Não é de hoje que a Fifa impõe barreiras sobre ingressos destinados a estudantes, uma categoria com preços mais baixos. Na primeira Copa do Mundo realizada no Brasil, em 1950, o cenário foi complicado, mesmo panorama que se projeta para 2014.
Ao todo, 1.045.246 tíquetes foram vendidos nas 22 partidas. Deste total, apenas 5.617 para estudantes, o que corresponde ao irrisório percentual de 0,5%.
Para se ter uma ideia, a decisão entre brasileiros e uruguaios, no Maracanã, teve no borderô oficial 173.850 pagantes. Apenas 730 estudantes! Era o número padrão.
Vale lembrar que sequer havia a lei da meia-entrada na época.
Contrariando a Fifa, a presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei Geral da Copa dando aos estados a opção de negociar o formato de venda de ingressos para estudantes.
Pode até ter confrontado a Fifa, mas ainda não deu uma solução ao caso…
Pelo menos fica evidente que faz tempo que a entidade que comanda o futebol está pouco ligando para isso. O que importa é renda na bilheteria, sem meia entrada.
Confira o relatório oficial da Copa do Mundo de 1950 clicando aqui.
Em 1950, no único jogo no Recife, a Ilha do Retiro recebeu 8.501 torcedores, segundo o borderô oficial. Nenhum ingresso de estudante foi comercializado…
Atualização: 24h depois do anúncio oficial, a FPF voltou atrás e baixou o preço dos ingressos. Confira os novos valores abaixo, já com o post corrigido.
Definidos os preços dos ingressos para Brasil x China, em 10 de setembro, no Arruda.
O amistoso, cuja organização está sendo feita pela FPF, terá quatro preços distintos, com venda no www.ingressofacil.com.br, a partir do dia 25 deste mês.
Outros pontos de venda na cidade farão parte da estrutura para a comercialização dos 55 mil bilhetes a partir do dia 30, no Arruda, na Ilha e nos Aflitos.
R$ 40 – arquibancada inferior (setor atrás da trave da Rua das Moças). Sem meia
R$ 60 – arquibancada superior. Meia: R$ 30
R$ 80 – arquibancada inferior. Meia: R$ 40
R$ 250 – cadeiras e camarotes. Meia: R$ 125
Essa partida será a última da Canarinha no Arruda antes da inauguração da Arena Pernambuco. Nos oito jogos oficiais do Brasil no Mundão, desde 1982, foram 512.717 torcedores. O dado proporcionou a excelente média de 64.089 pessoas (veja aqui).
Na última apresentação, há três anos, a renda foi de R$ 4.322.555, a maior do futebol local. Considerando a expectativa e o valores propostos, é possível um novo recorde?
Vale lembrar que a partida com Neymar e companhia será às 22h de uma segunda-feira.
Além dos preços, a reunião nesta quinta serviu para traçar o plano de trabalho, com a presença da Secopa, Juizado do Torcedor, CTTU, Samu e Secretaria de Defesa Social.
A ideia é implantar uma estrutura de serviços com mais de duas mil pessoas envolvidas.
Confira a articulação que transformou a China no adversário dos brasileiros aqui.
Em eventos esportivos do porte da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, a presença de voluntários é algo vital na execução da agenda. Trata-se de um efetivo considerável. No último Mundial de Futebol, por exemplo, foram 18 mil recrutados.
A expectativa na África do Sul era contar com 15 mil nomes. Com quase 70 mil pessoas inscritas, a Fifa acabou aumentando para 18 mil. Além a maioria sul-africana, representantes de outros 169 países enviaram currículos online, incluindo 489 brasileiros.
Vale destacar a condição absoluta da não remuneração desta ocupação. No Brasil, a Fifa enfim abriu a inscrição para a Copa 2014, somente através do seu site oficial.
São esperados 18 mil voluntários, mas o dado poderá chegar a 20 mil, o que seria um recorde. A entididade acredita que a soma de interesse dos brasileiros (sobretudo estudantes) atrelada aos estrangeiros (turistas) poderá gerar mais de 80 mil inscrições.
É uma economia considerável para os organizadores, entre Fifa e governo federal. Supondo que o gasto por voluntário fosse um salário mínimo, de R$ 622, a despesa no país poderia chegar a R$ 12,4 milhões, apenas com a Copa do Mundo.
