Alejo Julio Roca vive em 2011

Copa Roca: Brasil x Argentina

Quase centenária, a rivalidade entre Brasil e Argentina começou pra valer em 1914.

A Copa Roca, com suas inúmeras batalhas de futebol, foi uma homenagem a Alejo Julio Argentino Roca Paz, ex-ministro dos hermanos.

A primeira edição, em 27 de setembro, com vitória verde e amarela por 1 x 0, aconteceu pouco antes da morte do militar e político Julio Roca, em 19 de outubro, aos 71 anos.

Nesta quarta-feira, os rivais voltam a se enfrentar numa disputa em ida e volta, agora rebatizada de Superclássico das Américas.

Agora, o primeiro jogo será em solo argentino, na cidade de Córdoba, no belíssimo estádio Mario Kempes. A volta será no Mangueirão, em Belém, no dia 28 de setembro.

A disputa encerra um hiato de 35 anos desde a última Copa Roca.

Ao todo, foram oito títulos brasileiros (1914, 1922, 1945, 1957, 1960, 1963, 1971 e 1976) e quatro dos hermanos (1923, 1939, 1940 e 1971). No retrospecto, 11 vitórias do Brasil, 9 da Argentina e 3 empates. Confira a lista de partidas clicando aqui.

A partir de agora, a “Copa Roca” será anual, apenas com jogadores que atuem nos respectivos países. Jogando a Série A, cresce a chance de ceder jogadores à Seleção.

Nada azul para o Santa Cruz

Série D 2011: Guarani 2 x 1 Santa Cruz. Foto: Fabyana Mota/ON/D.A Press

Preocupante!

O futebol apresentado pelo Santa Cruz neste domingo tirou a paciencia de muita gente.

Estreando o novo padrão azul e em busca da afirmação na Série D, o Tricolor precisava de um simples empate para se garantir na próxima fase do Brasileiro, o mata-mata.

A tarde parecia mesmo azul. Bastou 1 minutos e 50 segundos para a Cobra Coral ficar em vantagem sobre o Guarani, na segunda casa tricolor, o Almeidão, em João Pessoa.

Gol do atacante Thiago Cunha, de cabeça, no falso início de festa, ainda que em um estádio quase vazio, com apenas 2.135 testemunhas.

Porém, o futebol do campeão pernambucano foi digno de uma enxurrada de críticas.

O toque de bola não existiu. Só ligação direta. A dupla de ataque não produzia nada…

Para piorar, uma defesa com tantos buracos quanto o surrado gramado. Assim, o “Leão do Mercado” chegou várias vezes à meta do goleiro Tiago Cardoso, dominando.

O empate chegou aos 39, após falha da defesa em uma cobrança de escanteio.

No segundo tempo, mesmo com as mexidas de Zé Teodoro no ataque, a situação não mudou. Quer dizer, piorou. Com dois minutos, Thiago Cunha foi expulso por reclamação – na mais tola das expulsões. Aí, o jeito foi procurar se defender e garantir o pontinho.

Mas nem isso o Santa conseguiu. No finzinho, Cristóvão acertou uma cobrança de falta no cantinho e deu a merecida vitória ao Guarani por 2 x 1.

Preocupa uma vez que o time cearense jogou mal. Agrediu, mas só com blas rifadas. Faltava qualidade, mas de tanto chegar na área coral, uma hora conseguiu virar.

Para terminar um dia daqueles, o rival potigual e xará Santa Cruz venceu o Porto aos 48 minutos do segundo tempo. Agora, na última rodada, o Tricolor do Arruda jogará ainda mais pressionado. Pelo primeiro revés sofrido e por futebol no mínimo competitivo.

Série D 2011: Guarani 2 x 1 Santa Cruz. Foto: Fabyana Mota/ON/D.A Press

Basquete em Londres, em estado absoluto

Pre-Olímpico de basquete: Brasil 83 x 76 República Dominicana. Foto: Fiba/divulgação

Dois títulos mundiais, em 1959 e 1963.

Três medalhas de bronze nas Olimpíadas, em 1948, 1960 e 1964.

Com um retrospecto assim, ficar de fora dos Jogos Olímpicos em três edições consecutivas foi o maior martírio que a seleção brasileira masculina de basquete já passou em toda a sua história.

A última campanha foi com a geração de Oscar, em Atlanta 1996. Depois, o vazio em Sidney 2000, Atenas 2004 e Beijing 2008. Tempo demais…

Uma história sem a participação brasileira, de um país que pratica e gosta de basquete.

Enfim, uma nova geração olímpica surge nas quadras.

