No apronto para a final do Estadual, um apático revés leonino em Natal

Copa do Brasil 2013, 2ª fase: ABC x Sport. Foto: FRANKIE MARCONE/FUTURA PRESS

A delegação rubro-negra viajou para Natal, mas não tirou o Recife da cabeça. O foco era outro. O desinteresse em campo nesta noite, abrindo a série contra o ABC, deixou evidente. O técnico Sérgio Guedes escalou a base titular da equipe na Copa do Brasil, mas a atitude não mexeu com o grupo.

Apático, tendo como única oportunidade a bola na trave de Marcos Aurélio ainda no primeiro tempo, o Leão foi derrotado por 2 x 0 na noite desta quarta e e dificultou bastante a sua passagem à terceira fase do torneio nacional.

Os gols de Jean Carioca (11) e Rodrigo Silva (31) na etapa final saíram sem dificuldade, com a zaga batendo cabeça e sem a cobertura de Fábio Bahia. E olhe que a equipe pernambucana teve 59% de posse de bola. Sem objetividade.

Com o time principal em campo, o Sport deixou o estádio Frasqueirão com a confiança ainda mais abalada para a decisão do Campeonato Pernambucano. No domingo, na Ilha do Retiro, precisará vencer o Santa Cruz de qualquer maneira para manter viva a chance do 40º título estadual.

Jogo de volta contra o ABC? Em 22 de maio, no Recife. Porém, se no dia 19 não tiver uma terceira partida da final estadual, será bem difícil reagir…

Copa do Brasil 2013, 2ª fase: ABC x Sport. Foto: FRANKIE MARCONE/FUTURA PRESS

Nordestão novamente com os três grandes do Recife

Copa do Nordeste

A classificação alvirrubra à Copa do Nordeste de 2014 garante a força máxima do futebol do estado depois de doze anos. A última vez em que Náutico, Santa Cruz e Sport estiveram juntos no Nordestão foi em 2002, no auge do regional.

Das dez edições anteriores, Pernambuco teve três representantes em seis temporadas. O pior momento foi em 2003, quando os times locais declinaram ao campeonato, esvaziado devido à briga entre CBF e Liga Nordeste.

Em 2014, quando o torneio completará vinte anos com a denominação atual, o campeão ganhará uma vaga na Copa Sul-americana. Tal fato deve turbinar a média de público, que neste ano registrou o bom índice de 8.212 pessoas por jogo. Abaixo, todas as participações dos times do estado.

1994 – Sport (1º), Santa Cruz (7º) e Náutico (12º)
1997 – Sport (3º), Náutico (6º) e Santa Cruz (8º)
1998 – Santa Cruz (5º), Sport (9º) e Náutico (15º)
1999 – Sport (3º) e Porto (10º)
2000 – Sport (1º) e Santa Cruz (10º)
2001 – Sport (2º), Náutico (3º) e Santa Cruz (5º)
2002 – Santa Cruz (3º), Náutico (4º) e Sport (10º)
2003 – Nenhum
2010 – Santa Cruz (8º) e Náutico (10º)
2013 – Santa Cruz (6º), Sport (7º) e Salgueiro (13º)
2014 – Náutico, Santa Cruz e Sport

Encerrada a participação alvirrubra nos Aflitos com o mínimo de dignidade

Pernambucano 2013, disputa pelo 3º lugar: Náutico x Ypiranga. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Seguindo à risca o contrato assinado pelo clube com o consórcio da Arena Pernambuco, a partida desta noite nos Aflitos foi a última do Náutico em sua velha casa pelo campeonato estadual, onde atua desde 1918.

Em 2014, quando lutará para não completar uma década de jejum de taças, o Alvirrubro atuará apenas no novo estádio em São Lourenço da Mata. Na medida do possível, se é que era possível, a despedida foi digna.

Um jogo às moscas, desinteressante, válido pela disputa de terceiro lugar da competição – na qual o favoritismo era do Náutico. No entanto, era primordial para o time vermelho e branco superar o Ypiranga e conquistar a vaga na Copa do Nordeste do ano que vem, uma vez que nesta temporada ficou ausente.