As áreas de atuação disponíveis incluem transporte, mídia, segurança, protocolo, atendimento a turistas, departamento médico e serviço de idiomas, entre outros. O voluntário precisa ter idade mínima de 18 anos e disponibilidade de 20 dias corridos.
Para a Fifa, o novo programa tem a seguinte descrição:
“Em 2014, o programa de voluntários será mais uma oportunidade para os brasileiros participarem diretamente do evento e mostrarem ao mundo a sua personalidade alegre e receptiva. Candidatos de outros países também são bem-vindos, e a participação deles irá garantir a integração e o intercâmbio cultural entre os próprios voluntários e o público da Copa do Mundo 2014.”
Qual é a sua opinião sobre o trabalho voluntário na Copa do Mundo?
Alemanha
Copa das Confederações 2005 (5 sedes) – 2 mil voluntários, média de 400
Copa do Mundo 2006 (12 sedes) – 15 mil voluntários, média de 1.250
Inscrições: 48.167 pessoas
África do Sul
Copa das Confederações 2009 (4 sedes) – 4 mil voluntários, média de 1.000
Copa do Mundo 2010 (10 sedes) – 18 mil voluntários, média de 1.800
Inscrições: 67.999 pessoas
Brasil (expectativa)
Copa das Confederações 2013 (6 sedes) – 8 mil voluntários, média de 1.330
Copa do Mundo 2014 (12 sedes) – 18/20 mil voluntários, média de 1.500/1.660
Inscrições: 80 mil pessoas
Pela primeira vez o nome da bola oficial do Mundial será decidido pelo voto popular.
Após uma triagem, a Adidas, que produz a pelota da Copa do Mundo desde 1970, divulgou os três nomes que restaram para o pleito, aberto até 2 de setembro.
Nada de Gorduchinha ou Tatu Bola. Confira as opções e as descrições oficiais.
Bossa Nova
Muito mais que um nome, bossa nova é um cartão de visita do Brasil. Um jeito diferente de fazer música que, assim como o futebol, conquistou o mundo com arte e beleza.
Brazuca
A bola que vai rolar nos nossos gramados tem que ter a nossa alegria, a nossa irreverência. Essa é a bola que vai representar o nosso orgulho de ser brasileiro. E ela tem que ser a nossa cara, ter o nosso nome. Essa bola tem que ser brazuca.
Carnavalesca
O Brasil é ritmo, ginga, alegria, espetáculo. Com a bola ou o samba no pé, a gente encanta o mundo. Por isso, a carnavalesca representa a nossa mistura de povos em uma bola que tem tudo a ver com a nossa cultura e arte.
Abaixo, uma enquete para ver a “boca de urna”. Para votar no site oficial, clique aqui.
Qual deve ser o nome da bola oficial da Copa do Mundo de 2014?
Eis o critério de classificação à Copa Sul-americana de 2013.
Com o Campeonato Brasileiro já na 13ª rodada, enfim a Confederação Brasileira de Futebol chegou a um entendimento com Conmebol e com o canal Fox, detentor dos direitos de transmissão da competição internacional, de forma oficial.
Cenário até a temporada passada:
Os oito melhores colocados da Série A, do 5º lugar ao 12º, se classificavam para a disputa. Caso um um dos times com vaga na Libertadores estivesse entre essas colocações na tabela, a vaga automaticamente passava para o 13º lugar.
Tente entender a nova fórmula:
O país segue com oito vagas entre os 47 times da Sul-americana. No entanto, a classificação será através de uma equação entre Série A e Copa do Brasil (veja aqui).
Serão os oito melhores colocados do Brasileirão, mas entre aqueles eliminados até as oitavas de final da Copa do Brasil do ano seguinte. Vale lembrar que o mata-mata nacional foi reformulado e passará de 64 para 86 clubes.
Se antes era preciso vencer duas etapas para alcançar as oitavas, agora serão três.
Íntegra da CBF:
Para a Copa Sul-americana de 2013 irão se classificar os oito primeiros colocados do Brasileiro da Série A 2012, excluídos os clubes classificados para a 4ª fase da Copa do Brasil de 2013 (nessa 4ª fase estarão presentes os clubes oriundos da Libertadores).
Série B – Na hipótese de não ser completado o número de oito vagas para a Copa Sul-americana a partir do universo dos 16 clubes primeiros colocados da Série A/2012, serão então chamados sucessivamente os quatro primeiros classificados do Brasileiro da Série B de 2012; depois os quatro últimos classificados da Série A/2012.
