Considerando a moeda nacional, foi a maior transação da história tricolor, a 6ª no geral. Porém, na conversão com o dólar, o jogador fica atrás dos atacantes Pantera (1996) e Gilberto (2011), entre os corais, e 16º entre todos os nomes. A ressalva é importante por causa da cotação do real, tendo peso maior ou menor no mercado ao longo dos anos – apesar de o euro ser a moeda mais utilizada hoje em dia no futebol internacional, o blog opta pelo dólar uma vez que a moeda europeia só foi criada em 1999, sendo impossível calcular valores anteriores.
Os números de João Paulo ainda podem aumentar consideravelmente, uma vez que o clube coral detinha 100% dos direitos econômicos e negociou apenas 60%. Ao todo, o meia valeria na prática R$ 5 milhões. Em caso de venda total, JP subiria para 3º (real) e 7º (dólar). O dado final será mensurado pelo desempenho no alvinegro carioca. Longe do Arruda, mas ainda rendendo…
Sobre as negociações milionárias no estado (R$): Nº de jogadores vendidos (30): Sport 15, Náutico 9, Santa Cruz 5, Porto 1 Nº de jogadores comprados (7): Sport 6, Náutico 1
Abaixo, a lista de atletas negociados. O levantamento considera as receitas obtidas pelos clubes locais, à parte de percentuais de investidores.
Um sorteio na sede da CBF, no Rio de Janeiro, definiu todos os caminhos da Copa do Brasil de 2017 até a terceira fase (tabela abaixo), com 80 clubes, entre eles Sport, Náutico e Salgueiro, disputando dez vagas. Na quarta fase haverá um novo sorteio para os confrontos, com os cinco classificados compondo as oitavas de final (a quinta fase) com os oito participantes da Libertadores e outros três pré-classificados, Santa Cruz (Nordestão), Paysandu (Copa Verde) e Atlético-GO (Série B). Lembrando que, agora, as duas primeiras fases são disputadas em jogos únicos. Na 1ª fase, mando do pior rankeado e vantagem do empate ao visitante (os três pernambucanos jogam fora). Na 2ª, sorteio de mando e pênaltis como desempate. A partir da 3ª volta o tradicional “ida e volta”.
Confira o chaveamento completo em uma resolução melhor aqui.
Possíveis adversários:
Sport (vice-campeão) 1ª fase – CSA 2ª fase – River-PI ou Sete de Setembro-MS 3ª fase – Ceará, Boavista-RJ, Portuguesa-SP ou Uniclinic-CE
Náutico (3º lugar) 1ª fase – Guarani-CE 2ª fase – Sampaio Corrêa-MA (fora) ou São José-RS (fora) 3ª fase – Internacional-RS, Princesa-AM, Oeste-SP ou Friburguense-RJ
Salgueiro (4º lugar*) 1ª fase – Sinop-MT 2ª fase – Fluminense-RJ ou Globo-RN 3ª fase – Criciúma-SC, Santo André-SP, CRB-AL ou Altos-PI * Ganhou a vaga após o Santa ganhar a pré-classificação às oitavas.
Distâncias aéreas na estreia: 1.843 km – Sinop (Sinop) x Salgueiro (Salgueiro)
498 km – Guarani (Juazeiro do Norte) x Náutico (Recife
200 km – CSA (Maceió) x Sport (Recife)
Em 2016, a estreia local foi trágica. Só o Santa avançou, despachando o Rio Branco-ES. O Náutico parou no modesto Vitória da Conquista, enquanto o Sport optou pela Sula, até então com a obrigação da eliminação precoce na Copa do Brasil, jogando com um time mesclado com juniores contra a Aparecidense. Derrota lá e lô. Já o Salgueiro não foi páreo para a Ferroviária de São Paulo.
Desempenho na 1ª rodada da Copa do Brasil (1989-2016):
Santa Cruz 22 participações 16 classificações (72%) 6 eliminações (última em 2012)
Postagem atualizada em 16/12, após correção do Sport*
A eleição do Sport visando o biênio 2017-2018 é a maior da história do futebol pernambucano em relação ao número de sócios aptos para votar. O prazo para atualizar a mensalidade leonina expirou em 10 de dezembro, faltando seis para o pleito, e, segundo dados da comissão eleitoral, são 16.500 rubro-negros, com a lista já afixada na sede. Quase duas vezes mais que a eleição anterior.
