Definida a pintura da Ilha do Retiro para a sua provável última temporada.
A arquibancada frontal terá o pavilhão do clube pintado em todos os degraus. Curiosamente, existe uma bandeira do mesmo tamanho para este setor.
Portanto, com o estádio vazio ou lotado, a imagem do bandeirão será a mesma…
Ao todo, foram 31.696 votos, com 18.155 (57,28%) para o Bandeirão, 7.033 (22,19%) para a opção Campeão do Brasil e 6.508 (20,53%) para a Onda rubro-negra.
A pintura, iniciada pela Iquine, será concluída até 18 de janeiro de 2012 (veja aqui).
Vale lembrar que o estádio também terá um novo campo. Uma verdadeira repagina geral para o último ano da construção de 74 anos. Depois, a Arena Sport. Será?
Oficialmente, a Arena da Ilha do Retiro terá capacidade para 45.796 torcedores.
Todos bem acomodados em cadeiras.
O estádio foi projetado dentro do enorme caderno de encargos da entidade que comanda o futebol mundial, já apelidado de Padrão Fifa.
No entanto, o estádio, cujo complexo está orçado em cerca de R$ 600 milhõess, poderá sofrer uma ampliação considerável na capacidade de público.
Seriam mais dez mil lugares. O design desenvolvido pela DDB/Aedas não é mais o mesmo? A princípio, não é isso. A mudança está relacionada com o tipo de assento.
Em vez de ter 100% do espaço para a plateia ocupado por cadeiras, as duas gerais, atrás das metas, poderão ser apenas as tradicionais “arquibancadas numeradas”, ainda que com uma infraestrutura interna de arena, com bares, lojas, banheiros etc.
Mais. A medida seria transitória. Dependendo do jogo, cadeiras ou cimento.
A utilização de cadeiras móveis não é novidade. Um dos casos mais famosos é o do Borussia Dortmund, da Alemanha, dono da maior média de público do mundo: 76.800.
O estádio local, o Signal Iduna Park, tem capacidade para 80.552 pessoas. Porém, este número vale apenas para a Bundesliga, pois 15 mil lugares, em uma geral (foto), é para o fanático público que não costuma assistir ao jogo sentado…
Em disputas internacionais, com o regulamento da Uefa, é preciso repor as cadeiras no setor, limitando a presença a 65.718 pessoas.
Antes desse debate, para virar uma “Signal Ilha Park”, o atual estádio rubro-negro precisa ser demolido. O que deverá ocorrer em 20 de novembro de 2012…
Enquanto o time vai capengando na Série B, ainda distante da zona de acesso, mais uma vez, a diretoria do Sport vai se mexendo para a construção da arena na Ilha.
Nesta terça-feira, um encontro oficial com o prefeito do Recife, João da Costa.
Com a PCR, a necessidade de três licenças: ambiental, urbanística e de trânsito.
É importante essa discussão com o poder público, ainda mais depois da assinatura de um projeto tão caro, que, de certa forma irá trazer benefícios para a cidade também.
Assim, a burocracia do estádio rubro-negro vai dando os seus passos. Essa fase do projeto será de pelo menos um ano e meio.
Haja paciência, haja articulação.
Já a burocracia do futebol propriamente dito, está conseguindo ser mais lenta. Esse empenho todo na arena poderia ser direcionada para o futebol de forma mais clara.
É possível caminhar no mesmo ritmo na arena e no campo de jogo.
Texto publicado nesta terça-feira na página de Opinião, no Diario de Pernambuco, provavelmente com o maior oposicionista do arena leonina.
Ao longo dos seus 106 anos de existência, o Sport Club do Recife cresceu e consolidou-se como a maior agremiação sócio-esportiva do Norte e Nordeste do Brasil. Hoje, sua grandeza é superior à dos rivais de Pernambuco, tomados conjuntamente, e comparável, potencialmente, à dos grandes clubes do Sul e Sudeste do país.
