Em toda a competição, em 132 jogos, foram 70 pênaltis.
Do ranking dos pênaltis alimentado pelo blog desde o ano passado… Após a 22ª rodada do Estadual de 2010, o Timbu teve mais um chute a favor e chegou ao “título” com 11 cobranças! Em 2009 foram 7 (reveja AQUI)! Já nas lambanças, a “taça” ficou no Agreste. No ano passado, o Ypiranga cometeu 11. Agora, o Porto fez 12 pênaltis!
Penáutico…?
Já nos cartões vermelho (briga restrita aos grandes), empate entre alvirrubros e tricolores, com 11 adversários expulsos. Timbu campeão novamente, pois teve apenas 6 atletas expulsos, contra 7 vermelhos dos corais. Em 2009, o Sport venceu com 13 rivais recebedo o cartão vermelho!
Pênaltis a favor (70)
11 pênaltis – Náutico 9 pênaltis – Central 8 pênaltis – Ypiranga 7 pênaltis – Sport e Santa Cruz 6 pênaltis – Salgueiro 5 pênaltis – Cabense e Sete de Setembro 4 pênaltis – Porto e Vera Cruz 3 pênaltis – Vitória 1 pênalti – Araripina
Pênaltis cometidos 12 pênaltis – Porto 7 pênaltis – Cabense, Vitória, Sete de Setembro e Salgueiro 6 pênaltis – Ypiranga 5 pênaltis – Náutico e Araripina
4 pênaltis – Central e Sport
3 pênaltis – Santa Cruz e Vera Cruz
Observações:
Central perdeu 2 penalidades e defendeu 1.
Sport perdeu 1 penalidade e defendeu uma cobrança.
Porto defendeu 4 cobranças.
Ypiranga perdeu 4 penalidades e defendeu 1.
Cabense perdeu 3 penalidades e defendeu 1.
Salgueiro defendeu uma cobrança.
Vera Cruz perdeu uma cobrança.
Náutico defendeu 2 cobranças.
Araripina defendeu 2 cobranças.
Santa Cruz perdeu uma cobrança.
Sete de Setembro perdeu 2 cobranças.
Vitória defendeu uma cobrança.
Cartões vermelhos
1º) Náutico – 11 adversários expulsos (6 jogadores do Timbu receberam o vemelho)
2º) Santa Cruz – 11 adversários expulsos (7 jogadores corais receberam o vermelho)
3º) Sport – 5 adversários expulsos (3 jogadores do Sport receberam o vermelho)
Sport x Central, o duelo improvável na semifinal do Pernambucano de 2010.
A Patativa chega com saldo negativo. De -5.
O Leão tem um saldo favorável de 29…
O Alvinegro tomou o lugar da flanelinha Cabense, que ficou 21 das 22 rodadas do Estadual no G-4. Conseguiu sair justamente na última. A mais importante de todas.
Um clube com quase 91 anos de história e que ainda luta pelo seu primeiro título pernambucano. A tradicional Patativa! No jogo de ida da semifinal do Estadual, o público no Lacerdão deverá chegar à casa dos 15 mil torcedores.
A nova diretoria do Central vem conversando com o seu torcedor. Vem ganhando apoio no comércio de Caruaru (o prêmio pela vaga foi de R$ 100 mil). O time mais maluco do Estadual deste ano – comandado pelo não menos ” agitado” Adelmo Soares – começa a sonhar com um voo que era quase impossível.
Com a classificação no último suspiro (e a vaga na Série D), a Patativa de Felipe Espada, Isaias, Fernando Pires Elton e companhia ficou de fora da inédita Taça do Interior, que será disputada com semifinais e final, do 5º ao 8º lugares.
Fica um questionamento… Alguém tem dúvida de que o verdadeiro campeão do interior do estado em 2010 chama-se Central Sport Club? Eu não tenho. 😯
Ao Sport, a luta para que o Alvinegro da Capital do Agreste não avance mais, rumo ao primeiro título de campeão pernambucano para o interior.
O time mais maluco do estado. Já diz aquela musiquinha: ” Central, o campeão das emoções”. Fato. Aliás, fato dos fatos! O time oscilou o Pernambucano inteiro… Enquanto isso, a Cabense ficou 21 rodadas seguidas no G-4. Na 22ª e última, eis que a Patativa deu um voo daqueles e tomou a vaga do representante do Cabo de Santo Agostinho. Caruaru em festa. Semifinais definidas: Sport x Central e Náutico x Santa Cruz. O Clássico das Emoções será mesmo decidido nos Aflitos. Mas o Tricolor agora chega com Joelson dividindo a artilharia da competição com Ciro (ambos com 12 gols).
