Podcast 45 minutos (64º) – Debate sobre mais uma derrota do Leão como visitante

A 64ª edição do podcast 45 minutos foi focado no desempenho do Sport em Salvador, na derrota para o Bahia. O sexto revés consecutivo como visitante obriga uma mudança de postura? O time oscila durante os jogos? O debate foi quente. No fim, análise sobre os próximos jogos de Náutico e Santa na Série B, além de detalhes da entrevista feita com Evandro Carvalho, presidente da FPF.

A nova edição teve 1h15min de gravação. Estou na discussão com Celso Ishigami, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro, além de Fred Figueiroa via Skype, direto do Chile. O programa foi gravado no Diario de Pernambuco.

Ouça agora ou quando quiser!

O Leão de sempre fora de casa. Melhor para os adversários, bons ou ruins

Série A 2014, 25ª rodada: Bahia 1x0 Sport. Foto: FELIPE OLIVEIRA/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO

Mal no campeonato e sem fazer uma boa partida em casa, o Bahia errou bastante, mas conseguiu acertar uma jogada, viu a zaga adversário bater cabeça, e abriu o placar.

O gol saiu aos 26 minutos do segundo tempo.

O Sport estava precavido como sempre, cozinhando partida como visitante como sempre, sem poder ofensivo. Obviamente, esse poder não surgiria do novo. Claro, não surpreendeu.

Após ficar em desvantagem na Fonte Nova, o Leão finalizou apenas duas vezes.

Dois chutes de fora da área, com Ananias e Rithely. Fora isso, passes errados e pouquíssima verticalização.

Diego Souza começou bem a partida, mas se acomodou no segundo tempo. O meio-campo, aliás, foi pouco combativo, sobretudo após a saída de Ronaldo.

O time também sofreu bastante com a ausência de Patric no lado direito. Vitor talvez seja a melhor peça de reposição do elenco leonino, mas falhou demais no apoio.

No clássico entre os maiores clubes da região, melhor para o Bahia, soberano no retrospeto histórico. Mais uma vitória na conta, 1 x 0 nesta quarta.

Em 81 confrontos, são 34 vitórias baianas e 19 pernambucanas.

Ao Sport, uma derrota amarga na Série A, merecida.

Foi o sexto revés seguido do time comandado por Eduardo Batista como visitante…

Caso não tivesse convertido uma penalidade contra a Chapecoense seriam sete jogos sem fazer um gol sequer longe de casa…

Fica difícil sustentar uma grande campanha apenas como mandante.

Série A 2014, 25ª rodada: Bahia 1x0 Sport. Foto: EDUARDO MARTINS/AGÊNCIA A TARDE/ESTADÃO CONTEÚDO

Montadora, cervejaria e marca de refrigerantes no leilão pelo Estadual

Leilão pelo Pernambucano

Três empresas multinacionais estão na briga para adquirir a nomenclatura oficial do Campeonato Pernambucano de 2015 a 2018.

O contrato de naming rights foi instituído pela primeira vez no futebol local na edição de 2011, junto à Coca-Cola, por R$ 2,4 milhões em quatro anos.

Com o fim do negócio – que se estendeu a todas as marcas da competição -, três empresas renomadas já sentaram com Evandro Carvalho, presidente da FPF, para viabilizar o novo acordo.

Para não atrapalhar a negociação, o dirigente preferiu não citar nominalmente as marcas envolvidas, apenas a área de cada uma. Porém, não é difícil identificá-las.

Uma marca de refrigerante. Renovação a caminho com a Coca-Cola?

Uma montadora de veículos. Bem, a fábrica Chevrolet já patrocina oito dos nove estaduais nordestinos.

Uma cervejaria. Curiosamente, a Ambev foi a primeira companhia do ramo a demonstrar interesse no torneio local, em 2009.

É possível haver alguma surpresa no futuro nome do campeonato estadual?

A tendência, segundo a federação, é aumentar o valor anual de R$ 600 mil.

Este arranjo econômico já faz parte da realidade de inúmeras competições de futebol, como o Brasileirão (Chevrolet), a Copa do Brasil (Sadia), a Libertadores (Bridgestorne) e a Sul-Americana (Total).

Deve continuar sendo, também, o modelo do Estadual…

Liberação da cerveja na pauta da Alepe em 2015

Cervejas oficiais de Sport, Náutico e Santa Cruz (Ambev/Brahma)

Já está sendo articulada a volta da cerveja ao futebol pernambucano. A médio prazo.

