Fim das arquibancadas tubulares

Estádio Gileno de Carli, no Cabo de Santo Agostinho. Foto: Jaqueline Maia/DP/DA Press

A presença de arquibancadas tubulares no estádios pernambucanos é algo de praxe a cada campeonato estadual. Isso ocorre porque vários palcos não apresentam a capacidade mínima para a competição, de cinco mil lugares.

Geralmente contam com um ou dois lances de arquibancada de concreto armado, em um lado do campo. Dois no máximo. O jeito, então, é aumentar a quantidade de lugares com estruturas metálicas móveis, semelhantes àquelas usadas em torneios de vôlei de praia.

Há quase duas décadas é assim na disputa local. Entre os principais exemplos, os estádios Gileno de Carli,  no Cabo de Santo Agostinho, Otávio Limeira Alves, em Santa Cruz do Capibaribe, e Paulo de Souza, em Petrolina.

Essa fase, um tanto amadora, está com os dias contados. A Federação Pernambucana de Futebol expediu um documento proibindo as arquibancadas tubulares na primeira divisão a partir de 2015.

Portanto, o certame do ano que vem, o centésimo da história do futebol do estado, será a despdida dessas arquibancadas.

Ou se constrói uma arquibancada de verdade ou arruma as malas para jogar em outra cidade. Que esse cuidado se estenda aos gramados…

Estádio Otávio Limeira Alves, em Santa Cruz do Capibaribe. Foto: Marcelo Soares/Esp. DP/D.A Press

Os estreantes do Campeonato Pernambucano, literalmente

Pesqueira e Chã Grande, integrantes da elite do Campeonato Pernambuco em 2013

Pesqueira e Chã Grande, os novos integrantes da elite estadual. Os clubes alcançaram o acesso na noite desta quarta-feira, na agônica semifinal da Série A2.

Ambos precisavam vencer para garantir a classificação. Lutaram, sofreram e venceram.

Em 2013, os dois times disputarão a primeira divisão do Campeonato Pernambucano pela primeira vez. Com isso, o histórico do torneio chegará a 67 participantes desde 1915.

Nas “semifinais do acesso”, o Chã Grande, terceiro lugar na competição nos últimos dois anos, venceu o Olinda por 1 x 0, gol de Tiago Lima, com direito a queda de energia. O clube foi fundado em 28 de outubro de 1996, mas a profissionalização é recente.

Na outra chave, o Pesqueira surpreendeu a Cabense no estádio Gileno de Carli. O Azulão era a única equipe com experiência na primeira divisão estadual, mas vacilou.

Com um gol de Neto Bala, o Pesqueira também ganhou por 1 x 0. A novata Águia foi criada em 5 de fevereiro de 2006 e, desde então, sempre participou da Segundona.

No mapa do estado, Chã Grande, de 20 mil habitantes, está a 82 quilômetros da capital, enquanto Pesqueira, com 63 mil moradores, está a 218 km. Os times, que já carregam os municípios nos nomes, irão substituir os rebaixados América e Araripina.

Em Pesqueira e Chã Grande, o futebol começou de fato em 24 de outubro de 2012…

Torcidas de Pesqueira e Chã Grande festejam o acesso à 1ª divisão pernambucana de 2013. Fotos: @PesqueiraFC e chagrandefc.blogspot.com.br

Mata-mata para a elite pernambucana

Em cima: Chã Grande e Olinda. Embaixo: Pesqueira e Cabense. Crédito: @pesqueirafc, chagrandefc.blogspot.com.br e Cabense (facebook)

Uma infinidade de jogos, público apenas razoável e nível técnico discutível.

Muitas promessas em campo e veteranos em busca de mais uma chance.

Assim, durante 196 partidas, transcorreu a fase classificatória da segunda divisão estadual desta temporada, a maior da história. Foram quinze clubes.

Quatro avançaram para o mata-mata do acesso à elite de Pernambuco.

