Apatia, reação, falta de atenção e nenhum ponto leonino em Floripa

Série B 2013, 3ª rodada: Figueirense 3x2 Sport. Foto:  Luiz Henrique/Figueirense

No Santa Cruz, o técnico Marcelo Martelotte encontrou a formação ideal no Estadual apenas quando disputou os clássicos, num 4-5-1. Com três meias de ligação e um atacante mais à frente, o time deslanchou. Em sua segunda apresentação na Série B, agora pelo Sport, ele arriscou o mesmo sistema.

Porém, em vez de Dênis Marques havia Nunes isolado no ataque. E a diferença foi cruel, com o centroavante tendo mais uma atuação nula. Nas redes sociais a revolta da torcida era imensa com o rendimento do jogador…

A apatia era geral e o time foi punido com dois gols do Figueirense. Poderia ter ter ido para o intervalo com uma goleada no estádio Orlando Scarpelli. O Leão voltou remontado num 4-4-2, com o meia Camilo no lugar de Nunes e Felipe Azevedo e Marcos Aurélio adiantados. Coincidência ou não, o Rubro-negro buscou o empate em cinco minutos, em cabeçadas de Gabriel e Rithely.

Criou outras chances e esteve perto de virar. No fim, Martelotte optou por preservar o resultado, substituindo Marcos Aurélio pelo volante Fábio Bahia, que teve nem tempo de se posicionar. O Figueira decretou a vitória por 3 x 2.

Na noite desta sexta, o Sport desperdiçou uma ótima chance de pontuar fora de casa, ainda mais diante de um possível adversário direto na briga pelo G4. Perdeu pela segunda vez em três jogos, com Martelotte testando três formações táticas. O rendimento foi claríssimo em uma delas. Fica a lição.

Série B 2013, 3ª rodada: Figueirense 3x2 Sport. Foto:  Luiz Henrique/Figueirense

Aquecimento para os 90 minutos de futebol

Os vestiários dos principais estádios de futebol do Recife contam com espaços exclusivos para o aquecimento dos atletas, em gramados artificiais. A Arena Pernambuco inaugurou um local amplo, no padrão da Copa do Mundo, obviamente. Confira o espaço do time mandante no novo estádio e também nos palcos mais tradicionais da cidade, Aflitos, Arruda e Ilha do Retiro. Vale ressaltar que o único vestiário com a mesma infraestrutura para o visitante é o da arena.

Arena Pernambuco

Vestiário da Arena Pernambuco. Foto: Site Oficial do Náutico

Aflitos

Vestiário dos Aflitos. Foto: Site Oficial do Náutico

Arruda

Vestiário do Arruda. Foto: Jamil Gomes/Santa Cruz

Ilha do Retiro

Vestiário da Ilha do Retiro. Crédito: Sport/divulgação

Os genéricos dos grandes clubes do Recife

Clubes "genéricos": Santa Cruz/PB, Náutico/RR e Sport/AL

O futebol pernambucano tem mais de um século de história. Náutico e Sport disputam clássicos desde 1909. O Santa Cruz chegará ao seu centenário em 2014. Os três times contam com torcidas numerosas, não apenas no estado.

A paixão de pernambucanos se estendeu a outros estados. As cores foram mantidas ao longo dos anos. A tal ponto que surgiram genéricos profissionais.

Isso mesmo, homônimos, e com as mesmas cores e mascotes. Confira alguns dos principais exemplos de tricolores, alvirrubros e rubro-negros país afora.

As páginas no facebook dos times genéricos: Santa Cruz, Náutico e Sport.

Santa Cruz Recreativo Esporte Clube de Santa Rita, na Paraíba.

Fundado em 15 de abril de 1939. A Cobra Coral já conquistou o campeonato estadual em duas oportunidades, em 1995 e 1996 e também duas vezes a segunda divisão. Atua no estádio Virgínio Veloso Borges, com 5 mil lugares.

Santa Cruz de Santa Rita/PB em 2011. Foto: Aventuras do Futebol/Flickr

Náutico Futebol Clube de Caracaraí, em Roraima.

Fundado em 22 de dezembro de 1962. Inicialmente em Boa Vista, mudou de sede há dois anos. O Timbu do Norte deu sorte e conquistou seu primeiro título estadual, nesta temporada. Joga no estádio Vital Rodrigues, com 3 mil lugares.

Náutico de Roraima em 2013. Foto: Facebook/Náutico F.C.

Sport Club Santo Antônio de Atalaia, em Alagoas.

É o mais novo dos três, de 13 de junho de 2007. Foi promovido à elite alagoana em 2010, com o vice da segundona. O Leão da Mata disputou três edições e acabou rebaixado em 2013. Atua no Luiz de Albuquerque, com 4 mil lugares.

Sport Atalaia em 2009. Foto: http://blogtoquedeprimeira.wordpress.com

As versões mais modestas contam com a torcida dos clubes mais tradicionais?

Atlético, Newell´s, Santa Fé e Olimpia na reta final do sonho da Libertadores

Semifinal da Taça Libertadores da América 2013: Atlético-MG x Newell´s Old Boys e Independiente Santa Fé x Olimpia. Fotos: Conmebol/divulgação

Brasil x Argentina, na versão Atlético Mineiro x Newell´s Old Boys.

Colômbia x Paraguai, com Independiente Santa Fé versus Olimpia.

As semifinais da Taça Libertadores da América irão confrontar quatro países num misto de técnica, catimba, garra e desejo por glória.

A melhor campanha, o melhor jogador, um caldeirão implacável e uma equipe encaixada. Difícil não imaginar o Atlético Mineiro como o  favorito ao título, ainda mais com o status de único brasileiro – o país venceu as últimas três edições. Liderado por Ronaldinho, o alvinegro vem trucidando os times em BH. Passou apuros diante do Tijuana, mas avançou no estilo copeiro e já mira a taça conquistada pelo rival Cruzeiro. Caso avance à final terá que jogar no Mineirão. Precisará conter a ansiedade de títulos importantes, desde 1971..

Na Argentina, o Newell´s Old Boys visa reparar a lacuna deixada pelos traumáticos vice-campeonatos continentais em 1988 e 1992. Quer fortalecer a alcunha de maior clube do interior do país. É o que detém mais títulos nacionais, cinco, e pode ser tornar o primeiro a erguer uma Libertadores. O time dirigido por Gerardo Martino – vice-campeão pelo Newell´s como jogador – tem atletas experientes como Scocco, Heinze e Maxi Rodriguez.

Na outra chave, o “azarão”. A cada jogo em Bogotá a torcida do Santa Fé abre uma enorme bandeira que cobre quase toda a arquibancada. Ato de uma hinchada que suportou um hiato de 37 anos sem taças. O enorme jejum só acabou em 2012, com o 7º título colombiano e volta à Libertadores. Se na Colômbia o Santa Fé é um dos mais tradicionais, nunca rebaixado, no exterior passa à paisana. Igualar as Libertadores de Atlético Nacional (1989) e Once Caldas (2004) ainda é um sonho. Cada vez mais próximo.

Já o Olimpia só aumenta a sua mística no Paraguai. O alvinegro de Assunção é o mais popular do país vizinho e também o maior campeão nacional. Além disso, é o único com títulos da Libertadores. E nunca foi um surpresa, tanto que já é tricampeão. Por sinal, o Olimpia, atuando com uma boa dose de catimba no Defensores del Chaco, pode se tornar o primeiro clube da história a conquistar o torneio em quatro décadas diferentes. Venceu em 1979, 1990 e 2002.