Emerson Sobral é o nome de maior destaque nas páginas dedicadas ao Clássico das Emoções nas edições dominicais dos três grandes jornais recifenses neste 5 de fevereiro. Péssimo sinal. Pior, impossível.
Para o árbitro, ser mero coadjuvante é tudo. Passar despercebido e nada mais. Discrição, neste caso, é sinônimo de competência. Nenhum ser vaidoso escolhe o apito. Pelo menos, não deveria. Arbitragem não aceita primeiro plano.
Ao abrir os jornais, Sobral terá o triste, frustrante e decepcionante sentimento de dever “não cumprido”. Ao contrário dos craques, sentirá vergonha ao se ver reproduzido nas fotos e manchetes. Constrangido. Como se fora um intruso. Quase um penetra surpreendido, desmascarado em plena festa.
Ele sabe que ali não é seu lugar. O foco da repercussão deveria ser exclusividade dos verdaeiros artistas do espetáculo. Deveria estar no golaço, no drible, na grande vitória ou na trágica derrota. Até mesmo no empate.
Jamais no apito.
A arbitragem em Pernambuco precisa urgentemente voltar a ser esquecida.
* Lucas Fitipaldi é repórter do Superesportes. Confira o post do clássico aqui.
Da geladeira para o clássico? Pois é. O árbitro Emerson Sobral acaba como personagem principal do Clássico das Emoções, nos Aflitos.
Da pior forma possível. Não foi por falta de aviso, viu FPF? Não mesmo. Veja aqui.
Náutico 2 x 2 Santa Cruz, um confronto aguerrido e marcado pelo “quinteto do apito”, que conseguiu deixar os dois rivais indignados ao fim da partida, neste sábado.
Lances pra lá de discutíveis, 14 cartões amarelos, critério confuso. Bronca.
Houve espaço para “futebol”, claro. Como o esporte prega as suas ironias dia sim e o outro também, coube ao atacante Flávio Caça-Rato abrir o placar. Há três dias atrás, o cartaz coral para ele era de protesto (relembre aqui).
Antes, foi preciso conter o Náutico, que teve dez minutos de pura pressão, com três chances incríveis, com Diego Bispo, Souza e Eduardo Ramos.
Até ali, o jogo “era” do Timbu. Tanto que Souza conduzia a bola na meia-lua, aos 11 minutos, quando foi derrubado. Porém, o árbitro Emerson Sobral marcou impedimento, ao considerar que ele havia tocado a bola – o que não pareceu, na visão do blog.
Enquanto os alvirrubros reclamavam, os tricolores deram sequência e armaram uma jogada mortal, puxada por Carlinhos Bala, sempre instigado nos clássicos. Ele tocou para Flávio Caça-Rato. De contestado a “Caça-Timbu” em um chute, Santa 1 x 0.
Apesar do golpe, o Alvirrubro seguia melhor em campo, criando e obtendo faltas próximas à área. O meia Cascata, mais avançado, empatou o jogo aos 24 minutos, com uma finta na grande área e a conclusão com um chute forte.
A partir daí, com a marcação alvirrubra mais apertada, o Santa passou usar a bola área. E bem. Aos 40, Gideão defendeu em cima da linha uma cabeçada de Léo.
Na etapa final, Zé Teodoro ousou ao colocar Luciano Henrique no lugar de Anderson Pedra. A marcação do time ficaria comprometida? Mas o ataque foi municiado…
O resultado foi prático: gol. Aos 14 minutos, Luciano Henrique desempatou após jogada individual pela direita. Bateu cruzado e Elicarlos desviou para as próprias redes.
Os dois times continuaram batalhando, até que a arbitragem voltou a aparecer. Aos 49 minutos, Emerson Sobral enxergou uma penalidade de Leandro Souza em Souza. Só ele.
Souza cobrou com categoria e empatou. Terminou o jogo como artilheiro, 5 gols.
Com a confusão armada nos Aflitos, resta saber o destino de Emerson Sobral. Depois do Polo Sul, é a vez do Polo Norte? Talvez, canto algum. O quadro local segue prestigiado…
E olhe que desta vez a lambança foi vista ao vivo na televisão em 36 países…
Durante uma semana, o blog deixou no ar uma enquete para saber a opinião de cada grande torcida do estado sobre o seu maior rival.
Ou seja, o torcedor só teve o direito de votar uma vez e apenas nas opções (clássicos) do seu time, para tentar evitar danos estatísticos.
