Clássico do Twitter

ComputadorComputadorClássico dos Clássicos pelo Twitter.

Pela primeira vez, a decisão do Pernambucano será acompanhada ao vivo pelo microblog que mais cresce na internet. E de maneira oficial, tanto pelo Sport quanto pelo Náutico.

Além de informações com links para os sites oficiais, as contas dos rivais centenários vêm convocando as respectivas torcidas para o jogão da Ilha do Retiro, na noite desta quarta-feira.

No caso dos rubro-negros, há uma promoção para adquirir ingressos. No lado alvirrubro, uma força para a campanha Vermelho de luta, que vem embalando a torcida.

Como a ferramenta é relativamente “nova” para os brasileiros, os dois clubes ainda estão elaborando um estilo. O do Sport é, curiosamente, mais cômico, com o uso até de emoticons (\o/ simboliza um torcedor vibrando). O do Náutico é mais sério.

Abaixo, os links com os dados atualizados das contas adversárias até a publicação deste post (não é preciso fazer login para acessá-los).

Leão = @sportrecifepe. Cadastrado em 19/01/2010. Conta com 3.171 seguidores e já enviou 1.576 mensagens. Principal jogador no Twitter: Ciro (@c11ro).

Timbu = @nauticope. Cadastrado em 29/05/2009. Conta com 846 seguidores e já enviou 896 mensagens. Principal jogador no Twitter: Carlinhos Bala (@bala3812).

Por enquanto, ainda não houve qualquer contato entre os perfis dos clubes no Twitter. O Clássico dos Clássicos virtual, mas acessível até em um celular…

Valeu a pena esperar

Pernambucano-2010 Nautico  3 x 2 Sport

Que final…

Que final! 😀

Com um time muito rápido, 3 atacantes e um endiabrado Carlinhos Bala um pouco mais atrás, mas completando o quarteto ofensivo, o Náutico fez uma excelente partida neste domingo.

Até os 10 minutos do 2º tempo, a atuação alvirrubra era irretocável. Diante do rival centenário, o Timbu acabara de marcar pela terceira vez. Gols de Rodrigo Dantas, Bruno Meneghel e Bala, que era mesmo coroado ali como Rei de Pernambuco. Gols em jogadas rápidas, com troca de passes, deixando a zaga rubro-negra comendo poeira.

Uma vantagem para aniquilar o adversário. Abrir 3 x 0 numa decisão com direito ao gol qualificado fora de casa  no regulamento era o sonho da torcida do Náutico, que fez a sua parte com a campanha Vermelho de luta nos Aflitos.

Enquanto isso, um Sport confuso no ataque e nada eficiente na defesa. Um sistema tático travado. No fim do 1º tempo, o time ainda perdeu o meia Eduardo Ramos de maneira infantil. No mesmo lance, Zé Carlos também tomou o vermelho. Na balança, pesou mais para Ilha, que não terá o seu articulador na segunda partida.

Com a vitória por 3 x 0, o Timbu seguiu criando. Jogando bem. Podia ter feito mais! Se tivesse feito 4 ou 5 gols não seria exagero. Magrão ainda salvou o Leão 2 vezes.

Lá na frente, com faltas esporádicas, a reviravolta da final que já estava 99% decidida. Em duas cobranças de falta ruins, o Sport marcou 2 gols. Primeiro com Zé Antônio e depois com Tobi. Aos 21 e aos 26 minutos. Cinco minutos eternos.

No fim do jogaço deste domingo ainda houve pressão dos dois lados. Tensão dois 2 lados. E mais suspensões dos dois lados. O alvirrubro Derley e o rubro-negro Dutra receberam o terceiro amarelo e estão fora. Mais dois destaques fora…

Náutico 3 x 2 Sport. Cinco gols numa decisão. Placar suficiente para transformar a finalíssima na Ilha do Retiro, na próxima quarta-feira, no jogo mais imprevisível dos últimos tempos em Pernambuco.

O Alvirrubro e a importante vantagem do empate. Ainda mais em um jogo tão parelho. O Rubro-negro podendo fazer 1 x 0 ou 2 x 1 para reverter algo que era quase irreversível.

Eram 16 anos sem um Clássico dos Clássicos na final.

Mas valeu a pena esperar…

Foto: Ricardo Fernandes/DP

Passo a passo

Estádio dos Aflitos

8h de domingo – Hora de acordar.

Papo furado…

9h – Agora sim, hora de acordar.

10h30 – Praia, piscina? Feijoada na casa do tio? Tanto faz.

13h30 – A primeira “lembrança” de que haverá clássico.

