“Sport Náutico”, um campeão nacional

Revista da Conmebol

Durante a Copa América, o comitê organizador deu para cada jornalista credenciado um exemplar da nova revista da Conmebol – cuja edição pode ser baixada no site oficial.

A última edição, a 126ª da história, traz uma detalhada reportagem sobre o título do Santos na Libertadores. Porém, a publicação mostra um especial sobre os campeões nacionais pela América do Sul no primeiro semestre.

No caso brasileiro, a inédita conquista do Vasco na Copa do Brasil. No detalhe marcado pelo blog (acima), a lista de campeões da competição desde 1989…

Reparem em 2008.

Uma gafe daquelas na revista oficial da Conmebol.

Sport Náutico.

Desamparado longe da Ilha

Série B 2011: Goiás 2x1 Sport. Foto: Goiás/divulgação

Até o início da 13ª rodada, apenas quatro times ainda não haviam vencido fora de casa. Três deles listados entre os coadjuvantes da Série B: Duque de Caxias, Salgueiro e ASA.

O último integrante era justamente o Sport, com uma sina que vem impedindo que o time entre no G4. Invicto na Ilha, fora dela o Rubro-negro joga com o freio de mão puxado. Em cinco jogos eram três empates e duas derrotas.

Num Serra Dourada repleto, na noite desta terça, o Rubro-negro não teria vida fácil diante do tradicional Goiás, clube com grande potencial financeiro na Segundona.

E o time esmeraldino abriu o placar logo aos três minutos, numa cobrança de falta defensável de Douglas, diante do atônito goleiro estreante, Paulo Rafael, 19 anos.

Apesar do duro golpe, o Sport atuou melhor que o adversário durante boa parte da partida, jogando pelas laterais, tocando a bola, pressionando a saída de bola do Goiás.

Aos 37, Diego Torres chegou a cabecear para as redes, mas o árbitro anulou, em um impedimento mandrake. Àquela altura o Sport já merecia o empate.

Sabemos que o futebol não é feito de justiça. Nunca foi… Mas não é que o empate saiu? Em um gol contra de Carlos Alberto, com a dose de injustiça no lance, pois o setor ofensivo do rubro-negro trabalhou bastante para marcar um tento.

No 2º tempo, o Goiás não só equilibrou a peleja como passou a costurar o desempate, aproveitando o nervosismo pernambucano, cometendo muitas faltas. Paulo Rafael até salvou o time, mas Alan Bahia, em mais uma cobrança de falta, desempatou: 2 x 1.

A Ilha sozinha não vai empurrar o Sport para o acesso em 2012.

Série B 2011: Goiás x Sport. Foto: Goiás/divulgação

Gramado pré-Woodstock

Ilha do Retiro para o Maior Show do Mundo. Foto: Sport/divulgação

Ilha ganhando forma…

O Sport divulgou uma foto oficial, via Twitter, do palco do “Maior Show do Mundo”, evento musical que vai tomar conta da Ilha do Retiro neste sábado, dia 30 de julho.

O palco está armado no gramado, em frente ao tobogã do placar eletrônico.

O público ficará nas arquibancadas, nas cadeiras e, também, no campo de jogo.

A direção do Leão e os organizadores do evento garantem que o piso não sofrerá grandes danos – há muita grana envolvida na história. De qualquer forma, aí está a imagem para uma base de comparação no domingo.

O campo já não era dos melhores, fora o histórico de lesões. Que não piore de vez.

A pluralidade do ponto final de 1987

sport, campeão brasileiro de 1987. Foto: Diario/arquivo

Here we go…

O ponto final foi em 7 de fevereiro de 1988, definitivo. Naquele domingo, o zagueiro Marco Antônio acertou uma cabeçada fulminante, no segundo tempo, após cobrança de escanteio pelo lado direito. O Sport vencia o Guarani por 1 x 0, na Ilha do Retiro, e conquistava o título de campeão brasileiro de 1987.

