Gerador de Placas da Copa para todos

Brincadeira "Placas da Copa". Crédito: Carol Monteiro/facebook

As seis cidades brasileiras escolhidas para a Copa das Confederações de 2013 já estão com placas de sinalização alusivas ao torneio nas avenidas e estradas, com informações oficiais em português e inglês.

No Recife, indicações para a Arena Pernambuco e campos oficiais de treinamento, mas o projeto completo se estende a bairros e pontos turísticos.

Considerando que a transição da língua portuguesa para o inglês, sobretudo com nomes característicos, costuma gerar ruídos, acabou surgindo uma brincadeira na internet com o tema que virou febre no país.

Trata-se do Gerador de Placas da Copa.

Brincadeira "Placas da Copa". Crédito: Júnior Carvalho/Twitter

A ideia foi criada pelo desenvolvedor de web Apolinário Passos a partir de uma imagem real de um placa da Fifa, contendo um erro de informação. Em português apontava a rede hoteleira para o “norte” e na tradução indicava o “sul”.

No aplicativo você escreve o nome que quiser, em português e em inglês, e em seguida “gera” a plaquinha, com o bom humor imperando, com traduções literais e outras nem tanto. É possível compartilhar as imagens nas redes sociais. Já fez a sua? O Diario de Pernambuco entrou na onda (veja aqui).

Entre os pernambucanos, bairros “traduzidos” e frases de efeito do evento…

Brincadeira "Placas da Copa". Crédito: Juliana Aragão/facebook

As manchetes da rotina da Copa no Recife

Capas do Diario de Pernambuco e do caderno Superesportes do dia 14 de junho de 2013

As capas do Diario de Pernambuco e do caderno Superesportes no primeiro dia efetivo da Copa das Confederações na cidade, com as seleções da Espanha e do Uruguai se aventurando em treinamentos, com a arena na reta final, numa correria danada para ficar tudo ok, e até multa de trânsito nos carros da Fifa.

De fato, o Recife viverá dias incomuns…

Confira as capas em uma resolução maior aqui e aqui.

Atenção passageiros com destino à Arena

Detectos de metais na Arena Pernambuco. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

O esquema de segurança nos aeroportos conta alta infraestrutura de segurança. Triagens, detectores de metais e inspeção por raio x.

Um processo lento, cuidadoso, para evitar qualquer ação criminosa.

Nunca antes visto em todos os setores de um jogo de futebol em Pernambuco…

Até o dia 16 de junho de 2013.

O duelo entre espanhóis e uruguaios, com a presença de 40 mil torcedores, terá um amplo sistema de verificação de torcedores.

Nada menos que 35 máquinas de inspeção de raio x e uma centena de detectores de metal. Todos os torcedores serão submetidos à revista.

Em tempo: o maquinária importado da China foi alugado…

Voluntários da Copa sim, até a entrega do kit Adidas. Depois…

Kit da Fifa para a Copa das Confederações de 2013

Após um breve treinamento, os voluntários já estão distribuídos no complexo da Arena Pernambuco. Vários no centro de distribuição de credenciais, o ponto mais movimentado nos primeiros dias. Outros no recém-aberto centro de imprensa, local com espaço para mais de 200 jornalistas.

Informações, organização e logística. O papel é variado, mas desde já, há um grande desfalque. O blog apurou que vários voluntários não apareceram mais após a distribuição do kit fornecido pela Fifa. Má fé num processo gratuito…

Cada voluntário recebeu um agasalho, duas camisas, uma calça, uma mochila, um par de tênis, três pares de meia e um boné. Todos fabricados pela Adidas, parceira da entidade. A avaliação dos materiais oficiais, nas cores azul e amarelo e com emblemas da Copa das Confederações, é de quase R$ 1.000.

Obviamente, a Fifa tem o cadastro dos “faltosos”. Irá recuperar os materiais?

O Comitê Organizador Local não se pronunciou sobre o assunto…

De toda forma, os que ficaram, demonstrando boa capacidade para as funções definidas pela organização, poderão ficar sobrecarregados no torneio.

Ao todo, 99.172 pessoas se inscreveram no programa de voluntários, resultando em 5.652 selecionados nas seis subsedes.

Comandos em ação na Arena

Credenciamento dos Comandos na Arena Pernambuco em junho de 2013. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

A entrega das credenciais na Arena Pernambuco já foi iniciada.

Jornalistas de todo o país, do exterior, diretores, voluntários, segurança etc.

