Um cacique no caminho

Guarany de Sobral

Sobral. A segunda cidade mais povoada do interior do Ceará, com 180 mil habitantes.

Município com o terceiro maior PIB do estado, com R$ 1,52 bilhão. Fica a 998 quilômetros do Recife, ou “13 horas e 12 minutos” segundo o Google Maps (veja AQUI).

Terra do Guarany, o primeiro adversário do Santa no mata-mata da Série D. Dia 5 no Arruda e dia 12 em Sobral, no estádio do Junco, com capacidade para 15 mil pessoas.

O Guarany é um clube conhecido no futebol alencarino pelos altos e baixos.

No Cearense, no primeiro semestre, o time não foi recomendável para cardíacos. Fez uma excelente campanha, mas perdeu as finais dos dois turnos. O primeiro nos pênaltis, após um 4 x 4 com o Fortaleza. Depois, revés diante do Ceará, por 1 x 0.

Na Série D, duas vitórias, três empates e uma derrota. Campanha inferior à dos tricolores, mas sufuciente para ficar em 1º lugar.

Saiba sobre o elenco do Guarany clicando AQUI.

Este será o segundo confronto entre Santa Cruz e Guarany pelo Brasileiro. Em 22 de outubro de 2002, os times se enfrentaram – que saudade – pela Série B. O Tricolor contava com Grafite… Veja a matéria do Diario sobre aquele 2 x 2 AQUI.

Curiosidade: o time nunca conquistou o certame cearense, mas já ganhou a 2ª divisão em quatro oportunidades: 1966, 1999, 2005 e 2008.

Junta mais essa vitória

Série D-2010: CSA 1 x 2 Santa Cruz. Tricolor se classifica para a segunda fase. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Estádio Rei Pelé, último minuto de jogo.

Brasão, ele mesmo, acerta a cobrança de pênalti.

Gol que acaba com os 100% de aproveitamento do CSA na Série D. Gol que deu a vitória do Santa Cruz em Maceió.

Gol que cravou o 2 x 1 da classificação coral, neste domingo.

Gol que levou o Tricolor ao mata-mata da 4ª divisão nacional.

Mais de três mil torcedores corais invadiram a capital alagoana, como em 2009. Há um ano, o início da campanha. Desta fez, no desfecho da primeira fase.

Festa e tempo. O time treinado por Givanildo Oliveira terá duas semanas de descanso, planejamento, alívio, expectativa e sonhos…

Depois, a odisseia dos jogos de 180 minutos. Serão três etapas.

O primeiro passo será no Arruda, no dia 5, contra o Guarany de Sobral, que, apesar da liderança do grupo 3, fez 9 pontos, dois a menos que os triclores, que acabaram em segundo lugar da chave 4.

Menos de 40 mil torcedores…?! Duvido.

“Um abraço para aqueles 14 torcedores que passaram mal o Arruda. Dessa vez eu acertei o pênalti. Quero é ver o meu clube de coração na Série C.”

Brasão, mito.

Nova enquete do blog:

Após a classificação para o mata-mata, você acha que o Santa Cruz vai conseguir o acesso à Série C de 2011?

Frágil?

Icasa 3 x 1 Náutico.

“O adversário era tecnicamente muito frágil. Tínhamos condições de vencer e não vencemos. Perdemos em duas falhas individuais.”

IcasaDe fato, o técnico Alexandre Gallo foi contundente no comentário sobre a derrota do Náutico neste sábado, em Juazeiro do Norte, no Cariri cearense.

O time deixa o G4 da Série B do Brasileiro. Caiu para o 5º lugar na competição.

Com 27 pontos até o momento, o próprio comandante timbu já fez os cálculos: 33 pontos até o fim do primeiro turno da Segundona.

Portanto, faltam seis pontos em quatro jogos. O Alvirrubro segue nos trilhos.

Só não me parece muito prudente chamar o time do Icasa de frágil, Gallo.

O time estava na 2ª divisão do seu estado? Fato. Mas já subiu, ganhando a Segundona de 2010.

Mesmo sem tanto cartaz, o Icasa vem “mandando” no futebol pernambucano. Nos últimos três anos, enfrentou os grandes do Recife em quatro oportunidades.

2008 – Santa Cruz 0 x 1 Icasa (Série C)
2008 – Icasa 1 x 0 Santa Cruz (Série C)
2010 – Sport 1 x 2 Icasa (Série B)
2010 – Icasa 3 x 1 Náutico (Série B)

O Icasa pode até ser frágil… Mas não estamos longe disso. Infelizmente.