Já o Vera Cruz caiu para a segunda divisão. Nada de clássico “Vi-Ver” em 2011! Mas pelo menos os jogadores vão dividir uma mala branca de aproximadamente R$ 20 mil, enviada pelo Central! Patativa “bombada” com a vaga na Série D…
Náutico 2 x 0 Sport – O time de Givanildo tentava fazer história, mas sem força. A equipe de Gallo, mais concentrada, ganhou outro clássico nos Aflitos neste Estadual.
Santa Cruz 3 x 2 Salgueiro – Joelson marcou um gol e encostou em Ciro. Ainda sofreu um pênalti, e só não assumiu a ponta de forma isolada porque deixou Brasão bater!
Sete de Setembro 0 x 2 Central – Como o apoio de 400 torcedores em Garanhuns, o Alvinegro não decepcionou desta vez. Cravou a sua vaga. Primeiro título à vista?!
Cabense 1 x 1 Vera Cruz – Uma vitória no Gileno de Carli e Cabense conseguiria a sua melhor classificação no Estadual e ainda a inédita vaga na Série D. Frustrante.
Vitória 1 x 3 Araripina – O Bode ficou! Todos os adversários terão que viajar até o limite do estado para jogar no Chapadão. Já Vitória só tem um clube agora: o Vitória!
Ypiranga 0 x 1 Porto – A Máquina de Costura, que vai ceder 2 jogadores ao Timbu, perdeu em casa do seu adversário na inédita Taça do Interior. Vai empolgar…?
A série invicta do Rubro-negro no Pernambucano vinha desde 26 de março de 2008. Neste domingo, bastava o ” empate” no clássico e o Sport igualaria o recorde no estado, de 1999. Pertencente ao próprio Leão.
Numa tarde com 12 mil pessoas nos Aflitos, o Náutico fez a sua parte. Não vacilou diante de um adversário com 8 reservas. Era uma chance daquelas para aniquilar a invencibilidade do rival.
No primeiro tempo, o Sport até que tentou fazer algo com um time misto. Mas a diferença na qualidade técnica em relação ao time principal foi visível.
Na etapa final, Carlinhos Bala – “rei” dos clássicos – abriu o placar num pênalti no mínimo curioso (mandrake?). Eeeesse Carlos Costa…
Depois, Bruno Meneghel fechou a conta da vitória timbu por 2 x 0.
Da merecida vitória alvirrubra, diga-se. A tal campanha “Vermelho de Luta” parece ter selado a paz entre time e torcida em Rosa e Silva.
Mais: o tabu mudou de lado. O Náutico não perde um Clássico dos Clássicos há 5 partidas! São 2 vitórias alvirrubras e 3 empates.
É impressionante como o futebol cíclico… 😎
Agora, chega de marasmo! Finalmente vai começar o Pernambucano de 2010!
Ok, mas que o Timbu tirou o cabaço do Leão, tirou…
Causo de 1987. Abaixo, a história secreta do título brasileiro do Sport, revelada com exclusividade ao blog por Homero Lacerda. O arquivo empoeirado da briga infindável.
Em 15 de janeiro de 1988 foi realizado o histórico Conselho Arbitral do Brasileirão de 1987. Na pauta, a votação para modificar o formato da competição, excluindo o cruzamento dos Módulos Verde e Amarelo.
Dos 32 clubes, 29 mandaram representantes. Na votação, 24 x 5 a favor da proposta de Márcio Braga, presidente do Flamengo, que queria homologar o seu título da Copa União. Apenas Sport, Guarani, Náutico, Fluminense e Vasco votaram contra.
Apesar disso, a eleição favoreceu o Sport, já que apenas a unanimidade dos participantes poderia mudar o regulamento, baseado no artigo 5º da Resolução nº 16/86 do extinto (em 1993) Conselho Nacional de Desportos.
Na articulação do Clube dos 13, porém, o contragolpe estava pronto. O presidente do CND, Manoel Tubino, enviaria uma retificação na resolução da entidade ao ministro da Educação, Hugo Napoleão, cuja pasta englobava o órgão.
Uma assinatura do ministro piauiense, tirando a necesidade de unanimidade na votação, e a vaca iria para o brejo, como diz o próprio Homero Lacerda.
Na Ilha do Retiro, todos foram pegos de surpresa. A cavalaria dos adversários avançou com força pelos flancos diante de uma barreira frágil.
Daí, a correria pernambucana nessa guerra campal. Nos bastidores, na verdade. Ou arrumava uma solução rápida ou, então, fim do pleito. Fim do sonho.