Confirmada a meta, o Náutico não participará do tenebroso primeiro turno do próximo Campeonato Pernambucano. Em vez disso, um torneio mais rentável, com o regional e todas as suas partidas exibidas na televisão.

Nesta quarta, a goleada por 3 x 0 sobre a Máquina de Costura, garantida na Série D de 2013 e na Copa do Brasil de 2014, expôs o mínimo de gana do elenco atual, já observado por Silas com foco no Brasileirão, a caminho.

Na Série A, o Timbu terá a sua despedida oficial dos Aflitos. Que seja melhor…

Pernambucano 2013, disputa pelo 3º lugar: Náutico x Ypiranga. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Octogonal da Morte – Parte VI

Pernambucano 2013, octogonal do rebaixamento: Central 1x0 Chã Grande. Crédito: Rede Globo/reprodução

Faltando apenas uma rodada para o fim do octogonal do rebaixamento do Estadual, a única lacuna da disputa e a segunda vaga para a segunda divisão do ano que vem – Porto ou Petrolina. Na rodada deste meio de semana foi definido o primeiro rebaixado, o Belo Jardim. Tristeza no Agreste. Mas pertinho dali, em Caruaru, teve festa, com a classificação do Central à Série D. A última participação alvinegrano Brasileiro havia sido em 2010.

Porto 2 x 1 Pesqueira – Na terça, o Gavião ganhou de virada, com gols de Jefferson e Joelson. Ainda corre risco de queda, mas ajudou o rival alvinegro.

Central 1 x 0 Chã Grande – De pênalti, aos 29 minutos, Andrezinho marcou o gol que recolocou a Patativa no Campeonato Brasileiro. Meta cumprida.

Belo Jardim 0 x 1 Petrolina – No jogo, um dos dois seria rebaixado, ou até ambos. Mas a Fera surpreendeu, com Viola, aos 47 do 2º tempo. Sobrevida.

Serra Talhada 2 x 0 Salgueiro – Anderson e Tete marcaram os gols da terceira vitória do Cangaceiro. Sem risco de queda, mas sem vaga nacional.

Confira a tabela do octogonal clicando aqui.

Geral – O Estadual chegou a 132 partidas. Desde o 1º turno foram 359 gols, com média de 2,71. O alvirrubro Elton segue isolado na artilharia, com 17 gols.

Classificação do octogonal do rebaixamento do Pernambucano 2013 após 6 rodadas. Crédito: Superesportes

O Sport mais rico de todos os tempos

Balanço financeiro oficial do Sport em 2012

O balanço financeiro do Sport com os dados do biênio 2011 e 2012 foi divulgado pelo clube em 29 de março deste ano, no jornal Folha de Pernambuco. Impressiona a receita operacional do Leão no período, justo quando viu o Tricolor, com R$ 30 milhões nos dois anos, conquistar o bicampeonato estadual.

Se em 2011, disputando a segunda divisão nacional, o Leão já havia tido a maior receita do estado com o futebol profissional, com 40 milhões de reais, na temporada passada o time da Ilha do Retiro se superou.

A prestação de contas durante o ano na Série A, na qual acabou rebaixado, apresentou uma receita de R$ 73.098.500. Por mês, cerca de R$ 6 milhões em caixa. Uma verba bem acima da realidade do esporte na região.

Se no campo os resultados não surgiram, apesar da receita, na questão administrativa houve avanço. As dívidas do clube, ao contrário dos rivais, vêm caindo. Atualmente, a soma dos passivos circulante e não circulante é de R$ 27,3 milhões. A diminuição no último ano foi de 39,5%.

Outro número positivo foi o investimento de R$ 4,6 milhões na formação de atletas. O patrimônio do clube, segundo os bens e direitos em operação, com estádio, terrenos, sede social e ginásios, alcança R$ 170.296.298.

No fim de sua gestão, Gustavo Dubeux não titubeou. O Sport encerrou a última contabilidade com R$ 10 milhões em caixa. Surreal até bem pouco tempo…

Confira os documentos numa resolução maior aqui.

Balanço financeiro oficial do Sport em 2012