O número se explica pelo crescimento em 2015, no embalo da campanha na Série A, passando de 8 mil para 27.576 sócios titulares adimplentes, somando todos os planos. E a maioria (59%) se inscreveu em categorias a partir de “contribuinte”, a mínima com direito a voto – lembrando que ainda há 16 mil dependentes, que não podem votar. Na última década, a Ilha do Retiro foi marcada por bate-chapas, tendo pelo menos 20,2% dos sócios presentes. Alcançando o percentual mínimo, a disputa entre Arnaldo Barros e Wanderson Lacerda já chegaria a 3,3 mil votos – o recorde é de 3.548, em 2000.
O colégio eleitoral rubro-negro nos últimos 10 anos: 2016 – 16,5 mil sócios aptos 2014 – 9 mil aptos (1.818 votos, ou 20,2%) 2012 – 12 mil aptos (3.441 votos, ou 28,6%) 2010 – 7 mil aptos (1.957 votos, ou 27,9%) 2008 – 8 mil aptos (3.456 votos, ou 43,2%) 2006 – 8 mil aptos (1.817 votos, ou 22,7%)
* Inicialmente, o Leão divulgou 27,5 mil aptos, porém, no dia da eleição, reduziu para 16,5 mil, excluindo sócios-torcedores e membros há menos de um ano.
De 1959 a 2016 foram realizadas 60 edições do Campeonato Brasileiro, considerando a unificação oficializada pela CBF. Na conta, a Série A (1971-2016), a Taça Brasil (1959-1968) e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967-1970), com formatos bem distintos. Em termos de competitividade, a participação nordestina variou bastante, com números consistentes na primeira década. Ao todo, 15 clubes da região já terminaram ao menos uma vez entre os 10 primeiros colocados – apenas o Rio Grande Norte não emplacou uma classificação do tipo. Foram 68 campanhas neste contexto, sendo que em 19 delas os times chegaram à semifinal. No auge, três títulos e seis vices.
Abaixo, o blog fez uma compilação dos 20 melhores nordestinos (quando possível) em cada recorte do Brasileirão, tanto em campanhas finais quanto em pontos acumulados. Neste caso, para uniformizar o ranking histórico, a vitória valeu três pontos em todos os jogos (oficialmente, no país, começou em 1995).
A unificação ocorreu em 2010, com o Bahia tornando-se, de fato e de direito, bicampeão brasileiro. O tricolor soteropolitano ainda foi vice outras duas vezes (diante do Santos), com os melhores resultados da região. Entretanto, somando todas as campanhas Top Ten, segue com uma campanha a menos que o Sport, que emplacou a 14ª em 2015, ao terminar a Série A em 6º lugar. Dominando o cenário pernambucano na década de 1960, o Náutico somou mais seis campanhas (incluindo cinco no G4!), subindo para o 4º lugar geral. Justamente por ter disputar apenas uma vez a Taça Brasil, o Santa acabou figurando em 6º, mesmo tendo resultados melhores que os cearenses na Série A.
O Campeonato Brasileiro, com esta alcunha, foi iniciado em 1971, com 20 clubes, incluindo Sport e Santa. Foram 32 regulamentos diferentes até 2003, quando foi implantado o sistema de pontos corridos. No fim dos anos 1980, Recife e Salvador levaram a “taça das bolinhas”, o troféu mais conhecido, com o Sport em 1987 e o Bahia em 1988. Vitória, vice em 1993, e Santa, semifinalista em 1975, também conseguiram grandes resultados. Desde 1988 há acesso e descenso, período no qual apenas oito times conseguiram disputar a elite (Náutico, Santa, Sport, Bahia, Vitória, Ceará, Fortaleza e América de Natal).
As 32 campanhas entre os 10 primeiros colocados (Série A): 1º) Sport (11) – 1º (87), 5º (85/00), 6º (15), 7º (88/98), 8º (78/83), 9º (82) e 10º (81/96) 2º) Vitória (9) – 2º (93), 3º (99), 5º (13) 8º (74/79), 9º (97) e 10º (73/02/08) 3º) Bahia (7) – 1º (88), 4º (90), 5º (86), 7º (78/94) e 8º (76/01) 4º) Santa Cruz (3) – 4º (75), 5º (78) e 10º (77) 5º) Náutico (1) – 6º (84) 5º) Ceará (1) – 7º (85)
A Taça Brasil foi a competição criada em 1959 pela CBD (precursora da CBF) para designar o campeão nacional e o representante do país na recém-criada Libertadores. O mata-mata, bem semelhante à Copa do Brasil, contava com os campeões estaduais. A particularidade era a pré-classificação de estaduais bem conceituados. O campeão pernambucano, por exemplo, estreou na semifinal algumas vezes, a primeira delas em 1960, com o Santa. Por sinal, mesmo tendo apenas um ponto no ranking geral, o tricolor tem uma 4ª colocação no torneio. O melhor desempenho (pontos e campanhas) foi do Bahia, o pioneiro campeão. Fortaleza (2x) e Náutico (1x) também chegaram à final, com o vice. A Taça Brasil foi extinta em 1968, quando já era realizada paralelamente ao Robertão.
