Pernambucanos x mineiros pelo título da D

Santa Cruz x Tupi, final do Campeonato Brasileiro da Série D de 2011

Definida a final da Série D do Campeonato Brasileiro. Os dois times lutam pela primeira conquista a nível nacional. Confira os duelos:

13/11 – Tupi x Santa Cruz, no estádio Mario Helênio, em Juiz de Fora/MG.

20/11 – Santa Cruz x Tupi, no estádio do Arruda.

Os dois jogos vão acontecer às 16h, horário do Recife.

Campanha pernambucana: 14 jogos, 7 vitórias, 6 empates, 1 derrota, 17 GP e 10 GC.

Campanha mineira: 14 jogos, 8 vitórias, 3 empates, 3 derrotas, 26 GP e 15 GC.

O estádio municipal de Juiz de Fora, inaugurado em 1988, tem capacidade para 40 mil pessoas e é um dos maiores do interior do Brasil. Veja aqui.

Santa Cruz e a estrela de cobre

Série D 2011: Cuiabá/MT 1 x 2 Santa Cruz. Foto: Roberto Barcelos/especial para o Diario de Pernambuco

Um breve relato sobre a história do Santa Cruz em finais nacionais:

Em sua melhor campanha, passou muito perto em 1975.

Diante de 38 mil torcedores, num Arruda bem diferente – ainda sem o anel superior -, o Santa Cruz disputou a semifinal do Campeonato Brasileiro.

Da Série A, é bom lembrar. Contra o timaço do Cruzeiro, o Tricolor jogava pelo empate para chegar à decisão da competição.

O jogo seguia 2 x 2 até os 45 minutos do segundo tempo, quando Palhinha, em posição duvidosa, fez o gol da vitória mineira.

Não veio a classificação à finalíssima do Brasileirão e nem a vaga à Libertadores de 1976. Depois daquele dia fatídico na história coral, o clube ainda teve mais duas oportunidades claras de conquistar uma estrela.

Em vez do ouro, um metal menos nobre, a prata. Primeiro, em 1999.

No estádio Serra Dourada, o Santa Cruz jogava pelo empate com o Goiás para conseguir o acesso. Uma vitória, no entanto, daria o título da Série B.

Não foi uma final de direito, mas quase isso, de fato. Porém, naquela última rodada do campeonato, o empate sem gols não foi sequer ameaçado.

Portanto, Goiás campeão e Santa vice.

Depois, novamente ma Segundona, o título ficou ainda mais perto.

Na verdade, o título chegou a ser comemorado durante 15 minutos, após a vitória pro 2 x 1 sobre a Portuguesa, diante de 65 mil pessoas no Mundão.

A derrota do Náutico diante do Grêmio, aos 60 minutos (isso mesmo) do 2º tempo, brecou a volta olímpica tricolor, então com uma taça improvisada.

Veio, então, a derrocada que todos estão cansados de saber.

Mas o primeiro passo para a reconstrução de um gigante adormecido – como o próprio povão faz questão de dizer – está acontecendo.

Neste primeiro passo, a pioneira estreia numa decisão nacional. Neste domingo, o time treinado por Zé Teodoro venceu o Cuiabá/MT por 2 x 1, de virada e fora de casa.

Na Série D, a última divisão do país?! Pouco importa, hoje. Só por hoje.

Infelizmente, o Santa Cruz teve que disputá-la (três vezes). Está fazendo o seu papel e agora está a duas partidas de superar essa fase em sua história com uma conquista.

Pela lógica, seria uma estrela de cobre, “cor” instituída pela Conmebol nesta temporada. Valeria a pena bordar? A expectativa da torcida tricolor é a resposta.

O blog já deu outra ideia…  Veja aqui.

Série D 2011: Cuiabá/MT 1 x 2 Santa Cruz. Foto: Roberto Barcelos/especial para o Diario de Pernambuco

Sem sono nas próximas temporadas?

Hotsite do Santa Cruz sobre o acesso à Série C de 2012

Acesso à Terceirona de 2012 confirmado e hotsite do site oficial do clube no ar.

Destaque para o título: O gigante acordou!

Confira a postagem sobre a classificação do Santa Cruz à Série C clicando aqui.

Que essa subida coral só pare em 2014, em pleno centenário do clube, na elite nacional.

O Santa Cruz nos braços do povo

Bandeira de guerra do Santa Cruz. Crédito: Clébio Junior/divulgação

Nos braços do povo, o Santa Cruz subiu.

Após o inesquecível título pernambucano desta temporada, o Tricolor deu outro importante passo para a sua reconstrução.

Um passo gigantesco, sob o olhar de uma multidão de 60 mil pessoas no Arruda e outra ainda maior, de outras cores e uniformes, fora dele.

Esta segunda, em escala nacional, viu o verdadeiro tamanho do “Santinha”, que de diminutivo só tem mesmo o apelido.

A força pulsante de sua torcida carregou o clube a um novo degrau, ainda modesto, da D para a C. Divisões sem peso algum para a camisa coral, bem acima disso tudo.

