Análise da semifinal 2011 – Sport

Sport 2011: Marcelinho Paraíba e Bruno Mineiro. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Desnecessário dizer que a folha do Rubro-negro é de R$ 1,2 milhão? Muito pelo contrário. Com tamanho sofrimento na classificação, é preciso lembrar sempre o grande investimento em um futebol opaco, burocrático. O Leão precisará de algo mais.

O Sport manteve a base do último ano, que fracassou na Série B. Apesar disso, alguns pilares importantes, como o goleiro Magrão e o volante Daniel Paulista. Voltaram Marcelinho Paraíba e Hamilton, sempre com as portas abertas no Recife.

Para completar, um novo velho ataque, com Carlinhos Bala e Bruno Mineiro. Juntos, o investimento passa de R$ 100 mil por mês. Chegaram a atuar juntos pelo Náutico na Série A de 2009. Neste ano, podem formar a dupla decisiva, uma vez que Ciro segue lesionado e em má fase.

Destaque
Perto de completar 36 anos, o meia Marcelinho Paraíba ainda decide. Habilidoso e bom finalizador, o jogador voltou a funcionar na bola parada, que já virou uma arma do Leão, uma vez que com a bola rolando o time ainda não deslanchou.

A aposta
A fase ainda não é das melhores. Mesmo com apenas 6 gols, Carlinhos Bala é o artilheiro rubro-negro no PE2011. Porém, o jogador vem dando assistências para muitos gols e costuma “crescer” em jogos decisivos. Afinal, ele é ou não o Rei de Pernambuco?

Ponto fraco
O sistema defensivo. Na frieza dós números, é a melhor defesa da competição, com 19 gols em 21 jogos, média de 0,9. Porém, os dois treinadores que passaram no clube testaram várias opções – inclusive com volantes improvisados -, sem encontrar um xerife. Contra os finalistas, o time sofreu 7 gols em 5 jogos.

Análise da semifinal 2011 – Porto

Porto 2011: jogadores jovens. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Mistério na folha do Porto. Varia entre R$ 60 mil e R$ 80 mil. Seja qual for o verdadeiro valor, fica nítido que é uma despesa baixíssima em relação aos três adversários da fase final. Porém, o Gavião voa alto com esse lastro desde sempre.

Com um CT muito bem equipado, a preparação física e técnica do Porto não deixa a desejar a ninguém. Com média de 22 anos, o time voou no Estadual até o momento. Literalmente, pois o ataque já marcou 38 gols, com média de 1,8.

Caso raro no Pernambucano, o time caruaruense mantém o mesmo técnico desde o início. O então desconhecido Laelson Lima montou um time que não abre mão do volume de jogo ofensivo nem fora de casa. Em casa é mais letal. Tanto que venceu os três grandes do Recife no Lacerdão.

Destaque
Aos 22 anos, Paulista já vive o auge da carreira. Dono de um chute fortíssimo, ele é o goleador máximo da competição, com 13 gols. Busca igualar o feito dos dois únicos jogadores de times do interior que foram artilheiros, Lêniton (Porto) em 1998 e Kelson (Itacuruba) em 2004, ambos com 14 gols.

A aposta
Naldinho, volante dito no mundo da bola como “versátil”. Com apenas 20 anos, já disputa seu 2º Estadual como titular no Gavião do Agreste. Tem ótimo posicionamento em campo e encosta bastante no ataque. Não surpreende ao balançar as redes…

Ponto fraco
Pode ser chavão, mas a falta de conquistas do clube e do elenco de uma forma geral pode, sim, pesar neste mata-mata, diante de clubes acostumados a empilhar taças. Cabe ao Porto derrubar o tabu de não existir campeões do interior.

Análise da semifinal 2011 – Náutico

Náutico 2011: Eduardo Ramos e Ricardo Xavier. Foto: Paulo Paiva/Diario de Pernambuco

Investimento pesado, com o objetivo de evitar o hexa do rival rubro-negro: R$ 800 mil mensais. Com a permanência do técnico Roberto Fernandes, a diretoria alvirrubra aposta na identificação com a torcida, algo que deu certo em 2001, iniciando a “era Muricy”.

Com a união de dirigentes do Náutico para bancar parte da folha, reforços de qualidade chegaram, como Eduardo Ramos, Derley e Ricardo Xavier. Outros, de destaque, permaneceram, como Bruno Meneghel. Rapidamente, o Timbu encaixou o time, que chegou a ficar 11 jogos sem perder.