Apelidado de Robertão, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa foi uma ampliação do Rio-São Paulo. Inicialmente, em 1967, foram convidados clubes do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais. Pernambucanos e baianos foram chamados na 2ª edição. O Bahia representou o seu estado três vezes, com o Náutico presente em 1968, no ano do hexa, e o Santa em 1969 e 1970, no início de sua fase áurea. Foi o único Nacional sem campanhas de destaque do Nordeste.
A melhor colocação nordestina (Robertão): Bahia (2) – 11º (69/70)
A era dos pontos corridos no Brasileiro foi iniciada em 2003. Não se trata de um campeonato à parte, mas de um formato mais duradouro na Série A, justamente com os piores desempenhos da região, com apenas oito representantes no período – todos com rebaixamentos. Em 14 edições, até 2016, a melhor campanha foi do Vitória, 5º lugar. Nenhuma vaga na Libertadores foi alcançada.
As 3 campanhas entre os 10 primeiros colocados (pontos corridos): 1º) Vitória (2) – 5º (13) e 10º (08) 2º) Sport (1) – 6º (15)
Como ocorreu na temporada anterior, o blog traz a avaliação do Transfermarkt após a conclusão das duas principais divisões do Campeonato Brasileiro. Os 40 elencos finalização a edição de 2016 valendo 1,058 bilhão de euros, segundo a moeda utilizada nos levantamentos do site alemão, especializado em direitos econômicos no futebol desde 2000. A grande mudança em relação ao início do campeonato foi, sem dúvida alguma, na Chapecoense, vítima de uma tragédia.
Com o acidente aéreo na Colômbia, com 71 mortos, incluindo 19 jogadores, o time catarinense acabou listando apenas 15 atletas (entre reservas e juniores), com €7,65 mi. Há sete meses a projeção era de 21,2 milhões. Campeão da Série A, o Palmeiras viu o seu plantel valorizar de 72 mi para 80 milhões de euros, com o São Paulo, líder em maio, antes de o campeonato começar, despencando de 78 mi para 68 mi. O cálculo sobre os direitos econômicos de cada atleta é feito a partir do nível técnico, posição, idade e rendimento recente.
Entre os pernambucanos, algumas projeções polêmicas. O Santa Cruz, apesar do descenso, acabou tendo uma esperada valorização do elenco justamente por causa da presença (lastro) na elite – o acesso já havia evoluindo o dado em 92%! Ainda assim, é questionável o aumento estimado a Keno, bem abaixo do mercado (de fato). Passou de 500 mil para 750 mil euros, ficando abaixo de Mazinho (!). No caso do Sport, o valor foi quase o mesmo, mas o clube viu a desvalorização, segundo o Transfermarkt, de seus jogadores mais valorizados: Diego Souza (-500 mil, mesmo sendo artilheiro), Rithely (-500 mil) e Renê (-500 mil). Enquanto isso, na Série B, o Náutico começou e encerrou com o 6º elenco. Porém, chama a atenção o dado de Roni. Apontado como principal nome alvirrubro na campanha, o atacante é apenas o 10º mais caro do clube.
