“Clubes garantiram acessos no Brasileirão, vários projetos entraram em campo, novas parcerias de sucesso foram feitas, além de muitas outras conquistas que comprovam a competência da estratégica e moderna gestão do presidente Evandro Carvalho”.
A declaração faz parte do balanço de ações da FPF em 2013, o “Pernambuco – Futebol de Primeira”, apresentado durante a assembleia que marcou a aprovação por unanimidade da federação pernambucana de futebol, entre 74 clubes e ligas municipais presentes na sede da entidade.
Confira o relatório completo e tire as suas próprias conclusões.
O estádio Luiz Lacerda, em Caruaru, recebeu duas partidas na 6ª rodada do hexagonal do título. Nas duas ocasiões, uma situação que mancha a credibilidade do público oficial do centésimo Campeonao Pernambucano.
No sábado, durante Porto x Náutico, o sistema de som anunciou 3.912 pessoas, num dado que já não correspondia com o público ínfimo no Lacerdão. Pois subiu para 7.412 no borderô. No domingo, com Central x Sport, o anúncio de 8.058 presentes. No borderô, nova mudança no público total, subindo para 9.069. Os dois jogos passaram na tevê e as informações foram repassadas ao vivo.
E assim segue o Estadual. No hexagonal do rebaixamento, todos os 12 mil ingressos do Todos com a Nota oferecidos nas três partidas foram trocados. Nos estádios, lacunas inexplicáveis nas arquibancadas (o famoso “mosaico”).
O blog continuará acompanhando a média de público do Estadual, como faz há anos. Contudo, os números registrados no interior não parecem confiáveis. Na capital, com a utilização do cartão magnético, o cenário é mais factível.
1º) Santa Cruz (3 jogos como mandante)
Total: 48.642
Média: 16.214
Taxa de ocupação: 27,00%
Contra intermediários (2) – T: 19.930 8.009 / M: 9.965
2º) Sport (3 jogos como mandante)
Total: 43.066
Média: 14.355
Taxa de ocupação: 43,52%
Contra intermediários (2) – T: 25.013 / M: 12.506
3º) Salgueiro (11 jogos como mandante)
Total: 87.149
Média: 7.922
Taxa de ocupação: 79,89%
4º) Central (11 jogos como mandante)
Total: 82705
Média: 7.518
Taxa de ocupação: 38,60%
5º) Náutico (3 jogo como mandante)
Total: 18.196
Média: 6.065
Taxa de ocupação: 13,12%
Contra intermediários (2) – T: 9.412 / M: 4.706
6º) Porto (11 jogos como mandante)
Total: 62.722
Média: 5.702
Taxa de ocupação: 29,27%
Capacidade oficial dos estádios: Arruda (60.044), Arena Pernambuco (46.214), Ilha do Retiro (32.983), Lacerdão (19.478) e Cornélio de Barros (9.916).
Geral – 108 jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência)
Público total: 570.209
Média: 5.279 pessoas
TCN: 487.781 (85,54% da torcida)
Média: 4.516 bilhetes
Arrecadação total: R$ 4.298.050
Média: R$ 39.796
Fase principal – 18 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 183.583
Média: 10.199 pessoas
TCN: 117.555 (64,03% da torcida)
Média: 6.530 bilhetes
Arrecadação total: R$ 2.076.202
Média: R$ 115.344
A volta do ranking dos pênaltis e dos cartões vermelhos do Estadual…
Antes dos dados atualizados, uma explicação sobre os critérios.
De 2009 a 2012, o levantamento do blog considerou as 22 rodadas do turno regular, com doze clubes. No ano passado, o Pernambucano foi desmembrado em fase preliminar e fase principal – modelo adotado também nesta temporada.
Nos dois casos, só foi levado em consideração os dados do turno principal (11 rodadas em 2013 e 10 rodadas em 2014), à parte do mata-mata. Ou seja, seguindo o mesmo critério adotado desde a pioneira versão, o ranking observará o mesmo número de jogos para os clubes envolvidos na disputa “à vera”.
Neste ano, com apenas seis times, os números seguem modestos. Em 18 rodadas, apenas três penalidades, duas delas assinaladas na 6ª rodada – uma para os alvirrubros e outra para os tricolores. Curiosamente, os árbitros distribuíram mais cartões vermelhos, com quatro até o momento.
Após seis rodadas, a sexta versão do ranking dos pênaltis segue bem econômica.