Nos Aflitos, o time segue invicto e vale lembrar que as 3 derrotas aconteceram com o time reserva. Com a formação principal, o time joga muito rápido, eventualmente com até três atacantes, buscando opções pelos lados dos campos, na mesma intensidade.

Destaque
Eduardo Ramos, candidato a “bi”. Craque do Estadual de 2010, pelo Sport, o meia conhecido outrora pelo extracampo parece ter tomado rumo nos Aflitos. Com qualidade indiscutível no passe e na armação de jogadas – além dos gols -, Eduardo Ramos ganhou a camisa 10 e vem fazendo a diferença.

A aposta
O centroavante Ricardo Xavier aproveitou bem o ritmo mais lento de Bruno Meneghle neste ano. Aproveitou bem o espaço e vem marcando muitos gols. Já tem 9, dois deles belíssimos, contra Cabense (cobertura) e Sport (voleio). Puxa bastante a marcação e abre espaços para rápido ataque timbu.

Ponto fraco
A defesa. Sofreu 25 gols em 21 jogos (média de 1,19), a segunda pior entre os semifinalistas. Roberto Fernandes testou várias opções, num verdadeiro rodízio, mas nenhuma delas emplacou de vez. Apenas o grandalhão Everton Luiz ganhou plena confiança até o momento.

Análise da semifinal 2011 – Santa Cruz

Santa Cruz 2011: Gilberto. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Na abertura do Campeonato Pernambucano, o Tricolor foi apontado como coadjuvante. Consequência de quatro temporadas horríveis. Iniciando uma nova gestão em 2011, a Cobra Coral trouxe o técnico Zé Teodoro, campeão estadual em 2004, pelo Náutico.

A partir daí, uma expressiva série de acertos no Santa Cruz, com reforços em busca de espaço e com alguma qualidade comprovada no cenário nacional: o goleiro Tiago Cardoso, o zagueiro Thiago Mathias, o meia Weslley e o atacante Thiago Cunha, que formaram a espinha dorsal da equipe.

Para completar, uma base que finalmente ajudou, como Natan, Renatinho e Gilberto, que substituiu Thiago Cunha e manteve o nível. Com um time compacto, o Tricolor aposta nos contra-ataques e na bola parada, através de Weslley “Sneijder”.

Destaque
O goleiro Tiago Cardoso, sem dúvida. Após um longo reinado no Recife, Magrão encontrou um rival à altura na meta. Com muita elasticidade e, sobretudo, reflexo, o camisa 1 coral não perdeu um jogo sequer pelo Pernambucano. Impôs uma segurança rara nestes últimos tempos sob a trave tricolor.

A aposta
O atacante Gilberto, de 21 anos, já é a maior “revelação” da competição. Aspas para o até então apagado quando fora testado no Santa. Aproveitando a lesão do então artilheiro Thiago Cunha, Gilberto mostrou presença de área e potência no chute. Já soma 11 gols, dois deles no clássico na Ilha, que lhe deram confiança para a fase final.

Ponto fraco
Irregularidade. Apesar de ser o time que mais venceu e o que mais liderou o Estadual, a Cobra Coral foi derrotada 5 vezes em 21 rodadas ou 23,8%, um índice alto. As duas laterais da equipe também não inspiram muita confiança na torcida.

Enquete: Quem serão os dois finalistas?

Pernambucano 2011, semifinalistas: Santa Cruz, Náutico, Porto e Sport

Semifinalistas definidos.

Após 126 partidas distribuídas em 21 rodadas do Campeonato Pernambucano de 2011, os quatro clubes classificados à fase semifinal já são conhecidos.

Santa Cruz, Náutico, Porto e Sport, pela ordem de classificação do Estadual.

No entanto, duas brigas paralelas ainda estão em disputa na última rodada da competição, no próximo domingo.

Tricolores e Alvirrubros, ambos com 44 pontos, vao em busca da liderança, com vantagem coral no número de vitórias.

Caruaruenses (38) e rubro-negros (37) só podem lutar pela 3ª colocação.

Só depois disso é que serão definidos os mata-matas. Indo além, então, veja as 6 opções possíveis para a decisão da competição: Santa x Náutico, Santa x Porto, Santa x Sport, Náutico x Porto, Náutico x Sport e Sport x Porto.

O blog “antecipa” a final. Considerando as opções acima, indique os dois finalistas do Pernambucano desta temporada!

Quem serão os finalistas do Pernambucano de 2011?

