As três vitórias conquistadas pelo Santa Cruz nas quatro primeiras rodadas do Estadual tiveram como fato em comum o melhor futebol no segundo tempo.
Nos três triunfos, curiosamente, o domínio coral no placar acabou consumado após a expulsão de um jogador adversário.
Na estreia, contra o Belo Jardim, o zagueiro Laerson recebeu o vermelho aos 41 minutos. O Calango havia acabado de abrir o placar. A virada veio com dois pênaltis.
Contra o Serra Talhada, apesar da boa reação e apresentação, o jogo seguia 2 x 2 no Pereirão, quando o volante Elton deixou a partida, aos 4 minutos da etapa final.
Na noite desta quarta-feira, contra o Ypiranga, mesmo com as várias chances criadas, o Santa ia esbarrando no goleiro Geday, ágil e com otima atuação até então.
O placar seguia em branco, incluindo aí uma penalidade desperdiçada por Weslley.
Aos 39 minutos de jogo, mais uma vez o confronto ficou 11 x 10. Júlio fora.
Não se discute aqui a atuação dos árbitros, mas o volume de jogo dos corais somente com a vantagem numérica nessas partidas. Ou a vantagem ocorreu devido ao volume?
Independentemente da interpretação, aconteceu mais uma vez no Arruda.
Com dois belos gols no comecinho do segundo tempo, através de Léo e Renatinho, o Santa venceu por 2 x 0, para a felicidade da multidão presente, com 24.525 torcedores.
Considerando os três resultados positivos na temporada, o Tricolor atuou 141 minutos com um jogador a mais e 129 em condições de igualdade.
É óbvio que a Cobra Coral vem mostrando raça e tem qualidade técnica suficiente para manter a atual campanha e ir até além, em busca da liderença da competição.
No entanto, é possível analisar que a equipe comandada por Zé Teodoro ainda não enfrentou uma situação plenamente adversa, considerando adversários mais qualificados, algo que deverá acontecer bastante este ano, no Estadual e na Série C…
Na única vez em que isso ocorreu em 2012, diante do Salgueiro, os tricolores saíram de campo derrotados. Nesse dia, jogaram com um a menos.