Vaias no Arruda. Volume nas alturas.
Em alguns cantos do Mundão, um pouco mais, com o coro de “burro, burro!“.
Foi uma noite indigesta para Zé Teodoro, algo raro.
Na verdade, foi algo inédito para o treinador, há mais de um ano no Tricolor, acumulando título estadual e acesso à Série C.
As mudanças na equipe nas últimas partidas, com substituições pouco eficientes e atletas preteridos no banco de reservas, como o volante Léo, acabaram tirando a paciência da torcida. Taticamente, o time não agradava.
As vitórias em casa neste ano estavam evitando as manifestações. Mas o time seguia inconstante em campo. Sufocando o adversário em um jogo, apagadíssimo em outro.
O limite, portanto, seria alcançado no primeiro tropeço em casa. Fato que ocorreu na noite desta quarta-feira, diante de 25.274 torcedores.
Um empate em 0 x 0 com o Central. Vazio no placar com a Patativa, capengando…
Os corais chegaram a ficar em vantagem numérica em campo, com a expulsão do zagueiro Ricardo aos 22 minutos do segundo tempo.
Porém, o que poderia ter instigado a equipe para a vitória resultou em um futebol pouco articulado, com o ataque inoperante, mais uma vez.
Bala, Luciano Henrique, Caça-Rato. Média baixa. E olhe que o time caruaruense ainda acertou a trave nos minutos finais e teve um pênalti não assinalado.
Aí, foi a senha para a revolta geral da torcida, até porque em três dias as emoções vão acontecer no primeiro clássico para os tricolores.
Há pressão no Arruda. E isso pode ser positivo. Com mudanças objetivas…