Pênaltis a favor (3)
1 pênalti – Náutico, Santa Cruz e Salgueiro
Sem penalidade – Sport, Central e Porto
Pênaltis cometidos
1 pênalti – Náutico, Porto e Salgueiro
Sem penalidade – Santa Cruz, Sport e Central
Cartões vermelhos (4) 1º) Santa Cruz – 1 adversário expulso
2º) Salgueiro e Náutico – 1 adversário expulso, 1 cartão vermelho
4º) Sport e Porto – sem registro
6º) Central – 1 adversário expulso, 2 cartões vermelhos
De longe, a rodada com mais bolas nas redes no hexagonal do título. Os 14 gols, incluindo duas goleadas dos grandes clubes, recolocou o cenário mais provável para a semifinal estadual, com a presença do trio recifense e um representante do interior. Assim, na opinião do blog, a briga pela quarta e última vaga deve ficar restrita a Salgueiro e Central – que ainda terão um confronto direto, em Caruaru.
Hoje, as semifinais seriam Sport x Salgueiro e Náutico x Santa Cruz.
Em 18 jogos nesta fase do o #PE2014 saíram 50 gols, com média de 2,77. Em relação à artilharia, que oficialmente considera apenas os dados hexagonal e o mata-mata, o alvirrubro Carmona assumiu a liderança, com 6 gols.
Porto 1 x 4 Náutico – O Gavião até abriu o placar, com um minuto, mas o Timbu jogou com absoluta tranquilidade para vencer o time mais frágil do turno.
Santa Cruz 7 x 0 Salgueiro – Fora do G4 e goleado pelo rival, o Tricolor se recuperou indo além do desejo de qualquer torcedor. Autoestima de novo em dia.
Central 0 x 2 Sport – A Patativa endureceu o jogo em Caruaru. Pressionou, mas não definiu. Mérito para quem tem um finalizador de maior qualidade, Neto.
Destaque: Pedro Carmona. Léo Gamalho também marcou três vezes no fim de semana, só que o alvirrubro sequer é atacante e ainda assim assumiu a artilharia.
Carcaça: Zaga do Salgueiro. Dignos de elogios contra o Timbu, na arena, diante do Santa os defensores praticamente pararam de correr após o 4º gol. E foram 7.
Próxima rodada:
15/03 (19h30) – Santa Cruz x Porto
16/03 (16h00) – Náutico x Central
16/03 (16h00) – Salgueiro x Sport
O baque na Ilha do Retiro havia sido considerável, logo na prévia dos clássicos pela semifinal do Nordestão. Antes disso, a Cobra Coral teria mais uma rodada pelo Estadual. Pressionado pela campanha irregular, o tricampeão pernambucano estava obrigado a vencer o Salgueiro, no Arruda. Foi bem além…
Começou num primeiro tempo excepcional neste domingo. Com mais pegada – a bronca deve surtido efeito -, o time tricolor marcou quatro gols num adversário atordoado, bem diferente daquela equipe que vencera o Náutico na arena.
O meia Carlos Alberto e Caça-Rato abriram boa vantagem antes dos dez minutos. CR7, que não havia balançado as redes no ano, marcaria outro logo depois, de cabeça. Antes do intervalo, Everton Sena ampliou. Baile coral, mesmo sem forçar.
Àquela altura, os 11.921 torcedores já estavam satisfeitos. Mas ainda tinha jogo. No segundo tempo, o time de Vica voltou mais compacto, guardando as energias – sem abrir mão do ataque. E a história, que já parecia escrita, ganhou o seu personagem principal, Léo Gamalho. A principal contratação marcou três vezes.
Com a goleada por 7 x 0, a maior da história do confronto contra os sertanejos, o Santa Cruz voltou ao G4 do hexagonal do Estadual, recuperando também a confiança para as próximas e decisivas edições do Clássico das Multidões...
A maior freguesia do futebol pernambucano continua. No Lacerdão, há mais de uma década, quem manda é o Sport. São onze vitórias e apenas um empate. O Central não vence desde o dia 2 de junho de 2002, quando fez 2 x 1. Faz tempo.
Num domingo no qual se esperava um time misto – visando a semi da Copa do Nordeste -, o visitante venceu a Patativa por 2 x 0, diante de 8.058 pessoas.
O bom público na ensolarada tarde caruaruense viu praticamente o mesmo cenário desde 2003. O time da casa pressiona, cria boas oportunidades, cansa de desperdiçar chances e termina vencido pela eficiência do Rubro-negro.
Do lado alvinegro, Jonathan Goiano obrigou Magrão a fazer uma defesaça. O meia Tallys teve nos pés “a” chance no segundo tempo. Quando o jogo já parecia encardido, o Sport chegou à vitória, na base da insistência com as bolas alçadas.
Após boas defesas do goleiro André, dois gols com bolas cruzadas. Primeiro com Neto Baiano, se esticando todo para bater na bola. Depois, com o volante Rodrigo Mancha, de cabeça. Liderança recuperada no hexagonal estadual, com a vaga encaminhada à semifinal. Agora, é a hora de recuperar o fôlego para o Nordestão, mirando a decisão regional...
