Universo esportivo, via Hubble

HubbleNeste sábado, o telescópio espacial Hubble completa 20 anos em órbita!

Numa altitude a 559 quilômetros da Terra, o Hubble deverá ficar em órbita por mais 3 anos, segundo a Nasa. Nessas das décadas, imagens espetaculares dos “limites” do unverso. Já foram mais de 100 mil observações das galáxias (veja AQUI).

No seu 15º aniversário foi lançado um documentário alemão com fotografias históricas do telescópio. Entre elas, imagens da seção “monstros no espaço”, como a imagem deste post, que lembra um atleta.

Entre nebulosas, colisões cósmicas e ilusões gravitacionais, o Hubble sempre trouxe imagens que de certa forma parecem ter sido tiradas de um campo de jogo. E talvez tenham sido mesmo… 😯

Abaixo, o trailer (legendado) de um outro documentário, o Hubble 3-D, que será lançado em maio nos cinemas do Brasil. O filme, narrado por Leonardo DiCaprio, conta a viagem da nave espacial Atlantis para fazer reparos no telescópio.

De fato, imagens que mostram que a Copa do Mundo não é tão “grande”assim…

Impacto profundo

Copa do Mundo de 2014

O Ministério do Esporte encomendou um detalhado estudo sobre o impacto econômico da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Antes, já existia a expectativa de que o país chegará até lá com a 5ª maior economia do planeta.

Abaixo, alguns dados do novo estudo, que aponta um crescimento relativo no país superior aos últimos quatro Mundiais: 1998 (França), 2002 (Coreia do Sul/Japão), 2006 (Alemanha) e 2010 (África do Sul).

R$ 183 bilhões. Esse deverá ser o valor total de recursos investidos e gerados no país (antes e durante a competição), de forma direta ou indireta. 😯

Para calcular esse montante, foi colocado tudo na mesa, da matéria-prima de todas as obras ao consumo da população, passando por novos empregos e tributos ao país.

R$ 33 bilhões, o investimento em infraestrutura (estradas, aeroportos etc). Deste total, 78% será bancado pelo setor público.

710 mil novos empregos, sendo 330 mil permanentes.

3,1 milhões de turistas nacionais.

600 mil turistas estrangeiros.

Os números são animadores. Mas está na hora de sair algo do papel.

Impacto profundo… Ainda que virtual.

A Copa do Mundo na sua estante

Bolas da Copa do Mundo entre 1970 e 2006

As bolas oficiais da Copa do Mundo sempre são cercadas de expectativa antes da competição. Historicamente, o novo modelo traz inovações que marcam o futebol nos anos seguintes. E são economicamente bem rentáveis.

Fornecedora oficial da bola da Copa do Mundo desde 1970, a empresa alemã Adidas já lançou a Jabulani para a edição de 2010 (veja AQUI).

Paralelamente a isso, a Adidas também voltou no tempo e lançou um kit com 10 minibolas (de 250 gramas cada) que são réplicas das redondas usadas em todos os Mundias desde 1970 (acima). Pra ficar na estante…

O formato clássico de 70, com 32 gomos, serviu para ajudar na transmissão das partidas pela TV, já que as maioria dos aparelhos geravam imagens em preto e branco.

Abaixo, os nomes das bolas dos Mundiais.

Copa do Mundo1970 – Telstar
1974 – Telstar
1978 – Tango River Plate
1982 – Tango
1986 – Tango España
1990 – Etrusco Unico
1994 – Questra
1998 – Tricolore
2002 – Fevernova
2006 – Teamgeist

Gostou da ideia? Já é possível encontrar o kit no Recife. É um presente e tanto para quem curte futebol. Porém, as minibolas não são vendidas separadamente… O preço do kit é um “pouco” salgado.

R$ 500. 😯

2014, no papel // 2022, construído

Jornal da Câmara dos DeputadosResquício da breve passagem em Brasília. Mas não menos importante.

Na visita ao Congresso Nacional, peguei um exemplar do Jornal da Câmara, que informa o movimento da casa. Quase todo…

Na capa da edição desta semana (que vence justamente nesta sexta-feira), a notícia de que metade (repito: metade) dos estádios da Copa do Mundo de 2014 vão atrasar novamente o início das obras.

A Fifa perdeu a paciência e cravou o dia 3 de maio como último prazo para o início. As 12 subsedes (com projetos revistos, licitações arrastadas etc) correm para aliviar a data.

Em Pernambuco, a Comissão da Copa quer uma semana de crédito, até 10 de maio.

A reportagem, cuja fonte é o presidente da subcomissão que fiscaliza a organização do Mundial, deputado Silvio Torres (PSDB-SP), não cita quais são os estádios. Por que…?!

Mas a matéria do Jornal da Câmara dá algumas dicas:

Vão começar em 3 de maio: Amazonas e Mato Grosso.
Vão atrasar: São Paulo, Distrito Federal, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro.

Abaixo, um vídeo com os estádios que poderão ser utilizados pelos Estados Unidos, que concorrem para sediar a Copa do Mundo (2018 ou 2022). Detalhe: todas as arenas já estão prontas e têm capacidade acima de 60 mil pessoas. Sem mais! A decisão da Fifa sobre as duas sedes será anunciada em dezembro deste ano.