Com 61 pontos, o Chã Grande foi o líder geral, seguido por Olinda (59), Cabense (58) e Pesqueira (56). Equilíbrio entre os semifinalistas. Confira a classificação aqui.

Quem somar mais pontos na fase eliminatória, passará à decisão. Em caso de igualdade, saldo de gols. A nova igualdade será definida pela campanha na primeira fase.

Então, vamos às semifinais.

Cabense x Olinda – 14/10 (15h)
Olinda x Cabense – 17/10 (20h)

Pesqueira x Chã Grande – 14/10 (15h)
Chã Grande x Pesqueira – 17/10 (20h)

Quais são os clubes que você gostaria de ver no campeonato estadual de 2013?

Cabense, Olinda, Pesqueira e Chã Grande

Do apagão até o rebaixamento

Luz

Sim, a Cabense está rebaixada.

De fato e de direito.

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) finalmente julgou o caso do apagão, ocorrido na primeira rodada do Campeonato Pernambucano de 2011, em 13 de janeiro, no duelo contra o Salgueiro, no Sertão.

Na ocasião, com um documento da Celpe, indicando o culpa do mandante pela falta de energia, o time alviazulino se negou a jogar no dia seguinte.

No entanto, após um logo imbróglio de cinco meses, o Pleno do STJD modificou a decisão do TJD/PE, tirando os pontos do representante do Cabo de Santo Agostinho.

Decisão proferida às 16h57 desta quinta-feira.

Assim, o Ypiranga, favorecido anteriormente pela decisão da FPF, que não havia dado os pontos à Cabense, está mantido na elite local.

Conclusão: a palavra de Carlos Alberto Oliveira tem mais peso que uma decisão do TJD.

Veja como foi o julgamento no site da Justiça Desportiva.

Interiorização pernambucana às avessas

Mapa do Recife

Desde o seu primeiro mandato à frente da FPF, no já distante ano de 1995, Carlos Alberto Oliveira priorizou a interiorização do futebol pernambucano.

De fato, o projeto do dirigente era importante para o desenvolvimento local.

Até 1936, o Campeonato Pernambucano contava apenas com clubes da capital. Nos jornais, o torneio ainda na era amadora era chamado de “Campeonato Citadino”. Coincidentemente, em 1937, na primeira edição profissional, a competição incorporou também a participação do interior, com o pioneirismo do Central, de Caruaru.

Voltando ao presente, um contexto que já remete diretamente ao passado. Eis que em 2011 a estrutura local caminha para igualar uma marca de 16 anos.

Atualmente, a primeira divisão local conta com Sport, Santa Cruz, Náutico, América e Cabense – este ainda sub judice. Recife e zonas Norte e Sul representadas no mapa da bola. Na Segundona, Ferroviário do Cabo, Olinda e Atlético Pernambucano, de Camaragibe, disputam com mais cinco clubes as duas vagas para a elite do próximo ano.

Basta que pelo menos um desses três times consiga o acesso e a fatia da Região Metropolitana do Recife (RMR) será de 50% no próximo Estadual, com 12 times.

A última vez que isso ocorreu foi justo em 1995, num campeonato de 10 times. Além do Trio de Ferro, participaram América, em Jaboatão, e Destilaria (atual Cabense). Por mais que alguns desses clubes da capital sejam de “aluguel”, esse fortalecimento seria algum reflexo da disparidade no crescimento da economia na RMR sobre o interior?

O Grande Recife tem 41,9% da população do estado, de 8,7 milhões de habitantes, e mais de 64% do produto interno bruto pernambucano, de R$ 87 bilhões.

Pernambuco é o único estado do Nordeste sem um campeão do interior…

Calibrando o novo front coral

Kiros e Flávio Caça-Rato, reforços do Santa Cruz. Foto: Santa Cruz/divulgação

Qual é a expectativa para o desempenho ofensivo da Cobral Coral na Série D?

Após a conquista do título pernambucano, o Santa Cruz perdeu quatro atacantes.