Poderia ser a geração de Nenê e Leandrinho, mas os astros da NBA nunca demonstraram muito interesse assim em vestir a camisa do país.

A geração, vencedora mesmo assim, é de Marcelinho Huertas, Tiago Splitter, Alex, Rafael Hettsheimer, Giovannoni e outros novos ídolos…

Um time muito bem treinado pelo campeoníssimo argentino Rubén Magnano. Gracias.

Em uma campanha sensacional no Pré-Olímpico de Mar del Plata, incluindo uma vitória sobre o timaço da Argentina, dona da casa, o Brasil chegou ao epílogo.

Venceu a República Dominicana, na noite deste sábado, em um jogão que chegou a estar empatado em 45 x 45, tamanho o equilíbrio. No fim, triunfo brazuca por 83 x 76.

Valeu demais a torcida por um time tão desacreditado, tão vibrante!

O primeiro feito mundial foi em 1948, com o bronze olímpico. Onde? Em Londres. O quinteto foi formado por Bráz, Algodão, Alfredo da Motta, Nilton e Ruy Freitas.

Agora, é a hora de reescrever essa gloriosa história em ginásios britânicos…

#OBrasilVoltou

Nenê e Leandrinho ficarão na torcida pela TV ou ainda podem ir para Londres?

Pre-Olímpico de basquete: Brasil 83 x 76 República Dominicana. Foto: Fiba/divulgação

A canoa mais resistente dos Aflitos

Série B 2011: Náutico 2 x 1 Criciúma. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Historicamente, 65 pontos é o número mágico na Série B para garantir o acesso.

O agora vice-líder Náutico chegou neste sábado aos 41 pontos em 22 rodadas. Após a 11ª vitória na Segundona, com o 2 x 1 sobre o Criciúma, faltam 24 pontos.

Faltam 8 vitórias, em contagem regressiva, uma vez que dos 16 jogos restantes, oito serão nos Aflitos. Lá, o Náutico se mantém como único invicto desta equilibrada Série B.

Portanto, numa conta sem mistério algum, basta vencer todos os jogos em casa e o Alvirrubro estará de volta à elite nacional.

Motivo para gerar confiança, como neste sábado, quando 16.325 torcedores pagaram ingresso para apoiar o Timbu diante do Criciúma, mais preocupado em “marcar” (elogio para a pancadaria) do que jogar futebol.

Com os empates de Portuguesa e Ponte, bastava uma vitória simples para o Náutico não só alcançar a 2ª posição como ficar a apenas dois pontos da liderança.

A ausência de Eduardo Ramos foi sentida na partida, sem um homem de criação de qualidade. Elton, escalado para a missão, logo se machucou, aumentando o problema.

Então, foi na base da superação, na pressão e com uma dose incrível de regularidade. Paralelamente a isso, Kieza recebia uma duríssima marcação individual.

Em 20 minutos de jogo, o Criciúma cometeu nada menos que 13 faltas!

O duelo seguia encardido. Veio a bola parada, vital em qualquer partida na qual a bola para de rolar no gramado. No finzinho do primeiro tempo, Peter cobrou uma falta pelo lado esquerdo e o caçado Kieza desviou de cabeça.

Foi uma festa daquelas nos Aflitos (o início, na verdade). Foi o 13º gol do artilheiro timbu, agora também artilheiro da Série B. Náutico 1×0 Criciúma.

Peter foi recompensando pela assistência com a autoria do segundo tento, aos 25 minutos da etapa final. Desta vez, a assistência foi o ala Airton, substituindo Jeff Silva.

O Criciúma ainda diminuiu nos descontos. Nada que impedisse a torcida alvirrubra de começar a cantar nos Aflitos “se a canoa não virar…”

O time está remando demais. A praia começa a surgir no horizonte.

Série B 2011: Náutico 2 x 1 Criciúma. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Uma letra em Barueri: A?

Série B 2011: Barueri 2 x 3 Sport. Foto: Marcos Bezerra/Futura Press

Em 90 minutos, o Sport teve 47% de posse de bola. No contexto geral, parece até que o time foi dominado pelo Barueri, neste sábado…

No entanto, basta dividir a história em dois tempos, algo concreto de fato, segundo as regras do futebol, que ficará visível o domínio flutuante.

No primeiro tempo, um Leão bem superior ao adversário, em um campo excelente.

Bem postado na defesa e sem esquecer do ataque, com um trio de peso, formado por Willians, Marcelinho Paraíba  Bruno Mineiro, o início foi fulminante.

Com apenas 10 minutos, a “primeira” vantagem.  O volante Rithely – substituindo Naldinho – deu uma arrancada impressionante e deixou Willians livre para marcar.

