Fontes seguras garantem timaços no Recife

Fonte de água

Não tem jeito. A cada entressafra nos gramados, a avalanche verbal toma conta do futebol. Em Pernambuco não é diferente. A transição dos elencos dos grandes clubes do Recife nas competições é fomentada por notícias diárias de bastidores.

Por muitas vezes, o assunto torna-se monotemático. Campo aberto para as especulações, para as “fontes seguras” dos jornalistas, para a informação apressadamente divulgada de que “fulano foi sondado” e por aí vai.

Os nomes aparecem em listas intermináveis, com nível pra lá de qualificado.

Nas últimas 48 horas: Carlinhos Paraíba e Marquinhos Catarina no Náutico, Ricardo Xavier e Rivaldo no Santa Cruz, Keirrison, Cléber Santana e Diego Tardelli no Sport…

Em todos os casos, sem exceção, os atletas estão num patamar financeiro bem acima da realidade local. Um nome de peso, até vai. Um pacote? Não está jorrando dinheiro.

É preciso ficar atento às rodadas de negociação nos intervalos anteriores. Quantos nomes foram divulgados? Quantos fecharam? A subtração é quantidade de “peruas”.

E o que dizer da batidíssima notícia de que o destaque de um clube foi “procurado” pelo rival? Quase sempre, a consequência é uma só: o jogador fica, recebendo um aumento acima do necessário, por causa do suposto leilão. O empresário agradece. Sempre.

Nesse período chatíssimo do futebol, na visão do blog, o torcedor costuma sonhar com a montagem de grandes equipes. É induzido a isso, pela própria imprensa, que no papel de informar acaba fazendo mais do que isso. Muitas vezes “cria” a notícia, o factóide.

Rádio, jornal, televisão, internet etc.

Obviamente, é preciso divulgar as negociações, sem ficar restrito à versão oficial. Mas uma coisa não muda, pelo menos no Recife, com o abuso da sede do torcedor.

Os craques imaginados, especulados e divulgados somem a cada apito inicial de uma nova temporada. Acredite, o seu time não vai se tornar um timaço…

Nunca duvide do Sport, em película

Assim como o Timbu, o Sport também lançará um vídeo com bastidores sobre o acesso.

Confira a prévia do vídeo leonino abaixo, com a reta final da campanha que recolocou o clube na elite. O trecho foi disponibilizado pela TV Sport Recife.

Cena gravada instantes antes do time entrar em campo no gramado do Serra Dourada…

Mesmo com a situação difícil na tabela, uma equipe vinha gravando as passagens do elenco na Série B, colhendo depoimentos e emoções.

No título, a nova marca rubro-negra: Nunca duvide do Sport.

Até quatro pernambucanos na Copa do Brasil

Copa do Brasil

Criada em 1989, a Copa do Brasil foi o primeiro ato de Ricardo Teixeira, inciando a sua gestão à frente da Confederação Brasileira de Futebol.

Eram 32 times, apenas com apenas campeões estaduais e alguns vice-campeões.

Emocionante, o torneio foi sendo ampliado gradativamente. Atualmente, já com o dobro de participantes, o mata-mata nacional acaba de ser reformulado.

Para 2013, ainda com Teixeira, a Copa do Brasil terá 86 clubes (veja aqui)!

Até esta temporada, Pernambuco contava com duas vagas diretas.

Ocasionalmente, o estado teve três representantes, com um dos grandes entrando através do ranking nacional de clubes.

Agora, a possível benesse. Não uma, mas duas vagas extras…

Em contato com a diretoria de competições da CBF, a FPF recebeu a informação de que o futebol local poderá emplacar até quatro times.

O sistema de classificação já teria sido até definido, por sinal.

Seriam os três primeiros colocados do Pernambucano e, enfim, o campeão da Copa Pernambuco, num pleito antigo, desde a criação da competição, em 1994.