Entre as unidades de seguranças destacas para o evento, chamou a atenção o credenciamento de uma certa turma de preto…

Não é o Bope, a elite da polícia carioca, claro. Trata-se de uma equipe ainda mais exclusiva no país.

Os Comandos, tropa de elite do exército brasileiro.

“A condução e execução de ações de comandos, normalmente caracterizadas como incursões de longo alcance contra alvos inimigos de elevado valor e desenvolvidas em áreas hostis ou sob controle do inimigo, são operações caracterizadas pelo sigilo, pelo poder de choque e pelo alto grau de risco.”

Em Pernambuco estarão presentes dezenove homens e um comandante. Farda preta, pouca conversa e uma preparação de vários anos.

Antes de ingressar nos “Comandos”, o soldado têm a vida investigada, dissecada.

Não foi informado ainda o papel desta tropa no evento futebolístico, mas não deve ser algo tão dificil assim de adivinhar.

Quando o batalhão de choque, o exército e outros departamentos ficarem sobrecarregados, eis a última saída…

Arena Pernambuco com a cara das Confederações

Arena Pernambuco dem 13 de junho de 2013. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Gramado impecável, cadeiras numeradas, placas customizadas instaladas e área de imprensa devidamente equipada,

A Arena Pernambuco está quase pronta.

O blog esteve nesta quinta-feira na área nobre do estádio

Internamente, belíssima. Fora, muitos operários correndo contra o tempo para os últimos ajustes, como o centro de imprensa, cujo sistema de energia ainda está sendo testado.

Arena Pernambuco dem 13 de junho de 2013. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

No local destinado ao público, padrão de primeiro mundo mesmo.

O visual atual é provisório, tanto nas placas da Copa das Confederações quanto da zona de imprensa, bem maior que o espaço planejado para a operação regular do estádio após o ciclo da Fifa.

Arena Pernambuco dem 13 de junho de 2013. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Miniaturas das arenas das Confederações

Miniatura das seis arenas da Copa das Confederações 2013. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

As seis arenas da Copa das Confederações ganharam versões em miniaturas. Em vez de quase 200 metros decomprimento, 15 centímetros. Arena Pernambuco, Maracanã, Mineirão, Fonte Nova, Castelão e Mané Garrincha foram redimensionados na China. A Bley e Brollo Limitada confeccionou as seis peças, que chegam nas prateleiras por R$ 115, cada. Em 2014, os demais estão também deverão ganhar miniaturas.

Confira um post sobre os modelos dos Aflitos e da Ilha do Retiro aqui.

Arena Pernambuco

Miniatura da Arena Pernambuco, em São Lourenço. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Maracanã

Miniatura do Maracanã, no Rio de Janeiro. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Mineirão

Miniatura do Mineirão, em Belo Horizonte. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Fonte Nova

Miniatura da Fonte Nova, em Salvador. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Castelão

Miniatura do Castelão, em Fortaleza. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Mané Garrincha

Miniatura do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Aviões da Seleção Brasileira na Copa

Avião da GOL para a Seleção Brasileira. Foto: CBF

Enquanto os clubes brasileiros contam com ônibus customizados, a Seleção Brasileira está um passinho à frente, com uma avião temático para a delegação. Em 2013 e 2014, o boeing 737-800 da GOL vai transportar a Canarinha país afora. Quando não estiver a serviço da CBF, a aeronave entrará na operação regular da companhia. Será a primeira vez que a GOL irá transportar a Seleção num Mundial. De 1962 a 2006 a viagem foi via Varig. Em 2010, a TAM.

Abaixo, os aviões anteriores, de 1994 a 2010. Qual foi o mais bonito?

Em 2010, na África do Sul, a TAM escolheu um Airbus A330 de sua frota, com capacidade para 219 pessoas. O nariz foi pintado com a bola do Mundial de 70.

Avião da TAM para a Seleção Brasileira em 2010. Crédito: www.skyliner-aviation.de

Na última viagem da Canarinha a bordo da Varig, em 2006, o avião foi um MD-11. Antes de chegar na Alemanha, a festa na intertemporada em Weggis.

Avião da Varig para a Seleção Brasileira em 2006. Crédito: http://forum.contatoradar.com.br

Na viagem mais longa já feita, para o outro lado do mundo, em 2002, a Varig utilizou um boeing 767-300. Na Ásia, o pentacampeonato mundial.