O atacante bateu colocado. A bola bateu na trave, mas o atento atacante contou com a sorte, pegou o rebote e balançou as redes pela sexta vez na Série B.

Cinco desses gols foram nos últimos seis jogos, estabelecendo uma regularidade ofensiva no Sport. Animador, não fosse uma lesão muscular na mesma partida…

Antes disso, o primeiro aperreio, numa falha grave de posicionamento. Após bola na área, Marcelinho, o do Barueri, apareceu livre para cabecear e empatar.

Apesar do baque natural, o Sport se reestruturou e buscou o gol, agredindo.

Aos 40, Marcelinho Paraíba se aproveitou de uma bobeira do adversário, roubou a bola, avançou em velocidade, mesmo sendo puxado, e tocou no cantinho

Leão 2 x 1. Os rubro-negros já se perdiam nas projeções quando, um minutinho depois, Alex Maranhão empatou. Toque de bola rápido e zaga olhando, deu nisso.

No segundo tempo, outra equipe. A apatia foi recorrente. Depois que Willians saiu, o poder de fogo praticamente sumiu. Magrão passou a ser bastante exigindo.

Bola na área, chute do meio da rua, arrancadas… O Sport já começava a ser sufocado, deixando o empate como o resultado possível. Mas aí veio a qualidade.

De letra, aos 39 minutos, Bruno Mineiro escorou um cruzamento rasteiro e deu a vitória ao Sport: 3 x 2. Já são cinco jogos sem derrota no Brasileiro da Série B.

O G4, a um ponto de distância, é questão de tempo?

Série B 2011: Barueri 2 x 3 Sport. Foto: Marcos Bezerra/Futura Press

Primeira capa do PES made in Brazil

Neymar se tornou o primeiro jogador a estampar a capa de um dos games de futebol de maior sucesso na atualidade vestindo a camisa de um clube do Brasil.

O craque do Santos vai dividir a capa do Pro Evolution Soccer (PES) de 2012 com o português Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, visando o mercado das Américas, nas inúmeras plataformas disponíveis – Playstation 3, Xbox 360, Wii etc.

O game, cuja capa oficial foi confirmada pela Konami, criadora do jogo, nesta quinta-feira, será lançado no país em 8 de outubro.

Confira um post com todas as capas do Fifa Football e do PES entre 2007 e 2011, além dos trailers dos games de 2012, clicando aqui.

Os patrocinadores do Santos devem estar em um estado de felicidade plena…

Capa do Pro Evolution Soccer 2012

Lavagem cerebral e surpresa

ET

Véspera de feriado nacional, mas com uma missão em Santo Amaro.

Algum repórter da editoria Superesportes seria escalado para cobrir da redação do Diario de Pernambuco o sombrio duelo Duque de Caxias x Salgueiro, no Rio de Janeiro.

Os dois times estão quase rebaixados na Série B, mas, obviamente, as reportagens sobre o Carcará pernambucano vão seguir até a última rodada.

Nada que apague algumas verdades. Eram dois times fracos, mal treinados e sem apoio na arquibancada. Ambos preenchendo a cartilha da degola, com um caminhão de contratações no decorrer da competição e outros tantos dispensados…

Enfim, o blogueiro aqui foi o “escolhido”.

Uma verdadeira lavagem cerebral do futebol mandrake estava a caminho.

Chegou a noite de terça-feira e o horário da partida, às 20h30.

Sintonizado no canal 122 da Sky, a expectativa era a de que os clubes pelo menos surpreendessem lá em Volta Redonda, o que nem é incomum no futebol, diga-se.

No entanto, a esperança logo foi dissipada em uma partida ruim. O torcedor já tinha certeza disso, tanto que os 53 presentes estabeleceram o menor público da Segundona.

Pouquíssimos ataques e articulação quase inexistente, com um jogo marcado por ligação direta (“chutão”). Lanterna e vice-lanterna corresponderam ao mau presságio.

O tempo parecia jogar contra, passando devagar. Há quem diga que foram 120 minutos!

De fato, o jogo “começou” a dez minutos do fim. Do nada, um lampejo de emoção. Gilcimar abriu o placar para o Duque. Apesar do baque, não é que o Salgueiro virou para 2 x 1? Mérito de Ricardinho, duas vezes, com direito a gol de letra nos descontos…

O que era ruim até que terminou bem! Bom feriado a todos…

Enganando na Seleção

Amistoso 2011: Brasil 1x0 Gana. Foto: CBF/divulgação

Em um estádio acanhado, sem nexo algum com a Seleção Brasileira, o time comandado por Mano Menezes venceu Gana pelo econômico placar de 1 x 0.

