Um comecial com craques do futebol mundial, astro da NBA, ídolo do UFC e até super-herói dos quadrinhos…
Em uma verdadeira salada publicitária, misturando futebol de várzea, arenas e torcida ao redor do globo, a Nike lançou um de seus principais vídeos mirando a Copa do Mundo de 2014, com quatro minutos de duração.
Lista completa da boleirada, com 14 jogadores: Cristiano Ronaldo, Neymar, Rooney, Ibrahimovic, Piqué, Higuaín, Mario Götze, Hazard, Thiago Silva, Pirlo, David Luiz, Iniesta, Thibaut Courtois e Tim Howard.
O número de visualizações chegou a um milhão poucas horas após a publicação no youtube.
Os direitos econômicos de todos os jogadores dos quarenta clubes envolvidos nas Séries A e B desta temporada, incluindo Sport, Náutico e Santa Cruz, estão avaliados em R$ 2,616 bilhões.
Os elencos da segunda divisão correspondem a 33,74% dos grupos da elite nacional. Considerando somente o Brasileirão, o campeonato é o 10º mais valorizado entre todas as ligas nacionais do futebol.
Após o pico em 2012, o valor de mercado do nacional caiu pela segunda vez consecutiva, num quadro produzido desde 2008.
Somados, os três grandes clubes pernambucanos chegam a R$ 137,6 milhões. Considerando todas as equipes, confira as colocações dos times locais..
15º) Sport – R$ 63,6 milhões (+25%)
27º) Náutico – R$ 39,6 milhões (-19%)
31º) Santa Cruz – R$ 34,4 milhões (+1%)
O Leão teve a terceira maior valorização do ano na primeira divisão, atrás de Chapecoense e Bahia. Na segunda, o Timbu teve a terceira maior queda.
As projeções foram feitas pela Pluri Consultoria (veja aqui).
O Campeonato Pernambucano chegou a um século de história.
Hoje, trata-se de uma competição com investidores, transmissão na televisão, premiação e milhares de torcedores envolvidos. Em 1915, a disputa era puramente amadora, com curiosos próximos aos campos.
Como em todo o país, a profissionalização do futebol foi lenta. Antes, alguns jogadores até pagavam para jogar, como mensalidades de 10 mil réis.
Foi assim até 1937, quando a Federação Pernambucana de Desportos (FPD), atual FPF, registrou o primeiro contrato profissional de um atleta no estado. O clube pioneiro foi o Central de Caruaru, que firmou um acordo com o Atlético Mineiro para trazer o zagueiro central Zago, visando o Estadual.
Aquele ato marcou o nosso futebol, que já vivia um amadorismo camuflado, pois vários atletas atuavam em troca de empregos em empresas no Recife. Clubes como Sport, América e Tramways já haviam flertado com o profissionalismo.
Apenas como curiosidade, vamos à divisão de campeões nas duas vertentes, amadora e profissional. Entre parênteses, o último título.
Confira um gráfico com as diferenças nas duas eras, tanto no esporte quanto no próprio Recife, clicando aqui.
Campeonato Pernambucano, 1915/2014 (100 edições)
40 – Sport (2014)
27 – Santa Cruz (2013)
21 – Náutico (2004)
6 – América (1944)
3 – Torre (1930)
2 – Tramways (1937)
1 – Flamengo (1915)
Era Amadora, 1915/1936 (22 edições)
7 – Sport (1928)
5 – América (1927)
4 – Santa Cruz (1935)
3 – Torre (1930)
1 – Flamengo (1915), 1 – Náutico (1934), 1 – Tramways (1936)
Era Profissional, 1937/2014 (78 edições)
33 – Sport (2014)
23 – Santa Cruz (2013)
20 – Náutico (2004)
1 – Tramways (1937), 1 – América (1944)
O Náutico de Lisca lutou o quanto pôde, com suas limitações técnicas e falta de dinheiro. O vice-campeonato estadual foi a melhor campanha nos últimos quatro anos. Porém, o revés transformou o jejum atual no segundo maior do clube.
Campeão em 1989, o Timbu só voltaria a erguer a taça em 2001. Portanto, de 1990 a 2000 foram onze campanhas sem conquistas, no maior período de seca.
No maior hiato entre os grandes clubes do estado, o Sport ficou sem vencer o Pernambucano no período que marcou a maior série de triunfos do Náutico, o hexa, e do Santa Cruz, o penta. Contudo, no intervalo de troféus locais, o Leão ainda conquistou o Torneio Norte-Nordeste de 1968.
O levantamento do blog considera o intervalo entre títulos estaduais. A explicação é necessária pois o Tricolor disputou o Pernambucano de 1915 a 1930 sem ganhar uma edição, assim como o Alvirrubro entre 1916 a 1933.
Sport (1962/1975) – 12 anos
Sport ( 1928/1938) – 9 anos
Náutico (1989/2001) – 11 anos
Náutico (2004 / presente) – 10 anos
Náutico (1974/1984) – 9 anos
Santa Cruz (1947/1957) – 9 anos
Santa Cruz (1959/1969) – 9 anos
Santa Cruz (1995/2005) – 9 anos
Jejuns dos demais clubes campeões pernambucanos:
América (1944 / presente) – 70 anos
América (1927/1944) – 16 anos
Torre (3 títulos), Tramways (2) e Flamengo do Recife (1) estão extintos.
Levantar o troféu de campeão significa, também, o faturamento da cota máxima de premiação. A verba que acompanha uma conquista é um plus nas receitas do clube.