Caso a CBF libere apenas três vagas (política, política), aí serão os dois primeiros do Estadual, deixando a vaga extra para a copinha mesmo, agora valorizada.

A Copa do Brasil também vai classificar agora à Copa Sul-americana. Em vez de 8 vagas, o país terá apenas quatro. Tente entender o critério escrito pela CBF:

Dos 16 clubes que vão participar das oitavas-de-final, oito não chegarão às quartas-de-final. No entanto, quatro dessas equipes desclassificadas serão compensadas com uma vaga na Copa Sul-Americana. As vagas serão definidas de acordo com a colocação final no Campeonato Brasileiro do ano anterior.

A competição passará grandes mudanças, atingindo, de forma direta, o interior do estado e o futebol internacional. Você concorda com essa transformação?

Nordestão volta em 2013 e muda o Pernambucano

Campeonato do Nordeste

Nunca o futebol do Nordeste foi tão independente no “primeiro semestre” quanto em 2001 e 2002, com um torneio regional milionário, sucesso de público e crítica. Na época, os dois regionais renderam R$ 26 milhões aos clubes.

Aquele hiato, não de edições, mas de organização, finalmente acabou. O Nordestão voltará a ser disputado a partir de 2013, de forma contínua, com até dez edições.

A competição foi confirmada nesta quinta-feira pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira. O torneio terá 16 clubes, com o formato implantado em 2000 e conquistado pelo Sport.

Serão quatro grupos de quatro equipes, com turno e returno (seis jogos para cada um na 1ª fase). Os dois melhores de cada chave avançam para as quartas de final. A partir daí, mata-mata em ida e volta até a decisão. Maranhão e Piauí ficam de fora.

Os participantes serão definidos através da classificação do Estadual de 2012. Para Pernambuco, os três primeiros colocados. O regional, com 12 datas ao todo, será realizado de janeiro a março. Paralelamente aos Estaduais? Não.

Os campeonatos estaduais do Nordeste também vão sofrer modificações, já em acordo com todas as federações. Assim, o Campeonato Pernambucano só vai começar após o Campeonato de Nordeste de 2013. Acredite, será mais enxuto.

Os nove times locais que ficarem de fora do Nordestão, considerando a elite do estado, obviamente, vão disputar uma fase classificatória durante o regional. Os cinco primeiros lugares vão se juntar posteriormente aos três do Nordestão.

Desta forma, oito times irão disputar o Pernambucano de 2013, de fato, como apurou o blog junto à FPF. A princípio, com turno, returno e final. Seriam 16 datas. Já os quatro piores da primeira fase fariam um quadrangular contra o rebaixamento à Segundona.

Ou seja, serão 28 datas ao todo, cinco a mais que o atual critério da CBF. No entanto, a confederação deverá adequar o calendário para as duas competições…

O post esqueceu de citar a vaga na Copa Sul-americana? Esqueça também.

O Nordestão não teve a confirmação da vaga continental. É preciso sobreviver a isso.

Os anti-heróis dos gramados

Marcelinho Paraíba no Bild, da Alemanha

Nada de entrar no mérito da culpabilidade ou da inocência. Cabe à investigação policial ouvir todas as versões, checar contradições, encontrar provas e concluir o inquérito.

O caso de Marcelinho Paraíba, detido com a suspeita de ter tentado beijar à força uma mulher em uma festa, é mais um no futebol brasileiro envolvendo ídolos.

Neste caso, como de outros jogadores renomados, a péssima repercussão (veja aqui).

O episódio ocorrido em Campina Grande é emblemático desde já, uma vez que aconteceu apenas cinco dias após à épica classificação do Sport à Série A, com direito a uma recepção de milhares de torcedores rubro-negros no Recife.

Dos braços do povo à cadeia. Infelizmente, não é um cenário incomum.

Em escala nacional, como esquecer Ronaldo, envolvido com três travestis, com a suspeita de uso de drogas? O camisa 9, pentacampeão, cabisbaixo em uma delegacia.