Como se sabe, a cerveja está proibida (venda e consumo) desde a publicação da lei estadual em 24 de março de 2009, de autoria do deputado Alberto Feitosa. Cinco anos depois, uma alteração na redação deverá ser discutida na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

A informação é do presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho.

Segundo o dirigente, o projeto de autoria do deputado Antônio Moraes não irá revogar a lei vigente, mas derrogá-la. Ou seja, mudará apenas um artigo.

Assim, continuará o veto ao uísque, vodca, vinho e outras bebidas. Menos uma.

Somente a cerveja seria liberada. Basta para incrementar a receita no futebol. Na Copa do Mundo de 2014 a oferta nos 64 jogos foi de 3 milhões de latinhas.

Duas audiências públicas já foram realizadas sobre o tema.

A articulação está de tal forma que uma cervejaria já mostrou interesse em adquirir o naming rights do Estadual pelos próximos quatro anos. O acordo está condicionado à liberação da cerva.

O mesmo aconteceu em 2009, com a Ambev, quando a empresa acabou voltando atrás no contrato R$ 800 mil por causa da proibição.

Sobre a reviravolta na lei – o próprio Juizado do Torcedor (Jetep) já admitiu que a lei em vigor não diminuiu a violência -, há uma particularidade…

No site oficial da Alepe, o projeto de lei ordinária nº 584/2011, de Antônio Moraes, encontra-se parado desde 22 de maio de 2012, quando o próprio parlamentar solicitou a retirada de tramitação.

Por sinal, o presidente da assembleia, Guilherme Uchôa, diz que ainda não há movimento na casa sobre essa pauta, que não passou sequer nas comissões.

Mesmo assim, a FPF mostra-se animada com a votação. Resta aguardar para ver se não foi mais empolgação do que fato concreto. Veremos em 2015.

Por aclamação, Evandro Carvalho garante mais quatro anos no comando da FPF, a 5ª federação mais rica do país

Evandro Carvalho no discurso após a eleição para presidente da FPF, em 22 de setembro de 2014. Foto: FPF/Assessoria

Por aclamação – ou seja, com os votos de todos os clubes e ligas municipais -, Evandro Carvalho foi eleito para mais um mandato na presidência da Federação Pernambucana de Futebol. Serão quatro anos, de 2015 a 2018.

O dirigente já vinha no comando da entidade desde 29 agosto de 2011, após a morte do então mandatário, Carlo Alberto Oliveira. A eleição nesta segunda-feira foi apenas protocolar, atendendo aos requisitos da Assembleia Eletiva.

Depois, ao lado dos seus vice-presidentes, do conselho fiscal da entidade e dos membros do TJD, discursou para os representantes das agremiações presentes, inclusive dos grandes clubes, que tanto se queixavam. Caso não volte atrás na palavra, este deverá ser o último mandato de Evandro frente à federação – até porque já vislumbra a vice-presidência da CBF.

Para os próximos anos, além de contar com uma oposição mais viva – diluída nesta eleição pela brusca mudança de data do pleito -, o presidente deve focar na organização do Pernambucano, que há alguns anos vem passando por transformações devido ao calendário nacional, quase nunca para melhor.

O primeiro ponto deve ser conseguir uma liberação junto à CBF para poder organizar jogos em dezembro e janeiro, onde quer, mais uma vez, realizar a fase preliminar do Estadual, apenas com os clubes intermediários.

Em relação às finanças, a FPF já é a 5ª federação mais rica do país. Em 2013 a receita foi de R$ 6,6 milhões. Hoje, o seu patrimônio líquido é de R$ 5,6 milhões.

Além do subsídio estatal do Todos com a Nota, a federação pernambucana se notabiliza pela cobrança de 8% da renda bruta de cada partida no estado, numa “taxa administrativa”. Até fevereiro de 2013 o valor era de 6%, já acima da média. Na maior parte do país as entidades cobram 5% da bilheteria.

A captação de recursos é grande. Agora, Evandro tem quatro anos pela frente, tempo suficiente para também fomentar os clubes com essa saúde financeira.

Até mesmo porque o apoio recebido foi claro. Foi aclamado.

Evandro Carvalho no discurso após a eleição para presidente da FPF, em 22 de setembro de 2014. Foto: FPF/Assessoria

Podcast 45 minutos (62º) – Debate sobre o Sport e tropeços de Náutico e Santa

A 62ª edição do podcast 45 minutos traz um debate acalorado sobre até onde pode chegar o Sport na Série A. G4, “G5”, zona intermediária? Também foi analisado o desempenho de Náutico e Santa nos tropeços no sábado, na Série B. Finalizando, o registro da classificação do Central ao mata-mata da Série D.