Sua torcida imensa e apaixonada, seu corpo associativo vibrante, seus atletas de diferentes modalidades e seus dirigentes dedicados e destemidos, do presente e do passado, vêm garantindo-lhe uma bela história, repleta de glórias e memoráveis conquistas. No futebol, são 39 títulos estaduais e três nacionais.
A propósito, em 1987, além de vencer nos gramados, o Sport escreveu, com letras maiúsculas, uma importante página, na história do futebol brasileiro, impondo, nos tribunais, a força da Justiça e restaurando, no campo desportivo, o estado democrático de direito, ao derrotar o autoritarismo e a prepotência de dirigentes da CBF e de clubes do Sudeste e Sul, que até então agiam como se estivessem acima da lei. Nunca Pernambuco se viu tão unido: imprensa, lideranças políticas e torcedores de todos os times do estado, num movimento cívico em torno de uma causa, que transcendia o esporte e o Sport, por tratar-se de questão de cidadania e de reafirmação da altivez nordestina.
Mas o Sport não é só futebol. Pelo contrário. Quando lemos sobre sua história, quando visitamos a sua sala de troféus ou quando entramos em um dos seus ginásios, em dia de jogo, temos uma percepção bem nítida da sua grandeza, nas mais de vinte modalidades olímpicas que pratica, da importância desses esportes no cotidiano do Clube, na inclusão social que promove, na educação de jovens e na formação de novas lideranças que ali aprendem a amar e a lutar pelas cores rubro-negras. Esportes olímpicos fazem parte das tradições, da essência e da razão de ser do Sport. O mundo os valoriza cada vez mais. E, como sede das Olimpíadas de 2016, o Brasil como um todo precisa, mais do que nunca, apoiá-los.
Ocorre que, para tristeza de muitos pernambucanos, tudo isso está ameaçado. Pretende-se implodir o estádio da Ilha do Retiro, para edificar uma arena e um complexo com várias centenas de unidades imobiliárias, entre elas escritórios e apartamentos de hotel, transformando o nosso santuário rubro-negro, nosso parque esportivo, numa verdadeira selva de pedras.
Um golpe mortal na história, na tradição, no bom gosto e até no orgulho da imensa família rubro-negra. O que diriam os nossos antepassados, aqueles que nos deixaram esse colossal patrimônio de 140.000m2 numa das áreas mais nobres do Recife, avaliado em um bilhão de reais?
O que sentiriam eles ao ver todo esse legado, construído com tanto amor e sacrifício, ser entregue para exploração por terceiros durante trinta anos, período em que o Sport terá uma remuneração irrisória em relação ao patrimônio tornado indisponível? E se soubessem que uma questão tão séria, como essa, está sendo tratada de maneira apressada, sem maiores discussões, sem amadurecimento?
Por tudo isso, pedimos, humildemente, mais uma vez, agora de público, aos diletos amigos que atualmente dirigem o nosso Sport, para que reflitam sobre essas palavras de alerta e revejam suas posições. Que elaborem um projeto de uma arena moderna, como se pretende, mas cercada por uma monumental praça de esportes olímpicos, sem espigões destinados a negócios, conciliando, assim, modernidade com respeito à tradição e aos mais elevados interesses do nosso Clube.
E que o discutam de maneira ampla, organizada e profunda, para só então aprová-lo. De modo que implodir o estádio da Ilha não resulte em implodir o Sport. As futuras gerações, nossos netos e bisnetos, que certamente serão rubro-negros, agradecerão e terão orgulho de vocês.
O escritório de arquitetura DDB/Aedas acaba de enviar mais nove imagens inéditas da futura arena do Sport, com simulações internas e também da sede esportiva, com ginásio e até um campo de society no topo de um dos novos prédio.
Acima, a primeira imagem interna do estádio, com capacidade para 45 mil pessoas.
Confira abaixo mais novas imagens da Arena Sport, cujo orçamento é de R$ 500 milhões.
Veja também o álbum criado pelo próprio site rubro-negro clicando AQUI.
A assembleia geral do Leão que vai decidir sobre o andamento da empreitada será na próxima quinta-feira, dia 7, em pleno aniversário do Naútico.