Veja a reportagem sobre o revés alvirrubro neste sábado AQUI.

Descaso em três cores

Museu do Santa Cruz. Foto: José Gustavo/Diario de Pernambuco

Não é um estoque de supermercado ou uma mudança de local. Antes fosse! A imagem acima é um retrato da atual situação da sala de troféus do Santa Cruz.

Em julho de 2009, o Diario já havia denunciado o descaso da diretoria coral em relação ao seu passado. Após mais de um ano, as taças seguem amontoadas. Encaixotadas.

São mais de 1.300 peças no acervo.

Lá estão os 24 títulos do Campeonato Pernambucano.

Museu do Santa Cruz. Foto: José Gustavo/Diario de PernambucoUniformes históricos, como essa chuteira na parede… Uma marca do abandono.

Flâmulas, tanto que é possível ver no canto esquerdo da foto o emblema do francês Paris Saint-Germain, durante a excursão que resultou na Fita Azul, em 1979 (veja AQUI).

Além de fotos de esquadrões, como o quadro do time supercampeão estadual em 1957.

O Diario apurou que a Cobra Coral segue com o projeto de modernizar a sua sala de troféus e transformá-la em um museu.

Mas, até lá, o Tricolor poderia manter, pelo menos, a antiga sala de troféus do clube. Se as glórias já estão difíceis hoje em dia, não precisa dificultar o acesso ao passado…

Finalmente, o CT do Sport

Novo CT do Sport, em Paratibe. Imagem: Sport/divulgação

O centro de treinamento do Sport, em Paratibe, segue com uma infraestrutura bem precária. O local conta, basicamente, com campos de futebol. Agora, o CT – comprado junto ao Intercontinental por R$ 2 milhões – deverá passar por uma modernização.

O repórter André Albuquerque, do Diario, teve acesso ao projeto. Aqui no blog, algumas imagens do ousado plano de transformar o CT leonino, de oito hectares e a 30 quilômetros do Marco Zero, em um “CT” de fato. É uma lacuna antiga no clube.

Acima, uma uma imagem aérea do centro, que deverá fazer com que o elenco profissional tenha condições de realizar um treino completo sem ter que voltar para a Ilha. Abaixo, detalhes, como a futura sala de imprensa (muito superior à atual, na Ilha) e o vestiário, com padrão europeu.

O projeto, que vem sendo articulado por Gustavo Dubeux, deverá custar cerca de R$5 milhões ao todo. Saiba mais na reportagem do Diario, neste domingo.

Em tempo: essa é a saída tanto para Sport, quanto para Náutico – o mais adiantado, com um crescimento gradativo desde, na Guabiraba – e Santa Cruz.

Novo CT do Sport, em Paratibe. Imagem: Sport/divulgação

G3

Após o título continental do Internacional, correu a notícia de que o Brasileirão teria apenas três vagas na Libertadores do ano que vem.

Conmebol: Copa Sul-americana x LibertadoresA justificativa seria o fato de que agora o campeão da Copa Sul-americana garante uma vaga na fase de grupos da Libertadores.

Essa notícia causou repulsa.

Seria um ato incrivelmente sem noção da Conmebol. Mais um na história.

Desde 1962, o campeão da Libertadores sempre gerou uma vaga extra ao país.

No caso, o Brasil, que atualmente tem direito a cinco vagas, ficaria com seis em 2011.

Nesta sexta-feira, a Conmebol parece ter “voltado atrás” e ratificou a vaga extra ao campeão da Libertadores.

Teremos seis vagas na próxima edição do maior campeonato das Américas.

Com duas vagas extras – em caso de título na Libertadores e na Sul-americana -, a lógica seria que o Brasil pudesse ter até sete vagas na Libertadores. Porém, não será mesmo assim.

Caso algum time brasileiro conquiste a vigente Copa Sul-americana, o 4º lugar da Série A será penalizado, perdendo a sua classificação. Assim, o G4 viraria G3…

Nesse cenário, o 3º lugar também sofreria, pois a sua vaga na fase de grupos acabaria, dando um passo para trás, iniciando a competição na Pré-Libertadores.

E pensar que a Venezuela tem três vagas na Libertadores… É demais.

Parabéns, Conmebol.