A nova edição teve 1h17min de gravação. Estou na discussão com Celso Ishigami, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.

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Classificação da Série A 2014 – 23ª rodada

Classificação da Série A 2014, na 23ª rodada. Crédito: Superesportes

A 10ª vitória rubro-negra na competição abriu 12 pontos em relação ao Z4, na zona mais confortável que o time já teve na era dos pontos corridos. Firme na parte de cima da tabela, o Sport está cinco pontos abaixo do G4.

Na briga pelo título, Cruzeiro e São Paulo perderam e viram a aproximação de Corinthians e Interncional, vencedores na rodada.

A 24ª rodada do representante pernambucano
24/09 – Bahia x Sport (21h00)

Jogos em Salvador pela elite: 1 vitória rubro-negra, 7 empates e 7 derrotas.

Felipe Azevedo, herói da cirúrgica vitória de um time que precisa de seus reservas

Série A 2014, 23ª rodada: Sport 1x0 Coritiba. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Foi uma vitória (a 10ª) dificílima do Sport, contra um adversário que vinha de um importante resultdo sobre o São Paulo.

Os três pontos somados diante do Coxa, que jamais venceu o Leão na Ilha, mantiveram o time pernambucano firme na parte de cima da tabela, ainda próximo ao G4. Na 8ª colocação, só não avançou porque o Galo venceu o clássico de Minas Gerais.

Se a classificação à Libertadores segue bem difícil (ô!), ao menos uma campanha segura vai sendo feita pelo time comandado por Eduardo Batista, com mais fôlego após completar 50 jogos.

Neste domingo, o resultado de 1 x 0 foi escrito faltando quinze minutos. O Coxa, mesmo perigando na tabela (voltou ao Z4 com o revés), articulou boas jogadas.

Pelo lado do Leão, pesou contra o incrível gol desperdiçado por Ibson no primeiro tempo, após uma baita jogada de Patric e uma boa assistência de Neto Baiano. Estava livre, mas chutou em cima do goleiro Vanderlei.

Na segunda etapa, um jogo mais truncado, com a maior cara de empate gols, como na última quarta, contra o Inter – apesar de ter sido, de fato, uma partida tecnicamente melhor.

Acionado no lugar de Danilo, o contestado (inclusive pelo blog) Felipe Azevedo enfim foi decisivo. Escorou para as redes o passe de Diego Souza, num rápido contragolpe. Ganhou confiança para continuar sendo acionado pelo treinador – titular ou não.

Nos descontos, o jogo tornou-se dramático por casa da chance perdida por Ananias (no lugar de Ibson), no travessão, e Diego Souza, no rebote. No caso do Sport, a vitória pelo placar mínimo parece ser de lei. Foi cirúrgica.

O resultado mostrou que o time que precisa demais do seu banco de reservas.

Série A 2014, 23ª rodada: Sport 1x0 Coritiba. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O caminho necessário para a oficialização dos títulos regionais e nacionais

Estádio Luiz Lacerda, do Central, em Caruaru. Foto: www.centralsc.com.br

Os clubes pernambucanos conquistaram oito títulos de caráter regional, interregional ou nacional sem a chancela oficial da CBF. Glórias numa era quase em preto e branco, mas de importância histórica em cada time.

São cinco do Náutico, um do Sport, um do Santa Cruz e um do Central.

Foram torneios de repercussão em épocas sem tanta organização da CBF ou de sua precursora, a Confederação Brasileira de Desportos, a CBD. Os clubes consideram as conquistas em suas galerias. A última dessas conquistas foi há quase 30 anos e até hoje segue sem resposta quanto à oficialização.

E não há resposta porque jamais houve um pedido de fato…

Durante o lançamento do Nordestão de 2015, no Recife, o blog entrevistou Virgílio Elísio, o diretor de competições da confederação. Questionado se havia a chance de chancelar os títulos antigos – como a Segundona de 1986 do Central ou tri do Norte do Náutico -, Virgílio abriu o caminho…

“Lembro dessa história de 1986. Eu recomendo que eles (os clubes) preparem um processo bem instruído, com conteúdo e encaminhem. Eu por exemplo, como diretor de competições, me encarregaria de levar isso a um grupo técnico, onde nós tomaríamos a decisão se é ou válido esse reconhecimento.”