Quantas vezes essa história (cansativa) já não teve um ponto final?

Na oficialização da vaga à Libertadores de 1988, quando a CBF foi pressionada pela Fifa para confirmar o Leão no torneio internacional.

Em 1994, quando a 10ª Vara da Justiça Federal expediu a sentença com vitória do rubro-negro pernambucano, como o único campeão daquele conturbado Nacional.

Em 1997, na decisão do Tribunal Regional Federal, confirmando a sentença anterior.

Em 1999, quando o STJ não julgou o mérito do caso, aceitando a decisão original.

Em 16 de abril de 2001, quando acabou o último prazo para recurso do Flamengo.

Em 2007, quando a maior emissora do país precisou se desculpar após “esquecer” o título do Sport em um programa de alcance nacional, depois de ameaça de processo.

Em 2009, quando o Flamengo, ao ganhar novamente o Campeonato Brasileiro, teve o título de “hexa” negado pela CBF.

Em 2011, depois que o São Paulo recebeu a “Taça das Bolinhas”, como primeiro penta.

Em 2011, quando a CBF foi obrigada a voltar atrás em uma decisão de dividir o título poucos meses depois da publicação da resolução, novamente com ameaça de processo.

Mais uma vez em 2011, neste 26 de julho, quando a Fifa, surpresa com a visita na Suíça de dirigentes rubro-negros de Pernambuco e do Rio de Janeiro, motivados pelo longo impasse, simplesmente diz, através de documento oficial:

“A Fifa não tem competência para definir quem é o Campeão Brasileiro de 1987. Isso é um assunto interno da CBF.”

Abaixo, a lista de campeões da CBF, devidamente atualizada. Haja ponto final.

Lista de campeões brasileiros da Série A. Reprodução do site da CBF

Vulcão traz de volta a Série B

Vulcão Puyehue, no Chile

Buenos Aires – Hora de voltar a escrever sobre o futebol pernambucano. Porém, o nome da cidade em negrito no início do post indica que ainda estou na Argentina.

Sim, o vulcão chileno Puyehue voltou a expelir fumaça em todo o sul do continente e algumas dezenas de voos foram cancelados nesta terça-feira. Inclusive o do blogueiro.

Então, tempo para acompanhar a Série B do Campeonato Brasileiro, com o trio local em ação nesta “terça-feira gorda”, com dez jogos na 13ª rodada.

Apuração via web-tv, rádio, texto, justin.tv etc. O blog está de “volta” a Pernambuco.

Goiás x Sport – 19h30
Salgueiro x ASA – 21h50
Náutico x Vitória – 21h50

Quanta diferença em um mês fora desta cobertura… Rubro-negros e alvirrubros a apenas um ponto do sonhado G4. Salgueiro, no Z4, a um ponto de sair.

Depois de tricolores x rubro-negros, uruguaios x paraguaios

Sálvio Spínola, árbitro da final da Copa América de 2011. Foto: AFA/divulgação

Buenos Aires – Em 15 de maio deste ano, no Arruda, o árbitro Sálvio Spínola comandou a finalíssima do Campeonato Pernambucano, entre Santa Cruz e Sport.

A histórica conquista coral foi marcada por um jogo sem polêmicas, apesar do clima adverso do Clássico das Multidões. Agora, dois meses depois, Spínola foi escalado para outra decisão, agora no torneio de seleções mais antigo do mundo.

Depois de conseguir conter os ânimos de tricolores e rubro-negros, será que Spínola vai ter pulso para garantir um mínimo de catimba entre uruguaios e paraguaios…?

Nesta Copa América, Spínola já apitou dois jogos, o empate 0 x 0 entre Argentina e Colômbia e a vitória do Chile sobre o Peru por 1 x 0.

O último brasileiro a apitar uma final da Copa América havia sido Márcio Rezende de Freitas, em 1993, quando a Argentina derrotou o México.

