Um ato costurado em uma longa articulação nos bastidores irá modificar bastante a nomenclatura do futebol brasileiro a partir de 2013.
A Rede Globo passará a divulgar os naming rights dos estádios de futebol. Ou seja, chamará as arenas por nomes “fictícios”, firmados através de contratos entre clubes/consórcios e empresas. Sem divulgação, a prática inexiste até o momento. Pois, não por acaso, reduz o interesse de investidores nas arenas país afora.
Após a intensa negociação, que atendeu a um antigo pleito dos clubes, a emissora deverá ficar com um pequeno percentual sobre os futuros contratos (veja aqui).
A Arena da Baixada, que foi rebatizada de “Kyocera Arena” de 2005 a 2008, em um negócio pioneiro, jamais foi chamada desta forma por emissoras de televisão.
A falta de publicidade acabou travando a renovação. Agora, deverá acontecer o inverso, com a proliferação de denominações mercadológicas em estádios tradicionais, como Mineirão, Fonte Nova, Morumbi, Beira-Rio e até o Maracanã.
Ou seja, mesmo sem sequer ter sido inaugurada, a Arena Pernambuco poderá ganhar outro nome por duas décadas. O fato já estava previsto na parceria público-privada.
Geralmente, são empresas de grande porte com alto grau de interesse nos respectivos locais onde estão instaladas. Considerando a economia do estado, qual companhia poderia ser a futura parceira do consórcio que irá operar o estádio em São Lourenço?
Segundo o estudo elaborado pela consultoria BDO/RCS, empresa especializada em marketing esportivo, eis as projeções de rentabilidade das doze arenas da próxima Copa do Mundo para acordos de naming rigths de 2013 a 2033.
R$ 300 milhões – Maracanã e Itaquerão
R$ 220 milhões – Mineirão
R$ 120 milhões – Fonte Nova
R$ 90 milhões – Arena Pernambuco, Nacional, Beira-Rio e Arena da Baixada
R$ 70 milhões – Castelão e Amazônia
R$ 60 milhões – Arena das Dunas e Pantanal
Ainda segundo o estudo, produzido em agosto do ano passado, caso os valores sejam alcançados, totalizando até R$ 1,56 bilhão, os patrocínios dos clubes poderiam subir no embalo, com um incremento de até 21%.
Tudo isso porque, vejam só, a maior emissora do país passará a chamar os estádios com os nomes adquiridos do naming rights. Arena Pernambuco, sim. Até segunda ordem…