14h – Contato com os amigos, para articular a ida ao jogo. Camisa do clube separada, ingresso na mão (melhor comprar antes…), chave do carro (ou o cartão VEM) etc.

15h/16h – Um dia todos os caminhos levaram até Roma. Na tarde deste domingo, no Recife, os caminhos levarão até o estádio dos Aflitos. Ou então para os bares da cidade, com telas de LCD de 40 polegadas. Ou quem sabe ainda para a casa de parentes e vizinhos. Há quem queira torcer sozinho, com as suas figas. O Clássico dos Clássicos vai passar ao vivo na TV…

Sport x Náutico15h50 – Saberemos, finalmente, as escalações de Sport e Náutico. Leandrão ou Ricardinho (3-5-2 ou 3-6-1)? O volante Nílson no lugar do meia Dinda, com marcação individual em Eduardo Ramos? A conferir.

Uma certeza: 11 x 11, devidamente escalados e numerados.

16h – Salvo alguma exceção, o árbitro carioca Marcelo de Lima Henrique (da Fifa) irá autorizar o início do jogão. Da primeira final.

16h47 – Final do primeiro tempo (já com os descontos). Festa de um lado. Silêncio do outro. Qual lado festeja? Não importa. As gozações já estão 50% garantidas.

18h – Seguindo a mesma regra da exceção, a partida acaba. Para evitar confusão, a Polícia Militar irá liberar primeiro a torcida derrotada.

18h15 – Buzinaço na cidade. Título estadual encaminhado? A vitória que importa.

(Mas se o clássico for empate? Se isso acontecer, marque um horário na sua agenda na próxima quarta-feira, na Ilha do Retiro)

900 metros

Sport x Náutico

No relógio, 00h00 de sábado.

Faltam exatamente 40 horas para começar o Clássico dos Clássicos.

Para começar a final do Campeonato Pernambucano…

Os elencos do Rubro-negro e do Alvirrubro já descansam nas suas respectivas concentrações. Últimos momentos antes do tão aguardado desfecho.

Mentalidades opostas. Rivalidade pura, já centenária. Planejamento, conversas, articulações, segredos… Tudo isso vem sendo conversado entre os 38 jogadores relacionados para a primeira decisão, no estádio dos Aflitos, no domingo.

Givanildo Oliveira e Alexandre Gallo dão as últimas explicações.

Tão perto um do outro. Se soubessem, falariam até mais baixinho.

Numa metrópole do tamanho do Grande Recife, com o seus 3,7 milhões de habitantes, e o Leão e o Timbu acabam ficando a menos de 1 quilômetro. Mais um pouco e acabariam antecipando a partida devido à próximidade!

No ponto A do gráfico, a concentração do Sport dentro da própria Ilha do Retiro. No ponto B, o Mercure Hotel, na Ilha do Leite, onde está hospedada toda a delegação do Náutico. Uma linha reta que resulta em exatamente 900 metros.

No contorno azul, o caminho traçado para o encontro surreal. Aí é preciso andar um pouco mais, cerca de 2 km. Nada que tire a energia desses times para a histórica final.

Se algum torcedor inventar de soltar fogos de artifício para acordar o rival, vai acabar comprometendo o sono do próprio time. Parece até combinado.

Dentro de 40 horas, esses 900 metros serão 105 metros.

A extensão do gramado de Rosa e Silva.

Aí o choque será inevitável.

Herói e anti-herói

Carlinhos Bala

O futebol é feito de super-heróis.

Daqueles que conseguem o desfecho (quase) impossível. Que salvam o mundo. O mundo em forma de estádio, sempre encorpado pela paixão vinda da arquibancada.

Heróis com o poder de assinalar um gol antológico no último minuto. Ou com a destreza (magia?) de uma defesa que nem o replay consegue provar como aconteceu.

Existem outros tipos de heróis no mundo da bola… E até os anti-heróis.

Esses aí, fadados ao duradouro papel de anular tudo previsto do outro lado do campo de batalha. Que seguem à sombra dos grandes duelos. Mas sempre presentes. Sempre participativos. Sempre aptos para desconstruir.

Mas podem mudar de lado. De bandeira. De anti-herói a herói, como nos quadrinhos. Essa sinopse já deixou de ser uma novidade há muito tempo. Porém, segue atual.

Junte tudo isso, some uma boa dose de ironia e chegaremos até Carlinhos Bala.

O atacante que realmente consegue mexer com o futebol pernambucano. Um cara que se autodenomina o “rei do futebol” do estado.

Se Pelé calado é um poeta, como disse Romário, Carlinhos Bala soltando o verbo é surreal. É a garantia de um clima quente no gramado. Sem marasmo algum.

