Divisão das torcidas brasileiras via televisão por assinatura – 2015

Ranking de assinantes da Sky no Brasil em janeiro de 2015

O consumo via pay-per-view deve tomar conta futuramente das negociações dos direitos de transmissão na televisão do futebol brasileiro. A partir disso, é interessante constatar a base de torcedores/assinantes. Atualmente, apenas a Sky, a segunda maior operadora de tevê paga do país, detalha os times preferidos em relação à sua base de clientes. De acordo com o dado oficial mais recente, através da Anatel, a operadora tem 5.643.299 assinantes.

O ranking de clubes entre os assinantes é produzido pela própria empresa, com o cadastro online dos clientes – ainda aberto. Nele, o Flamengo, como nas pesquisas tradicionais, está bem à frente, com 1.081.820 assinantes. Observando o quadro de janeiro de 2015, os três grandes clubes do estado aparecem entre os 20 primeiros: Sport 15º, Náutico 18º e Santa Cruz 19º.

Agregado, o trio representa 2,53% de todas as assinaturas do país, com 142.775 titulares. O crescimento bruto em relação ao ano passado, quando o blog enumerou os números pela primeira vez, foi de 0,01% nacionalmente.

Cruzando os dados, é possível projetar a evolução de cada time da capital em um ano, com 4.290 novos rubro-negros, 2.624 tricolores e 503 alvirrubros. O crescimento coral era esperado por causa de seu retorno à Série B, que tem todos os seus jogos exibidos no PPV, ao contrário da Série C.

2015/janeiro (5.643.299 assinantes no país)
Sport: 77.877 (1,38%)
Náutico: 32.731 (0,58%)
Santa Cruz: 32.166 (0,57%)
Total: 142.775 (2,53%)

2014/janeiro (5.371.370 assinantes no país)
Sport: 73.587 (1,37%)
Náutico: 32.228 (0,60%)
Santa Cruz: 29.542 (0,55%)
Total: 135.358 (2,52%)

A Sky também expõe o seu quadro por estado. Em Pernambuco, além dos locais (com 75,19% do bolo) e das principais forças do Sudeste, clubes tradicionais do Nordeste também têm espaço, como Bahia, Vitória, Ceará e Fortaleza. Como surpresa, um representante do Norte, o Remo, em 20º.

Confira os rankings nacional e estadual em janeiro de 2014 clicando aqui.

Ranking de assinantes da Sky em Pernambuco em janeiro de 2015

As novas normas de transferência e registro no futebol brasileiro

Registro de atletas no boletim informativo diário (BID), direitos econômicos fatiados, prazos de transferências etc. Nas últimas temporadas, com um volume de dinheiro envolvido cada vez maior, o futebol brasileiro foi sofrendo uma metamorfose no campo das negociações de jogadores.

Com o objetivo de reorganizar o enorme volume de transações, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), através do seu departamento de registro e transferência, criou o novo o Regulamento Nacional de Registro e Transferência de Atletas de Futebol, já devidamente adaptado às novas normas da Fifa.

A principal novidade no documento é o fim dos contratos de jogadores “fatiados” a partir de maio de 2015. Com isso, apenas os clubes poderão deter os direitos econômicos, afastando grupos de investidores.

As bolas oficiais da temporada brasileira

Um calendário de bola cheia em 2015. Não teremos uma Copa do Mundo, infelizmente, mas a disputa entre seleções não passará em branco, uma vez que há a Copa América agendada para o Chile. Além disso, há campeonatos estaduais, regionais, nacionais e continentais. À parte dos regulamentos bem distintos, cada um conta com uma bola diferente, sobretudo visualmente.

Em relação aos modelos das pelotas, dois se destacam a partir do viés local. Um deles será utilizado nos gramados no Pernambucano e no Nordestão. Em ambos torneios, a bola ficou a cargo da marca Penalty, com a S11 Campo Pró. Trata-se de um tipo formado por apenas oito gomos.

O outro modelo, também oficial da Fifa, engloba vários torneios. A Série A e a Copa do Brasil contarão com o mesmo visual. Um colorido diferente da Ordem 2, da Nike, será aplicado na Libertadores (e demais torneios de clubes da Conmebol) e também na supracitada Copa América. Essa bola conta com “12 painés soldados por fusão num sistema de revestimento com três camadas”.

No fim das contas, o que vale é a qualidade técnica… ou não?

Para sair um pouco dos estádios da América, vale conferir ainda a bola que será usada exclusivamente na final da Uefa Champions League 2014/2015, em Berlim. Novamente produzida pela Adidas.