Destaque tricolor do Estadual, o artilheiro Gilberto foi negociado por R$ 2 milhões. Também saíram Landu, Rodrigo Grael e Laécio, que também foram utilizados no grupo.

No time, então, restou apenas Thiago Cunha. Justamente o atleta apontado como candidato a craque tricolor no início do ano. Uma lesão brecou isso.

Agora, mais dois componentes para o setor na 4ª divisão. Crias do certame local.

Kiros, do Porto, e Flávio Caça-Rato, da Cabense, ambos com 3 gols no último Pernambucano. A estreia do clube no campeonato nacional será em 17 de julho.

Portanto, faltam 46 dias. Tempo de sobra. Acredito que o técnico Zé Teodoro e o presidente Antônio Luiz Neto saibam que o grupo necessita de mais peças no front.

Nem o STJD deu luz ao apagão

Luz

Um imbróglio que se arrastava desde o dia 13 de janeiro de 2011.

Desde a abertura do Campeonato Pernambucano.

Um apagão no estádio Cornélio de Barros, quando a Cabense vencia o Salgueiro por 1 x 0, encerrou a partida. O duelo teria que ser realizado do “zero” já no dia seguinte.

Com um calendário extremamente apertado, devido ao excesso de partidas no Estadual, o time do Cabo de Santo Agostinho se recusou.

Para a FPF, WO a favor do Salgueiro. Para o TJD, WO a favor da Cabense.

Neste 19 de maio, o Superior Tribunal de Justiça se pronunciou sobre o caso.

Eram três processos na pauta do STJD sobre a mesma polêmica. A hora da verdade!

Em apenas dez minutos, entre 17h34 e 17h44 desta quinta-feira, toda a mesa decidiu adiar o julgamento. Sim, estão empurrando com a barriga…

O rebaixamento do Pernambucano (Cabense ou Ypiranga) ainda não está definido.

Acredite se quiser.

Em 1999, no Caso Gama, a CBF, derrotada na justiça comum, acabou inchando o Brasileirão no ano seguinte. Que ninguém aqui diga no futuro que não esperava…

Efeito zumbi no Estadual

Reviravolta de última hora no Campeonato Pernambucano.

A Federação Pernambucana de Futebol conseguiu o seu tão aguardado efeito suspensivo junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), nesta terça-feira, e anulou a decisão do TJD local.

A Cabense perdeu os pontos no jogo do apagão contra o Salgueiro, logo na 1ª rodada do Estadual, em 13 janeiro, no Sertão. Assim, o Carcará recuperou os pontos.

Agora, a consequência drástica desta notícia… Um morto-vivo.

Com a decisão, a Cabense ficou com 22 pontos, o mesmo número do Ypiranga. No entanto, a Máquina de Costura tem uma vitória a mais: 6 x 5.

Assim, o time de Santa Cruz do Capibaribe virou um zumbi. A Cabense está rebaixada.

Abaixo, confira a íntegra do documento do STJD, que colocou ainda o Araripina na Taça do Interior, no lugar do representante do Cabo de Santo Agostinho.

O caso ainda será julgado. Mas, até lá, o ato da FPF está mantido…

Quem deveria ficar com os pontos do “apagão”: Cabense ou Salgueiro? Opine!

Ranking dos pênaltis e dos cartões vermelhos (22)

Números finais! Considerando apenas a primeira fase, com um total de 132 jogos, foram apenas 46 pênaltis no #PE2011, o número mais baixo desde que o blog passou a contabilizar as infrações marcadas na grande área, em 2009.

Há dois anos foram 48 pênaltis marcados (2,18 por rodada). O número subiu para 70 no ano passado (3,18). Agora, com 46, média de 2,09.

Pelo terceiro ano seguido, liderança do… Náutico, tri. Desta vez, ao lado do Araripina. O Timbu teve 7 em 2009 e 11 em 2010. Agora foram 7.