Sobrou pra todo mundo após a enxurrada de frases de feito na comemoração da classificação no Clássico das Emoções. Naquele momento nos Aflitos, com a supremacia alvirrubra sobre os corais, Bala se multiplicou em todos os heróis possíveis.

Mas se hoje ele está no Timbu, num passado recente o atacante fez o “chororô” nos Aflitos. Na Ilha teve até “dedada” vestindo outra camisa. Viveu como anti-herói.

Em 2010, o baixinho formou a liga timbu, com colaboração maciça do restante do elenco, que o enxerga mesmo como o líder de Rosa e Silva.

Agora, o mais que imprevisível Carlinhos Bala vai de encontro à kriptonita.

E essa não é verde, Bala. É vermelha e preta, bem potente. Que missão!

Já chegou

Pernambucano-2010: Central 0 x 3 Sport

A torcida rubro-negra chegou fazendo barulho na Capital do Agreste no último domingo. Era uma prova de apoio ao time que havia acabado de ser eliminado da Copa do Brasil.

Os torcedores do Sport encheram o tobogã e saíram de lá com uma vitória por 3 x 0. Saíram do estádio com a vaga na final do Pernambucano. Com 99% dela, no mínimo. Nesta quarta-feira, agora na Ilha, o time receberá o Central disposto apenas a não escrever uma página trágica em sua história.

Assim, para onde caminha a torcida leonina? Depois do jogo na Ilha, nem vai ser caminhada. Vai ser corrida mesmo. Para casa, para assistir ao Clássico das Emoções, na TV. O próximo adversário do time, de fato, está lá.

Na Ilha, jogo às 20h. Nos Aflitos, às 21h50. Se correr, vai dar tempo…

Fot: Helder Tavares/DP

Primeiro finalista

Pernambucano-2010: Central 0 x 3 Sport

Caruaru – Uma semifinal do Pernambucano de 2010 já está decidida.

Num Lacerdão com cara de clássico, o Sport mostrou em campo, na tarde deste domingo, que isso era apenas uma impressão. Uma impressão bem fugaz…

O Rubro-negro jogou para deixar bem nítida a diferença de 17 pontos que o separou do Central na fase classificatória do Estadual. E conseguiu.

CentralSportA goleada como visitante: 0 x 3 no placar dentro da Capital do Agreste deixou o Leão 99% classificado à decisão, em busca de mais um pentacampeonato pernambucano.

Gols emblemáticos em Caruaru.

Do lateral-direito Júlio César, o mais criticado do time titular até então; do atacante Ciro, que apesar da artilharia vinha num jejum de gols (agora com 13, isolado); e do meia Eduardo Ramos, o craque do time, mas que esteve bem apagado contra o Galo, na eliminação da Copa do Brasil.

A semana tumultuada dá lugar a um pouco de calmaria na Ilha.

E para acabar essa “nova” tranquilidade, somente um desastre.

Nos últimos 12 jogos entre Sport e Central, nenhuma vitória caruaruense. São 11 triunfos leoninos e um empate. Curiosamente, a última vitória da Patativa foi ustamente o resultado necessário para obter a vaga.

Receita alvinegra: 25 de janeiro de 2006, Sport 1 x 4 Central.

Abaixo, os gols daquela noite histórica É possível um replay!? 😯

Foto: Helder Tavares/DP

Primeiro choque

Raio

O time do Sport está bem ajustado? Está…

Magrão é um goleiro excelente. A zaga recebeu um ótimo reforço. Uma surpresa, pois Tobi é volante. E chegou para suprir a lacuna no lado esquerdo deixada por Durval!

A ala esquerda com o menino Dutra é regularidade pura (no bom sentido). Na direita, Júlio César ainda é contestado, mas já apresenta um futebol bem melhor do que no início do ano, quando parecia fadado à vassourada.

No meio-campo, a volta de um pilar do time. Daniel Paulista mostra que realmente fez falta na marcação na última Série A. Zé Antônio está valendo o investimento para jogar contra o Galo. De forma surpreendente, pois não foi bem no Brasileiro.

Eduardo Ramos. Uma daquelas contratações de sorte. Veio para “somar”, mas pegou a sua vaga, mudou de posição (forçou o técnico a fazer isso por causa de sua qualidade, diga-se) e conduz o time. Melhor jogador do estado atualmente.

Na frente, Ciro de volta a 2008, quando explodiu. Mais forte e paciente. Calibrado. Ao lado dele, Dairo, que não peca por omissão. Erra nas finalizações? Sim. Mas acerta bastante e vale a aposta. E só chegou lá após a contusões de dois atacantes.

No comando, o experiente Givanildo Oliveira, que conhece cada buraco do gramado da Ilha do Retiro (e não são poucos).

