(In)Felicidade em gramados pernambucanos

Ministro do Turismo, Luiz BarretoDeixando o gabinete, o ministro do Turismo, Luiz Barretto, se mostra um fanático por futebol.

Durante uma entrevista na terça-feira, no Centro de Convenções, em Olinda, o titular de uma das principais pastas relacionadas à Copa do Mundo de 2014 também conversou com o blogueiro sobre futebol longe temas como PAC, arenas e afins. Teve até “provocação”.

Após ser questionado sobre o que achara do projeto do estádio de Pernambuco (ele faria um sobrevoo na área minutos depois), Barretto (foto) comentou que já havia assistido jogos nos três estádios do Recife.

“Já vi jogo nos Aflitos, no Arrudão e na Ilha.”

O senhor torce por qual time?

“Eu sou torcedor do São Paulo”.

A resposta veio acompanhada de um sorriso como este ao lado. Típico de quem sabe que está por cima. Como são-paulino, de fato, ele estava, com uma suposta freguesia. Mas não consegui ficar calado.

Nem sempre o senhor saiu feliz desses estádios, né…?

“É… Algumas vezes não terminaram muito bem.”

Confira a entrevista completa no Diario de Pernambuco clicando AQUI.

Número da besta ou do besta?

Série B-2010: Sport 1 x 0 América/MG. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

6 vitórias, 6 empates e 6 derrotas.

Esta é a campanha do Sport na Série B do Brasileiro após 18 rodadas.

O time não perde há sete partidas, sendo seis sob o comando do técnico Geninho.

São três vitórias e quatro empates. Conquistou 13 dos 21 pontos possíveis, com 61,9% de aproveitamento no período.

Coisa rara. O time não perdeu no mês de agosto…

Mas, como sabemos, a Segundona não se restringe a esse momento, que culminou com a suada vitória sobre o América/MG por 1 x 0, em uma partida muito truncada na Ilha.

Os 14 mil torcedores deixaram a Ilha na noite desta terça com um certo alívio pela vitória. Um foco em 90 minutos e só. Um time que lutou muito.

No entanto, a equipe tenta sair de um buraco muito grande, criado nas cinco primeiras rodadas, quando somou um mísero ponto.

666, o número da besta. Uma campanha com modestíssimos 24 pontos, na 11ª colocação. A única com essa configuração “maligna” na Série B.

Assim, o Rubro-negro segue entre a cruz e a espada.

Está a seis pontos do G4 e a quatro do Z4. 666… 😈

Desgosto

Série B-2010: Vila Nova 2 x 1 Náutico, no Serra Dourada. Foto: Vila Nova/divulgação

Foram sete jogos pela Série B em agosto.

Apenas uma vitória.

Dois empates.

E quatro derrotas… Fora de casa a situação é ainda pior. Na noite desta terça-feira, o Náutico chegou ao 5º revés consecutivo no Brasileiro.

Bronca diante do lanterna Vila Nova. Aquele mesmo time “cabuloso” que arrancou um empate na Ilha há uma semana.

A derrota por 2 x 1, com o gol goiano marcado no Serra Dourada aos 30 minutos do segundo tempo, deixou o Náutico em 8º lugar.

Há um mês, o Timbu era o vice-líder da competição, com resultados consistentes. Mas a competição é longa e oscilações são normais.

Não é normal desandar tanto… Pelo menos em campo.  O técnico Gallo declarou que “erros individuais estão matando o trabalho”.

Matando, eu não sei. Mas a gordura está sendo queimada em alta velocidade.

Na tabela, apesar da posição, o Alvirrubro está a dois pontos do G4. Tem que reagir.

Chega logo, setembro…

Gostam porque dão espetáculo

MilanO Milan confirmou a contratação do atacante Robinho.

Mais um brasileiro no gigante da Itália, ao lado de Ronaldinho Gaúcho, Thiago Silva..

Desde o início da Era Silvio Berlusconi, em 1998, dezessete jogadores brasilleiros já vestiram a camisa rossonera.

É um número tão expressivo que o site oficial do clube, em sua versão em português, publicou uma matéria com os dados de todos os jogadores do país que atuaram lá.

Confira o texto da chamada do texto no print screen ao lado.

Quem mais jogou pelo Milan foi o goleiro Dida, com 206 partidas.

Quem mais cedeu atletas ao clube de Milão foi no São Paulo, com quatro negociações.

Veja a matéria do Milan AQUI.

Meta mínima: 39.756 tricolores

Convocação da torcida do Santa Cruz. Crédito: CoralNetComeça uma campanha maciça do Santa Cruz.

Durante toda a semana, o povão coral será convocado para mais uma prova de grandeza no Arruda, mesmo na Série D. A ilustração ao lado é do próprio site do clube, o Coralnet (veja AQUI).

Nesta terça, serão colocados à venda 50 mil bilhetes, mas o clube espera ir além, até a reserva técnica, chegando ao limite da capacidade atual do estádio, de 60.044 pessoas.

Se acontecer, o Santa ficará no “topo”.

