Sem aperreio, o Sport se manteve 100% no hexagonal. Antes dos 15 minutos, numa tranquila tarde de domingo, o Leão já vencia o Serra Talhada por dois gols de vantagem, com Joelinton, aproveitando um vacilo daqueles do goleiro Gleibson (o pior do jogo), e Rithely. O time sertanejo começou atordoado, mas aos poucos foi tocando a bola. Só não conseguiu evouir até a meta de Magrão.
O Serra terminou o primeiro tempo com 52% de posse. Uma aula do que não fazer com a bola nos pés, num falso domínio. Enquanto isso, o Sport se mostrava o mesmo time eficiente do campeonato pernambucano – não o do regional, frisando. Sem brilhar, mas sem vacilar.
Num ritmo mais lento no início da segunda etapa, o dono da casa viu o Cangaceiro diminuir, com direito à comemoração com selfie. Não houve reação, pois o capitão Durval e o meia Régis ampliaram na Ilha do Retiro. No fim, João Carlos ainda marcou de falta para os sertanejos. Sport 4 x 2.
Com quatro vitórias em quatro jogos, o Rubro-negro encaminha a já esperada classificação à semifinal e já aparece como franco favorito à liderança do hexagonal. Portanto, é possível dizer que o bicampeonato estadual passa pelo mata-mata e só. No Leão, é preciso que a campanha da Copa do Nordeste seja equiparada, ao menos com a vaga no mata-mata. Lá, o time ainda está aperreado. E já merece uma atenção maior, quase exclusiva.
O Santa Cruz finalizou mais de 20 vezes. Só o atacante Betinho acertou a trave em três oportunidades. Não foi um primor de futebol no Arruda, é verdade, mas o volume foi bem maior em relação ao adversário. Pois é, Salgueiro 1 x 0.
Empenho à parte no sábado, o Tricolor foi derrotado pela 3ª vez em 4 partidas. Uma campanha pífia, ocupando a lanterna do hexagonal do Estadual. A pressão sobre o time, em formação, chega ao limite ao se dar conta de que os dois próximos jogos serão contra o Náutico. Dois clássicos na Arena Pernambuco.
Em 2005, no quadrangular final da Série B, os corais patinavam na disputa até emplacar duas vitórias nos embates contra o Alvirrubro. Imaginar o mesmo agora seria o alívio necessário para o momento tenso. Do contrário, a temporada de 2016 (sim, 2016) ficará seriamente comprometida, com a possível exclusão do Nordestão – e até da Copa do Brasil, pois dependeria do ranking nacional. Considerando apenas a participação na primeira fase dos dois torneios, neste ano, o clube deixou de receber R$ 565 mil em cotas.
Claro, o Timbu terá a chance devolver aquela frustração uma década depois. Sem dúvida, entrará em campo ciente de que pode eliminar um grande rival do mata-mata, o que faciltaria bastante o caminho ao título. Ou seja, a pressão no Santa Cruz só aumenta a confiança nos demais…
Alfredo Santos, Pedrinho e Tará. Cada um vestido com um dos três padrões oficiais presentes no estatuto do Santa Cruz. Um trio eternizado em um mural.
No Arruda, no setor de arrecadação, o Tricolor criou um setor para homenagear os seus principais ídolos, com fotos históricas. O espaço, aberto aos torcedores corais em direção às sociais no Mundão, foi inaugurado em 2014 com a presença de ídolos “pintados na parede”, como o zagueiro Alfredo Santos e o atacante Ramón, que brilharam na década de 1970, a mais vitoriosa do clube.
O passado mais recente também foi destacado, com Dênis Marques, Tiago Cartdoso e Caça-Rato, nomes do tricampeonato estadual de 2011 a 2013. Lá está até o argentino Mancuso, uma grande contratação em 1999. O painel não ficou restrito ao futebol. Também foram mencionados nomes de outras modalidades, como Pampa, do vôlei.
O marketing coral patinou em diversas áreas no centenário, fato, mas neste mural o trabalho foi bem executado. Para que ninguém esqueça o tamanho da tradição tricolor.
A 102ª edição do podcast 45 minutos, gravada após o carnaval, debateu as vitórias de Náutico e Sport no Nordestão e o primeiro triunfo do Santa Cruz no Pernambucano. Além de análises sobre o desempenho de cada um, também entrou na pauta o público diminuto do Estadual e da Copa do Nordeste. A gravação teve 1h24min. No programa, lembrando, o compartilhamento no facebook ou no twitter o credencia a participar do sorteio de camisas oficiais de Náutico, Santa, Sport, América, Central, Serra Talhada, Recife Mariners e ingressos VIP para a Arena. Nesta edição, o padrão do América.