Variação dos pernambucanos, antes da 1ª rodada e após a 38ª rodada: Sport – de 33,8 mi para 33,7 milhões (-100 mil) Santa – de 12,05 mi para 18,4 milhões (+6,35 milhões) Náutico – de 10,95 mi para 11,48 milhões (+530 mil)
Os 10 atletas mais valorizados nos clubes em 13 de dezembro de 2016 (em euros):
Sport (elenco com 33 jogadores: € 33,7 milhões) 1º) 5 milhões – Diego Souza (meia) 2º) 3,5 milhões – Rithely (volante) 3º) 2,5 milhões – Renê (lateral-esquerdo) 4º) 2,0 milhões – Apodi (lateral-direito) 5º) 1,6 milhão – Agenor (goleiro) 6º) 1,5 milhão – Rogério (atacante) 6º) 1,5 milhão – Samuel Xavier (lateral-direito) 8º) 1,25 milhão – Gabriel Xavier (meia) 8º) 1,25 milhão – Everton Felipe (atacante) 10º) 1,15 milhão – Paulo Roberto (volante)
Santa Cruz (elenco com 36 jogadores: € 18,4 milhões) 1º) 3 milhões – Pisano (meia) 2º) 800 mil – Mazinho (meia) 3º) 750 mil – Tiago Cardoso (goleiro) 3º) 750 mil – Grafite (atacante) 3º) 750 mil – Keno 3º) 750 mil – Danny Morais (zagueiro) 3º) 750 mil – João Paulo (meia) 3º) 750 mil – Jádson (volante) 3º) 750 mil – Arthur (atacante) 3º) 750 mil – Uillian Correia (volante) 3º) 750 mil – Marion (meia) 3º) 750 mil – Mario Sérgio (lateral-direito) 3º) 750 mil – Wellington (volante)
Náutico (elenco com 30 jogadores: € 11,48 milhões) 1º) 1,5 milhão – Vinícius (meia) 2º) 1,4 milhão – Léo Pereira (zagueiro) 3º) 1,35 milhão – Renan Oliveira (meia) 4º) 750 mil – João Ananias (volante) 4º) 750 mil – Rodrigo Souza (volante) 6º) 600 mil – Gastón Filgueira (lateral-esquerdo) 6º) 600 mil – Rafael Pereira (zagueiro) 8º) 550 mil – Júlio César (goleiro) 9º) 450 mil – Bérgson (atacante) 10º) 400 mil – Daniel Morais (atacante) 10º) 400 mil – Roni (atacante)
Os 20 jogadores mais caros inscritos no Brasileiro, todos na Série A:
A milionária diferença entre as receitas de televisão no Campeonato Brasileiro, com sete subdivisões de cotas fixas, vem afunilando a disputa pelas primeiras colocações. Quase sempre, o maior investimento obtém resultados satisfatórios. Quase, pois o Inter foi rebaixado pela primeira vez em sua história, mesmo com a 6ª maior cota de TV. E a relação dinheiro/ponto expõe o clube, com R$ 1,4 milhão (sem contar o PPV!) a cada pontinho somado na tabela. A interessante análise (e gráficos) sobre a eficiência de gasto foi feita por Tiago Nunes, calculando todas as cotas (fixas) de acordo com a classificação final da Série A. Não se trata de um quadro conclusivo, mas de um dado a mais para o debate.
Este ano, o Palmeiras ganhou o campeonato de forma incontestável, com nove pontos à frente do vice-campeão, o Santos. Ficou a um ponto do recorde nos pontos corridos, estabelecido pelo rival Corinthians, há um ano. Apesar disso, em termos de “administração”, o alviverde foi apenas o 16º. A Ponte, que terminou em 8º lugar, está no topo da lista, com 433 mil reais a cada ponto. Por sinal, a Macaca já havia liderado o levantamento em 2015, na ocasião com média ainda menor, de R$ 352 mil. A diferença foi o aumento da verba aos não-cotistas da tevê, passando de R$ 18 mi para R$ 23 milhões.
No fim da lista, o Corinthians, que gastou sete vezes mais que a Macaca para cada ponto, ficando apenas uma colocação à frente, com ambos indo à Sula.
1º) Ponte Preta – R$ 433 mil/ponto (R$ 23 milhões de cota e 53 pontos) 2º) Chapecoense – R$ 442 mil/ponto (R$ 23 mi e 52 pts) 3º) Figueirense – R$ 621 mil/ponto (R$ 23 mi e 37 pts) 4º) Atlético-PR – R$ 614 mil/ponto (R$ 35 mi e 57 pts) 5º) Santa Cruz – R$ 741 mil (R$ 23 mi e 31 pts) 6º) Sport – R$ 744 mil/ponto (R$ 35 mi e 47 pts) 7º) Coritiba – R$ 760 mil/ponto (R$ 35 mi e 46 pts) 8º) Vitória – R$ 777 mil/ponto (R$ 35 mi e 45 pts) 9º) América – R$ 821 mil/pontos (R$ 23 mi e 28 pts) 10º) Atlético-MG – R$ 967 mil/ponto (R$ 60 mi e 62 pts) 11º) Botafogo – R$ 1,02 milhão/ponto (R$ 40 mi e 59 pts) 12º) Santos – R$ 1,13 milhão ponto (R$ 80 mi e 71 pts) 12º) Grêmio – R$ 1,13 milhão/ponto (R$ 60 mi e 53 pts) 14º) Cruzeiro – R$ 1,18 milhão/ponto (R$ 60 mi e 51 pts) 15º) Fluminense – R$ 1,20 milhão/ponto (R$ 60 mi e 50 pts) 16º) Palmeiras – R$ 1,25 milhão/ponto (R$ 100 mi e 80 pts) 17º) Internacional – R$ 1,40 milhão/ponto (R$ 60 mi e 43 pts) 18º) São Paulo – R$ 2,12 milhões/ponto (R$ 110 mi e 52 pts) 19º) Flamengo – R$ 2,39 milhões/ponto (R$ 170 mi e 71 pts) 20º) Corinthians – R$ 3,09 milhões/ponto (R$ 170 mi e 55 pts)
Obs. Grêmio e Chape se classificaram à Liberta via Copa do Brasil e Sula.
