Complexo do começo ao fim, longo, arrastado, cansativo.
O episódio do título brasileiro de 1987 ainda rende. É, possivelmente, a competição de futebol mais polêmica da história em relação ao desfecho, sempre mutável.
Já teve de tudo. Julgamento nas esferas esportiva e cível, caso transitado em julgado, reviravolta com resolução administrativa da CBF, nova ação judicial e revogação.
Nesse tempo todo, o caso chegou a bater na porta da Fifa, em 1988, quando o então secretário-geral da Fifa Joseph Blatter viajou ao Rio de Janeiro e deu um ultimato à CBF, ordenando a indicação do Sport à Libertadores.
Em breve, a sede da entidade, em Zurique, na Suíça, poderá receber novamente a papelada do conturbado Brasileirão. Após a nova ação leonina na Justiça Federal, ainda que sobre o mesmo conjunto de papéis do caso encerrado em 16 de abril de 2001, a diretoria do Flamengo já divulgou que pretende levar o impasse à corte da Fifa.
Nas regras da entidade, é proibida qualquer interferência da justiça comum para discutir o mérito esportivo. Entre as punições mais severas – ainda que não tenha sido aplicada -, a desfiliação, da entidade ou do clube. A punição de praxe: dois anos sem jogar.
A Fifa passou a tomar atitudes deste porte com mais ímpeto na década de 1990. Até a entidade se pronunciar de novo, o caso ainda deverá continuar lento, sem fim.
Mas vamos a uma hipotética dúvida para o torcedor do Sport, em último caso…
Caso o preço para ter de uma vez por todas a exclusividade do título brasileiro de 1987 fosse sofrer a punição da Fifa, qual opção você escolheria:
1) Ficaria dois anos sem jogar, contabilizando dois rebaixamentos. Caso consiga o acesso este ano, o clube voltaria em janeiro de 2014 na Série C.
2) Recuaria e tiraria a ação contra a resolução 02/2011 da CBF, aceitando a divisão oficial do título nacional.
Comente sobre tal hipótese, que, acredite, não deve ser descartada…