Estou neste podcast ao lado de Celso Ishigami, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
Os seis jogos da 3ª rodada do campeonato estadual, considerando os dois hexagonais, foram bem esvaziados. A média de público nessas partidas, durante o período momesco, foi de apenas 2.907 espectadores, puxando para baixo, mais uma vez, o índice geral da competição. Após 74 partidas a média é de 3.039, a mais baixa desde 1998. Até a média do hexagonal do título caiu na última rodada, segundo o levantamento do blog. Nas duas primeiras rodadas o índice ficara acima de 10 mil espectadores. Agora, está em cerca de 8 mil.
O campeonato das multidões segue com o Santa Cruz à frente do ranking, com apenas um jogo realizado até aqui, o Clássico das Multidões. Em relação à renda, a FPF fica 8% da arrecadação bruta. Ou seja, dos R$ 2,3 milhões de bilheteria, a federação abocanhou R$ 188.187.
Confira abaixo os dados de público e renda atualizados após duas rodadas hexagonais do título e do rebaixamento, de acordo com o borderô oficial da FPF. Confira todas as médias de 1990 a 2014 clicando aqui.
1º) Santa Cruz (1 jogo como mandante, no Arruda)
Total: 24.143
Média: 24.143
Taxa de ocupação: 40,20%
Renda: R$ 475.175
Média: R$ 475.175
Presença contra intermediários: nenhum jogo
2º) Sport (1 jogo como mandante, na Arena)
Total: 13.519
Média: 13.519
Taxa de ocupação: 29,25%
Renda: R$ 353.135
Média: R$ 353.135
Presença contra intermediários: nenhum jogo
3º) Salgueiro (2 jogos como mandante, no Cornélio)
Total: 12.834
Média: 6.417
Taxa de ocupação: 64,71%
Renda: R$ 95.095
Média: R$ 47.547
4º) Central (9 jogos mandante, no Lacerdão)
Total: 37.916 pessoas
Média: 4.212
Taxa de ocupação: 21,62%
Renda: R$ 314.135
Média: R$ 34.903
5º) Náutico (2 jogos como mandante, na Arena)
Total: 8.010
Média: 4.005
Taxa de ocupação: 8,66%
Renda: R$ 136.720
Média: R$ 68.360
Presença contra intermediários (2): T: 8.010 / M: 4.005
6º) Serra Talhada (8 jogos como mandante, no Nildo Pereira)
Total: 28.983 pessoas
Média: 3.622
Taxa de ocupação: 72,45%
Renda: R$ 217.911
Média: R$ 27.238
As capacidades (oficiais) dos estádios usadas para calcular a taxa de ocupação: Arruda (60.044), Arena Pernambuco (46.214), Ilha do Retiro (32.983), Lacerdão (19.478), Cornélio de Barros (9.916) e Nildo Pereira (5.000).
Geral – 74 jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência)
Público total: 224.930
Média: 3.039 pessoas
TCN: 184.841 (82,17% da torcida)
Média: 2.497 bilhetes
Arrecadação: R$ 2.352.339
Média: R$ 31.788
Fase principal – 9 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 75.176
Média: 8.352 pessoas
TCN: 45.682 (60,76% da torcida)
Média: 5.075 bilhetes
Arrecadação total: R$ 1.197.805
Média: R$ 133.089
Mais uma rodada sem muitos lances polêmicos, um tanto raro no futebol dessas bandas. A 3ª rodada do hexagonal principal do Pernambucano terminou sem cartão vermelho e com apenas uma penalidade assinalada. O pênalti foi marcado no estádio Cornélio de Barros, a favor do Salgueiro, contra o Sport. A cobrança, porém, foi desperdiçada por Anderson Lessa.
Confira os rankings de pênaltis e cartões atualizados.
Pênaltis a favor (2)
1 pênalti – Sport e Salgueiro
Sem penalidade: Náutico, Santa Cruz, Central e Serra Talhada
Pênaltis cometidos (2)
1 pênalti – Santa Cruz e Sport
Sem penalidade, Náutico, Central, Salgueiro e Serra Talhada
Cartões vermelhos (2)
1º) Santa Cruz – 1 adversário expulso, 1 cartão vermelho
1º) Sport – 1 adversário expulso, 1 cartão vermelho
Nenhum cartão: Náutico, Central, Salgueiro e Serra Talhada
Pela primeira vez na temporada, os três grandes recifenses ganharam numa mesma rodada. E o fato “demorou” mesmo para acontecer. A 3ª rodada do hexagonal do título do Campeonato Pernambucano começou em 11 de fevereiro e terminou somente no dia 18, com o primeiro triunfo coral na competição, desbancando a Patativa fora de casa. O Santa, porém, segue fora do G4. Ao todo, foram dez gols marcados, na rodada na mais movimentada até aqui.
