Aos matemáticos: o Náutico subiu

Série B 2011: Náutico 2 x 1 Barueri. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Antes do jogo desta terça-feira, a chance de acesso do Náutico era de 98%.

Era vencer e comemorar, certo?

Pois o Náutico jogou e venceu novamente, pela 17ª vez no Brasileiro. No entanto, a matemática insiste em não cravar “100%”.

Francamente? Azar o da matemática…

Implacável nos Aflitos, onde segue invicto na Série B, o Timbu precisou ter a cabeça a fria num caldeirão em Rosa e Silva para virar o placar sobre o Barueri por 2 x 1.

O gol sofrido na primeira etapa e aquela apreensão típica de uma decisão acabaram servindo de “molho” para o prato principal da noite, a classificação.

Assim como ocorreu no duelo contra o ASA, na rodada passada, Derley e Kieza finalizaram com muita força para explodir a torcida no estádio.

Sinal de entrosamento, determinação e raça. Uma soma que qualquer torcedor gosta.

Ao chutar as calculadoras para bem longe, até as suas frias realidades paralelas, os jogadores do Náutico comemoraram o acesso à Primeirona após dois anos de esforço.

Volta olímpica.

Lágrimas.

Emoção.

Volta por cima.

Não há raiz quadrada que evite essa festa vermelha e branca por toda a cidade.

Se o Recife ficou congestionado antes do jogo, às 19h30, imagine agora com buzinaço sem hora para acabar nas ruas da capital pernambucana, novamente na elite?

De desacreditado a vencedor, o time comandado por Waldemar Lemos superou todas as adversidades na competição. Todos os jogadores seguiram à risca aos conselhos táticos e pessoais do técnico. Aí sim, 100%, sem conta alguma para provar o contrário.

Matemáticos: o Náutico está de volta à primeira divisão.

Baixe o wallpaper do time alvirrubro na Série A de 2012 clicando aqui.

Série B 2011: Náutico 2 x 1 Barueri. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Quase um pesadelo, ainda um sonho rubro-negro

Série B 2011: Portuguesa 2 x 2 Sport. Foto: Agência Estado

Festa no Canindé.

Merecidamente, a Portuguesa conquistou o título de campeã brasileira da Série B.

Uma campanha espetacular até aqui, a três rodadas do fim, com 20 vitórias, 12 empates e apenas três derrotas.

Na noite desta terça-feira, com casa cheia, em um cenário bem diferente dos últimos tempos, bastava um empate para a Lusa comemorar o seu primeiro título nacional.

Nervosa, a equipe sofreu um gol com apenas três minutos.

Com muita qualidade técnica e um jogo bem encaixado (há meses), o time paulista virou o jogo no segundo tempo.

Aos 34 minutos da etapa complementar, porém, Róbston empatou o jogo, num contra-ataque do adversário, 2 x 2.

O tal adversário, o Sport, estava praticamente liquidado àquela altura da partida.

Na base da superação, o Rubro-negro trouxe um pontinho do Canindé.

Se o título da Portuguesa já é uma realidade, com muito esforço o Sport conseguiu manter esse sonho do acesso à elite, tão propalado pela massa rubro-negra.

Resta saber como esse time vai acordar ao final da Série B…

O despertador está quase tocando.

Série B 2011: Portuguesa 2 x 2 Sport. Foto: Agência Estado

Libertadores perto de Vitória de Santo Antão

Torcida do Vitória. Foto: Vitória/divulgação

Embalado, o Vitória está a apenas dois jogos da Taça Libertadores da América.

Acredite, é isso mesmo.

O clube de Vitória de Santo Antão está classificado à final da Copa do Brasil.

Acredite, também é verdade.

Nesta terça-feira, o Tricolor das Tabocas manteve a invencibilidade na temporada, desde o título pernambucano, e eliminou o Rio Preto, no interior paulista.

Após a vitória por 2 x 0 no Carneirão, empate em 2 x 2 no jogo de volta. O inédito troféu passou a ser uma realidade bem possível para as meninas.

Com uma base de estrutura e investimentos voltada agora para o futebol feminino, a Acadêmica Vitória vai ganhando o seu espaço no cenário nacional, fato que já havia sido comentado no blog (veja aqui).

Em caso de título nacional, com mais uma “estrela rosa”, a vaga na disputa continental de 2012. Saiba mais sobre a edição de 2011, este mês, clicando aqui.

Na versão masculina da Libertadores, Pernambuco já esteve presente em 1968, com o Náutico, 1988 e 2009, ambos com o Sport. O Vitória está bem pertinho, do seu jeito…

Fusão de ideias sem embasamento no futebol

Matéria sobre o "Flumifogo", da revista Placar, de 1999

Fluminense + Botafogo = Flumifogo. Devaneio? Total.

Os dois clubes cariocas, cujo o clássico é disputado desde 1905, despontam nas primeiras colocações do Campeonato Brasileiro desta temporada. Brigam não só por vagas na Taça Libertadores como pelo próprio título nacional.