  • Santa Cruz e Náutico (28%, 302 Votes)
  • Náutico e Sport (28%, 299 Votes)
  • Sport e Porto (22%, 232 Votes)
  • Santa Cruz e Sport (17%, 183 Votes)
  • Santa Cruz e Porto (3%, 34 Votes)
  • Náutico e Porto (1%, 11 Votes)

Total Voters: 1.061

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Ranking dos pênaltis e dos cartões vermelhos (21)

Pernambucano 2011: América 4 x 2 Náutico. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Foram três penalidades na 21ª rodada do #PE2011, duas delas para o Náutico, que assumiu a liderança, ao lado do Araripina. Curiosamente, o Timbu – que desperdiçou uma cobran contra o América (foto) – também liderou a lista em 2009 e 2010.

Vale lembrar que a lista será encerrada, como nos anos anteriores, após a 22ª rodada. Confira a atualização dos rankings elaborados pelo blog.

Pênaltis a favor (45)
7 pênaltis – Araripina e Náutico
6 pênaltis – Santa Cruz, Central e Porto
5 pênaltis – Cabense
3 pênaltis – Sport
2 pênaltis – Vitória
1 pênalti – Petrolina, América e Ypiranga
Nenhum pênalti – Salgueiro

Pênaltis cometidos
7 pênaltis – Petrolina e América
5 pênaltis – Central
4 pênaltis – Porto, Náutico, Vitória e Cabense
3 pênaltis – Araripina
2 pênaltis – Santa Cruz, Ypiranga e Sport
1 pênalti – Salgueiro

Observações
Santa Cruz desperdiçou 1 pênalti
Porto perdeu 1 penalidade e defendeu 1 cobrança
Araripina perdeu 4 penalidades
Cabense perdeu 2 penalidade
Central perdeu 1 penalidade e defendeu 2 cobranças
América defendeu 2 cobranças
Vitória defendeu 2  cobranças
Ypiranga defendeu 1 cobrança
Petrolina defendeu 2 cobranças
Náutico desperdiçou 2 cobranças e defendeu 1 cobrança

Cartões vermelhos (só para os grandes)

1º) Santa Cruz – 8 adversários expulsos e 4 jogadores expulsos
1º) Náutico – 8 adversários expulsos e 4 jogadores expulsos
3º) Sport – 3 adversários expulsos

Pernambucano em 2 linhas – 21ª/2011

Pernambucano 2011, 21a rodada. Fotos: Ricardo Fernandes (1) e Helder Tavares (2 e 3)/Diario de Pernambuco

Na 21ª e penúltima rodada da fase classificatória do #PE2011, uma chuva de gols. Além do toró no Recife, foram 25 gols em 6 jogos, com média de 4,16. Foi a maior média entre todas as rodadas do Estadual desta temporada e a única em que todos os 12 clubes balançaram as redes! Uma rodada histórica, com o novo recorde absoluto de público na competição e mais 2 classificados, Porto e Sport. Animação pura!

Hoje, as semifinais seriam Santa Cruz x Sport e Náutico x Porto.

Na artilharia, liderança para Paulista, do Porto, com 13 gols. Média por rodada: 0,61.

Sport 3 x 1 Porto – Jogando uma “decisão”, o Rubro-negro superou o Gavião com uma nova formação, há muito tempo pedida pela torcida. Hélio atendeu e se deu bem.

Santa Cruz 1 x 2 Vitória – Joguinho insosso no Mundão, ainda com uma dose de ressaca de Barueri. Mas a cachaça de Vitória foi ainda mais forte, com uma lapada.

América 4 x 2 Náutico – O Mequinha mostrou muita raça para virar a partida e cravar um placar elástico sobre o time sensação do estado. Mas a queda está próxima.

Central 2 x 3 Ypiranga – Com uma “máquina” nova, ao custo de R$ 40 mil, a turma do Ypiranga costurou uma vitória na raça, com o manto da classificação para o Leão.

Cabense 2 x 2 Salgueiro – No primeiro jogo, tapetão. Desta vez, 90 minutos de futebol, com quatro gols, boa briga e um empate justo no Cabo. Ambos em banho maria.

Petrolina 1 x 2 Araripina – A torcida do Bode fez uma caravana até a beira do São Francisco e voltou no buzinaço, com o fim da ameaça de rebaixamento. Berrou!

Veja a classificação atualizada do Estadual AQUI.

Destaque da rodada: Bala. Mostrou que faz falta ao Sport. Decisivo no mata-mata?

Carcaça da rodada: Mistão. A fórmula deu errado para tricolores e alvirrubros…

Maior público da história no cimento pernambucano

Torcidas de Santa Cruz, Sport e Náutico

Domingo histórico para o futebol do estado.