Esse time já disputou 24 partidas em 2010. Está invicto. São 17 vitórias e 7 empates.

Foi testado…? Foram 3 jogos contra times da Série B, 2 contra um representante da Série C e 19 contra adversários da Série D.

Nesta noite, o primeiro choque contra a realidade de outrora: a Série A. 😈

Qual foi o objetivo de destacar o Leão posição por posição? Porque futebol é bem dinâmico. Dependendo do resultado contra o Atlético Mineiro, no Mineirão, tudo isso poderá ser contestado pela torcida. O grupo tem que lidar com a pressão.

Isso é Copa do Brasil, Sport.

Reescrevendo o mito

Pernambucano-2010: Sport 2 x 0 Santa Cruz

O atacante Brasão ficou em campo durante 61 minutos no Clássico das Multidões.

Era a maior esperança pelo lado tricolor. Um dos personagens do confronto, ao lado de Ciro. O #brasaofacts, popular na internet, ia encarar uma missão daquelas na vida real.

Para alguém que havia disputado apenas 8 partidas pelo Santa Cruz, acho, no entanto, que acabou sendo pressão demais.

Uma responsabilidade grande para jogador, que teria que tirar uma desvantagem ainda maior em campo. Pois esta é a distância que separa os dois times há alguns anos.

Bem marcado, Brasão foi acionado 13 vezes na partida. Finalizou 2 vezes. Uma delas, na etapa final, com muito perigo. Acertou quatro passes e errou um, segundo o scout feito pelo repórter do Rodolfo Bourbon, do DP (veja AQUI).

Ele sofreu 2 faltas e cometeu outras 2… A segunda, resultou num cartão vermelho direto para o jogador, que já havia tomado o amarelo por reclamação.

Pra piorar, o jogador estava no lado contrário ao vestiário do visitante quando foi expulso. Teve que caminhar mais de 100 metros escutando um irônico “Brasão! Brasão! Brasão!” da torcida do Sport. De herói a antiherói em cerca de uma hora.

De positivo, o controle emocional do jogador nas declarações pós-jogo. Se no campo a pressão foi demais, fora dele Brasão teve equilíbrio. Reconheceu o mérito adversário, não provocou, aceitou as brincadeiras…

Assim, é o fim do mito (reescrito). Brasão não deixará de ser um bom jogador. Longe disso. Ele continua sendo o xodó dos corais. Mas ele é mais um no time tricolor. Que se junta a Elvis, Jackson e Joelson para formar a equipe mais consistente da Cobra Coral nos últimos anos. Vale a gréia, mas não dá pra esquecer 100% da razão…

Se bem que Brasão parece ter suportado calado desta vez como quem pensa, seguindo a febre do twitter: “O Sport tirou onda de Brasão uma vez. UMA VEZ”. 😈

Foto: Ricardo Fernandes/DP

2 jogadores = 46,3%

Pernambucano-2010: Sport 2 x 0 Santa Cruz

Ciro e Eduardo Ramos.

As duas principais peças do Sport na temporada.

Amigos. Bons jogadores e em ótima fase. Entrosados.

Em 2010, o atacante  de 20 anos vem dando a volta por cima. Está voltando a ser aquela promessa que sacudiu a Ilha a partir de agosto de 2008.

Marcando muitos gols, o meia de 24 anos diz que nunca passou por uma fase como essa. Pelo menos de forma tão efetiva no ataque.

No Pernambucano, o Rubro-negro já marcou 41 gols em 18 jogos.

Ciro fez 12 e é o artilheiro. Eduardo Ramos, mesmo vindo de trás, já fez 7 gols.

Os 19 gols da dupla correspondem a 46,3% dos gols do time!

Quase metade dos gols de um time concentrado em apenas dois atletas?

Neste domingo, a dupla voltou a funcionar. Foi decisiva e ganhou a torcida de vez.

Ciro fez o que mais gosta de fazer: balançar as redes do Santa Cruz. Marcou o seu 5º gol em 4 jogos contra os tricolores.

Mas saiu machucado e não viu o gol que fechou a vitória por 2 x 0, na Ilha do Retiro. Aos 41 minutos do 2º tempo, Eduardo Ramos acertou a penalidade e decretou a soberania rubr0-negra no Pernambucano.

Apesar da luta do Tricolor, o Sport dominou as ações. Jogou com seridade.

E segue líder. Agora, com 10 pontos de vantagem…

E com o sorriso garantido nesta segunda-feira.

Ao contrário de Brasão. Esse acabou deixando a Ilha cedinho, cedinho… 😯

Foto: Ricardo Fernandens/DP