Invencível

Maradona, Pelé e Zidane numa campanha da Louis Vuitton

A foto acima foi tirada neste ano, no Café Maravillas, em Madri.

Três gênios do futebol. Três gerações distintas. Três nações.

Maradona e a sua estupenda Copa do Mundo de 1986, Pelé e o seu reinado eterno e Zidane com a mística de ter derrubado a Seleção Brasileira duas vezes no Mundial.

Todos eles reunidos em uma mesa de totó… 😯

Dá pra imaginar que não foi fácil reunir esse trio. Deu bastante trabalho. A Copa do Mundo – a “casa” deles – ajudou, e a Louis Vuitton conseguiu.

Após muitos telefonemas, a luxuosa marca francesa estampa Pelé, Maradona e Zidane em sua nova campanha publicitária (saiba mais AQUI).

O nome da campanha? Valores essenciais.

Uma foto inquietante. Esse time seria invencível.

Mas vale uma ressalva… A foto aconteceu no mesmo dia, mas não teria sido ao mesmo tempo (veja AQUI)! Especula-se que Maradona se atrasou (“apenas” 4 horas) e que a fotógrafa Annie Leibovitz teve que se virar para montar essa cena espetacular. Será?!

De fato, um time que ficou na imaginação. De qualquer apaixonado pelo bom futebol!

Eternizado no site da Fifa

Sport no site da Fifa

O FIFA.com revisita um pouco dessa história para incluir o Sport em sua galeria de Clubes Clássicos.

A mensagem acima está no site da Fifa. Um belo presente antecipado. O Sport só vai completar 105 anos em maio, mas nesta quarta a entidade colocou o Leão entre os clubes mais tradicionais em seu site oficial (print screen acima). Nem mesmo o rebaixamento na última Série A parece ter apagado o prestígio. Pelo menos o histórico…

Agora, o Rubro-negro faz parte da seção “Classic Clubs”, com times de todo o mundo.Veja o link no site da Fifa, na versão em português, clicando AQUI.

O título? A imprevisível vida de Leão. Correto, pois mostra uma história de altos e baixos do Leão. No texto sobre a história do clube, Náutico e Santa estão presentes.

Alguma dúvida sobre 1987…? Lá está o título brasileiro leonino.

Além dos títulos (cuja lista faltou apenas o Torneio N/NE de 1968), estão 13 grandes jogadores do clube, começando pelo lendário atacante Ademir Menezes e terminando com o ex-capitão Durval. Do time atual, apenas Magrão teve a honra. 😀

Até hoje, eram 97 clubes no portal da Fifa. Do Brasil, apenas os “12 grandes” : São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Santos (SP), Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo (Rio), Grêmio e Internacional (RS) e Cruzeiro e Atlético-MG (Minas).

O maior fora do eixo…?

50 anos, 3 poderes, 1 lixeira e 70.000 lugares

BrasíliaA capital do Brasil completa 50 anos nesta quarta-feira. Cinquentenário do planejamento.

Em 21 de abril de 1960, Brasília “saía” do papel. Completamente planejada. Hoje, com mais de 2 milhões de habitantes, a cidade já enfrenta alguns empecilhos de uma metrópole.

Mas estive lá no último fim de semana e pude ver de perto que Brasília ainda segue aquela cartilha imaginada por Oscar Niemeyer e pelo urbanista Lúcio Costa, e “bancada” pelo presidente Juscelino Kubitschek.

Hoje, uma cidade “cristalina”, com gente de todo os cantos do país. Todos os sotaques. Uma cidade onde quase 60% da população é concursada, com uma renda per capita de R$ 40 mil. Número altíssimo.

Na Praça dos Três Poderes, o foco político do país. Na foto ao lado, a única lixeira que eu vi na frente do Congresso (talvez fosse mais interessante ter uma lixeira grande lá dentro também).

Em 2014, a capita federal será uma das 12 subsedes do Mundial. O velho estádio Mané Garrincha vai dar lugar ao Estádio Nacional, com 70 mil lugares. Será o primeiro estádio brasileiro com a denominação “Nacional”. Um estádio com a beleza da cidade.

Abaixo, um vídeo sobre a candidatura da cidade para a Copa do Mundo de 2014.

Parabéns, Brasília! Parabéns, “BSB”!

A maior pulga do mundo

Lionel MessiLa Pulga.

O apelido mais do que óbvio do craque Lionel Messi. Do baixinho Messi, de 1m69.

Mas é um apodo (apelido) que já vem desde os tempos de Rosário, no interior da Argentina. Ainda nos primeiros dribles.

Ele carregará a “pulga” até o fim de sua carreira. Simplesmente porque faz parte da cultura dos hermanos dar logo um apelido aos seus craques. Há décadas!

Maradona = El Pibe (menino)
Verón = La Brujita (bruxinha)
Martín Palermo = El Loco (louco)
Caniggia = El Pájaro (pássaro)
Tévez = El Apache (índio)
Abbondanzieri = El Pato (pato)

E por aí vai… 😯

Mas o apelido de Messi é de uma incorência enorme. Como pode uma pulga, que mede no máximo 3 milímetros, dominar o mundo?