Avião da Varig para a Seleção Brasileira em 2002. Crédito: www.airlines.net

Na primeira tentativa para o penta, na França, a Varig disponibilizou um boeing 737. Em 1998 a companhia já havia apresentado um novo logotipo.

Avião da Varig para a Seleção Brasileira em 1998. Crédito: airlines.net

Em 1994 a seleção tetracampeã mundial foi transportada por um DC-10 da Varig. Na volta, o desembarque aconteceu no Aeroporto dos Guararapes

Avião da Varig para a Seleção Brasileira em 1994

Mais 365 dias e a distante Copa do Mundo será nossa

Joseph Blatter no anúncio da Copa do Mundo no Brasil, em 2007

As minhas primeiras lembranças da Copa do Mundo vêm de 1990. De partidas tenebrosas com pouquíssimos gols na Itália e do pênalti convertido por Andreas Brehme no finzinho do jogo contra a Argentina de Maradona, no Stadio Olimpico.

Tinha oito anos e a vontade de assistir ao maior número de partidas do torneio foi natural. Minha, dos amigos e de quem gostasse de futebol. Difícil ficar alheio.

Apesar disso, o Mundial sempre me pareceu algo bem distante. Pela tempo desde a única edição brasileira, em 1950, antes do nascimento dos meus pais, e sobretudo pelas viagens que a Taça Fifa fez pelo globo.

Estados Unidos, França, Coreia do Sul, Japão e Alemanha. Há quatro anos a África do Sul quebrou paradigmas sobre o poder econômicos das sedes, até então países riquíssimos, estruturados.

Em condições normais de temperatura e pressão, francamente, o Brasil teria poucas chances para competir por uma nova chance. A concorrência era alta.

Mas o rodízio, que contemplou primeiramente justamente os africanos, chegou na América do Sul. Candidata único, a nação ganhou a chance e a “responsabilidade”, como frisou o presidente da Fifa em 2007, Joseph Blatter.

Seis anos atrás. Nesse tempo todo, as dúvidas sobre a realização de um evento tão grande assim por aqui continuou. Ou já esqueceram dos boatos sobre o plano B que levaria a Copa para a Inglaterra caso algo desse errado por aqui?

Na verdade, erros aconteceram sim. Várias situações saíram do controle e o investimento bilionário tornou-se o maior da história da competição. E mesmo com o gasto ainda incalculável, a infraestrutura segue criticada, lenta, temerária.

Com o grande teste do Mundial, a Copa das Confederações, batendo na porta, surge uma data emblemática: 12 de junho 2013.

Estamos a exatamente um ano do jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014.

365 dias, nada mais. Haja correria na preparação.

Aquelas lembranças de grandes seleções construídas em imagens na televisão terão a companhia de novas imagens, in loco.

Continuo com a mania de assistir a 30, 40, 50 jogos da Copa do Mundo. Ter a chance de ver um deles aqui ainda causa parafuso…  Tão perto, tão longe.

Setorização de ingressos via Fifa e segundo a realidade

Esquema de venda de ingressos do Porto de Portugal para a temporada 2013/2014. Crédito: site do Porto

A distribuição de ingressos para a Copa das Confederações revelou uma faceta da Fifa, com a localização disforme dos bilhetes, apesar dos valores.

Ingressos mais baratos em locais mais nobres para o público brasileiro, próximos ao campo, e entradas mais caras atrás do gol, no anel superior.

A direção da entidade disse “entender” a situação, mas que isso seria um reflexo da transição sobre os setores mais nobres no Brasil, com as novas arenas. Na explicação, o processo seria o mesmo no futebol europeu.

No mínimo, isso é uma meia verdade…

Acima, o gráfico com o sistema de vendas do Porto de Portugal para a temporada 2013/2014. Os preços consideram 18 jogos do clube, sendo 15 pela primeira divisão lusitana e 3 pela fase de grupos da Liga dos Campeões da Uefa.

O setor mais barato está… atrás do gol. Choca com o discurso da Fifa.

Abaixo, a setorização da Arena Pernambuco. Comparando com os valores do Porto, quais seriam os lugares mais nobres? Parece óbvio? Para a Fifa não.

Além da setorização, a comercialização de pacotes do Porto serve para ilustrar o futuro do futebol local, via Arena Pernambuco.

O esforço por um pacote gera um desconto a longo prazo. No caso mais barato, cada jogo sairia por 7,22 euros, ou R$ 19. A tendência é que o consórcio aplique esta ideia nos próximos anos em todos os locais.

Setorização da Arena Pernambuco. Crédito: Arena Pernambuco