Já entre os vacilões, outro primeiro lugar duplo, com Petrolina e América, 7 cada. Em 2009 o Ypiranga fez 11, enquanto no ano passado o Porto cometeu 12.

Veja os rankings anteriores: 2009 e 2010.

Já na lista de cartões vermelhos, o Leão não recebeu nenhum após 22 rodadas.

Pênaltis a favor (46)
7 pênaltis – Araripina e Náutico
6 pênaltis – Santa Cruz, Central e Porto
5 pênaltis – Cabense
3 pênaltis – Sport
2 pênaltis – Vitória e Petrolina
1 pênalti – América e Ypiranga
Nenhum pênalti – Salgueiro

Pênaltis cometidos
7 pênaltis – Petrolina e América
5 pênaltis – Central e Porto
4 pênaltis – Náutico, Vitória e Cabense
3 pênaltis – Araripina
2 pênaltis – Santa Cruz, Ypiranga e Sport
1 pênalti – Salgueiro

Observações
Santa Cruz desperdiçou 1 pênalti
Porto perdeu 1 penalidade e defendeu 1 cobrança
Araripina perdeu 4 penalidades
Cabense perdeu 2 penalidade
Central perdeu 1 penalidade e defendeu 2 cobranças
América defendeu 2 cobranças
Vitória defendeu 2  cobranças
Ypiranga defendeu 1 cobrança
Petrolina defendeu 2 cobranças
Náutico desperdiçou 2 cobranças e defendeu 1 cobrança

Cartões vermelhos (só para os grandes)

1º) Santa Cruz – 8 adversários expulsos e 4 jogadores expulsos
1º) Náutico – 8 adversários expulsos e 4 jogadores expulsos
3º) Sport – 3 adversários expulsos e nenhum jogador expulso

Pernambucano em 2 linhas – 22ª/2011

Pernambucano 2011, 22a rodada. Fotos: Edvaldo Rodrigues (primeira e terceira) e Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Haja luz! A 22ª e última rodada da fase classificatória do #PE2011 ficará marcada pelo apagão em Santa Cruz do Capibaribe nos minutos finais, bem mandrake, assim como o incidente logo na 1ª rodada. Porém, após 132 jogos, os caminhos estão definidos. Inclusive para baixo, com o rebaixamento de Vitória e, surpreendente, do Ypiranga.

Agora, as semifinais: Náutico x Sport e Santa Cruz x Porto. Emocionante!

Na artilharia, liderança para Paulista, do Porto, com 13 gols. Média por rodada: 0,59.

Náutico 1 x 0 Sport – Com times mistos, alvirrubros e rubro-negros, no 500º duelo, fizeram uma partida movimentada. Com o ataque titular, o Timbu se impôs com justiça.

Ypiranga 0 x 0 Santa Cruz – O jogo foi interrompido aos 39 dos 2º tempo após um apagão misterioso. Na volta, não adiantou. A Máquina enferrujou. Agora é de 2ª.

Porto 1 x 3 Petrolina – O time principal do Gavião tem média de idade de 22 anos. Pois é. Imagine, então, os “meninos” desse time. Pois eles jogaram… E faltou experiência.

Salgueiro 0 x 2 Central – Mesmo desanimada com a eliminação, a Patativa matou o Carcará logo no 1º tempo, com Jales, duas vezes. Agora, só a Taça do Interior.

Araripina 1 x 2 América – De virada, o Mequinha venceu fora de casa no último lance. Depois, sofreu pelo rádio, mas o investimento de R$ 120 mil em malas deu certo!

Vitória 0 x 0 Cabense – No jogo mais insosso da rodada, a Acadêmica Vitória não saiu do empate sem gols com o Azulão e acabou mesmo na lanterna, rebaixada.

Veja a classificação atualizada do Estadual AQUI.

Destaque da rodada: América. Na base do milagre, o Mequinha segue na elite!

Carcaça da rodada: Duplo! Apagão no Limeirão e boicote da torcida do Sport.