Como pode uma criança que foi rejeitada pelos clubes River Plate e Newell’s Old Boys, por causa de um problema hormonal que impediu o seu crescimento, superar tudo isso?

Para conquistar o mundo, Messi atravessou primeiramente o Oceano Atlântico. Cresceu, literalmente (30 cm), no Barcelona. Hoje, aos 22 anos, encanta o planeta. A Copa o aguarda. Novas páginas da odisseia desta pulga serão escritas no continente africano.

A pulga, que salta um metro apesar do seu tamanho minúsculo, foi da América do Sul para a Europa. De lá, irá para o sul da África.

Abaixo, um vídeo de 2007 da Adidas (sua patrocinadora), que já mostrava que La Pulga estava mesmo destinada a subverter qualquer regra dos grandes conquistadores.

Um apodo que caminha para se tornar histórico.

Leia mais sobre a história do genial meia/atacante argentino no Diarinho clicando AQUI.

A festa está garantida

Ingresso para a Copa do Mundo de 2010

Joanesburgo, 11 de junho de 2010.

Estádio Soccer Citty: África do Sul x México.

Serão 94.700 pessoas na belíssima arena.

Festaço na abertura da Copa do Mundo. A primeira na África. No sul da África.

O barulho das vuvuzelas será ensurdecedor. A cara do Mundial.

Depois de um encalhe grande, a Fifa baixou o preço dos bilhetes, retomou as vendas e anunciou nesta sexta que os ingressos para os principais jogos acabaram (veja AQUI). Abertura, semifinais e final. Todos com 100% de lotação.

As outras 60 caminham para a mesma situação.

A festa vai acontecer, como sempre. Será um espetáculo daqueles. Cerca de 70% do público será sul-africano. O país vem lutando muito para ajustar qualquer lacuna.

Messi, Kaká, Cristiano Ronaldo etc. Todos vão para lá.

A Copa do Mundo está chegando. Faltam 55 dias.

Foto: Fifa

A minha tragédia de Sarriá

Copa do Mundo de 1982: Brasil 2 x 3 Itália

Por Lucas Fitipaldi*

Viajei no tempo na noite de terça-feira. Encontrei-me com Sócrates, Falcão, Éder, Júnior, Leandro e todos aqueles cracaços da mágica Seleção Brasileira comandada pelo mestre Telê Santana na Copa de 1982. Encontrei-me principalmente com Zico. Dei de cara com Paolo Rossi.

Foram pouco mais de 90 minutos diante do banquete servido pela ESPN. Tentei entender e refletir sobre aquela derrota do Brasil para a Itália na Copa da Espanha. Pela primeira vez, assisti na íntegra a propalada tragédia de Sarriá.

Tenho 25 anos, nasci em 1984, portanto, dois anos e alguns meses depois daquele memorável jogo de futebol. Até então, guardava na mente apenas fragmentos do senso comum: os 5 gols (3 da Itália e 2 do Brasil), o pênalti escandaloso não marcado sobre Zico, a defesa, ou seria o milagre de Zoff na cabeçada de Oscar? No mais, relatos. Passei a vida a escutar versões não só sobre a partida em si, senão sobre aquele trágico dia. Ontem, pude desmistificar algumas “verdades” incutidas na minha cabeça. Citarei apenas duas, as quais considero fundamentais. Não pretendo ser repetitivo.

A primeira diz respeito ao desenrolar do jogo. Cansei de ouvir por aí que o Brasil tomou um nó tático da Itália. Que naquela tarde, surpreendentemente, os italianos acharam um jeito de superar a nossa Seleção – superar no sentido de ser superior mesmo. Definitivamente, isso não aconteceu. O Brasil foi melhor desde o início.

O toque de desprezo na bola denunciava o nível de excelência daquele time. Ao conduzi-la, aqueles amarelinhos pareciam embriagados pela mais pura das arrogâncias; algo espontâneo, mais ou menos como faz o Barcelona de Messi ou fazia a Laranja Mecânica de Cruyff. Era visível o abismo técnico entre as duas equipes.

A outra verdade desmistificada diz respeito a Zico. Como jogava o Galinho! Com todo respeito a Sócrates e Falcão, só agora tudo faz sentido. O nosso camisa 10 era de fato o craque daquele time. Logicamente, rodeado por outras feras; como Pelé em 70.

Me espantei com a velocidade de Zico. Guardava a imagem de um jogador bem mais cadenciado, até certo ponto, lento. Por isso digo que em relação ao Galo, os melhores momentos dos DVDs e dos programas de TV tiveram efeito contrário para mim. Só terça o vi em ação durante um jogo inteiro. Só terça pude entender a total reverência dos flamenguistas. Da geração anos 80. Dos privilegiados que presenciaram tardes de domingo inesquecíveis no Maracanã. Só terça.

Perdão, Zico.

*Lucas Fitipaldi é repórter do Diario e colaborador do blog. Fotos: Fifa