De cara, era preciso marcar um encontro com o ministro, em Brasília. Dissuadi-lo da ideia. Mas a assessoria do ministério alegou que o titular da Educação não poderia receber mais ninguém pelos próximos 30 dias. A sua pauta estava lotada.
“Eu estava perdido lá Brasília”, lembra Homero, que viajou mesmo sem direção. Sem eira nem beira, o então mandatário leonino já aguardava o desfecho. Com a assinatura que estava por vir. A decisão seria irrevogável.
Perdendo cada vez mais terreno, Homero contatou o senador Marco Maciel. O tricolor Marco Maciel. Solidário com a causa rubro-negra (e pernambucana), o político costurou o encontro em Brasília.
Maciel conversou bastante com Napoleão, seu colega de longa data no Senado, e que só havia deixado a cadeira após ser nomeado ministro pelo presidente José Sarney.
Encontro marcado.
Depois do agendamento, o perdido Homero achou até o elevador privativo do ministro para chegar ao seu gabinete. Havia pressa naquele agitado dirigente. Ao lado dele, o paciente Marco Maciel, profundo conhecedor das entranhas da capital federal.
Esguio e com a linguagem sempre pausada, o senador pernambucano se aproximou da mesa do ministro. E lá estava o documento na mesa… Venal.
Maciel olhou diretamente para o interlocutor e começou a argumentar sobre o peso daquela mudança, que rasgaria todo o regulamento. Ao mesmo tempo em que usava a sua oratória em tom baixo, ele colocou a mão na mesa, exatamente em cima da ata.
Foi arrastando levemente o papel pela mesa, com um sorriso aberto… Sarcástico.
“Não tem a mínima necessidade de assinar isso aqui, ministro…”
Napoleão também abriu um sorriso, evasivo. O recado já estava dado. Mesmo assim, a assinatura “Hugo Napoleão” naquele documento de poucas páginas seria o fim.
Mas o ministro não assinou.
Hugo Napoleão ponderou e optou por ficar à parte do processo e manteve o artigo 5º da Resolução nº 16/86. Manteve a necessidade de unanimidade.
O ato referendou a decisão do Conselho Arbitral. A favor do Sport.
Enquanto Homero Lacerda vibrava no sala, Maciel e Napoleão já davam continuidade à vida pública, com um rápido bate-papo sobre projetos e votações na Casa.
Práticos.
Munido de uma garantia essencial no processo pela manutenção da disputa original do Campeonato Brasileiro, Homero voltou ao Recife.
Fortaleceu o elenco e a torcida. A disputa da Série A estava aberta. O quadrangular final seria realizado. O troféu de campeão era um sonho possível!
E o título veio. Contra tudo e contra todos.
Mas a briga estava apenas começando. Aquele dirigente, então com 39 anos, não fazia ideia da luta homérica (com o perdão do trocadilho) que teria que enfrentar.
Já são 23 anos de batalha. Mais de 8 mil dias. Mas um deles foi o Dia D… Aconteceu na surdina, naquela saleta em Brasília. Quem garante é o próprio Homero.
“Ali eu senti que o Sport perderia a chance de ser campeão brasileiro. Eu tremi.”
Mais uma vez, o Troféu Lance Final vai premiar os melhores do Campeonato Pernambucano. A votação do craque da competição será através da internet, nas duas próximas semanas (vote AQUI).
A crônica esportiva vai votar na seleção do Estadual. Eu recebi o formulário, escolhei os meus “candidatos” e já enviei o escrete. O time tem a formação 4-4-2 (é de praxe no documento). Vou postar o time abaixo.
Goleiro: Magrão (Sport)
Lateral-direito: Gilberto Matuto (Santa Cruz)
Zagueiros: Igor (Sport) e Tobi (Sport)
Lateral-esquerdo: Dutra (Sport)
Volantes: Derley (Náutico) e Zé Antônio (Sport)
Meias: Eduardo Ramos (Sport) e Elvis (Santa Cruz)
Atacantes: Ciro (Sport) e Jadílson (Vitória).
Técnico: Dado Cavalcanti (Santa Cruz)
Jogador revelação: Naldinho (Porto)
Você concorda com essa escalação…? Poste a sua seleção no blog!
Em tempo: no formulário, também é preciso votar no melhor árbitro e nos dois assistentes. Para mim, essa eleição é desnecesária, pois o árbitro não pode ser “bom”. Todos devem ser! O papel deles é aplicar a regra. E não ser “bom” por fazer isso…
Mas votei em Nielson Nogueira, aquele mesmo do gol mandrake do Vera Cruz contra o Sete de Setembro (a bola entrou e ele não viu). Apesar daquela mancha, ele fazia um bom trabalho. Assistentes: Erich Bandeira e Aldir Pereira
A editora de Esportes do Diario de Pernambuco, Roberta Aureliano, atende ao telefone na mais barulhenta das bancadas.