Para um time brasileiro estabelecido ser “eliminado” da Copa Sul-americana, basta não chegar às oitavas de final da Copa do Brasil. Simples, não?
Há muito tempo a Conmebol tenta emplacar uma segunda competição de clubes, abaixo da consolidada Taça Libertadores da América.
Em 1988, a confederação criou a Supercopa, reunindo apenas os campeões da Libertadores. A ideia com clubes tradicionais vingou no início.
Depois, com a mesmice, o critério de vaga automática acabou esvaziando o torneio, com muitos campeões desnivelados. Foi extinto em 1997.
No ano seguinte veio a Copa Mercosul, com os grandes times da época, mas com um critério ainda mais discutível: convite. Durou apenas quatro temporadas.
Em 2002, nova tentativa, com a Copa Sul-americana, semelhante à Copa Conmebol, terceira força entre 1992 e 1999. Os melhores do país, exceto o campeão nacional.
Desinteressados, os clubes brasileiros sequer participaram da primeira edição. Este ano celebra a 11ª, o que torna a competição a segunda mais longa da história do continente envolvendo clubes de futebol. Ainda assim, não há muito o que comemorar.
Falta maturação à Sul-americana, que à procura disso vai sendo inchada ano a ano. Desta vez serão 47 participantes, sendo oito times do Brasil (veja aqui).
Os contratos de naming rights e televisionamento existem, assim como as verbas a cada fase, como na Libertadores, mas o interesse do público é bem menor.
Os estádios seguem vazios, com jogos de qualidade duvidosa e emoção só a partir das quartas de final. Como incentivo, o campeão disputa a Recopa, desde 2002, a Copa Suruga , desde 2007, e ainda garante vaga na própria Libertadores, desde 2010.
Esses prêmios gradativos são uma clara tentativa da Conmebol para fortalecer o torneio. O que falta? Um calendário melhor? Segue muito distante da principal taça.
A participação brasileira, com quatro chaves nacionais, começa mais uma vez começa sem empolgação alguma, com times mistos. Instigação pontual, só.
A tal “zona da Sul-americana” na Série A é um prêmio de consolação para os grandes clubes e a meta para os médios. Até aí, ok. No entanto, após a vaga, o interesse desaparece, inclusive nos times medianos. Incoerente, não?
Não por acaso, o histórico brasileiro é pífio. Em dez anos, apenas um título e três finais. Na Libertadores, neste período, cinco conquistas e nove decisões…
De fato, a própria CBF encampa o pouco comprometimento. Basta dizer que pretende mudar o critério de classificação para uma fórmula incompreensível, literalmente, misturando o desempenho na Série A e na Copa do Brasil.
A entidade encontrou resistência da Conmebol e da Fox, detentora dos direitos de transmissão. Resultado? O Brasileirão está com treze rodadas e começará a participação do país no torneio de 2012, mas não há definição sobre a classificação para 2013…
Não surpreende o fato de a Copa Sul-americana sequer fazer sombra à Libertadores.
Um segundo torneio continental é importante. É preciso torná-lo um objetivo real.
Fim da quarta rodada do equilibrado grupo A da terceira divisão nacional.
Apesar da campanha invicta, o Santa Cruz está fora do G4 na chave, mesmo com três jogos no Recife. Agora, atuará três vezes longe do Arruda nas quatro próximas rodadas.
Enquanto isso, o Salgueiro, com duas derrotas no Ceará, está apenas uma posição acima da zona de rebaixamento da Série C, o “Z2”. O Carcará precisa acordar.
A rodada só acabou nesta terceira-feira após o jogo Treze 0 x 0 Cuiabá. Foi a primeira partida do time paraibano no estádio Amigão, em Campina Grande. Segue lanterna…
A 5ª rodada para os pernambucanos será um confronto contra o Mato Grosso:
29/07 (16h00) – Salgueiro x Luverdense
29/07 (16h00) – Cuiabá x Santa Cruz
Toda a delegação brasileira irá utilizar o material da Nike nas competições dos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres. É a primeira vez que a marca banca todos os esportes.
Apesar disso, até agora só 18 modalidades, das 32 com atletas brasileiros, confirmaram a marca. As demais seguem com fabricantes à parte do acordo com o COB (veja aqui).
O contrato entre a Nike e o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) se estende até a aguardada edição de 2016, no Rio de Janeiro.