Foi o que fez Odir Cunha, autor do estudo sobre os campeões da Taça Brasil (1959-1968) e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967-1970), que em 2010 foram oficialmente unificados ao Brasileirão. A pesquisa foi elaborada a pedido dos campeões Bahia, Santos, Palmeiras, Botafogo, Santos, Cruzeiro e Flu.

Central e Treze, que seriam campeões em conjunto da Segundona de 1986, dizem ter enviado atas à CBF. Virgílio nega ter recebido os documentos.

A situação se mantém em relação ao torneios nordestinos anteriores a 1994.

“Até aqui, ninguém manifestou.”

Por fim, se mostrou aberto ao processo.

“Estou dizendo que todos podem preparar o processo sobre os antigos campeões do Nordeste, mas não estou dizendo que todos os processos terão êxito. Esse reconhecimento é fruto de uma análise. Eu garanto que a gente vai fazer uma análise. Se vai reconhecer eu não sei”.

Eis os torneios vencidos pelos times do estado ainda sem a chancela.

O caminho está traçado. Agora, basta cada um fazer a sua parte…

Torneio dos Campeões do Norte-Nordeste
A premissa do torneio era uma ampliação da competição realizada na capital pernambucana em 1948. Quatro anos depois, o Norte foi incorporado. Campeão estadual em 1951, o Timbu entrou na semifinal do torneio, novamente realizado apenas no Recife.

1952 Náutico (8 participantes)

Copa Norte – A fase Norte-Nordeste da Taça Brasil
Agora unificada ao Brasileirão, a pioneira Taça Brasil surgiu em 1959 como a competição organizada pela CBD que indicaria o representante do país à Libertadores do ano seguinte. Com a precária estrutura de deslocamento de um país continental, o torneio de mata-mata foi regionalizado. Na fase Norte, que compreendia o Norte-Nordeste, o campeão tinha direito a vaga na semi ou na final nacional – sem definição prévia. Os vencedores do zonal celebravam as conquistas regionais, ainda que não fossem um torneio à parte.

1962 Sport (11 participantes)
1965 Náutico (11)
1966 Náutico (11)
1967 Náutico (10)

Copa dos Campeões do Norte
Apesar do nome, a copa reuniu os vencedores da fase Norte-Nordeste da Taça Brasil. Até 1966, apenas clubes nordestinos haviam vencido. Todos os times se enfrentaram em jogos ida e volta na Fonte Nova, PV, Aflitos e Ilha.

1966 Náutico (5 participantes)

Torneio Hexagonal Norte-Nordeste
Apesar das duas regiões envolvidas, foram incluídos apenas três estados, com dois pernambucanos, dois cearenses e dois paraenses em jogos de ida e volta.

1967 Santa Cruz (6 participantes)

Série B – Torneio Paralelo do Campeonato Brasileiro
De 1980 a 1985, a segunda divisão nacional foi chamada de Taça de Prata. Em 1986, foi rebatizada como “Torneio Paralelo”, paralelo ao Brasileirão de fato. Eram quatro grupos, vencidos por Central, Treze, Criciúma e Internacional de Limeira. Não houve um cruzamento entre os melhores e o quarteto subiu para a elite do mesmo ano – fato ocorrido nos anos anteriores.

1986 – Central, Treze, Cricíuma e Inter de Limeira (36 participantes)

Ao todo, 18 torneios envolvendo o Nordeste e o Norte-Nordeste, desde 1946, não têm a chancela oficial da CBF. Confira o levantamento aqui.

Classificação da Série A 2014 – 22ª rodada

Classificação da Série A 2014, na 22ª rodada. Crédito: Superesportes

O empate sem gols na Arena Pernambuco, com cerca de 15 mil pessoas, tirou o Sport do 7º lugar. O clube foi ultrapassado pelo Atlético Mineiro, que venceu o Goiás fora de casa. Com mais um jogo em casa, o Leão pode voltar à antiga posição já no domingo.

Na liderança, o Cruzeiro voltou a abrir sete pontos de vantagem sobre o vice-líder, após o tropeço do Coritiba. A vitória do Coxa, próximo adversário do Leão, tirou o clube do Z4, direto para o 15º lugar. A brusca mudança só mostra o equilíbrio lá “embaixo”.

A 23ª rodada do representante pernambucano
21/09 – Sport x Coritiba (16h00)

Jogos no estado pela elite: 6 vitórias rubro-negras, 4 empates e nenhuma derrota.