Após o apagão diante do Salgueiro, na arena, o Náutico se recuperou no hexagonal do título do campeonato estadual. Fora de casa, goleou o Porto com autoridade, por 4 x 1, e assumiu a liderança provisória, com onze pontos.
O time de Lisca deu mais um passo para firmar o seu aguardado lugar na semi, dando tranquilidade para os quatro jogos restantes no turno, num momento em que os dois principais rivais duelam num torneio paralelo, o Nordestão.
Num esvaziado Lacerdão, apesar do público oficial de 3.912 espectadores, o Alvirrubro foi surpreendido no primeiro minuto, num gol de Thaciano. Parece clichê, mas o lance acordou o Timbu neste sábado. A virada foi rápida.
E aí surgiu o nome da tarde, Pedro Carmona, a melhor contratação timbu até aqui. Aos 13, ele sofreu o pênalti – bem marcado por Gilberto Castro Júnior, o árbitro escalado para o Clássico das Multidões da próxima quarta, no regional. Elicarlos empatou. Aos 22, o meia recebeu de Marcus Vinícius e finalizou pras redes.
Durante a partida, o Porto – lanterna da fase – ainda acertou a trave duas vezes. Ficou nisso e foi dominado. Em um segundo tempo bem morno, o visitante definiu a goleada com mais dois gols de Carmona. Com presença de área, o camisa 10 escorou dois cruzamentos e chegou a 6 gols na competição, na artilharia isolada.
As três partidas oficiais do hexagonal principal do campeonato estadual atraíram 29.485 pessoas nesta quinta rodada, segundo o borderô oficial publicado no site oficial da FPF. Na prática, o dado foi menor.
Na Arena Pernambuco, o sistema de som anunciou em alto e bom som – inclusive na transmissão ao vivo pela tevê – a presença de 1.801 torcedores. No papel, posteriormente, o dado subiu para 4.159 pessoas, numa prática denunciada já algumas vezes pelo blog (veja aqui).
Entretanto, seguindo os dados oficiais da federação – confusos ou não -, o público total do centésimo Campeonato Pernambucano de futebol passou de meio milhão de torcedores, com uma média de 5.193 pessoas em 102 jogos.
Os bilhetes subsidiados do Todos com a Nota correspondem a 86% do total.
1º) Santa Cruz (2 jogos como mandante)
Total: 36.721
Média: 18.360
Taxa de ocupação: 30,57%
Contra intermediários (1) – T: 8.009 / M: 8.009
2º) Sport (3 jogos como mandante)
Total: 43.066
Média: 14.355
Taxa de ocupação: 43,52%
Contra intermediários (2) – T: 25.013 / M: 12.506
3º) Salgueiro (11 jogos como mandante)
Total: 87.149
Média: 7.922
Taxa de ocupação: 79,89%
4º) Central (10 jogos como mandante)
Total: 73.636
Média: 7.363
Taxa de ocupação: 37,80%
5º) Náutico (3 jogo como mandante)
Total: 18.196
Média: 6.065
Taxa de ocupação: 13,12%
Contra intermediários (2) – T: 9.412 / M: 4.706
6º) Porto (10 jogos como mandante)
Total: 55.310
Média: 5.531
Taxa de ocupação: 28,39%
Capacidade oficial dos estádios: Arruda (60.044), Arena Pernambuco (46.214), Ilha do Retiro (32.983), Lacerdão (19.478) e Cornélio de Barros (9.916).
Geral – 102 jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência)
Público total: 529.738
Média: 5.193 pessoas
TCN: 455.702 (86,02% da torcida)
Média: 4.427 bilhetes
Arrecadação total: R$ 3.979.326
Média: R$ 39.013
Fase principal – 15 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 155.181
Média: 10.345 pessoas
TCN: 97.476 (62,81% da torcida)
Média: 6.498 bilhetes
Arrecadação total: R$ 1.833.818
Média: R$ 122.254
Cenas de violência após o primeiro Clássico das Multidões em 2014.
Arrastão, brigas, rojões, pedradas, ônibus invadidos, roubos, carros com vidros quebrados e pânico no Recife em 6 de março, no primeiro dos quatro jogos agendados neste mês. Confusão antes e depois do jogo na Ilha. E também houve tumulto no acesso ao estádio.
Assista à reportagem da TV Clube e outros dois vídeos caseiros, gravados em edifícios vizinhos, sobre a guerra entre supostos integrantes das uniformizadas Torcida Jovem e Inferno Coral na Avenida Conde da Boa Vista.
O saldo da noite? Nenhuma prisão de fato, como sempre.
A complexa e cansativa questão das torcidas ditas como organizadas é de segurança pública, do estado. Até hoje, o governo de Pernambuco segue um tanto omisso sobre o assunto…
Enquanto isso, a insegurança vai esvaziando os jogos de futebol na capital.