“Cassioooo… Telefone! É um repórter de São Paulo.”
Atendi a ligação. Era um jornalista do Estado de S. Paulo. Ele queria uma ajuda. Um contato com o presidente do Sport, Silvio Guimarães.
Pude ajudá-lo, mas a minha curiosidade foi grande: “Isso tem algo a ver com 1987?”
O repórter riu, consciente de que trata-se de um assunto infindável, e confirmou.
“É sobre a Taça das Bolinhas sim. Ainda está rendendo por causa dessa ata que o Flamengo mostrou. Preciso repercutir com o Sport.”
Por via das dúvidas, perguntei novamente… “É válido repercutir sim, sempre. Mas você leu a ata? Leu toda a ata?”
“Não.”
Uma resposta incrível. Quase uma regra no país nesta quinta-feira durante a repercussão do famoso documento que havia sido especulado desde 1997.
A ata do Clube dos 13 que tem a “assinatura de todos os seus representantes concordando com a divisão do título brasileiro de 1987”. Inclusive com o rabisco de Luciano Bivar, mandatário leonino naquela reunião do C-13 (veja a ata aqui).
A conversa continuou. O repórter se mostrou interessado em ouvir o “outro lado”. Exatamente, pois é assim que a “versão pernambucana” é retratada em grande parte da imprensa. Se mostrou interessado em sair do eterno senso comum sobre o tema.
Eu disse ao repórter que antes de repercutir seria bom ler a ata completa. Não toma tempo algum. São apenas três páginas. Eu li… Duas vezes.
Para mim, a interpretação sobre a “assinatura do Sport” chega a ser inacreditável. Está expresso de forma claríssima no documento.
Um trecho da ata após a colocação do então presidente do Fla, Kléber Leite, que condicionou a entrada do Leão no Clube dos 13 à divisão do título: “o presidente do Sport manifestou surpresa com a colocação agora feita e que em nenhum momento teria sido condicionado o seu ingresso no Clube dos 13 ao reconhecimento do direito ora invocado pelo Flamengo. (…) e disse que não podia submeter-se à exigência”.
Em seguida, é dito que foi encaminhado um ofício à CBF com a opinião unânime do Clube dos 13. Daí, o entendimento de que o Sport teria concordado. No entanto, a 3ª folha da ata registra o último episódio da reunião, que foi a votação para a entrada de três novos membros. Novamente com a unanimidade dos votos do Clube dos 13.
Dos fundadores do Clube dos 13, diga-se. Alcunha que não cabe a Sport, Goiás e Coritiba, que entraram no bolo naquele 9 de junho de 1997.
O repórter paulista ouviu atentamente isso tudo e disse: “Interessante e coerente”. Agradeceu sobre o contato e pelas informações do Brasileirão de 1987. Não sei como ele vai pautar a sua reportagem para esta sexta no Estadao. Mas pelo menos teve a chance de se dar conta que ler a ata seria importante.
O post foi longo…? Foi. Mas você leu tudo? Caso a resposta seja “não”, fica difícil repercutir. Como sempre.
O ex-presidente do Sport é, possivelmente, o protagonista de toda essa batalha jurídica de 1987.
Depois de tanto tempo, de tantos debates e entrevistas, Homero já tem o dicurso mais do que decorado. Ele tem um verdadeiro “doutorado” no assunto. Em sua casa, todos os documentos possíveis.
De liminares até a carta da Fifa. Com tanto conteúdo assim, pensa em escrever um livro narrando a odisseia.
Nunca baixou a guarda sobre a polêmica. Enfrentou a todos de forma contundente.
Durante a apuração para o texto sobre o parecer da CBF em relação à Taças da Bolinhas (veja AQUI), telefonei para presidente leonino em 87. Frases de impacto…
Algumas delas muito bem ensaiadas. “O Flamengo não merece isso. Aquela diretoria só fez expor o Flamengo com essa mentira” é uma de suas preferidas. Essa eu já ouvi pelo menos 3 vezes desde que entrei no DP e o entrevistei sobre o assunto.
No fim da conversa, Homero – que não escondia a satisfação em ver a confirmação do título (ratificação, segundo ele) – trouxe à tona um detalhe que foi, simplesmente, a força motriz de todo esse processo sobre a posse da taça.