O Pernambucano de 2011 chegou à marca de 1.011.909 torcedores no borderô dos 126 jogos da competição até aqui, como o blog havia estipulado (veja AQUI).

Assim, a atual edição se tornou a recordista de público absoluto entre todos os anos desde que a FPF passou a enumerar as médias de público, em 1990.

Superou o índice do ano passado, com 1.009.073, em 144 jogos.

Detalhe: o torneio vigente ainda terá mais 18 partidas, contabilizando a última rodada da fase classificatória, a disputa pelo título e a Taça do Interior.

Ou seja, a marca será bem maior… A boa média atual é de 8.031 pessoas.

O mérito é 100% seu! Parabéns aos torcedores pernambucanos!

1º) Santa (11 jogos)
FPFTotal: 241.473
Média: 21.952
Contra intermediários (9) – T: 162.644 / M: 18.071

2º) Sport (11 jogos)
Total: 227.819
Média: 20.710
Contra intermediários (9) – T: 172.230 / M: 19.136

3º) Náutico (10 jogos)
Total: 125.159
Média: 12.515
Contra intermediários (9) – T: 107.047 / M: 11.894

4º) Central (11 jogos)
Total: 92.966
Média: 8.451

Médias em 2010: Santa Cruz (17.986), Sport (16.628), Náutico (10.743) e Central (6.775). Médias dos grandes apenas contra intermediários em 2010: Sport (14.177), Santa Cruz (13.479) e Náutico (12.103). Saiba mais clicando AQUI.

Antítese tricolor. Lanterna 2 x 1

Pernambucano 2011: Santa Cruz 1 x 2 Vitória. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Em campo, um Santa Cruz com 9 reservas neste domingo.

Todo mundo, de destaque, foi poupado pelo técnico Zé Teodoro.

Titulares? Apenas Natan e Gilberto, este ainda em busca da artilharia.

O comandante coral aproveitou a classificação assegurada à semifinal do Estadual e à Série D para testar os suplentes diante da ameaçadíssima Acadêmica Vitória.

Mas com tantas mudanças assim foi difícil fazer um teste de fato, resultando em poucas jogadas concatenadas e um ataque batendo cabeça.

O meia Mário Lúcio até marcou o seu primeiro gol com a camisa coral, logo no começo, mas o visitante, lanterninha, precisou jogar só um pouquinho para empatar.

Depois disso, um irritante ritmo de treino, tirando a paciência até mesmo dos mais fervorosos tricolores no Arruda, diante do insosso empate.

Enquanto isso, a chuva voltava a castigar o Recife.

Já no finzinho, o susto. Bob fez também “castigou” os 12 mil torcedores presentes e marcou, com categoria, o gol da vitória das Tabocas: 2 x 1.

Ajudado pelo incompreensível Náutico, o Santa se mantém na liderança, agora isolada.

Com o desenho da semifinal em andamento e a possibilidade de um Clássico das Multidões logo de cara, o primeiro lugar é mesmo a meta no próximo domingo?

Comente, torcedor tricolor…

Pernambucano 2011: Santa Cruz 1 x 2 Vitória. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Antítese alvirrubra. Vice-lanterna 4 x 2

Pernambucano 2011: América 4 x 2 Náutico. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

No comando, Roberto Fernandes havia avisado que a meta era entrar com força máxima na carga dupla nos Aflitos, contra Vasco (Copa do Brasil) e Sport (Estadual).

Daí, um mistão do Náutico contra o combalido América. Foram seis reservas.

Aguardando um tropeço dos corais no Arruda, o Timbu buscava a primeira colocação do Estadual, após várias rodadas em pé de igualdade.

No embalo do jogo, uma acusação alvirrubra de agressão por parte dos alviverdes.

Fora isso, não havia muito o que esperar no estádio Ademir Cunha neste domingo, ok?

Longe disso! E pelo lado negativo…

A  atitude passou longe dos jogadores de Rosa e Silva. Liderança?! Não era o foco.

O time até ficou duas vezes em vantagem, mas conseguiu sofrer a virada do Mequinha.

Mais. O Alvirrubro apanhou feio, por 4 x 2. Agora sim, a diretoria timbu pode prestar queixa por agressão…

Sem criatividade, velocidade, acerto no passe e mira na finalização, este desinteressado Náutico visto no domingo se tornou de forma surpreendente uma presa fácil para o Alviverde da Estrada do Arraial.

Se o foco estava mesmo na Copa do Brasil, então o trabalho foi bem feito, pois ninguém ficou de olho no jogo em Paulista…

E quem entrou não agradou, diga-se.

Pernambucano 2011: América 4 x 2 Náutico. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco