Ao ser apresentado, o então troféu oficial do Campeonato Pernambucano de 2012 foi bombardeado de críticas. Também pudera, a peça não era sequer uma taça (veja aqui).
A peça confeccionada pelo designer Hans Donner, que há 30 anos é o responsável pela identidade visual da Rede Globo, homenageada no Estadual, parecia um disco de platina. Muito diferente do que manda a tradição nos campeonatos de futebol.
Sem alarde, mas consciente de que era preciso arrumar uma solução urgente, a FPF encomendou rapidamente um novo troféu e entregou os dois ao campeão estadual. Em um mês, um novo troféu. Mais um, na verdade.
Acertou a federação, ao produzir uma taça de fato e de direito, até porque as duas apresentam elementos representativos da emissora.
Para não ficar nenhuma dúvida, eis os nomes oficiais das peças acima: Troféu Campeonato Pernambucano 2012 e Troféu Rede Globo Nordeste 40 anos.
Os dois foram parar nas Repúblicas Independentes do Arruda…
Pelo quinto ano seguido, a média de público do Campeonato Pernambucano aumentou. Sempre em um novo patamar. Em 2007, no único ano sem subsídio do governo do estado desde 1998, a média de público acabou caindo em relação ao ano anterior.
Porém, a partir dali, o índice só fez crescer. Em 2012, os dados finais apresentam a segunda maior média da história (abaixo apenas de 1998, com 10.895) e o maior público absoluto de todos os tempos, superando justamente a temporada passada.
Os corais entraram no aniversário alheio e sopraram todas as 107 velinhas…
Após 25 anos, o Santa Cruz é bicampeão pernambucano, de maneira incontestável.
Mais emblemático, impossível.
Como em 1987, o bi aconteceu na casa do maior rival, a Ilha do Retiro, até então preparada para a festa do Sport, neste 13 de maio.
O Santa acabou acrescentando mais uma cor à festa. O branco, tomando uma geral com o grito de “tri-tricolor, tri-tri-tri-tri-tricolor”.
De fato, a comemoração coral ficou completa neste domingo após a eletrizante vitória por 3 x 2. O grito ficou na gargante até os 50 minutos do segundo tempo.
No histórico título de 2011, o Tricolor atuou na base dos contragolpes. Marcou 44 gols e foi letal. Um ano depois, um estilo de jogo diferente, mais solto…
Mas com o mesmo resultado, competitivo, para a felicidade geral do povão.
O triunfo sacramentou o desempenho ofensivo do time nesta temporada, tendo Dênis Marques como principal expoente. Foram 51 gols em 26 jogos.
Apesar das condições financeiras adversas em relação aos dois principais rivais, a Cobra Coral se superou mais uma vez com a força de sua torcida.
Mais uma vez não… Como sempre!
No último Estadual, uma média de 25.838 torcedores no Arruda. Desta vez, o índice foi ainda maior, de 26.642 pessoas a cada apresentação no Mundão. O maior do país.
E assim foi o Santa Cruz versão 2012, com a aplicação tática que é a cara da equipe comandada por Zé Teodoro, que realmente tem o elenco nas mãos.
Tiago Cardoso, Memo, Renatinho e Natan. Bicampeões. Outros se juntaram ao grupo vencedor, como Anderson Pedra, Flávio Caça-Rato e ele, DM9.
O gol na decisão, com categoria, o transformou em artilheiro isolado da competição com 15 gols. Craque. E olhe que o atacante estreou apenas na 8ª rodada…
A verdade é que todo o grupo batalhou, marcando e atacando em velocidade, de forma ordenada. Dos contragolpes ao ataque desde os primeiros instantes, 2011 e 2012.
Ao todo, o bicampeonato teve 52 jogos, com 33 vitórias, 6 empates e 13 derrotas, com um ótimo aproveitamento de 67,3%. Com esses números, dois troféus…
Um milhão de torcedores. Uma multidão nas arquibancadas e alguns só no borderô.
Um nível técnico assustador nos gramados. Como esquecer o #chutebosta?
Foram inúmeros clássicos de pura marcação, insossos empates sem gol e o discurso onipresente contra a arbitragem. O foco fora do jogo.
A arbitragem, aliás merece um capítulo à parte, tamanha a quantidade de erros ao longo desses quatro meses para a disputa do Campeonato Pernambucano e seus 138 jogos.
Mais uma vez, o interior ficou no quase e sequer chegou à decisão, apesar da grande campanha do Salgueiro, bem organizado pelo técnico Neco.
Entre os grandes, três times com sérias deficiências, independentemente do resultado final. Destaques pontuais para Marcelinho Paraíba e Dênis Marques.
A edição de 2012, a 98ª da história local, chega ao fim. É a hora da avaliação principal, a da torcida. Assim como no ano passado, o blog listou cinco opções (veja aqui).
O que você achou do Campeonato Pernambucano de 2012?
Péssimo - Um dos piores que já viu (28%, 265 Votes)
Assim como ocorreu em 2011 no Arruda, de forma inédita no Estadual, a festa do título deste ano terá um palco oficial para festa, independentemente do time vencedor.
O palco será armado pela Coca-Cola, que empresta o seu nome ao Campeonato Pernambucano, através do contrato de naming rights.
Uma montagem em caráter de teste foi realizada nesta sexta-feira, com a estrutura em frente à geral da sede. No domingo, o palco ficará no lado oposto, na geral do placar.
Para não ter polêmica sobre o vencedor, o papel picado será na cor prata. Dez quilos.
Trata-se de um aprendizado, após um constrangedor episódio ocorrido em 2008.
Naquele ano, na Taça Libertadores da América, os papéis picados na festa organizada pela Conmebol para a decisão foram nas cores do Fluminense. A taça ficou com a LDU.
Sobre a festa oficial, é algo que há muito tempo deveria fazer parte da cultura local, uma vez que expõe todas as marcas atreladas à competição. Ou seja, cash.
A CBF divulgou a tabela da Série D desta temporada. Aos pernambucanos Petrolina e Ypiranga, o grupo A3, ao lado de Campinense/PB, Horizonte/CE e Baraúnas/RN.
Jogos de ida e volta, com oito partidas para cada time. Os dois melhores avançam às oitavas. Daí por diante, mata-mata. Os quatro melhores jogarão a Série C de 2013.
Durante todo o campeonato estadual, a equipe do Superesportes avaliou todos os jogadores de Náutico, Santa e Cruz e Sport. Notas de 0 a 10 em todas as partidas.
Finalizações, toque de bola, marcação, trabalho em equipe etc.
Processando os dados ao longo da competição é possível avaliar o desempenho dos atletas, comprovando rendimentos acima ou abaixo da média.
No Pernambucano de 2012, faltando ainda a finalíssima, a melhor média pertence ao meia leonino Marcelinho Paraíba, com 6,45. No caso coral, também sem surpresa, o índice mais alto é o do atacante Dênis Marques, com 6,00.
DM9, aliás, conquistou a maior nota do torneio, logo em sua estreia, em 8 de fevereiro, na vitória por 3 x 1 sobre o Porto. Fez três gols. Recebeu a nota 9.
Considerando todos os atletas que entraram em campo no jogo de ida da decisão, as médias mais baixas são do rubro-negro Thiaguinho (5,06) e do tricolor Diogo (4,89).
Na arte acima, a média geral das equipes nas últimas cinco partidas. Seja por falta de qualidade técnica ou tensão pré-volta olímpica, as notas vêm variando bastante…
Confira as notas dos elencos de Santa e Sport clicando aqui.