Saíram 19 gols nos 9 jogos desta fase do #PE2015, com média de 2,1. Em relação à artilharia, na qual a FPF só considera o hexagonal e o mata-mata, o atacante Élber (Sport) assumiu a liderença isolada, com 3 gols.
Hoje, as semifinais seriam: Sport x Serra Talhada e Central x Náutico.
Náutico 4 x 0 Serra Talhada – O Cangaceiro tentou endurecer o jogo na arena. Foi assim até metade do segundo tempo. Depois, o Alvirrubro deslanchou.
Salgueiro 0 x 3 Sport – O Carcará perdeu a segunda seguida em casa. Desta vez, foi atropelado. Com um time reserva, o Leão se manteve 100%.
Central 1 x 2 Santa Cruz – Ricardinho já estava balançando, mas soube mudar o sistema de jogo do Tricolor no segundo tempo, com amplo domínio.
Destaque: Josimar. Mesmo com poucos jogos, o centroavante já vinha sendo alvo de muitas críticas. Desta vez, mostrou presença de área, com 2 gols.
Carcaça: Preparo físico do Central. Com jogadores visivelmente acima do peso, o time alvinegro se arrastou em campo no segundo tempo.
Próxima rodada:
21/02 (18h30) – Santa Cruz x Salgueiro (Arruda)
22/02 (16h00) – Sport x Serra Talhada (Ilha do Retiro)
22/02 (16h00) – Central x Náutico (Lacerdão)
Uma Quarta-feira de Cinzas nada ingrata para o Santa Cruz.
Longe do carnaval, o Tricolor entrara pressionadíssimo na terra do São João. As duas goleadas sofridas na largada do Estadual obrigavam o clube a buscar uma reação imediata diante de um adversário já com seis pontos.
A ausência dos atacantes Bruno Mineiro e Anderson Aquino só piorou a situação. Tempo para treinar, até teve. Foram oito dias para Ricardinho encontrar soluções. Folia cá, treino lá. Enquanto o povão se mandou para as ladeiras de Olinda atrás do bloco Minha Cobra e do trio elétrico da Cobra Fumando, no Arruda, o time coral se concentrou em Caruaru. Passava por lá uma mudança.
E a vitória, enfim, veio, 2 x 1. A primeira na temporada. Os primeiros gols saíram com duas assistências de Betinho, o único escolhido para o ataque, fazendo o pivô para os meias Biteco e João Paulo, aos 16 minutos, um em cada tempo.
O Central chegou a empatar, levando a igualdade até o intervalo, inclusive na posse (50% x 50%), mas faltou fôlego. Na segunda etapa, o time parecia se arrastar, abusando das bolas alçadas (quase marcou o segundo gol no fim, e só). Já os tricolores procuraram a troca de passes no gramado fantasiado de 50 tons de verde. O piso não ajudou muito, e nem a própria equipe coral, ainda longe de um padrão tático. Mas ao menos evitou a pressão do mandante.
No fim das contas, o saldo do carnaval do Santa Cruz só seria positivo com uma vitória. No limite do período momesco, as cinzas ganharam três cores…
Entre 2012 e 2015, a premiação máxima da Copa do Brasil subiu de R$ 4,2 milhões para R$ 7,95 milhões. Os valores correspondem à soma das cotas de participação nas sete fases do mata-mata nacional, até o título. Como nos últimos anos, a premiação da 27ª edição do torneio será dividida em três grupos nas duas primeira etapas, de acordo com o ranking nacional de clubes.
Os valores foram confirmados através do ofício 001/2015, encaminhado pela CBF às federações estaduais e aos 87 clubes participantes. A verba é paga diretamente pela confederação brasileira de forma integral, ao fim de cada fase.
Abaixo, as cotas das fases deste ano e das edições passadas. Confira também o histórico dos seis pernambucanos que já participaram do torneio aqui.
Observações
1) O Sport pode faturar até R$ 1,33 milhão e ainda garantir a vaga na Copa Sul-americana, desde que seja eliminado na terceira fase da Copa do Brasil.
2) O futebol pernambucano ganhará R$ 750 mil em cotas só na primeira fase.
3) Em caso de título, o Leão ganharia ao todo R$ 7,84 milhões. Já Náutico e Salgueiro chegariam a R$ 7,51 milhões, em de taça.