Esse hiato, na verdade, significa que o Brasil vinha chegando na fase decisiva…

Confira um post sobre Sálvio Spínola, também advogado, clicando aqui.

Atlanta, o dono da pelota no Recife

Clube Atlético Atlanta, em Vila Crespo, Buenos Aires. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – Aproveitando a folga na tabela da Copa América 2011, com o fim da primeira fase, o blog mergulhou na história do futebol pernambucano em plena capital argentina. Indo de metrô a partir da Florida, dez estações até a Villa Crespo, bairro do Atlanta.

Tudo começou com um buffet em 17 de dezembro de 1936. Fazendo valer o apelido de “boêmio”, o elenco do Atlanta fez uma despedida na calle Humboldt, em Villa Crespo. No dia seguinte, a delegação partiu do porto da capital iniciando uma longa viagem no vapor Monte Pascoal. Destino? Brasil. Pela primeira vez o Clube Atlético Atlanta jogaria no país vizinho. Ao todo, disputaria 13 partidas até março do ano seguinte.

Em janeiro, o navio argentino atracou no porto do Recife. Com a ajuda financeira da Confederação Brasileira de Desportos (atual CBF) para promover o esporte local, a técnica agremiação portenha enfrentaria adversários pernambucanos. De forma inédita, então, o futebol pernambucano receberia um time do exterior. Foram duas partidas no Campo da Avenida Malaquias, antigo estádio rubro-negro.

Clube Atlético Atlanta, em Vila Crespo, Buenos Aires. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Bem superior, o Atlanta começou com um rotundo 10 x 6 sobre o Náutico. Na sequência, um 7 x 2 sobre o Sport. Sobre os jogos, Diario de Pernambuco publicou o seguinte em sua edição de 30 de janeiro de 1937:

“O Recife pode ter assistido a jogo de conjunto superior ao do Atlanta; não nos lembramos, porém, de quando teria acontecido tal fato.”

A elasticidade deixou claro o desequilíbrio entre o fim da era amadora do futebol local e o profissionalismo dos hermanos – o Atlanta havia acabado o Nacional em 6º lugar.

Já centenário, o Atlanta segue vivo, várias décadas depois de fazer história no gramado pernambucano. Em 2011, o time amarelo e azul conquistou o título argentino da terceira divisão – com direito a DVD! – e subiu para a “1ª divisão B Nacional”, coom é chamada a segundona. Na tabela da nova competição, o confronto contra o tradicional River Plate, rebaixado pela primeira vez em sua história, com o duelo agendado para 9ª rodada, no Monumental de Nuñez – outrora até comum. À parte do bairro distante, o clube costuma fazer a sua pré-temporada ocorre em San Luis.

O blog visitou o estádio León Kolbovsky – com arquibancada de madeira até 2006 – e mostra um pouco do Atlanta, fora da elite argentina desde 1984. A hinchada segue fiel.

O verdadeiro Carlinhos Bala está em Los Cardales

Carlinhos Bala, cinegrafista do BandSports, cobrindo a Copa América de 2011. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – Após anunciar o fim da entrevista coletiva da Seleção Brasileira nesta segunda-feira, em Los Cardales, o diretor de comunicação da CBF, Rodrigo Paiva, aproveitou o momento para dar os parabéns a uma pessoa no auditório…

“Feliz aniversário, Carlinhos Bala!”

Arrancou risos dos jornalistas presentes.

Bala? Carlinhos? Fui procurar saber detalhes da piada interna. Na verdade, a declaração foi literal. Era, sim, a data do 48º aniversário de José Carlos, o “Bala”, cinegrafista do BandSports, presente na cobertura diária da Seleção na Argentina.

Conversei com o câmera, que comentou sobre o “homônimo” pernambucano, também batizado como José Carlos, mas ainda com 31 anos. Nunca se encontraram, aliás.