De positivo em uma tarde sem muitas emoções, o Brasil teve a presença de área de Leandro Damião, o atacante colorado com o retrospecto de 36 gols na temporada, o lateral-esquerdo Marcelo, mostrando o mesmo potencial visto no Real Madrid, e, quem diria, o meia Ronaldinho Gaúcho, outrora o melhor do mundo.

Um alento nesta segunda-feira, mas nada do outro mundo…

O Brasil jogou praticamente com quatro atacantes. Algo que não conseguiu diante de times mais fortes tecnicamente, como Alemanha, França e Argentina.

O jogo era mesmo para salvar a pele de Mano no comando técnico. Porém, a vitória pouco convincente só mostra que o problema está longe da solução tática.

Resta, então, esperar pelo próximo amistoso na Inglaterra, inclusive em estádios onde nem mesmo o English Team tem a coragem de pisar.

No campo do Fulham, em Londres, a seleção inglesa só atuou uma vez, no distante ano de 1907, no empate em 1 x 1 com o País de Gales.

Algo está errado na Seleção, no comando técnico e administrativo…

Amistoso 2011: Brasil 1x0 Gana. Foto: CBF/divulgação

Longe da mesmice no marketing clubístico

Goleiro Rogério Ceni, 1000 jogos pelo São Paulo

Mais uma aula de marketing do São Paul0, esbanjando simplicidade e eficiência.

O goleiro Rogério Ceni, maior ídolo do clube, vai chegar à incrível marca de 1.000 jogos com a camisa tricolor nesta quarta-feira, após 21 anos de casa.

Jogo contra o Atlético-MG, no Morumbi? O que fazer?

Aproveitando o feriado de 7 de setembro, a diretoria paulista solicitou a antecipação do confronto para a tarde. Também baixou o preço dos ingressos (veja aqui).

O São Paulo quer pelo menos 40 mil pessoas no estádio. Posteriormente, a camisa do goleiro artilheiro será vendida.

Para a festa, o SPFC lançou até um logotipo especial, criando uma “marca”…

Em Pernambuco, nenhum jogador está próximo de um número tão grande, mas não é incomum ver atletas atingindo 100, 150, 200 jogos…

É tão difícil assim copiar as boas ideias? Sair da mesmice?

O camisa 17 decidiu na Ilha

Série B 2011: Sport 3 x 1 Guarani. Foto: Hélder Tavares/Diario de Pernambuco

Bastaram 44 segundos para o Sport abrir o marcador contra o Guarani.

Após cobrança de escanteio pelo lado esquerdo, Viçosa desviou e Willians empurrou para as redes. Gol para dar tranquilidade ao time leonino, certo?

Nada disso. A história na Ilha do Retiro, neste sábado, estava longe de acabar…

Aos 40 minutos, Denilson ganhou um lance de muita força e bateu firme, empatando.

O Rubro-negro ainda tentou desempatar, com Willians e Marcelinho Paraíba, mas acabou descendo para o vestiário ainda mais pressionado, com o G4 mais distante.

No intervalo, o técnico PC Gusmão fez duas alterações.

Entraram o atacante Bruno Mineiro e o meia Maylson. No caminho inverso, saíram o atacante Júnior Viçosa e o zagueiro Montoya.

Com essa equação, uma nova formação foi montada, do 3-5-2 para o 4-4-2.

Para não perder o G4 de vista era preciso agredir ainda mais e compactar a defesa, então com dois jogadores pendurados com cartão amarelo (Montoya e César).

Destaque para a entrada de Bruno Mineiro, um das contratações mais caras do clube nesta temporada e que vinha afastado, realizando um trabalho de condicionamento.

E ele teve a sua primeira chance aos 3 minutos. Desperdiçou. Estava aquecendo.

Na segunda oportunidade, cinco minutos depois, o atacante – outrora titular, mas agora com a camisa 17 -, recebeu uma ótima assistência de Marcelinho e teve, enfim, tranquilidade para bater colocado, certeiro.

Novamente em vantagem, o Rubro-negro conseguiu ditar o ritmo do jogo sem correr riscos, o que não havia ocorrido na etapa inicial.

Aos 27 minutos, o leve volante Naldinho deu as suas passadas largas pelo lado direito, avançou e cruzou rasteiro na área.

Esperto, um certo atacante se livrou da marcação e tocou mais uma vez com categoria.

Bruno Mineiro, Sport 3 x 1.

O jogador de 28 anos se escalou como titular. Deixou o time a um ponto do G4.

Série B 2011: Sport 3 x 1 Guarani. Foto: Hélder Tavares/Diario de Pernambuco