No entanto, a imagem acima ilustra uma reportagem da revista Placar de março de 2000. Há cerca de uma década, os dois clubes estavam em baixa.

Acompanhavam sem força alguma o  sucesso de Vasco e Flamengo, com títulos nacionais e internacionais no período.

O Flu acabara de participar da terceira divisão, até então o degrau mais baixo do futebol brasileiro, enquanto o Fogão ainda juntava os cacos após perder a Copa do Brasil para o intermediário Juventude em pleno Maracanã, diante de 100 mil pessoas.

Esse tipo de assunto surge a cada má fase… Quatro anos antes, em 1996, já havia sido especulado em Curitiba a criação do “Atlético Paraná”, com a fusão do Atlético Paranaense com o Paraná Clube. Também não andou, obviemente.

Algumas fusões aconteceram na história, durante a transição do futebol amador para o profissional, na década de 1930, e nos anos 80, com o próprio triocolor do Paraná.

Em quase todos os casos, eram clubes sem apelo popular. Sem força estrutural. O que, francamente, não é o caso dos rivais cariocas.

Contudo, o post se estende a outras cidades, como o próprio Recife.

Volta e meia e sempre aparece algum consultor esportivo afirmando que a capital pernambucana “só comporta no máximo dois clubes de massa”.

Por que, cara pálida?

Na justificativa, a certeza de dois clubes unidos (ou até mesmo três) formariam uma entidade mais representativa em solo nacional. Será mesmo? Ou será que isso está embasado no imediatismo?

O que fica sempre no é como seria contornado o apoio das massas em questão, ainda mais se for levado em consideração que quase 80% dos pernambucanos torcem por Náutico, Santa Cruz ou Sport.

História à parte, os três têm estádios particulares (com nível de ocupação muito acima da média nacional), terrenos valorizados e marcas que atraem patrocinadores. Se não são os melhores do país, também não são os piores. Ainda geram boas receitas.

Nacruz, Santasport, Sportimbu? Esqueça.

Mesmo que apareça megainvestidores como George Soros, Warren Buffet e Eike Batista sondando uma fusão, é mais fácil qualquer um dos três clubes virar pó do que se fundir com o rival. O mercado ainda não controla algo simples e antigo, a paixão.

As propostas estão na mesa. O futuro cada vez mais concreto

André Campos e as propostas para os Aflitos. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Eis as nove concorrentes que já oficializaram as propostas para desenvolver projetos imobiliários nos 40 mil metros quadrados de área dos Aflitos:

Gabriel Bacelar, Odebrecht, Moura Dubeux, Conic, Carrilho, Muniz Araújo, Queiroz Galvão, Idom e um consórcio formado por Rossi, Rio Ave e Suassuna Fernandes.

As construtoras entregaram nesta segunda-feira ao presidente do Conselho Deliberativo do Náutico, André Campos, os pesados documentos para a avaliação do clube.

O desejado terreno alvirrubro, cujo futuro deverá ser ocupado por edifícios voltados para as classes A e B e empresariais – todos com percentual de aluguel vitalício para o Timbu -, está avaliado em cerca de R$ 200 milhões.

A resposta sobre o vencedor da licitação deve sair apenas em 2012, já sob nova gestão em Rosa e Silva, cujo processo eleitoral deverá ser bem acirrado.

Com o dinheiro da cota de transmissão da televisão, com a provável participação na elite nacional, além da receita da Arena Pernambuco, a partir de junho de 2013, fica claro que o futuro vermelho e branco é mesmo azul.

A diretoria alvirrubra acredita que todas as dívidas – na casa dos milhões – deverão ser sanadas em três ou quatro anos, caso o clube dispute a Série A no período.

Um novo Náutico se aproxima, aquele imaginado nos sonhos dos alvirrubros há anos.

Resta esperar por uma aplicação responsável de todo este montante no cofre.

Cofre alvirrubro. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Na pauta, um troféu com 25 anos de atraso

Série B de 1986, Central campeão?Um pleito antigo voltará a ser discutido.

No próximo dia 19, uma comitiva da diretoria da CBF chegará ao Recife para acompanhar a decisão da Série D do Brasileiro, entre Santa Cruz e Tupi, no dia seguinte.

Obviamente, a passagem de Virgílio Elísio, diretor de competições da entidade, será pautada por várias dicussões sobre futebol…

Uma delas já se arrasta há 25 anos…

Em 1986, a segundona nacional foi chamada de “Torneio Paralelo”, dividido em 4 chaves, com 9 times cada uma (veja aqui).

Os vencedores ganharam o acesso à elite do Brasileiro no mesmo ano. Não houve uma disputa final entre os quatro clubes.

Treze, Inter de Limeira, Criciúma e… Central. Porém, a CBF nunca oficializou o título.

Treze e Central até pintaram nos respectivos estádios a frase “Campeão Brasileiro de 1986 – Série B”, com a devida autorização das federações da Paraíba e Pernambuco.