Hoje, a maior média de público do Brasileiro pertence ao Fluminense, da Série A, com 27.457 pessoas. Foram 8 jogos no Maracanã.

A Cobra Coral levou 70.076 pessoas em três jogos no Mundão e tem um índice de 23.359.

Para chegar a pelo menos 27.458 e assumir a “liderança” de público em todas as quatro divisões nacionais, o Santa precisa de 39.756 torcedores no próximo domingo, contra o Guarany/CE.

Com a lotação esgotada (60.044 pessoas), a média ficaria em 32.530!

Acredito em mais de 40 mil. Ou seja: suficiente. Você vai?

Na escala de domingo do Superesportes, do Diario, é a minha vez. Até o Arruda…

O Flu receberá o Palmeiras no Rio na quarta-feira. Depois, a conta recalculada.

O time de todos subiu

América Futebol ClubeUm domingo histórico para o futebol pernambucano.

Como é possível…? Sport, Náutico e Santa Cruz folgaram na data magna do futebol. É verdade, mas…

Jogando nas entranhas do futebol do estado, quase escondido, uma das forças mais tradicionais ressurgiu.

Na última rodada da Série A2, atuando fora de casa, em Chã Grande, o América venceu o Decisão por 4 x 1 e ficou com uma das duas vagas à elite do Estadal de 2011.

O time precisava tirar 2 gols de saldo na rodada decisiva da competição. Era meio caminho andado para mais uma frustração do Mequinha, conhecido há anos pela simpatia e tido como o “segundo clube de todos os pernambucanos”.

Mas o América se superou e ficou com o festejado vice. Petrolina foi o campeão.

Longe da 1ª divisão desde 1995, o América Futebol Clube está de volta! Próximo do seu centenário (que será realizado em 12 de abril de 2014), o clube da Estrada do Arraial vem jogando no Ademir Cunha, em Paulista. Andarilho com a raiz no Recife.

O clube volta com o peso de 6 títulos estaduais: 1918, 1919, 1921, 1922, 1927 e 1944. A sexta conquista foi a última vez que a taça não ficou com o Trio de Ferro.

O time ainda tem 9 vices do Pernambucano (último em 1952) e 11 títulos do extinto Torneio Início… Fora os antigos clássicos: Náutico (Clássico da Técnica e da Disciplina), Sport (Clássico dos Campeões) e Santa Cruz (Clássico da Amizade).

É ou não é um domingo histórico? Torci muito pelo América, admito…

De forma modesta, o time já tenta faturar. As camisas oficiais do Alviverde estão sendo vendidas na sede, na Ceasa. Fone: (81) 3468-1000 (veja o site oficial AQUI).

Sociologia das paixões clubísticas

Diario de Pernambuco: 29/08/2010. Capa do Superesportes. Arte: Greg/Diario de Pernambuco“Em Pernambuco, o Santa tem a maior torcida que vai ao campo. Pode ser por conta desse sentimento de esperança. O torcedor vai ao estádio sonhando com a vitória, mesmo sabendo que o clube vai mal ele acredita no sucesso. Se o Náutico passasse por essa situação, talvez deixasse de existir. É uma torcida mais elitizada. A torcida do Sport é mais de momento. Talvez até possa superar a do Santa em número, mas ela é de momento. É como se fosse de moda… Como foi na Libertadores, onde era chique estar na Ilha.”

Por Denílson Marques, doutor em sociologia da Universidade Federal de Pernambuco.

É um texto bem polêmico envolvendo os três clubes. A declaração faz parte da ampla reportagem “Um Fenômeno chamado Santa Cruz”, na edição deste domingo do Diario.

Leia a matéria completa dos repórteres Celso Ishigami e Diego Trajano clicando  AQUI.

Sobre a arte: o Diario de Pernambuco vem abusando do grafismo no Superesportes há algum tempo. Desta vez, a arte na capa do caderno foi assinada por Greg.

O sonho está acabando

Sonho

O fim do primeiro tempo no ABC Paulista era quase um sonho.

Digno do tal “carro-chefe” do Brasileiro da Série B de 2010.

Vitória parcial do Sport por 2 x 0 sobre o Santo André em uma rodada que também ajudava, com o empate entre Portuguesa e Bahia, no Canindé.

Jogando na Grande São Paulo, o Leão havia marcado com Igor e Ciro, em um confronto equilibrado até então, mas com a sorte de duas finalizações certas.

Até aquele momento, a diferença do pentacampeão pernambucano em relação ao G4 da Segundona caía para seis pontos.

Mas com uma zaga em uma fase tão ruim fica mesmo difícil acordar com uma realidade semelhante àquela do sonho. E a realidade, como sabemos, é um pouco mais cruel…

O suposto triunfo se transformou em uma ilusão numa tarde de sábado.

O Santo André pressionou bastante na etapa final. Ao todo, teve 17 escanteios, contra apenas 3 do time pernambucano.