Esquecido desde 1992 num cofre da Caixa Econômica Federal, no Rio de Janeiro, por causa do imbróglio jurídico, o troféu foi pleiteado pelo São Paulo em 2007, após a 5ª conquista tricolor no Nacional. O time paulista tornava-se o primeiro pentacampeão.
O Sport chegou a bancar outdoors no Recife com uma mensagem de parabéns ao Tricolor Paulista pelo feito inédito.
Na época, Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo, entrou em contato com Homero para se informar sobre a “veracidade” do título. Quis saber se o desejo do Morumbi de buscar a taça havia fundamento.
Homero não só disse que havia como revelou que prestou uma “assessoria”.
“Depois do penta do São Paulo, o Juvenal me telefonou para saber mais sobre o assunto. Expliquei tudo. Enviei todos os documentos. Até a carta da Fifa. Também conversei com o advogado do Tricolor, para orientá-lo. E aí está a resposta”.
Ao incutir no São Paulo parte da missão, Homero fez, naquele momento, o movimento para um xeque-mate no tabuleiro. O valor legal da causa era imbatível, mas faltava o peso político. O ponto final foi dado pela CBF em 14 de abril de 2010. Ele já sabia…
Se o livro sair, a assinatura do autor: LACERDA, Homero.
Enquanto assistia ao jogo doSport no Mineirão, eu debatia com torcedores via Twitter sobre a situação leonina na Copa do Brasil.
Fim do jogo de ida das oitavas de final, na noite desta quarta, com vitória Atlético-MG por 1 x 0. Segundos depois, “tuitei” a seguinte mensagem:
Fim da invencibilidade do Sport após 24 jogos. Essa derrota por 1 x 0 para o Galo é reversível? #copadobrasil
A resposta dos followersfoi unânime: sim. Abaixo, algumas respostas.
@gerardolopes: Calma, na Ilha a gente despacha o Galo
@ricrmartins: Of course it is! Você tem dúvida Cássio? #Sport1987Campeao (com direito à tag do Twitter por causa da decisão da CBF sobre o título de 1987)
@guedesvictor: LÓGICO QUE É REVERSÍVEL…
A experiência de 2008 fez com que a torcida leonina passasse a acreditar em qualquer confronto. De fato, o Galo não fez uma partida brilhante.
Se o Sport praticamente não atacou, o mesmo pode ser dito sobre o time atleticano, que venceu com um gol do ex-rubro-negro Fabiano, que sequer comemorou.
O jogador disse que a atitude foi uma forma de respeito ao Leão. Certamente. Mas também pode ter sido porque 1 x 0 numa fase avançada como essa da Copa do Brasil está mesmo longe de ser suficiente para comemorar.
Na volta, na próxima quarta, serão 30 mil vozes no velho caldeirão. Já com a cartilha pronta para transformar a Ilha do Retiro no inferno. Digno da Copa do Brasil. 😈
Mas no campo, a boa vantagem do Galo de não ter levado um golzinho em casa…
A taça das bolinhas (nome popular do “Troféu Caixa Econômica Federal”) será entregue ao primeiro pentacampeão brasileiro de futebol.
O São Paulo Futebol Clube.
Campeão em 1977, 1986, 1991, 2006 e 2007. E que em 2008 ainda conquistou o hexa.
O Flamengo pleiteava a relíquia há muito tempo, pois se julgava penta desde 1992, pois também venceu em 1980, 1982 e 1983. E ainda colocava na conta o título de 1987…
Mas esse é mesmo do Sport. Ninguém tasca.
Campeão brasileiro em 2009, o Mengão chegou ao tão sonhado penta. Mas em segundo lugar. Fica sem a taça das bolinhas (entenda o regulamento do troféu clicando AQUI).
A Confederação Brasileira de Futebol encerrou a disputa pelo título nesta quarta-feira. Após ter feito o seu departamento jurídico mergulhar nas entranhas de 87, a CBF manteve a sua posição. A mesma há 23 anos, com o respaldo da Justiça Comum.
O Rubro-negro do Recife é o único campeão, como sempre informou o site oficial da CBF (veja AQUI). Nada de título dividido. Dizer isso é repassar uma notícia errada.
Veja a notícia dada em primeira mão pelo portal gaúcho ClicRBS AQUI.
Sobre o Brasileirão mais polêmico de todos os tempos, confira o “Arquivo 87”. Eu fiz esta reportagem para o Diario em dezembro do ano passado, com o passo a passo da briga jurídica. Teve até aluguel de helicóptero com Homero Lacerda… Leia AQUI.
Post com a colaboração de Thiago Petrocchi, fanático pelo Atlético-MG