“Sequer filmei jogos do Carlinhos Bala pelo Sport, Santa Cruz ou Náutico. No dia que eu encontrá-lo vou falar logo: ‘esse título é meu, você roubou'”.

Frase de Bala, o original. Ao contrário do “genérico” pernambucano – cujo apelido surgiu há dez anos devido à velocidade em campo -, o cinegrafista paulista disse ao blog que ganhou o apelido de forma literal. Foi baleado em 1989, num disparo acidental…

“São 22 anos como Carlinhos Bala. A patente é minha.”

Hincha do Sport nas tribunas da Bombonera

Carta do Boca Juniors ao Sport pelo título da Copa do Brasil de 2008

Buenos Aires – Em 2008, quando conquistou a Copa do Brasil, o Sport recebeu os parabéns de vários clubes do país. Surpreendente mesmo foi a carta do Boca Juniors.

O clube argentino enviou um documento oficial de parabéns, através de Pablo Superno, então relações públicas do clube. Após conhecer o Recife e fazer amigos – vários deles diretores ou pessoas ligadas ao Rubro-negro -, Pablo passou a torcer pelo Sport.

Apaixonado pelo time xeneize, o agora diretor de vôlei e conselheiro do Boca mostrou as dependências do clube, organizado e moderno, apesar do estádio setentão.

Superno, de 41 anos, porém, diz que a paixão maior continua sendo o Boca, desde sempre. Ainda assim, ele entra na internet, direto do bairro de Barracas, só para saber como anda o Leão, na Série B… “Perdemos o hexa”, disse, em português.

Abaixo, um vídeo em português fluente, que mostra que a amizade no Leão foi forte.

Censo do blog 3 – Sport 50,1%; Santa 34,7%; Náutico 13,8%

Torcidas de Santa Cruz, Sport e Náutico

Duas semanas no ar, 346 citações no Twitter, 96 no Facebook, participações de comunidades no Orkut e sites de torcidas virtuais, além de 272 comentários no blog.

O censo virtual de torcidas elaborado pelo blog chegou ao fim neste domingo. Em sua terceira versão, uma participação maciça das torcidas na web. Foram 7.601 votos!

Nesta edição, o Sport teve 3.815 (50,19%), seguido por Santa Cruz, com 2.644 (34,78%), e Náutico, com 1.056 (13,89%). Os tricolores se aproximaram dos rubro-negros em relação ao censo anterior, que foi 57,35% x 30,21%.

A redução foi um reflexo do título pernambucano de 2011?

Nas demais opções, clubes do interior ou de fora do estado e “nenhum time”,a soma foi de apenas 86 votos, ou 1,13%. Antes das discussões a seguir, vale lembrar que o censo – com apenas um voto por IP – tem, acima de tudo, o objetivo de medir o perfil dos torcedores no blog. O caráter “científico” vale como diversão.

Abaixo, estatísticas considerando apenas os votos os três grandes clubes do Recife, que também escolheram a faixa etária, tendo 7.515 votos como base dos cálculos.

Agora, o censo do blog volta só em junho de 2012! Veja o Censo 1 e o Censo 2.

Faixa etária geral
Até 20 anos – 2.188 – 29,11%
Entre 21 e 30 anos – 2.791 – 37,13%
Mais de 30 anos – 2.536 – 33,74%

Sport – 3.815 – 50,19%
sportAté 20 anos – 1.039 – 27,23%
Entre 21 e 30 anos – 1.500 – 39,31%
Mais de 30 anos – 1.276 – 33,44%

Santa Cruz – 2.644 – 34,78%
Santa CruzAté 20 anos – 804 – 30,41%
Entre 21 e 30 anos – 939 – 35,51%
Mais de 30 anos – 901 – 34,08%

Náutico – 1.056 – 13,89%
Náutico escudoAté 20 anos – 345 – 32,67%
Entre 21 e 30 anos – 352 – 33,33%
Mais de 30 anos – 359 – 33,99%