A unificação dos títulos brasileiros, há um ano, com direto a dois campeões em uma mesma temporada (1967 e 1968) reforçou o pedido dos quatro “campeões”.

O diretor de futebol da FPF, Leonardo Cruz, deverá se articular com o presidente da Patativa para exigir a oficialização. Na opinião do blog, seria justo.

Pernambucanos x mineiros pelo título da D

Santa Cruz x Tupi, final do Campeonato Brasileiro da Série D de 2011

Definida a final da Série D do Campeonato Brasileiro. Os dois times lutam pela primeira conquista a nível nacional. Confira os duelos:

13/11 – Tupi x Santa Cruz, no estádio Mario Helênio, em Juiz de Fora/MG.

20/11 – Santa Cruz x Tupi, no estádio do Arruda.

Os dois jogos vão acontecer às 16h, horário do Recife.

Campanha pernambucana: 14 jogos, 7 vitórias, 6 empates, 1 derrota, 17 GP e 10 GC.

Campanha mineira: 14 jogos, 8 vitórias, 3 empates, 3 derrotas, 26 GP e 15 GC.

O estádio municipal de Juiz de Fora, inaugurado em 1988, tem capacidade para 40 mil pessoas e é um dos maiores do interior do Brasil. Veja aqui.

Probabilidades da Série B 2011 – A 4 rodadas do fim

Projeções da Série B 2011 a 4 rodadas do fim. Crédito: Infobola e Chance de Gol

Faltam apenas quatro rodadas para o fim da Série B do Brasileiro. Hora de apresentar as novas as projeções do Infobola e do Chance de Gol para os times pernambucanos.

G4 formado por dois paulistas, um pernambucano e um baiano. Vantagem de 1 ponto.

Com as 340 partidas na competição, a chance de acesso do Timbu varia entre 97,2% e 98%, mostrando coerência nos cálculos. Assim como o Leão, entre 12,9% e 14%.

O 4º lugar tem, hoje, um aproveitamento de 51,9%. Projetando esse dado para a 38ª rodada, a pontuação da última vaga ficaria em 59 pontos…

Contudo, o número histórico para um tranquilo acesso à elite é de 65 pontos – por mais que neste ano o índice deva cair. De qualquer forma, o Náutico precisa somar 6 pontos – 2 vitórias – , ou 50% dos pontos restantes.

Já o Sport necessita de mais “14 pontos”. Como faltam apenas quatro jogos (12 pontos a disputar), o Rubro-negro saiu da margem de segurança e torce contra outras equipes.

Enquanto isso, o Salgueiro já está matematicamente rebaixado à Série C.

Confira os dados da última rodada clicando aqui. Fontes: Infobola e Chance de Gol.

Eis a 35ª rodada para os pernambucanos:

08/11 – Náutico x Barueri (19h30)
08/11 – Portuguesa x Sport (19h30)
08/11 – Salgueiro x Bragantino (19h30)

Em vez de fumo, pontos

Série B 2011: ASA 1 x 2 Náutico. Foto: Federação Alagoana de Futebol/divulgação

Na famosa Terra do Fumo, o Náutico teria a chance de estruturar a sua classificação antecipada à Série A. Um resultado positivo e o time ficaria com um pé e meio na elite.

Confiante no resultado, a torcida alvirrubra foi em peso ao estádio Coaracy Fonseca.

A campanha fora de casa nem era tão animadora, com apenas três vitórias em 16 jogos, mas o time encaixado e a consistência das últimas atuações credenciaram a esperança.

Num campo castigado pela chuva em Arapiraca, a partida contra o ASA foi dura, com muitas faltas, jogadores escorregando bastante e chutes de longa distância.

A equipe comandada por Waldemar Lemos precisou ter paciência para impor o seu jogo, na base dos contragolpes. Até levou um susto, com uma bola na trave de Marielson.

Porém, quando acertou o que já estava premeditado, a vitória começou a ser escrita…

Aos 31 minutos, Eduardo Ramos articulou, Airton tocou e Kieza bateu com categoria. O atacante voltou ao topo da artilharia, ao lado de Lincom, agora com 19 gols.

O jogo seguiu na mesma, com o Timbu bem postado e o ASA tentando pressionar.

Na etapa final, numa faixa curta de tempo, o alvinegro de Alagoas acertou novamente a trave de Gideão. Duas vezes, aliás. Ambas com Gilberto Matuto.

Aos 35 minutos, enfim, a tranquilidade para a campanha vermelha e branca.

Em um contra-ataque, obviamente, Derley certou um chute no cantinho do goleiro e ampliou a vantagem, emocionando os alvirrubros presentes no estádio.

Reinaldo Alagoano ainda diminuiu no finzinho, mas não evitou a 16ª vitória do Náutico neste Brasileiro, 2 x 1. Na Terra do Fumo, o Náutico preferiu voltar com os pontos…

Na terça-feira, nos Aflitos, diante do Barueri, a apoteose de um ano de superação.