso padrão das autoridades torna-se cada vez mais difícil de ser digerido. De norte a sul, as inúmeras chamadas de emergência denunciavam ruas e avenidas alagadas, árvores tombadas, engarrafamentos gigantescos, falta de orientação, arrastões, jacaré e.. o metrô inundado.
O Metrorec logo se posicionou adiantando que caso o transtorno ocorra na partida entre Náutico e Sporting, ou em outros jogos em São Lourenço da Mata, os torcedores serão encaminhados a outras estações. Mas como?
O metrô, para a surpresa de ninguém, está atrelado ao restante da apertada infraestrutura viária da cidade. Despachar torcedores para outras estações numa situação de caos semelhante a desta sexta não parece tão simples. Se fosse a solução já poderia ter sido implantada no dia a dia da cidade, não só no metrô. Enquanto isso, vejam só, a Secretaria de Defesa Civil orientou a população recifense a ficar em casa. Mais contraditório, impossível.
O texto não visa apontar o “tom pessimista” sobre a Copa, mas a realidade em que vivemos, pois os períodos das Copas das Confederações e do Mundo coincidem com o período chuvoso no Nordeste e o frio intenso no Sul/Sudeste. No últimos 36 anos, apenas dois Mundiais não aconteceram no verão…
Não é de hoje a suspeita sobre a capacidade da cidade no inverno. E olhe que o legado da Copa do Mundo corre para chegar a tempo da própria Copa. Ou seja, sem meias palavras, estamos numa roleta russa dos céus…
alex:não nos mate de vergonha.o q aconteceu aqui em Recife,é o espelho de uma sociedade q engoliu corda da imprensa e do governador q indicou o”homem q fez tudo”e q até agora não fez nada.malhavam o pau no joão da costa.mas esse atual prefeito,ninguem fala! muito me comove ver a imprensa recifense fazendo das tripas coração para não culpar esse atual prefeito.e mais ainda é ver nossa sociedade assinando embaixo o q um páes mendonça acha q somos.um bando de idiotas!
É lindo, né?
Eduardo pra presidente…
E viva o Brasil, país do futuro que nunca chega… :/
Nós precisamos aprender a conviver e a trabalhar com a realidade.
NÃO SOU PESSIMISTA EM RELAÇÃO A COPA, MAIS SE TIVER ESSE MESMO TEMPO QUE ESTÁ HOJE NO RECIFE VAI SER COMPLICADO, E VAI SER UMA VERGONHA, MAIS O GRANDE TESTE VEM AI A COPA DAS CONFEDERAÇÕES, AI SIM VAMOS VER.
quem manda o povo engolir corda de Geraldo Julio,Dudu Campos e da”grande imprensa”?
Perfeito o texto Zirpoli.e concordo mais ainda com o Alexandre(18:40)!muito me espanta o povo de Recife tão”combativo e Rebelde”,ser tão idiotizado por uma grande imprensa q nos detesta e q está alinhadíssima com o governador.são crianças em forma de adulto!
Permita-me mais uma vez, breve comentário:
Primeiramente, vejo que o jovem jornalista escreveu um excelente texto, a interpretação do mesmo, nos leva a várias reflexões.
Por último, eu gostaria de pedir para que alguém da imprensa, em especial a você que, convide aqueles que elaboraram esse plano de mobilidade a também irem de Metrô, afinal, esse plano de mobilidade, foi para fazer a classe média utilizar o transporte público.
Tenho uma relação de nomes, mas não cabe divulgar, como o jovem jornalista é inteligente, saberá a quem convidar. Mas não se surpreenda com as respostas dos mesmos!
OBS: Engraçado que em Londres, quando alguns deles, lá estavam, com tudo pago, através dos nossos impostos e outros por grupos privados, utilizaram o sistema da cidade para um certo jogo no Emirates Stadium, para conhecer a mobilidade. Usem o sistema aqui também, Sir Burocráticos!
Eu já vinha “cantando esta bola”. O Recife não têm infrastrutura para suportar um fenômeno natural totalmente previsivel. Ruas feias, estradas sem acostamento, sem iluminação. Avenidas entupidas de carro, a cidade superou os próprios limites. Agora é apelar para a sorte. Esta Arena só será boa para o pequeno público, jornalistas e a odebrecht. o resto é arrocho na população para pagar o aluguel da casa durante 30 anos… Como diz na minha terra, que negócio fuleiro!!!
Se em um lindo dia de sol faz vergonha passar na Abdias de Carvalho e ver aquele atoado de carros ferro-velhos invadindo as pistas e as empresas de fachada e revenda de peças roubadas. Imagina este desastre…
Para que não sabe, ou não liga, todo inverno ocorre este fenômeno chamado “chuva” e frequentemente ocorre as “ondas de leste” que gera esta bizarrice na cidade.
Se preocupem não que o time donatário do estádio se chama “Naútico”. É só por os atletas a irem no remo ao estádio…
E tá explicado…
Caramba todas as nuvens do céu desabaram sobre Recife?
Isso é um grande problema. Se a proposta de acesso ao estádio é o metrô e o metrô inunda, a coisa toda desanda.
Essa estação aí da foto é a Cosme e Damião?
Cássio,
Belo texto, as vezes, você surpreende 🙂
Aos que já estão desistindo de ir, inclusive, cancelando e revendendo seus ingressos, já chegam a ser significativos!
Nós devemos ir sim, e depois cobrar, cobrar de verdade, como nunca cobramos a esse Governo absolutamente nada!