Transmissão na televisão, bilheteria, direitos econômicos de jogadores, patrocinadores e sócios são as tradicionais fontes de receita no futebol do país. Contudo, no alto do pódio o dinheiro vem através da meritocracia nos gramados, cabendo inclusive prêmios menores aos vice-campeões e demais participantes.
Confira os principais prêmios das competições oficiais em 2014, bancados por federações e patrocinadores, do Estadual à Libertadores. A cotação foi US$ 1 / R$ 2,21.
Apenas com premiações, o Sport já ganhou R$ 2,3 milhões no ano.
Taça Libertadores da América
Campeão: R$ 11.870.000 (US$ 5,35 milhões)
Vice: R$ 8.986.000 (US$ 4,05 milhões)
“Dever cumprido. Chegamos ao final de um campeonato num ano complicado de calendário. Graças a Deus, tudo bem, com a maior média de público do Brasil. Um sucesso.”
A declaração às rádios do presidente da FPF, Evandro Carvalho, foi dada durante a entrega do troféu e das medalhas de campeão do 100º Estadual, no gramado da arena.
Ali, o dirigente já sabia que a final havia registrado 30.061 torcedores, sendo a única partida com mais de trinta mil pessoas entre todos os 140 jogos realizados na emblemática competição local.
Apesar disso, aconteceu o esperado sobre os números nas arquibancadas.
Evandro promoveu o público fictício da competição, oficialmente o maior entre os estaduais de 2014, mesmo com o número local sendo o segundo mais baixo desde 2009. Vale destacar que, independentemente do público presente no campo, a FPF tem direito a 8% dos ingressos registrados no borderô.
Ao todo, o Campeonato Pernambucano gerou uma arrecadação de R$ 9.391.936. A federação embolsou R$ 751.354. Realmente, foi um sucesso.
Mudança de última hora na Fan Fest do Recife para a Copa do Mundo…
Como se sabe, a Prefeitura do Recife abriu mão da realização do evento oficial do Mundial de 2014, alegando o alto custo da estrutura. Após intensa negociação, caiu de R$ 20 milhões para R$ 6 milhões. Ainda assim, a fan fest só teria o aval da prefeitura se o investimento for plenamente privado.
O impasse segue (seguia?), mas nesta quinta-feira, a Fifa divulgou a localização das doze fan fests (veja aqui).
Em Pernambuco, uma surpresa.
A festa se mantém, segundo a entidade. Mas não no plano original.
A estrutura segue programada para o Recife Antigo, mas no Cais da Alfândega em vez do Marco Zero.
No carnaval, o Marco Zero costuma receber o palco principal, enquanto no Cais da Alfândega é montada a estrutura do festival Rec-Beat.
A capacidade de público é menor, o que deve explicar a diminuição das despesas, algo necessário para a realização do evento na capital pernambucana.
Ao que parece, a Fifa antecipou o acordo com a PCR. Oficialmente, no entanto, a gestão da cidade segue sem uma confirmação…
Nas imagens, os maiores públicos de cada grande clube um como mandante no campeonato estadual de 2014: Sport 1 x 0 Santa Cruz (26.173), Santa Cruz 0 x 0 Náutico (28.712) e Náutico 0 x 1 Sport (30.061).
Os dados são econômicos, caso comparados ao histórico recente. Apesar do dado mais baixo entre os três maiores públicos, o Sport venceu o “campeonato das multidões”, desbancando o Santa Cruz, após cinco anos seguidos com os corais à frente. Campeão no campo e nas catracas. O Rubro-negro manteve a regularidade, com quase 17 mil pessoas por jogo na Ilha.
Somente a finalíssima ultrapassou a marca de trinta mil torcedores. No geral, uma média de 6.318 torcedores em 140 jogos, somando uma infinidade de fantasmas nos jogos disputados no interior, com o uso questionável do TCN.
Curiosamente, o maior público absoluto da competição foi do Salgueiro, com 119 mil torcedores. Porém, foram necessárias 15 partidas no Cornélio de Barros para estabelecer a marca. O Sport levou 118 mil pessoas à Ilha em 7 jogos.
Abaixo, confira os dados finais da competição, separados pela fase principal e com o torneio completo.
1º) Sport (7 jogos como mandante)
Total: 118.823
Média: 16.974
Taxa de ocupação: 51,46%
Contra intermediários (3) – T: 36.030 / M: 12.010
2º) Santa Cruz (7 jogos como mandante)
Total: 109.983
Média: 15.711
Taxa de ocupação: 26,16%
Contra intermediários (4) – T: 39.416 / M: 9.854
3º) Náutico (7 jogos como mandante)
Total: 87.766
Média: 12.538
Taxa de ocupação: 27,13%
Contra intermediários (4) – T: 33.238 / M: 8.309
4º) Salgueiro (15 jogos como mandante)
Total: 119.607
Média: 7.973
Taxa de ocupação: 80,40%
5º) Central (13 jogos como mandante)
Total: 98.691
Média: 7.591
Taxa de ocupação: 38,97%
6º) Porto (13 jogos como mandante)
Total: 74.682
Média: 5.744
Taxa de ocupação: 29,49%
Capacidade oficial dos estádios: Arruda (60.044), Arena Pernambuco (46.214), Ilha do Retiro (32.983), Lacerdão (19.478) e Cornélio de Barros (9.916).
Geral – 140 jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência)
Público total: 884.611
Média: 6.318 pessoas
TCN: 685.555 (77,49% da torcida)
Média: 4.896 bilhetes
Arrecadação total: R$ 9.391.936
Média: R$ 67.085
Fase principal – 38 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 450.655
Média: 11.859 pessoas
TCN: 267.284 (59,31% da torcida)
Média: 7.033 bilhetes
Arrecadação total: R$ 6.796.030
Média: R$ 178.842