Alvirrubros e tricolores apontaram o Leão como principal adversário, com porcentagem acima de 90% nos dois casos. Isso mexe de alguma forma com o Clássico das Emoções?
Apesar da maioria absoluta no Clássicos das Multidões, os torcedores do Sport ainda tiveram uma boa porcentagem também no Clássico dos Clássicos.
É possível mudar os dados a curto prazo? Comente sobre os motivos deste contexto.
Somando os três maiores confrontos do estado, Clássico dos Clássicos (1909), Clássico das Multidões (1916) e Clássico das Emoções (1918), são quase 1.500 jogos…
Qual é o clássico de maior rivalidade envolvendo o seu clube?
Rubro-negro – 965 votos
Sport x Santa Cruz – 69,64%, 672 votos
Sport x Náutico – 30,36%, 293 votos
Tricolor – 576 votos
Santa Cruz x Sport – 95,31%, 549 votos
Santa Cruz x Náutico – 4,69%, 27 votos
Alvirrubro – 459 votos
Náutico x Sport – 93,03%, 427 votos
Náutico x Santa Cruz – 6,97%, 32 votos
Também de cara nova, o Santa Cruz teve mudanças drásticas no seu uniforme.
O primeiro padrão, com faixas largas e de tamanho semelhante, traz ainda aspectos históricos, como as estrelas do tri-supercampeonato estadual (1957, 1976 e 1983) e uma frase de destaque na manga, “O terror do Nordeste no gramado”.
As novas camisas do Tricolor, produzidas pela Penalty, a mesma fornecedora do Náutico, foram apresentadas na sede do clube, na festa do 98º aniversário.
Confira os dois padrões acima em uma resolução maior clicando aqui e aqui.
A camisa será utilizada no restante do Estadual e na campanha da Série C.
Torcedor tricolor, o que você achou do novo uniforme do clube?
Os milhares de torcedores nas arquibancadas pernambucanas só deixa claro o potencial do público consumidor do futebol local.
Não por acaso, a cobertura da imprensa é bem considerável, com quatro jornais, meia dúzia de rádios e emissoras de televisão e inúmeros sites voltados para o setor.
Espaço também para revistas mensais, com reportagens mais extensas.
Atualmente, o Recife conta com dois periódicos deste modelo, Clássico.com e Torcida.
Acima, as capas das últimas edições.
Vida longa à cobertura jornalística dos clubes pernambucanos…
A equipe da Fifa, que está filmando o futebol da capital para o documentário da Copa do Mundo de 2014, esteve nesta quinta-feira no estádio do Santa Cruz.
O gigante de concreto foi palco de jogos importantes da Seleção Brasileira nas Eliminatórias do Mundial de 1994 e 2010.
Por sinal, o recorde de público do estádio coral, de 96.990 torcedores, foi estabelecido no histórico Brasil 6 x 0 Bolívia, em 1993. Na arrancada para o tetra…
Confira as postagens sobre as gravações da Fifa no Sport e no Náutico.
Emerson Sobral, o árbitro do Clássico das Emoções.
Até aí, nada demais…
O quadro local, apesar dos pesares, vem sendo acionado para os clássicos estaduais em 2012. No primeiro, na Ilha do Retiro, o sorteado foi Gleydson Leite.
No entanto, surpreende o fato de o juiz escalado para o confronto entre Náutico e Santa Cruz nos Aflitos, neste sábado, ter sido indicado após a punição imposta na segunda rodada deste mesmo campeonato. Fato que ocorreu há 17 dias…
Na primeira partida do Estadual, deixou de expulsar o zagueiro André Oliveira, do Trcolor. Na segunda, não marcou uma penalidade clara no alvirrubro Rogério, para depois assinalar uma pênalti inexistente sobre o mesmo jogador.
Pressionado, foi punido pela FPF. Ficou duas rodadas na geladeira…
Voltou de forma discreta na 5ª rodada, no duelo entre Ypiranga e Porto, no Limeirão.
Folgou no meio de semana e, avaliado pela experiência, foi novamente indicado para o sorteio. Será que houve alguma melhora no desempenho técnico num período tão curto?
Tem mais… Gilberto Castro Júnior, que era outro na geladeira, saiu de lá e será assistente de linha de fundo no clássico em Rosa e Silva.
A geladeira pernambucana é, na verdade, um grande desperdício de energia.