Um título estadual, duas taças oficiais

Troféus do Campeonato Pernambucano de 2012. Foto: Celso Ishigami/Diario de Pernambuco

Ao ser apresentado, o então troféu oficial do Campeonato Pernambucano de 2012 foi bombardeado de críticas. Também pudera, a peça não era sequer uma taça (veja aqui).

A peça confeccionada pelo designer Hans Donner, que há 30 anos é o responsável pela identidade visual da Rede Globo, homenageada no Estadual, parecia um disco de platina. Muito diferente do que manda a tradição nos campeonatos de futebol.

Sem alarde, mas consciente de que era preciso arrumar uma solução urgente, a FPF encomendou rapidamente um novo troféu e entregou os dois ao campeão estadual. Em um mês, um novo troféu. Mais um, na verdade.

Acertou a federação, ao produzir uma taça de fato e de direito, até porque as duas apresentam elementos representativos da emissora.

Para não ficar nenhuma dúvida, eis os nomes oficiais das peças acima: Troféu Campeonato Pernambucano 2012 e Troféu Rede Globo Nordeste 40 anos.

Os dois foram parar nas Repúblicas Independentes do Arruda…

O maior público absoluto do Campeonato Pernambucano

Pelo quinto ano seguido, a média de público do Campeonato Pernambucano aumentou. Sempre em um novo patamar. Em 2007, no único ano sem subsídio do governo do estado desde 1998, a média de público acabou caindo em relação ao ano anterior.

Porém, a partir dali, o índice só fez crescer. Em 2012, os dados finais apresentam a segunda maior média da história (abaixo apenas de 1998, com 10.895) e o maior público absoluto de todos os tempos, superando justamente a temporada passada.

2007 – 4.509 (405.812 / 90 jogos)
2008 – 5.897 (778.449 / 132 jogos)
2009 – 6.881 (908.304 / 132 jogos)
2010 – 7.007 (1.009.073 / 144 jogos)
2011 – 8.548 (1.230.993 / 144 jogos)
2012 – 9.133 (1.260.458 / 138 jogos)

Confira as cinco maiores médias de público do Pernambucano de 2012.

1º) Santa Cruz (13 jogos como mandante)
Total: 346.349
Média: 26.642
Contra intermediários (10) – T: 230.090 / M: 23.009

2º) Sport (13 jogos)
Total: 249.760
Média: 19.212
Contra intermediários (9) – T: 154.111 / M: 17.123

3º) Náutico (12 jogos) 12.694
Total: 136.555
Média: 11.379
Contra intermediários (9) – T: 91.230 / M: 10.136

4º) Salgueiro (12 jogos)
Total: 104.213
Média: 8.684

5º) Central (11 jogos)
Total: 82.127
Média: 7.466

Dados da FPF. Confira os dados do Campeonato das Mutidões de 2011 aqui.

As imagens eternizadas do bicampeonato tricolor

Santa Cruz, o campeão pernambucano de 2012. Foto: Paulo Paiva/Diario de Pernambuco

Ganhar dois títulos pernambucanos consecutivos mesmo estando duas divisões nacionais abaixo dos dois maiores rivais é uma prova absoluta de superação.

Ainda mais considerando que o bi não era alcançado há 25 anos! Curiosamente, em 1986 e 1987 o vice-campeão foi o Sport, como agora.

Esse renascido Santa Cruz Futebol Clube estava fazendo falta.

No post, as imagens das duas conquistas corais, em 2011 (abaixo) e 2012 (acima), ambas sob a batuta do técnico Zé Teodoro.

Taças erguidas no Arruda e na Ilha do Retiro. E festa em todo o estado…

O museu tricolor, agora com 26 Estaduais, está revigorado.

Santa Cruz, o campeão pernambucano de 2011. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Os corais invadiram a festa e ganharam o presente, a taça

Pernambucano 2012, final: Sport 2x3 Santa Cruz. Foto: Paulo Paivai/ Diario de Pernambucano

Os corais entraram no aniversário alheio e sopraram todas as 107 velinhas…

Após 25 anos, o Santa Cruz é bicampeão pernambucano, de maneira incontestável.

