Hinchas por uma Copa

Copa América 2011: Uruguai x Paraguai. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – No meio da multidão, sem qualquer divisão de arquibancadas, uma vez que as torcidas vão ficar misturadas no Monumental de Nuñez, foi possível conversar com os rivais ao mesmo tempo…

Neste vídeo, o uruguaio Javier e o paraguaio Cristian. Ambos chegaram na capital argentina no sábado. Viajaram de avião de Montevidéu e Assunção, respectivamente.

No fim, ainda  mandaram uma mensagem para o futebol brasileiro, que ficou no meio do caminho nesta surpreendente Copa América de 2011.

Para a Copa América, otimismo total da dupla, apesar da cordialidade.

Clássico das Multidões fora de casa

Copa América 2011: Uruguai x Paraguai. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – Chegou o grande dia da final da Copa América de 2011. Logo no desfecho, neste domingo, a única presença de fato da capital argentina na competição, com a finalíssima no estádio Monumental de Nuñez.

Pela manhã já era possível ver carros com bandeiras dos dois adversários indo para a cancha nas principais avenidas (9 de Julio e Libertador).

Uma situação semelhante a de qualquer clássico clubístico – sobretudo no Recife -, com a diferença de que eram uruguaios e paraguaios, ambos visitantes em uma festa que parecia pronta para os donos da casa.

A movimentação no entorno do estádio do River Plate horas antes da abertura dos portões foi enorme. Aqui, dois momentos, com as torcidas do time charrúa (acima) e da equipe guarani (abaixo) aglomeradas, já na expectativa pelo fim do jejum de títulos continentais.

Para a Celeste, são 15 anos. Para o Paraguai, 32…

Copa América 2011: Uruguai x Paraguai. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

No Marco Zero do fracasso

Copa América 2011: Peru 4x1 Venezuela. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

La Plata – Aos 48 minutos do segundo tempo, a verdadeira despedida do Estádio Único.

Antes de deixar a moderna arena, o blog teve acesso a uma breve passagem no gramado onde o Brasil fez história da pior forma possível.

Já com a cancha vazia após a disputa pelo 3º lugar na Copa América, o blog conferiu in loco o surrado piso argentino por alguns minutos.

Então, nada como ir ao ponto exato onde a Seleção Brasileira perdeu quatro pênaltis nas quartas de final da Copa América de 2011, contra o Paraguai, no pior aproveitamento de uma equipe no futebol mundial numa disputa deste tipo…

O gramado é ruim, irregular, mas não serve como desculpa para chutar três das quatro bolas para fora da meta, então defendida pelo goleiro Justo Villar – que ainda pegou um.

Durante a apuração, alguns brasileiros que tiveram a coragem de encarar o jogo Peru x Venezuela também entraram no embalo e ainda se divertiram com a tragédia da Canarinha em solo argentino. De fato, vale como lembrança do torneio continental…

Os mineiros Victor Rabelo, 27 anos, e Felipe Ribeiro, 25, e a gaúcha Daiane Boff, 25, hospedados em um albergue em San Telmo, sequer haviam conseguido ingresso para o jogo, mas esperaram até o fim do jogo (“Só vimos o apito final”) e acabaram conseguindo entrar no gramado também.

O velho jeitinho brasileiro até na terra dos hermanos!

Na foto, o chute imaginário do blogueiro… Espero que tenha sido na meta.

América 25 – Cubillas já pode descansar

Copa América 2011: Peru 4x1 Venezuela. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

La Plata – A última grande geração de futebolistas peruanos acabou em 1975, no auge, em um time com Cubillas, Oblitas e Chumpitaz. Aquela seleção chegou ao topo do continente, conquistando a Copa América. Desde então, apenas campanhas medianas.

Várias delas vexatórias, inclusive. A hinchada sempre esperou pela redenção.

Neste sábado, o time alvirrubro voltou a dar alegria aos 30 milhões de peruanos, conquistando a medalha de bronze na maior competição das Américas, na sua melhor colocação em 36 anos, ou 13 edições depois daquela volta olímpica inesquecível.

Agora é a vez da geração de Vargas, Guerrero e Chiroque. Eles mostraram que o país irá brigar com força por uma vaga na Copa do Mundo do Brasil, em 2014, após a última colocação nas Eliminatórias para o Mundial da África do Sul.

Depois da eliminação diante do Uruguai, restava o consolo pela medalha de bronze no estádio Único. Time e torcida entraram motivados – mesmo com o clima de ressaca na partida -, justificando o empenho com uma goleada sobre a Venezuela por 4 x 1.

Destaque para os três gols de José Paolo Guerrero, agora o artilheiro disparado da Copa Amérdca, com cinco gols, se garantindo na seleção na última rodada…

Parabéns também aos venezuelanos, em sua melhor performance, com o “cobre”.

Medalha de ouro em La Plata

Musa venezuela em La Plata. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

La Plata – Clima de absoluta tranquilidade no jogo Venezuela x Peru até que surge na tribuna de imprensa, de biquini, mesmo com o frio no estádio Único, a modelo Vianca Dugarte, entregando um folheto de divulgação com a frase:

“Una diosa recorriendo Venezuela”

Uma deusa rodando a Venezuela. Neste sábado, fez uma visita na Argentina também.

Capa da Playboy do país de Hugo Chávez em 2010.

No post, os dois lados da medalha de ouro da Venezuela.