Em Londres, estão garantidas as seguintes modalidades com o uniforme: atletismo, basquete, futebol, ciclismo de estrada, ciclismo indoor, mountain bike, BMX, boxe, tiro com arco, canoagem, tiro esportivo, remo, pentatlo moderno, luta greco-romana, levantamento de peso, tênis, tênis de mesa e vela.
No caso do futebol, apesar de a Nike também ter um milionário contrato em vigor com a CBF, o escudo da entidade não estará presente nos gramados britânicos.
Em vez do distintivo da CBF, a bandeira do Brasil, atendendo a uma norma do Comitê Olímpico Internacional. Abaixo, os dois padrões do time de Mano Menezes.
Além dos uniformes de competição, os atletas também terão trajes de viagem, vila olímpica e até para o possível pódio. Que esta última peça seja onipresente…
Entre todos os países que jogaram no Arruda contra a Seleção Brasileira nos últimos trinta anos, a China é sem dúvida alguma a equipe com o pior histórico técnico.
Em 68º lugar no ranking da Fifa, o exército vermelho já está fora do Mundial de 2014.
Foi eliminado na terceira etapa da eliminatória asiática, ficando em terceiro lugar no grupo A, que contava ainda com as potências Iraque, Jordânia e Cingapura. Pois é.
Ainda assim, a partida agendada para 10 setembro foi apresentada como um teste da Canarinha na preparação visando a Copa das Confederações de 2013.
Teoricamente, é. Na prática, a escolha do adversário no campo vai além do futebol.
É justamente por uma relação oposta, sem adversidade alguma entre Pernambuco e China, com diversas missões da cúpula local até Beijing para fomentar parcerias.
Em dez anos, a China saltou do 17º para o 3º lugar entre os países que mais exportam para o estado, comprovando pela enésima vez a força econômica do país.
Em 2010, segundo a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), o estado importou US$ 372 milhões da China, o que representa 10,7% dos dados locais.
A balança, contudo, ainda só pende para o lado de lá, pois Pernambuco exportou apenas US$ 9 milhões para a República Popular da China no mesmo período.
Equilibrar essa balança é uma meta para os próximos anos na gestão pernambucana, que não quer ficar de fora da massa consumidora de 1,6 bilhão de habitantes.
Após articulações anos a fio, empresários chineses abriram uma lacuna na marulha e irão construir três montadoras de veículos no estado.
Lifan e Shacman, ambas em Caruaru, e a Shineray em Suape.
Outras fábricas estão no papel, em mandarim e português.
Agradar a China colocando a turma do atacante corintiano Zizao para enfrentar Neymar e companhia é só mais um passo no diálogo sobre o macronegócio com Hu Jintao…
Em sua segunda visita ao estado como presidente da CBF, José Maria Marin foi questionado sobre a divulgação do dossiê do caso ISL, que revelou que os ex-presidentes da CBF, Ricardo Teixeira, e da Fifa, João Havelange, receberam cerca de R$ 45 milhões em subornos da empresa de marketing esporitvo ISL (veja aqui).
Após anunciar o amistoso Brasil x China, no Arruda, Marin foi sabatinado. De óculos escuros, o senhor de 80 anos e sotaque paulista carregado manteve o tom ponderado.
Respondeu uma pergunta, sobre a operação da partida, e ficou calado em relação à segunda, feita pelo blog, sobre a polêmica internacional desvendada pela justiça suíça.
A segunda pergunta, presidente.
Silêncio.
A segunda pergunta, presidente…
Silêncio.
Faltou a segunda pergunta, presidente.
Enfim, comentou.
“Respeitosamente, prefiro não fazer nenhum comentário sobre essa pergunta.”
Mesmo sem falar sobre a ISL, o dirigente acabou comentando no fim da coletiva, ao ser questionado por outro jornalista, sobre o fato de Ricardo Teixeira continuar como seu assessor especial na entidade. Morando em Miami, Teixeira recebe R$ 120 mil mensais.
“Temos mais de 300 contratos em andamento na CBF. Teixeira contribui com uma assessoria pelo nível iternacional do cargo que ocupu por 24 anos, como membro da Conmebol e da própria Fifa. Nós, então, aproveitamos da melhor maneira possível a experiência que o doutor Ricardo tem no futebol internacional, inclusive captando recurso através de publicidade. O que foi divulgado (sobre a ISL) não tem nada a ver com o vínculo existente entre CBF e o doutor Ricardo. Não vejo a relação.”
O doutor Ricardo Teixeira segue firme e forte na entidade, direto de Boca Raton…