Campeonato Pernambucano (Penalty)

Bola oficial do Campeonato Pernambucano de 2015. Crédito: Penalty/divulgação

Copa do Nordeste (Penalty)

Bola oficial da Copa do Nordeste de 2015. Crédito: Esporte Interativo/youtube

Série A e Copa do Brasil (Nike)

Bola oficial da Série A e da Copa do Brasil de 2015. Crédito: Nike/divulgação

Taça Libertadores e Copa Sul-Americana (Nike)

Bola oficial da Libertadores de 2015. Crédito: Nike/divulgação

Copa América (Nike)

Bola oficial da Copa América de 2015. Crédito: Nike/divulgação

Final da Liga dos Campeões da Uefa (Adidas)

Bola oficial da final da Liga dos Campeões 2014-2015. Crédito: Adidas/divulgação

Final da Copa do Brasil sem gol qualificado

Copa do Brasil. Foto: Rafael Ribeiro / CBF

O “gol qualificado” foi instituído na Copa do Brasil já em sua primeira edição, em 1989. Ou seja, em caso de igualdade no número de pontos e no saldo de gols, o critério seguinte no confronto seria o maior número de gols marcados na casa do adversário. Só em caso de novo empate a disputa iria para os pênaltis.

Agora, após 26 edições, a CBF alterou o regulamento. A entidade tirou o valor do gol fora de casa, mas somente na decisão, que corresponde à sétima fase do torneio. O objetivo é “aumentar a emoção” da final, sobretudo para a tv.

Como curiosidade, vale dizer que cinco finais poderiam ter tido um desfecho diferente caso a regra tivesse sido implantada desde o início. Assim, teriam sido estendidas às penalidades – o que, diga-se, jamais aconteceu.

Em 11 de junho de 2008, por exemplo, Sport e Corinthians teriam cobrado pênaltis na Ilha do Retiro. O “gol do título”, apelido dado por Carlinhos Bala ao tento de Enilton aos 45 do segundo tempo no jogo de ida, no Morumbi, não teria pesado ao Leão de forma direta para a taça. No caso, só igualaria o saldo.

1991 – Criciúma x Grêmio (0 x 0 e 1 x 1)
1992 – Internacional x Fluminense (1 x 0 e 1 x 2)
1997 – Grêmio x Flamengo (0 x 0 e 2 x 2)
2008 – Sport x Corinthians (2 x 0 e 1 x 3)
2011 – Vasco x Coritiba (1 x 0 e 2 x 3)

Em todos os casos, o título foi obtido com um golzinho a mais fora de casa. Eis os campeões: Criciúma, Inter, Grêmio, Sport e Vasco.

Apesar da mudança, ela não é inédita no futebol. O mesmo já ocorre na Taça Libertadores e na Copa Sul-Americana, sem o gol qualificado somente nas finais. Contudo, nas duas disputas a igualdade após os 180  minutos leva a uma prorrogação de 30 minutos. Só depois vem a série de pênaltis.

Você é a favor da mudança no regulamento? A CBF acertou ao retirar o gol qualificado da final ou deveria ter feito em todas as fases do torneio?

Supercopa do Maranhão distribui premiação de R$ 300 mil. Timbu na briga

Supercopa do Maranhão 2015

A Supercopa do Maranhão 2015 foi elaborada pela federação maranhense de futebol. Segundo o regulamento oficial, a competição amistosa “harmoniza-se com o programa de treinamento de pré-temporada dos clubes participantes”.

Além dos dois principais times locais, Sampaio Corrêa e Moto Club, foram convidados Náutico e Vitória. De antemão, surpreende a premiação imposta ao torneio de tiro curto, com um total de R$ 300 mil.

O formato será com rodadas duplas no estádio Castelão, em São Luís, nos dias 22 e 25 de janeiro, com as semifinais (Náutico x Vitória e Sampaio x Moto) e, posteriormente, a disputa de 3º lugar e a decisão.

Para início do ano, literalmente, a chance de ganhar até R$ 100 mil sem despesas é atraente. Para justificar o investimento, todas as receitas com a renda dos jogos, publicidade estática no estádio (placas e tapetes em volta do gramado) e direitos de transmissão na tevê (Esporte Interativo) serão da FMF.

Com janeiro livre nos próximos anos, Pernambuco poderia seguir a ideia…

Qual tipo de torneio amistoso poderia ser proposto pela FPF?

Rankings de clubes da Folha de S. Paulo, Placar e Pluri Consultoria e os mais variados critérios de pontuação

Como se mede a galeria de conquistas de um clubes de futebol? Pode parecer simples, pois bastaria em tese enumerar as taças de cada um. No entanto, publicações e empresas especializadas no meio criaram ao longo dos anos vários modelos de rankings, com critérios de pontuação completamente distintos. Com o fim da temporada de 2014, vamos a três exemplos no Brasil.