E o que dizer das denúncias de que os atacantes Adriano e Vagner Love frequentariam festas organizadas por chefes do tráfico? E da acusação de homicídio ao goleiro Bruno?

Festas regadas a muita bebida e, muitas vezes, drogas, já se tornaram algo comum na carreira de grandes jogadores, mesmo com jogos marcados para o dia seguinte.

Vários deles tem vivência suficiente para não usar como escudo a “falta de estrutura familiar”. O enriquecimento veloz somado às companhias duvidosas é praticamente o perfil dessa gama de atletas. A lista se estende por outros caminhos à margem da lei.

Jogador fumando crack, outro inventando o próprio sequestro para enganar o atraso diante da comissão técnica e por aí vai.

São astros comprometidos com as massas, com a paixão clubística, mas que acabam manchando o futebol e deixando aquele ar de constrangimento para o torcedor, além de seus familiares, todos de mãos atadas. Até porque é, de fato, um caso de polícia.

É o herói assumindo o papel de anti-herói. O mau exemplo dissecado, cru…

Marcelinho Paraíba na Paraíba. Foto: Juliana Santos/DA Pres

Colabore com a engrenagem do seu time para 2012

Engrenagem

Sem dúvida alguma, começou o período mais “chato” do futebol.

Nada de jogos, de ansiedade por um clássico ou uma decisão…

Campos completamente vazios. Vários deles em reforma, sem grama alguma.

Ingressos, só os usados, que servem como base de lembranças. Boas e ruins.

No Recife, a temporada 2011 realmente chegou ao fim. Para analisar o ano de sua equipe – alvirrubro, tricolor ou rubro-negro -, participe da enquete aqui.

Porém, bastaram apenas algumas horas para o desfecho da temporada de bola rolando para começar o eterno telefone sem fio de especulações e “peruas”…

Trata-se da montagem dos novos elencos, numa negociação intensa.

Apesar disso, é possível dar um passo à frente, projetando esse 2012, com um novo degrau nacional para os três grandes clubes pernambucanos.

De forma bem simples, colaborando com o planejamento, com o destino do orçamento.

Postagem aberta ao torcedor e suas ideias para 2012, longe de ser o fim do mundo.

Quais são as suas expectativas para o desempenho do seu time em 2012?

Você quer manter o atual técnico ou gostaria de um novo nome? Qual?

Considerando as finanças do seu clube, quem você indicaria como reforço?

Qual rival irá dar mais trabalho?

Qual seria a sua prioridade na infraestrutura do seu clube?

Ajude Antônio Luiz Neto, Gustavo Dubeux e o sucessor de Berillo Júnior…

Enquete: Qual é o seu balanço na temporada 2011?

Lupa

Acessos para todos os lados, festas – uma delas com volta olímpica – e decepções, erros e acertos administrativos, reformas, atrasos, negociações milionárias, calote…

O agitado ano de 2011 está acabando para os grandes clubes do Recife.

Hora de dar a sua opinião, torcedor.

Qual é o seu balanço sobre a temporada do seu clube em 2011, considerando os resultados no campo e a administração?

  • Sport - Regular (29%, 409 Votes)
  • Sport - Bom (25%, 348 Votes)
  • Náutico - Bom (17%, 241 Votes)
  • Santa Cruz - Bom (16%, 225 Votes)
  • Sport - Ruim (6%, 78 Votes)
  • Náutico - Regular (5%, 64 Votes)
  • Santa Cruz - Regular (1%, 21 Votes)
  • Santa Cruz - Ruim (1%, 11 Votes)
  • Náutico - Ruim (0%, 6 Votes)

Total Voters: 1.403

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Náutico (N. Recife) e Sport (S. Recife) no game Fifa 2013

Playstation. Foto: Sony/divulgação

Os contratos de licenciamento ainda serão negociados, mas a presença alvirrubra e rubro-negra na elite do Campeonato Brasileiro assegurou a dupla centenária no game de futebol mais popular do mundo, o Fifa Football.