Premiação de 2015
1ª fase (64 avos) – R$ 400 mil (grupo 1) / R$ 350 mil (2) / R$ 200 mil (3)
2ª fase (32 avos) – R$ 480 mil (grupo 1) / R$ 420 mil (2) / R$ 240 mil (3)
3ª fase (16 avos) – R$ 560 mil
Oitavas de final – R$ 690 mil
Quartas de final – R$ 820 mil
Semifinal – R$ 1 milhão
Vice-campeão – R$ 2 milhões
Campeão – R$ 4 milhões
Cota máxima do campeão: R$ 7,95 milhões
Grupos dos pernambucanos: 2 – Sport; 3 – Náutico e Salgueiro
Premiação de 2014
1ª fase (64 avos) – R$ 320 mil (grupo 1) / R$ 280 mil (2) / R$ 160 mil (3)
2ª fase (32 avos) – R$ 320 mil (grupo 1) / R$ 280 mil (2) / R$ 160 mil (3)
3ª fase (16 avos) – R$ 430 mil
Oitavas de final – R$ 530 mil
Quartas de final – R$ 740 mil
Semifinal – R$ 850 mil
Vice-campeão – R$ 1,8 milhão
Campeão – R$ 3 milhões
Cota máxima do campeão: R$ 6,19 milhões
Grupos dos pernambucanos: 2 – Sport; 3 – Náutico e Santa Cruz
Cotas: Santa R$ 750 mil, Sport R$ 560 mil, Náutico R$ 320 mil
Premiação de 2013
1ª fase (64 avos) – R$ 300 mil (grupo 1) / R$ 265 mil (2) / R$ 150 mil (3)
2ª fase (32 avos) – R$ 300 mil (grupo 1) / R$ 265 mil (2) / R$ 150 mil (3)
3ª fase (16 avos) – R$ 400 mil
Oitavas de final – R$ 500 mil
Quartas de final – R$ 700 mil
Semifinal – R$ 800 mil
Vice-campeão – R$ 1,8 milhão
Campeão – R$ 3 milhões
Cota máxima do campeão: R$ 6,0 milhões
Grupos dos pernambucanos: 2 – Náutico; 3 – Santa Cruz, Sport e Salgueiro
Cotas: Salgueiro R$ 1,2 milhão, Santa R$ 300 mil, Sport R$ 300 mil, Náutico R$ 265 mil
Premiação de 2012 1ª fase (32 avos) – R$ 250 mil (grupo 1) / R$ 220 mil (2) / R$ 120 mil (3)
2ª fase (16 avos) – R$ 250 mil (grupo 1) / R$ 220 mil (2) / R$ 120 mil (3)
Oitavas de final – R$ 300 mil
Quartas de final – R$ 400 mil
Semifinal – R$ 500 mil
Vice-campeão – R$ 1,5 milhão
Campeão – R$ 2,5 milhões
Cota máxima do campeão: R$ 4,2 milhões
Grupos dos pernambucanos: 2 – Náutico e Sport; 3 – Santa Cruz
Cotas: Náutico R$ 440 mil, Sport R$ 440 mil, Santa R$ 120 mil
Danilo Fernandes; Alex Silva, Oswaldo, Henrique Mattos e Evandro; Ronaldo, Wendel, Danilo e Élber; Mike e Joelinton.
O Sport entrou no Cornélio de Barros com uma formação reserva. Apenas Élber havia sido titular no fraquíssimo empate diante do Coruripe. E resultou em mais um capítulo do oscilante time da Ilha. Lanterna no grupo B do Nordestão, o Leão é o líder do Estadual, com 100% em três rodadas. Contra o Salgueiro, com o carnaval já fazendo barulho no estado, o time de Eduardo Batista teve um rendimento bem melhor, apesar de peças de qualidade técnica menor, em tese.
O ponto de equilíbrio nesta sexta foi justamente o remanescente do tropeço de quarta. Élber, outrora destaque no Clássico das Multidões, com dois gols, foi o nome do duelo no Sertão, dando assistências para os primeiros tentos, de Danilo e Mike, e depois marcando um belo gol para fechar o placar, 3 x 0.
Enquanto estava 1 x 0, no segundo tempo, o Leão teve dois impedimentos mal marcados pelo bandeirinha Marlon Rafael e depois contou com a sorte, com Anderson Lessa isolando uma penalidade. No restante, um time mais solto. Se faltou a aproximação no Nordestão, a garotada correu bastante, dando opções ao ataque. Inclusive o estreante Evandro, de 18 anos, no esquerda.
Enquanto o jogo caminhava para os minutos finais, a torcida já questionava nas redes sociais: Eduardo deve manter o time para a próxima partida? Não. Pois isso significaria deixar Magrão, Durval, Mancha e Diego Souza de fora. O que Eduardo precisa é que a formação titular corra do mesmo jeito…