Mais emblemático, impossível.

Como em 1987, o bi aconteceu na casa do maior rival, a Ilha do Retiro, até então preparada para a festa do Sport, neste 13 de maio.

O Santa acabou acrescentando mais uma cor à festa. O branco, tomando uma geral com o grito de “tri-tricolor, tri-tri-tri-tri-tricolor”.

De fato, a comemoração coral ficou completa neste domingo após a eletrizante vitória por 3 x 2. O grito ficou na gargante até os 50 minutos do segundo tempo.

No histórico título de 2011, o Tricolor atuou na base dos contragolpes. Marcou 44 gols e foi letal. Um ano depois, um estilo de jogo diferente, mais solto…

Mas com o mesmo resultado, competitivo, para a felicidade geral do povão.

O triunfo sacramentou o desempenho ofensivo do time nesta temporada, tendo Dênis Marques como principal expoente. Foram 51 gols em 26 jogos.

Apesar das condições financeiras adversas em relação aos dois principais rivais, a Cobra Coral se superou mais uma vez com a força de sua torcida.

Mais uma vez não… Como sempre!

No último Estadual, uma média de 25.838 torcedores no Arruda. Desta vez, o índice foi ainda maior, de 26.642 pessoas a cada apresentação no Mundão. O maior do país.

E assim foi o Santa Cruz versão 2012, com a aplicação tática que é a cara da equipe comandada por Zé Teodoro, que realmente tem o elenco nas mãos.

Tiago Cardoso, Memo, Renatinho e Natan. Bicampeões. Outros se juntaram ao grupo vencedor, como Anderson Pedra, Flávio Caça-Rato e ele, DM9.

O gol na decisão, com categoria, o transformou em artilheiro isolado da competição com 15 gols. Craque. E olhe que o atacante estreou apenas na 8ª rodada…

A verdade é que todo o grupo batalhou, marcando e atacando em velocidade, de forma ordenada. Dos contragolpes ao ataque desde os primeiros instantes, 2011 e 2012.

Ao todo, o bicampeonato teve 52 jogos, com 33 vitórias, 6 empates e 13 derrotas, com um ótimo aproveitamento de 67,3%. Com esses números, dois troféus…

Pernambucano 2012, final: Sport 2x3 Santa Cruz. Foto: Paulo Paivai/ Diario de Pernambucano

A avaliação final do 98º Campeonato Pernambucano

Torcidas de Santa Cruz, Sport e Náutico

Um milhão de torcedores. Uma multidão nas arquibancadas e alguns só no borderô.

Um nível técnico assustador nos gramados. Como esquecer o #chutebosta?

Foram inúmeros clássicos de pura marcação, insossos empates sem gol e o discurso onipresente contra a arbitragem. O foco fora do jogo.

A arbitragem, aliás merece um capítulo à parte, tamanha a quantidade de erros ao longo desses quatro meses para a disputa do Campeonato Pernambucano e seus 138 jogos.

Mais uma vez, o interior ficou no quase e sequer chegou à decisão, apesar da grande campanha do Salgueiro, bem organizado pelo técnico Neco.

Entre os grandes, três times com sérias deficiências, independentemente do resultado final. Destaques pontuais para Marcelinho Paraíba e Dênis Marques.

A edição de 2012, a 98ª da história local, chega ao fim. É a hora da avaliação principal, a da torcida. Assim como no ano passado, o blog listou cinco opções (veja aqui).

O que você achou do Campeonato Pernambucano de 2012?