Qual ranking você considera mais justo? Comente sobre os critérios adotados.

A resposta também pode ser “nenhum”, se quiser…

Folha de São Paulo (jornal) / Veja a explicação aqui.

14º) Sport – 371 pontos
23º) Náutico – 200 pontos
* O Santa Cruz não aparece na lista

O ranking da Folha, organizado pelo tradicional jornal paulista desde 1996, pontua não só os campeões, como os vice-campeões de torneios estaduais, regionais, nacionais, continentais e mundiais. Contudo, a edição considera somente os times que já disputaram ao menos uma final nacional de elite ou decisão internacional – fazendo com que o ranking tenha apenas 35 clubes do país. Assim, não figura na conta títulos (ou vices) das Séries B, C ou D. Ou seja, mesmo 27 vezes campeão estadual, o Santa Cruz – cujo ápice na elite foi chegar na semifinal da Taça Brasil em 1960 e da Série A em 1975 – ficou de fora. O Náutico, com seis títulos a menos que os rivais, aparecem devido ao vice da Taça Brasil de 1967. O Sport soma quatro finais nacionais na lista.

Ranking de clubes da Folha de S. Paulo

Ranking de clubes da Folha de S. Paulo

Placar (revista) / Veja o critério de pontuação aqui.

14º) Sport – 169 pontos
21º) Santa Cruz – 82 pontos
26º) Náutico – 63 pontos

A lista elaborada pela revista Placar só leva em conta os títulos, mas todas as competições oficiais reconhecidas foram mensuradas de acordo com a tradição, grau de dificuldade e equipes participantes. Cada título do campeonato pernambucano, focando o viés local, vale 3 pontos, a mesma quantidade dos estaduais do Paraná e da Bahia. Está abaixo de São Paulo e Rio de Janeiro, com 6 pontos, e de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, com 4, mas está à frente de outros 22 estaduais, variando de 1 a 2 pontos. Há uma polêmica, pois o ranking confere os pontos de campeão de brasileiro de 1987 tanto para o Sport quanto para o Flamengo, por mais que justifique a “chancela da CBF”. A mesma análise sobre a polêmica edição ocorre no estudo da Folha.

Ranking de clubes da Placar em 2014. Crédito: reprodução/internet

Pluri Consultoria (empresa) / Veja o critério de pontuação aqui.

13º) Sport – 289 pontos
19º) Santa Cruz – 136 pontos
34º) Náutico – 63 pontos

A Pluri Consultoria adotou outro sistema, bem mais complexo. Desconsiderou torneios de um passado distante, mesmo os títulos do Brasileirão e da Taça Libertadores da América, somando os dados somente a partir de 2008, com o objetivo de mostrar qual seria o maior clube brasileiro da “atualidade”, e não o de toda a história. Tanto que algumas competições pontuam até o 8º colocado, pesando a regularidade competitiva. Por outro lado, a curiosidade é o peso de rebaixamento, que reduz a pontuação das equipes.

Ranking de clubes de Pluri Consultoria de 2008 a 2014. Crédito: reprodução

Podcast 45 minutos (90º) – 45 respostas sobre jornalismo, futebol e bastidores

Existe imparcialidade no jornalismo esportivo? De cara, essa é uma das primeiras perguntas respondidas na edição especial do podcast 45 minutos, com 45 perguntas sobre futebol, jornalismo e bastidores. Ninguém ficou em cima do muro… respondemos tudo. Com histórias e bom humor.

Estou nessa gravação, dividida em três partes, com Celso Ishigami, João de Andrade Neto, Rafael Brasileiro e Fred Figueiroa. Oula agora ou quando quiser!

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Réveillon com brinde alvirrubro, tricolor ou rubro-negro

Garrafas de sidra de Náutico, Santa Cruz e Sport. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

E 2014 chegou ao fim…

Para brindar 2015, esperando um ano melhor a todos, claro, um réveillon clássico.

Literalmente, pois Náutico, Santa Cruz e Sport já possuem sidras licenciadas no mercado. O espumante, com venda naturalmente proibida para menores de idade, faz parte de uma série especial com 12 clubes.

No Nordeste, Bahia e Vitória foram outros times que firmaram acordos.

Produzida pela Viti-Vinícola Cereser, a bebida vem em uma garrafa de 660 ml, com preço sugerido de R$ 15. O status de “produto oficial” aconteceu num acordo com os três clubes pernambucanos ao mesmo tempo, mas cada um, claro, com o seu rótulo exclusivo.