Resta saber se as equipes vão aparecer de forma oficial ou genérica…

Disponível em várias plataformas, como Playstation 3 e Xbox, o Fifa 2013 só chegará nas lojas em novembro do ano que vem, com a configuração da última temporada.

Assim, teremos Sport e Náutico em versão 3D, com uniforme original, escudo, patrocínios, jogadores e seus perfis… Tudo inserido no game.

Caso Timbu e Leão não cheguem a um acordo, porém, a EA Sports, produtora do jogo, deverá criar times fictícios para compor a liga de 20 times brasileiros.

No Fifa 2012, 14 times assinaram: Atlético-MG, Atlético-PR, Bahia, Botafogo, Corinthians, Coritiba, Cruzeiro, Fla, Flu, Grêmio, Palmeiras, Santos, São Paulo e Vasco.

Os não licenciados, com versões “genéricas” no videogame, foram América/MG, Atlético-GO, Avaí, Ceará, Figueirense e Internacional.

Pois é. Como os jogadores têm os nomes garantidos, em breve, então, poderá ser possível apertar o “quadrado” para comandar o chute de Kieza ou Marcelinho Paraíba.

Em tese, Náutico e Sport deveriam ter aparecido no Fifa 2010, composto pela Série A de 2009, mas não fecharam contrato. Entraram como N. Recife e S. Recife…

Para evitar o iô-iô recifense na elite

I-ô-iô

Após a merecida comemoração de seus torcedores, Náutico e Sport agora devem partir para a realidade, que é a duríssima primeira divisão do futebol nacional.

Abaixo, os acessos e rebaixamentos dos clubes pernambucanos na elite desde que o sistema foi implantado, em 1988, na ocasião, apenas com Sport e Santa na Primeirona.

São nove acessos e nove rebaixamentos no Recife…

Nesses 23 anos, a única edição sem rebaixamento foi a de 2000, a Copa João Havelange, na qual a Cobra Coral acabou na última posição do módulo azul.

Um ano antes, com uma complexa fórmula de descenso, computando a campanha do ano anterior para definir os relegados, o Leão até escapou, mas também foi lanterna.

Com o modelo atual, por pontos corridos, a partir de 2003, o futebol do estado ficou numa situação ainda mais delicada, num verdadeiro iô-iô. É preciso planejar os gastos desde já para tentar evitar o caminho inverso na próxima temporada.

Acessos à Série A:
1988 – Náutico (vice)
1990 – Sport (campeão)
1992 – Santa Cruz (4º)
1999 – Santa Cruz (vice)
2005 – Santa Cruz (vice)
2006 – Sport (vice)
2006 – Náutico (3º)
2011 – Náutico (vice)
2011 – Sport (4º)

Rebaixamentos à Série B:
1988 – Santa Cruz
1989 – Sport
1993 – Santa Cruz
1994 – Náutico (lanterna)
2001 – Santa Cruz
2001 – Sport (lanterna)
2006 – Santa Cruz (lanterna)
2009 – Náutico
2009 – Sport (lanterna)

O ano do Sport começou em novembro

Carreata do Sport. Foto: Alexandre Barbosa/Diario de Pernambuco

Não é preciso escrever muito sobre as imagens desta postagem.

Após um ano amargo, difícil para o torcedor rubro-negro de 1º de janeiro até 26 de novembro, a festa pelo retorno à Série A, de forma surpreendente.

A chegada da delegação do Sport no Recife já pode ser um considerada uma das maiores manifestações populares dos últimos tempos.

Antes que comece qualquer polêmica sobre a “maior carreata/passeata do Recife”, esse recorde é da Seleção Brasileira, que desembarcou no Aeroporto dos Guararapes após o tetra, em 1994, com mais de um milhão de pessoas na Avenida Boa Viagem…

Carreata do Sport. Foto: Alexandre Barbosa/Diario de Pernambuco