  • Péssimo - Um dos piores que já viu (28%, 265 Votes)
  • Ruim - Fraco, desorganizado, polêmico (25%, 237 Votes)
  • Razoável - Mais do mesmo (18%, 174 Votes)
  • Muito bom - Um dos melhores que já viu (18%, 172 Votes)
  • Bom - Animado do começo a o fim (11%, 105 Votes)

Total Voters: 953

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Palco para o campeão pernambucano de 2012, sem polêmica

Palco da final do Pernambucano de 2012. Foto: Celso Ishigami/Diario de Pernambuco

Assim como ocorreu em 2011 no Arruda, de forma inédita no Estadual, a festa do título deste ano terá um palco oficial para festa, independentemente do time vencedor.

O palco será armado pela Coca-Cola, que empresta o seu nome ao Campeonato Pernambucano, através do contrato de naming rights.

Uma montagem em caráter de teste foi realizada nesta sexta-feira, com a estrutura em frente à geral da sede. No domingo, o palco ficará no lado oposto, na geral do placar.

Para não ter polêmica sobre o vencedor, o papel picado será na cor prata. Dez quilos.

Trata-se de um aprendizado, após um constrangedor episódio ocorrido em 2008.

Naquele ano, na Taça Libertadores da América, os papéis picados na festa organizada pela Conmebol para a decisão foram nas cores do Fluminense. A taça ficou com a LDU.

Sobre a festa oficial, é algo que há muito tempo deveria fazer parte da cultura local, uma vez que expõe todas as marcas atreladas à competição. Ou seja, cash.

LDU, campeã da Libertadores de 2008

Time lapse da Arena Pernambuco

Cidade da Copa. Crédito: Odebrecht

Confira o novo vídeo da construção da Arena Pernambuco em “time lapse”, do início das fundações até o estágio atual em São Lourenço, em 40%.

Trata-se de uma compilação de imagens do mesmo ponto. A câmera instalada no canteiro vêm registrando uma foto por hora.

O cadastro de imagens vai durar até a inauguração do estádio. Essa é a segunda versão do time lapse no canteiro. Assista à primeira clicando aqui.

Saiba mais detalhes da obra na série Diário de uma Arena.

O estádio, projetado para receber 46.214 torcedores, está orçado em R$ 532 milhões.

Os caminhos de Ypiranga e Petrolina na Série D

A CBF divulgou a tabela da Série D desta temporada. Aos pernambucanos Petrolina e Ypiranga, o grupo A3, ao lado de Campinense/PB, Horizonte/CE e Baraúnas/RN.

Jogos de ida e volta, com oito partidas para cada time. Os dois melhores avançam às oitavas. Daí por diante, mata-mata. Os quatro melhores jogarão a Série C de 2013.

As notas de Sport e Santa Cruz antes da finalíssima

Atuações de Sport e Santa Cruz nas últimas cinco partidas do PE2012 antes da finalíssima, na avaliação do Superesportes. Crédito: Editoria de Arte/Diario de Pernambuco

Durante todo o campeonato estadual, a equipe do Superesportes avaliou todos os jogadores de Náutico, Santa e Cruz e Sport. Notas de 0 a 10 em todas as partidas.

Finalizações, toque de bola, marcação, trabalho em equipe etc.

Processando os dados ao longo da competição é possível avaliar o desempenho dos atletas, comprovando rendimentos acima ou abaixo da média.

No Pernambucano de 2012, faltando ainda a finalíssima, a melhor média pertence ao meia leonino Marcelinho Paraíba, com 6,45. No caso coral, também sem surpresa, o índice mais alto é o do atacante Dênis Marques, com 6,00.

DM9, aliás, conquistou a maior nota do torneio, logo em sua estreia, em 8 de fevereiro, na vitória por 3 x 1 sobre o Porto. Fez três gols. Recebeu a nota 9.

Considerando todos os atletas que entraram em campo no jogo de ida da decisão, as médias mais baixas são do rubro-negro Thiaguinho (5,06) e do tricolor Diogo (4,89).

Na arte acima, a média geral das equipes nas últimas cinco partidas. Seja por falta de qualidade técnica ou tensão pré-volta olímpica, as notas vêm variando bastante…

Confira as notas dos elencos de Santa e Sport clicando aqui.