Além dos distintivos originais, a primeira versão da sidra vem com o mascote timbu, antigos escudos tricolores e a torcida rubro-negra.

O mercado clubístico vai até o último segundo do ano… ou primeiro do próximo.

23 milhões de apostas recifenses em 7 anos da Timemania

Ranking da loteria Timemania em 2014

Encerrada a 7ª temporada da Timemania, os clubes pernambucanos cadastrados na loteria federal registraram mais de sete milhões de apostas. E pela segunda vez, desde que foi criada a loteria, um time do estado conseguiu ficar entre os vinte primeiros no ranking de apostas. Com um trabalho de massa entre torcida e diretoria, o Santa Cruz registrou 144 mil apostas no último concurso, garantindo o 20º lugar de 2014, justamente o último na fatia que mais receberá dividendos do apurado da Timemania.

Do faturamento absoluto da loteria – cujo montante ainda não atingiu o imaginado pelos organizadores -, 22% é repassado para os 80 clubes inscritos, em uma verba destinada para abater dívidas com o poder público. Do dinheiro destinado aos times brasileiros 65% vai para os vinte primeiros lugares do ranking de apostas. Os demais dividem 35%.

Assim, os corais receberão mensalmente, em 2015, uma verba de R$ 300 mil. Do 21º colocado em diante o montante cai para R$ 80 mil. Valeu a pena o esforço. Em tempo: até hoje, apenas o Sport, em 2008, havia conseguido ficar no G20.

Entre os vinte primeiros lugares de 2014 estão clubes como Fortaleza, Goiás e ABC – o que só mostra que os recifenses poderiam obter posições bem melhores. O time nordestino com mais apostas foi o Bahia, 13º colocado, com 4,3 milhões.

Este ano foi o quarto seguido em que o Santa Cruz  foi líder de apostas em Pernambuco. Mas vale apontar o crescimento dos três rivais, todos com mais de dois milhões de apostas, algo inédito. Desde o início da Timemania, 23 milhões de apostas marcaram Náutico, Santa ou Sport

Número de apostas de Náutico, Santa Cruz e Sport na Timemania de 2008 a 2014

As 3 maiores vitórias do Sport em 2014

As maiores vitórias do Sport em 2014: Palmeiras 0x2 Sport, Sport 2x0 Ceará e Náutico 0x1 Sport. Fotos: Paulo Paiva/DP/D.A Press e José Patrício/Estadão

O Sport viveu um excelente 2014, com dois títulos no primeiro semestre e uma campanha sóbria no Brasileirão. Além de bons resultados contra os rivais, o Leão ainda obteve vitórias empolgantes contra rivais de outros estados. O único ponto fraco foi a participação na Sul-Americana, mas insuficiente para apagar o bom rendimento. Considerando a opinião da galera no twitter e uma análise com a equipe do Superesportes, eis as três principais vitórias do Leão em 2014.

Você concorda com a lista? Algum outro jogo também merecia destaque?

19/11 – Palmeiras 0 x 2 Sport (Série A)
Seria o grande ato do centenário do Palmeiras, a inauguração de seu novo estádio, o Allianz Parque. Com a casa cheia, o cambaleante Verdão recebeu o Sport. Àquela altura, o ano do Rubro-negro já estava quase garantido, com os títulos pernambucano e nordestino e a permanência na elite por um triz. E ela foi sacramentada matematicamente de forma histórica. No moderno estádio, Ananias (“Ananias Parque”) e Patric (um golaço) marcaram os gols que silenciaram 30 mil pessoas.

02/04 – Sport 2 x 0 Ceará (Nordestão)
Há tempos a Ilha do Retiro estava morna, sem aquela simbiose entre time e torcida. Não por acaso, veio a seca de títulos. E a virada neste cenário veio como nos velhos tempos, com estádio lotado e pressão em campo. Contra o Ceará, no primeiro jogo da final do Nordestão, o Leão abriu uma ótima vantagem, com gols de Neto Baiano e Danilo, no finzinho. A festa em casa foi ampliada até Fortaleza, quando um empate garantiu o tri regional. A conquista havia sido construída uma semana antes.

23/04 – Náutico 0 x 1 Sport (Estadual)
A primeira volta olímpica da história da Arena Pernambuco. Por si só, o jogo já merecia a presença na lista do ano rubro-negro. Mas a vitória leonina sobre o Alvirrubro foi ainda mais emblemática. Com o gol de cabeça do capitão Durval no segundo tempo, o Sport chegou, enfim, ao 40º título título estadual, mantendo uma invencibilidade em finais contra o Timbu desde 1968. Foram duas vitórias na final, sem contestação.