O maior da América. Replay

Internacional conquista a Taça Libertadores de 2010. Foto: Fifa/divulgação

Merecido.

Internacional, campeão da Taça Libertadores da América de 2010.

Campeão não… Bicampeão!

A conquista desta quarta-feira se junta ao título de 2006. Por sinal, o Inter engatou a 5ª marcha e ganhou o seu 5º título internacional desde então. Com isso, ultrapassou o rival Grêmio, dono de quatro taças internacionais oficiais.

O Colorado venceu o Chivas novamente, agora por 3 x 2, num Beira-Rio ensandecido pelo clima. Pelo tão falado “espírito Libertadores”.

O Inter, com o lastro de 100 mil sócios em dia, chegou ao seu segundo título da Libertadores após garantir a vaga na competição com o vice-campeonato brasileiro.

Foi assim em 2005 e em 2009. No ano passado, por sinal, o time perdeu o título nos minutos finais, depois que o Flamengo virou o jogo sobre o Grêmio, no Maracanã. O título ficou com o Fla.

O torcedor colorado no vídeo abaixo sofreu com o gol sofrido pelo Grêmio naquela ocasião. Desta vez, seja lá onde estiver, esse mesmo torcedor deve ter ido à forra!

Folclore tricolor

O canal por assinatura SporTV começou nesta semana uma série de reportagens chamada “Brasil fora de série”. A descrição já deixa claro:

“Folclore, drama, paixão que cercam as divisões inferiores do futebol brasileiro.”

O primeiro episódio foi com o campeão de bilheteria Santa Cruz.

O vídeo de 6 minutos traz imagens inéditas da suada vitória coral no domingo, sobre o Potiguar, diante de 25 mil pagantes no estádio do Arruda.

Reparem na reação de Brasão ao perder um gol e sair xingando tudo, sozinho!

Profissionalizando a motivação

Essa história de vídeos motivacionais para os clubes está virando coisa séria… Cada vez mais os torcedores estão dominando as técnicas de edição, com boas produções. Abaixo, um vídeo feito para o Sport pela Azougue Vídeo Produções, com locução de Tony Araújo, texto de Rafael Pontes e edição de Cristiano Lima. Ficou bacana. Confira.

Você já fez algum vídeo assim? Envie para o blog.

Pode ser tricolor, rubro-negro, alvirrubro…

10 ou 9.5? Tanto faz, Marcelinho…

Série B-2010: Sport 4 x 1 São Caetano. Marcelinho Paraíba marcou um gol e deu três assistências. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Era o primeiro jogo de Marcelinho Paraíba na Ilha do Retiro.

A estreia havia sido no sábado, em Bragança Paulista. Discreta. 

Em casa, uma expectativa enorme sobre a contratação mais cara do Sport na temporada. Entre luvas e salários, um custo mensal de R$ 110 mil.

Meia-atacante. Qualidade no passe, velocidade, bom finalizador. Era a prova dos 9 do jogador. Na verdade, a prova do camisa 10.

O adversário não era qualquer um não. Enfrentar o São Caetano, 3º lugar no Brasileiro da Série B, tinha deixado a torcida bem desconfiada. Vai ou não vai? Uma dúvida que já se arrasta há várias rodadas no clube.

Mas ele correspondeu.

Pode até ser exagero das letras de alguém que estava no estádio, mas a verdade é que Marcelinho Paraíba teve uma das melhores estreias no Leão considerando os jogadores renomados dos últimos anos.

A vitória foi convincente. Uma goleada, aliás: 4 x 1.

Um scout rápido de Marcelinho: um golaço de falta e três assistências, sendo duas delas para o artilheiro Ciro, agora como 11 gols. Esse, por sinal, arrumou um bom companheiro no ataque.

Os números de Marcelinho realmente foram de um “meia-atacante”, que buscou a bola a todo instante, tabelou e mostrou uma visão de jogo diferenciada.  Fim da partida, e os repórteres que o cercaram perguntaram qual nota ele daria para si mesmo.

“Dez”.

Com as devidas proporções que a Segundona exige, o craque teve uma atuação digna desta nota. Se foi 10, 9 ou 8,5… De fato, é bem subjetivo. Tanto faz a nota publicada nos jornais ou num blog. A grande atuação de Marcelinho foi percebida pela torcida.

No fim, ele ainda mandou o recado… Quer pintar o cabelo de vermelho e preto.  Aí, só vai faltar mesmo o acesso à Série A. O mais importante, diga-se…