Confira os dois gráficos em uma resolução maior clicando aqui e aqui.
A vitória do Sport sobre o Figueirense, diante de 25 mil pessoas na Ilha do Retiro, manteve o clube na Série A pela quarta temporada seguida, o que não acontecia desde a série encerrada em 2001 – quando passou onze anos a elite.
Como em suas principais vitórias neste complicado ano para o clube, o Leão produziu um vídeo de 10 minutos, via Lucas Fitipaldi, com imagens exclusivas dos bastidores do último jogo em 2016. Uma partida nervosa, na qual um tropeço poderia ter sido fatal. Terminou com festa e alívio para 2017. Assista.
A quarta temporada da Arena Pernambuco marcou a transição da operação, com o fim da parceria público-privada junto à Odebrecht, em rescisão tomada pelo governo. Agora, o empreendimento vem sendo administrado pela Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco (que organizou 20 dos 32 jogos em 2016), até que uma nova licitação seja realizada. Além disso, o ano também fica marcado pelos piores números do estádio, considerando os jogos oficiais do Trio de Ferro – como o blog apura desde a sua abertura, em 2013.
Baixa tanto em público quanto em bilheteria bruta. Neste caso, parece ter sido determinante a suspensão do programa Todos com a Nota, que subsidiava milhares de ingressos nos jogos com mando de campo de Náutico, Santa Cruz e Sport. Não por acaso, o número de jogos na arena caiu, com 11 partidas a menos – com forte ausência leonina, reduzindo de 10 para 3 apresentações. No total, foram 192 mil torcedores a menos nas cadeiras vermelhas do estádio, resultando numa taxa de ocupação foi de 17,7%, com média de 8 mil pessoas. Até então, nunca havia ficado abaixo de 20% e de 10 mil, respectivamente. Já em termos de arrecadação, o baque foi R$ 6,2 milhões em relação a 2015.
Como contraponto ao quadro desidratado, a primeira partida da Seleção Brasileira em São Lourenço estabeleceu um recorde duplo. O empate em 2 x 2 com o Uruguai foi assistido in loco por 45.010 torcedores (a capacidade máxima é de 46.214), com uma renda de R$ 4.961.890. Trata-e da maior bilheteria da história do futebol local, levando em conta os dados conhecidos – a Fifa não divulgou as bilheterias da Copa do Mundo e da Copa das Confederações.
Mesmo com o jogo das Eliminatórias da Copa 2018, o saldo do ano não deve ser bom no próximo relatório a financeiro, a ser divulgado em 2017. Lembrando que já são três anos seguidos com saldo negativo no balanço oficial: R$ 29,7 milhões em 2013, R$ 24,4 milhões em 2014 e R$ 19,0 milhões em 2015. Ao todo, R$ 73 milhões de déficit operacional do estádio, que ainda segue buscando o seu espaço entre tricolores e rubro-negros, essenciais para o negócio.
Confira abaixo os quadros separados por cada clube e período.
Neste ano, a Arena Pernambuco registrou a pior média de público, pior taxa de ocupação, pior arrecadação, pior média de renda e pior tíquete médio. Apenas dois dados escaparam: número de jogos e público absoluto.
Após a baixa em 2015, o Náutico melhorou um pouco os seus dados. Para isso, contou a flexibilização no preço dos ingressos – após a saída da Odebrecht. Com setores promocionais, chegou a registrar três jogos com 25 mil torcedores, no embalo da campanha de recuperação, que quase culminou com acesso.