Foram três anos imersos em uma letargia na qual poucos conseguiriam sair. Com apoio maciço, pouquíssimos. Com uma paixão cega, só o Santa Cruz, jamais abandonado.

Neste domingo, no tenso empate em 0 x 0 com o Treze, a Cobra Coral encerrou o seu capítulo mais doloroso, ensaiando de cara as primeiras palavras de um novo momento.

Nada de desilusão, desgraça, desencanto, decepção e dor.

Espaço para felicidade, vitória, euforia, emoção, conquista…

Em vez de nomes esquecidos, heróis como Tiago Cardoso, Weslley, Thiago Cunha e, sobretudo, Zé Teodoro, treinador do começo ao fim da empreitada.

Superando o histórico de gestões desastradas, a cadenciada postura de Antônio Luiz Neto, conduzindo uma massa difícil de controlar e uma falta de crédito ainda maior.

E assim, nos braços do povo, repito, o Santa Cruz subiu. E tem tudo para continuar subindo, juntando mais essa vitória.

Série D 2011: Santa Cruz 0 x 0 Treze. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Treze motivos para acreditar no acesso coral

Gato preto

Definido o confronto que irá gerar o acesso à próxima Série C, Santa Cruz x Treze. Confira os motivos para acreditar no sucesso coral nos próximos 180 minutos de futebol.

1º) O Santa Cruz conta com o apoio maciço da torcida, dona da maior média de público em todas as séries do Campeonato Basileiro de 2011, com 33.450 pessoas.

2º) O clube manteve a base do time campeão estadual, quando superou três adversários da Série B, passando de coadjuvante a protagonista.

3º) Tiago Cardoso, o craque do Estadual. Todo time começa com um grande goleiro.

4º) Apesar do buraco econômico em que se meteu, o clube, presidido por Antônio Luiz Neto, ensaia uma recuperação. A venda de Gilberto por R$ 2 milhões foi prova disso.

5º) Apesar de ter uma campanha inferior ao do rival na Série D (19 pontos, contra 21), o Tricolor não terá desvantagem, pois o regulamento é no estilo “Copa do Brasil”.

6º) A Cobra-Coral pode até ter perdido o seu capitão, o zagueiro Tiago Mathias. No entanto, o melhor defensor ainda segue lá, Leandro Souza.

7º) No meio-campo, Weslley vem mantendo o nível do PE2011. Cadenciado, ditando o ritmo dos jogos e com bom aproveitamento nas bolas paradas. Pode ser decisivo.

) Após lesões e suspensões durante a temporada, Thiago Cunha se firmou entre os 11 titulares. O jogador tem qualidade e pode, enfim, marcar a sua passagem no clube.

9º) Os confrontos serão nos dois próximos domingos. Isso significa uma semana de preparação para cada partida. Tempo para recuperar jogadores e aprimorar a tática.

10º) O técnico Zé Teodoro tem o grupo na mão e, sobretudo, a paciência da torcida.

11º) O time de Campina Grande tem tradição e torcida, o que “divide” a cobrança em relação ao acesso. A pressão natural no Arruda vai existir na Paraíba.

12º) Em 2005, o título estadual foi somado ao acesso. Fim do jejum neste script?

13º) Doze motivos já não bastam? Treze é o número do adversário… Gato preto pra lá!

A um empate da verdadeira Série D

Série D 2011: Santa Cruz 1 x 0 Porto. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Cada vez mais afunilado, o grupo 3 da Série D chegou à reta final.

No Arruda, diante do Porto, apenas a vitória neste domingo deixaria o Santa Cruz numa situação mais tranquila, após os tropeços nesta etapa inicial do Brasileiro.

Com uma campanha recheada de empates, ficou um clima de chuva e desconfiança entre os 27 mil tricolores no Mundão.

O ar de apreensão parecia tomar conta da arquibancada, refletindo diretamente no campo, com o time jogando a primeira partida sem o capitão do título pernambucano.

Após meia hora de jogo, parte da torcida perdeu de vez a paciência. O Santa não conseguia articular jogadas em profundidade.

Diante do Porto, os comandados de Zé Teodoro não conseguiu sequer propor o jogo, aceitando de forma passiva a marcação do adversário caruaruense.

No intervalo, os atacantes Thiago Cunha e Flávio Caça-Rato até discutiram no gramado, sendo acalmados pelo volante Jeovânio. O papo se estendeu no vestiário.

No ataque, entrou o jovem Jefferson Maranhão, de apenas 18 anos. Com personalidade, o jogador marcou o gol do alívio coral, aos 14 minutos do segundo tempo.

Destaque também para Bismarck, surpreendendo no toque de bola. Superior tecnicamente, o Santa Cruz segurou a vitória por 1 x 0 e eliminou o Porto. Foi difícil!

É pouco para quem parecia pronto para passear no Brasileiro. No entanto, essa fase truncada certamente está servindo de aprendizado para o grupo, visivelmente tenso.