Mesmo com o gol de cabeça, o capitão Igor seguia jogando o mesmo futebol abaixo da crítica das últimas rodadas. Hoje, culminou com uma expulsão.

Tudo bem que a sua falta saiu após um contra-ataque dado por Ciro, fominha lá na frente. Erros em sequência. Algo que não resulta em algo diferente de um tropeço.

Bola na área o tempo todo… Magrão espalmando no canto direito, no canto esquerdo, no alto… Só não dá para salvar sempre. E ele não conseguiu. O Ramalhão chegou ao empate aos 41 minutos, já com a neblina tomando conta do estádio.

Ali, 2 x 2. No Canindé, o Bahia atropelou e fez 4 x 2 na Lusa.

Consequência? O Sport acaba a 17ª rodada da Série B a 9 pontos do G4.

O time não perde há seis jogos. São 2 vitórias e 4 empates. Somou 10 pontos. Caminhada muito tímida, com o freio de mão puxado.

Hoje, o Sport está muito longe da volta à elite. O sonho está acabando.

É punk

Série B-2010: Náutico 0 x 0 Brasiliense. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

A recuperação não veio. Mais um 0 x 0 frustrante no Recife. Desta vez nos Aflitos.

Contra o Brasiliense, e a sua surreal camisa rock’n’roll, o Náutico ficou no empate na Série B, na presença de 9.300 torcedores.

No primeiro tempo, o goleiro Glédson fez pelo menos três ótimas defesas.

Salvou o time… Volta por cima, pois o camisa 1 do Alvirrubro já começava a receber algumas críticas da torcida após as últimas duas derrotas.

Mas a vida de qualquer goleiro sempre foi complicada. E olhe que Glédson era um dos destaques da equipe antes deste momento com alguma turbulência.

Voltando ao jogo, a noite desta sexta deu mesmo muito trabalho a Glédson, que ainda teve que segurar os meninos do Brasiliense (Iranildo, Acosta e Ruy) na etapa final.

As melhores chances foram mesmo do time candango durante toda a partida.

A vitória não passou nem perto do Náutico nesta rodada.

O técnico Gallo reconheceu isso e, certamente, já está cobrando uma reação do grupo nas próximas rodadas. De qualquer forma, o Alvirrubro chegou aos 28 pontos.

Segue fora do G4, mas está bem próximo… A duas rodadas do fim, a meta timbu de acabar o primeiro turno da Segundona com 33 pontos ficou comprometida.

Mas pelo menos a noite serviu para provar que a torcida alvirrubra pode mesmo confiar no seu goleiro para o restante da longa jornada na Segundona.

No lado do Brasiliense, bem que o clube poderia aposentar essa camisa musical, já que aposentar meio time seria bem mais difícil…

Rei de Pernambuco

Coroa

Hamilton.

Alagoano de Murici. Completou 30 anos em junho. Volante marcador. Eficiente. Conhecido como um “cão de guarda” em campo.

Muitas vezes, acaba sendo a única saída do treinador quando o jogo aperta.

Pela marcação pesada, acumula em série inúmeros cartões amarelos. E vermelhos. Saindo das quatros das linhas, a situação muda.

Ele torna-se um jogador quase “bipolar”, muito instável. Por isso, quase o regente de uma monarquia. Talvez tenha mesmo o rei na barriga.

Uma hora no Náutico, outra no Sport, depois no Náutico, e em seguida no Sport.

Ele não facilita em nada a negociação. Não cede. Como a maioria dos reis, diga-se…

Hamilton tem esse direito, é bom ressaltar. Mas a crítica vai ao futebol de Pernambuco, que se submete a esses personagens da bola. Fazem leilão, cobram adiantado etc.

Agora, o atleta chega ao Timbu pela segunda vez em 2010. Isso porque quis um contrato curto no Estadual. Depois de negociar com os rubro-negros, é claro.

É possível que ele forme uma boa dupla com Ramires no Alvirrubro? Demais. Mas, na minha opinião, o futebol local não pode ficar refém de jogadores assim.

Além desta imposição no contrato, Hamilton já se negou a jogar pelo Náutico na última rodada da Série A de 2008, quando sentiu uma lesão que jamais apareceu em exames.

O Timbu não caiu graças à melhor atuação do goleiro Eduardo pelo clube, que recebeu a nota 10 do Diario no 0 x 0 com o Santos na Vila Belmiro.

Mas é fato consumado. Hamilton está de volta e deve reforçar bem o time de Gallo na Série B. De qualquer forma, é bom reforçar também a segurança na sua fazendo em Sergipe, que costuma ser invadida quando os zeros não aparecem na conta bancária.

Náutico, 2008; Sport, 2009; Náutico, 2010; Sport, 2011; Náutico, 2012; Sport, 2013; Náutico, 2014; Sport, 2015; Náutico, 2016; Sport, 2017…

Aos 37 anos, chega. Aí, Hamilton vai se dedicar em tempo integral à sua fazenda.

Eis o verdadeiro Rei de Pernambuco.

Por que três coroas então? Porque Pernambuco tem outros reis do mesmo tipo…