Após mandar dez jogos em 2015, com rendas milionárias, o Sport atuou apenas três vezes em 2016. A primeira delas, contra o Flamengo teve uma renda de R$ 802 mil, a maior do ano entre clubes na arena. Por outro lado, disputou lá o seu primeiro Clássico das Multidões como mandante com apenas 6.570 pessoas.
O Santa Cruz segue como o grande clube pernambucano mais distante da arena. Foram apenas duas partidas, o mesmo dado de 2015. Mas o público presente foi menor, com 11.490 de diferença. Em seu primeiro Clássico das Multidões como mandante lá, pela Copa Sul-Americana, apenas 5.517 pessoas.
A quantidade jogos abaixo considera apenas os mandos do Trio de Ferro. Vale destacar que em 2013 houve o clássico carioca entre Botafogo e Fluminense, com 9.669 pessoas e R$ 368 mil de renda. Já em 2015 houve um jogo de portões fechados na Ilha, não computado. Em 2016, o América jogou na Ilha (2x) e no Arruda (1x), partidas também não consideradas no levantamento.
Relembre os balanços anteriores: 2013, 2014 e 2015.
A CBF atualizou o ranking oficial de clubes após a realização de todas as competições nacionais em 2016, com o Grêmio retomando a liderança. O tricolor gaúcho, que já havia ficado em primeiro em 2013, é o primeiro clube a liderar em duas temporadas o modelo atual do ranking, implantado há cinco anos. Para desbancar o Corinthians, claro, pesou o inédito penta na Copa do Brasil.
Líderes do ranking 2016 – 15.038 pontos (Grêmio) 2015 – 14.664 pontos (Corinthians) 2014 – 15.328 pontos (Cruzeiro) 2013 – 15.286 pontos (Grêmio) 2012 – 16.208 pontos (Fluminense)
Lembrando que, para esta tabulação oficial, a entidade que comanda o futebol do país adiciona pontos apenas em seus torneios, com as Séries A, B, C e D e a Copa do Brasil. Nada estaduais ou torneios internacionais. Se leva em conta o desempenho (classificação final) nos últimos cinco anos, com pesos diferentes, dando vantagem aos anos mais recentes (veja o sistema aqui).
Com a 14ª colocação obtida no último instante da Série A, o Sport chegou ao 17º lugar do ranking, a sua melhor posição. Com isso, assumiu pela primeira vez, neste formato, a liderança no Nordeste, ultrapassando o Bahia, líder nos últimos dois anos. Não por coincidência, o rubro-negro pernambucano pontuou duas vezes na elite, com o tricolor baiano disputando a segundona. Ainda no Trio de Ferro, outra reviravolta. Apesar do descenso, a pontuação na elite (pela primeira vez) alavancou o Santa, que subiu nove posições, ficando em 26º lugar. A posição, a melhor do clube, o colocou pela primeira vez à frente do Náutico.
Outros sete clubes pernambucanos estão presentes: Salgueiro (49º, 2.461 pts), Central (85º, 789 pts), Serra Talhada (113º, 459 pts), América (148º, 255 pts), Porto (180º, 171 pts), Ypiranga (182º, 153 pts) e Petrolina (211º, 51 pts). Ao todo, 234 clubes estão listados pelo departamento de competições da CBF.
Abaixo, o gráfico com a evolução das colocações dos sete maiores clubes nordestinos, sendo 3 do Recife, 2 de Salvador e 2 de Fortaleza. Divisões nos âmbitos nacional e regional.
Os sócios do Sport vão escolher o presidente do clube para o biênio 2017-2018 no dia 16 de dezembro. A tendência é de até quatro mil eleitores na Ilha, numa marca recorde. Com o pleito rubro-negro formado por duas candidaturas antagônicas em termos de gestão, mas repletas de dirigentes com serviços prestados, o 45 minutos ouviu os dois presidenciáveis. Entrevistas num tom franco, com detalhes sobre a formação do futuro departamento de futebol, gasto, perfil técnico e financeiro de jogadores, novo treinador, prioridades entre torneios, controle de dívidas, requalificação estrutural e arestas políticas dentro das correntes. Haja assunto, num tira-teima para o sócio ainda indeciso acerca dos próximos anos, nos quais o Leão terá uma receita de R$ 200 milhões. Ouça!
Saiba mais sobre as duas candidaturas clicando aqui.
Chapa 1 (Avança Sport, com Arnaldo Barros)
Chapa 2 (Por um Sport campeão, com Wanderson Lacerda)