Ainda assim, o Santa é agora o único invicto entre os 100 clubes das quatro divisões.

No próximo domingo, em sua segunda “casa”, em João Pessoa, o Santinha irá enfrentar o Guarani necessitando de apenas um empate para avançar para o mata-mata.

Aí, sim, começará de vez a 4ª divisão nacional, sem espaço algum para os erros…

Série D 2011: Santa Cruz 1 x 0 Porto. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Quando uma negociação vira ressentimento

Macaco

Mais que o epílogo sobre a saída do capitão do Santa Cruz, Thiago Matias, vale uma observação na condução do processo, um tanto quanto apressado de todos os lados.

Zagueiro de 1,90m, artilheiro, líder e campeão estadual.

Seria natural esperar uma valorização em atleta assim, ainda com 28 anos.

Pois foi o que ocorreu de forma natural com o então xerife coral, após o Estadual. Ele acabou negociando uma vantajosa renovação de contrato até 2014.

Mas isso se estendeu a outros clubes, de divisões superiores. Não pode ser visto como algo do outro mundo uma proposta melhor do Ceará, com 100% de aumento, chegando a R$ 50 mil. O time alencarino está três séries nacionais acima do Tricolor.

Mas o que surpreendeu mesmo foi o rastro de decisões dentro do Arruda.

Jogador – Recebe uma proposta – longe de uma assinatura de fato – e já se nega a treinar com o grupo. Repensa a decisão e sai para dar uma volta no gramado, só para ouvir xingamentos. Depois, é revelado o pedido de novo aumento, o segundo este ano.

Diretor – Declara para a imprensa logo depois que mesmo que a negociação com  Ceará não seja concretizada, vejam só, o atleta não jogará mais no clube. Fechou as portas.

Técnico – Argumenta que o zagueiro está sem clima no elenco e que ele também recebera propostas (9), mas ficou – o que não significa que não tenha reajustado.

Tudo isso em uma tarde… Nada mais. Bastidores fervendo.

A proposta alheia pode não vingar, o aumento pode não ocorrer, nem lá nem cá, uma vez que há um contrato em vigor e o jogador pode recuar.

Nota-se que o presidente tricolor Antônio Luiz Neto ainda não se pronunciou de forma oficial. Conciliador, o mandatário pode costurar um acordo envolvendo as partes.

Se não for possível, que ocorra uma transação natural no futebol.

Que se pague a multa rescisória. Estranho mesmo é tanto ressentimento em um dia.

Fortalecendo a torcida das próximas décadas

Curumins corais no Arruda, com Thiago Mathias. Foto: Santa Cruz/divulgação

Com o título pernambucano de 2011, o Santa Cruz revitalizou a luta pela renovação de sua torcida. Foi uma conquista de peso, contra rivais que investiram bastante.

A diretoria do clube aproveitou a oportunidade para entregar a faixa de campeão a crianças de até 12 anos, a nova geração de fiéis tricolores, os curumins corais.

O evento simbólico teve o objetivo de fortalecer essa base de um futuro próximo, até então contaminada por sucessivos fiascos no Arruda. Na estreia, 167 crianças.

O presidente coral, Antônio Luiz Neto, chegou a gravar um vídeo para o site oficial sobre a iniciativa realizada neste sábado, com a presença dos jogadores campeões.

Ação simples e eficaz.

Como curiosidade, a presença do lateral-esquerdo Dutra, agora coral, mas que no Estadual defendeu as cores do Sport, justamente o rival vencido na decisão…

Dutra e Igor.

Cada vez mais próximo do torcedor

Capa do site Superesportes em 28/10/2010

O Superesportes inovou nesta eleição presidencial do Santa Cruz.

Integrando todas as mídas possíveis (impresso, TV, web e rádio), a editoria de esportes do Diario de Pernambuco passou a acompanhar o pleito coral para o biênio 2011/2012 via web-tv, ao vivo, a partir das 13h desta quinta-feira.

A disputa entre os candidatos Antônio Luiz Neto (situação) e Sergio Murilo (oposição) foi transmitida diretamente da sede do Tricolor, na Avenida Beberibe, no Arruda.

Inicialmente, o programa contou com os repórteres Celso Ishigami e José Gustavo (ambos do Superesportes), além de entrevistas com os candidatos.

Para acessar ao vídeo, com inserções de hora em hora, clique AQUI.

Agora, essa ação deverá fazer parte do cotidiano do trabalho do Superesportes, com uma cobertura ainda mais diferenciada para o torcedor pernambucano.

Treinos, véspera de clássicos, apresentação de jogadores, eleições etc. Tudo através de vídeos (ao vivo e gravado), álbum de fotos e notícias em primeira mão.

A implantação desse projeto do Superesportes eleva ainda mais o bom nível do jornalismo pernambucano, que tem dois jornais entre os 19 maiores do país.

Para saber mais sobre a história das eleições nos clubes pernambucanos, clique AQUI.