Por alguns minutos a Copa América foi deixada de lado pela torcida, e parte da imprensa. Basta reparar quantos ficaram de costas para o jogo…

Musa venezuela em La Plata. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Aliviado, Blatter reaparece na Argentina

Joseph Blatter na decisão do 3º lugar da Copa América de 2011, entre Venezuela e Peru. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

La Plata – Presença ilustre na Copa América. Com uma agenda bem apertada, o suíço Joseph Blatter, presidente da Fifa, desembarcou em Ezeira para participar de todos os eventos finais da principal competição da Conmebol.

Ações ao lado do mandatário da entidade, o paraguaio Nicolás Leoz. O primeiro ato foi já na disputa pelo terceiro lugar, neste sábado.

Após conseguir contornar daquele jeito o escândalo de corrupção durante o processo eleitoral da Fifa, Blatter agora se mostra mais aliviado para visitar os filiados…

Aqui na Argentina ele esteve o tempo todo cercado por três seguranças. Trio de terno, óculos escuros e mão no ouvido o tempo todo para captar o som dos eletrônicos.

Sepp Blatter até acenou para a torcida no estádio Único após cumprimentar os jogadores no campo. Depois, se dirigiu ao camarote exclusivo da organização da Copa América. Evitou o batalhão de repórteres na beira do surrado gramado.

Blatter, de 75 anos, está à frente da Fifa desde 1998. Trabalha no 4º mandato.

Leoz, de 83 anos, comanda a Conmebol desde 1986. Já está no 6º mandato.

Parece coincidência… Talvez seja mesmo!

Joseph Blatter na decisão do 3º lugar da Copa América de 2011, entre Venezuela e Peru. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Duelo da ressaca

Copa América 2011: Venezuela x Peru. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

La Plata – Cada vez mais, a disputa pelo 3º lugar cai em desuso no futebol. Torneios eliminatórios de grande porte, como a Eurocopa, já não contam mais com essa fase.

Outros, incluindo uma tal de Copa do Mundo, ainda reservam o dia mais sem graça da competição. No entanto, é inegável que a animação não é mesma. O clima de ressaca contamina as arquibancadas, dos dois lados.

Muitas vezes, o público sequer comparece. Esse é o caso da peleja valendo a medalha de bronze na Copa América de 2011, além da medalha de cobre, para o 4º lugar.

No estádio Único, pouca movimentação no entorno da arena argentina, uma bandeira aqui e outra ali e, no fim, o protocolo obrigatório de decidir o terceiro melhor time do torneio, com a partida deste sábado entre venezuelanos e peruanos.

A sala de imprensa, porém, segue cheia… Não há como pular o cronograma!

Mas vale a pergunta…

Todos as competições entre seleções deveriam ter a decisão de terceiro lugar?

Você costuma assistir…?

Sala de imprensa do estádio Único, em La Plata, no jogo Venezuela x Peru. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

O importante é competir

 

Medalhas oficiais da Copa América 2011. Foto: Conmebol/divulgação

Buenos Aires – A Conmebol realmente gosta de “inovar”, ainda que de forma curiosa, quase sempre para tentar agradar todos os filiados, mesmo sem necessidade.

A entidade apresentou nesta quinta-feira as medalhas oficiais da Copa América de 2011.

Acima, o quadro com quatro modelos autorizados pela Conmebol.

Ao campeão, ouro.

Ao vice, prata.

Ao terceiro lugar, bronze.

Ao quarto lugar, cobre. Cobre?!

Ou seja, Venezuela e Peru poderão jogar tranquilamente no sábado, em La Plata, pois ninguém sairá de mãos vazias no confronto…

Cada seleção classificada à semifinal vai ganhar 30 medalhas, de acordo com a posição, é claro. Os outros oito países vão ganhar diplomas pela participação.

Para o Brasil, então, o importante foi competir…

Depois de tricolores x rubro-negros, uruguaios x paraguaios

Sálvio Spínola, árbitro da final da Copa América de 2011. Foto: AFA/divulgação

Buenos Aires – Em 15 de maio deste ano, no Arruda, o árbitro Sálvio Spínola comandou a finalíssima do Campeonato Pernambucano, entre Santa Cruz e Sport.

A histórica conquista coral foi marcada por um jogo sem polêmicas, apesar do clima adverso do Clássico das Multidões. Agora, dois meses depois, Spínola foi escalado para outra decisão, agora no torneio de seleções mais antigo do mundo.

Depois de conseguir conter os ânimos de tricolores e rubro-negros, será que Spínola vai ter pulso para garantir um mínimo de catimba entre uruguaios e paraguaios…?

Nesta Copa América, Spínola já apitou dois jogos, o empate 0 x 0 entre Argentina e Colômbia e a vitória do Chile sobre o Peru por 1 x 0.

O último brasileiro a apitar uma final da Copa América havia sido Márcio Rezende de Freitas, em 1993, quando a Argentina derrotou o México.

Esse hiato, na verdade, significa que o Brasil vinha chegando na fase decisiva…

Confira um post sobre Sálvio Spínola, também advogado, clicando aqui.

E a Copa Bolívia vai para…

Troféus da Copa América e da Copa Bolívia. Fotos: Conmebol/divulgação

Buenos Aires – Ao campeão no domingo, o tradicional troféu da Copa América, com direito a uma nova placa na base de madeira da peça ornada em prata.

O modelo é o da esquerda na imagem acima.

A taça para a melhor seleção das Américas, comprada por 2.000 francos suíços em uma joalheria de Buenos Aires, foi doada a Conmebol em 1916 pelo Ministério das Relações Exteriores da Argentina, que realizou a primeira edição do torneio, naquele mesmo ano.

De cara, foi conquistada pelo Uruguai.

À direita, a curiosa Copa Bolívia, destinada ao vice-campeão.

Sim. Trata-se de um troféu oficial para o vice…