Nem Boca nem River. Só All Boys

All Boys

Buenos Aires – Eis uma pergunta básica sobre o futebol portenho…

“Boca Juniors ou River Plate?”

Para a maioria dos turistas que puxam um papo sobre futebol, os dois gigantes argentinos são as únicas opções  para despertar a paixão clubística.

Mas ainda existem outros times tradicionais no país, como Independiente, Racing, Vélez Sarsfield e Estudiantes, todos com troféus da Libertadores e do Mundial.

Sendo assim, o que faz algúem torcer por outra equipe em Buenos Aires? Existem mais de 15 clubes na cidade, todos com estádio particular.

Torcero “bairro” ainda é uma tradição forte, sobretudo nas classes mais pobres.

Um desses times, encravado no bairro de Floresta, é o chico All Boys. Ausente na elite argentina durante 30 anos, o clube voltou recentemente e fez até estrago, vencendo o River Plate – algo que, de certa forma, indluenciou no rebaixamento do Millonario.

Abaixo, conheça o taxista e hincha Cristian Rojas, de 29 anos, que há mais de 15 anos gasta parte do salário para ir ao estádio Isla Malvinas, casa do alvinegro.

Não por acaso, ele foi falando de futebol durante os 50 minutos até La Plata…

Como não ignorar uma Copa

Copa América 2011, no Aeroparque. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – Logo ao desembarcar no Aeroparque, um dos dois aeroportos internacionais da cidade, fica nítido o tamanho da divulgação da Copa América.

Não é para menos, pois apenas em ações de marketing e publicidade foram investidos 140 milhões de dólares. Os cartazes estão por toda parte. Enormes.

De fato, é algo que ajuda a entrar no “clima” da competição, como neste domingo.

Mas a estrutura para receber turistas não mudou muito. Na alfândega, apenas quatro guichês funcionavam para autorizar a entrada dos brasileiros, quase a totalidade do voo. Esse problema está cada dia mais evidente também no Brasil, diga-se.

Minutinhos a mais à parte, a Copa América passou mesmo a ser tratada como prioridade para a Albiceleste, que não ganha um torneio na categoria principal desde 1993.

Tirando a casa de câmbio, com atendentes robóticas, o primeiro contato com os hermanos foi no táxi até o hotel. A frustração da estreia não diminuiu o ânimo.

Talvez isso já seja um reflexo da campanha maciça na TV sobre a competição. Ganhar a Copa América para a Argentina virou questão de honra. Pelo jejum e pelo fato de jogar em casa, claro. Há quem diga que pensamento foca 2030, no centenário do Mundial…

Copa América 2011, quiosque oficial. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Seguindo em Buenos Aires, a exposição tenta dar conta do recado também no comércio.

Em um dos quiosques oficiais – acima, a lojinha em frente ao centro de imprensa na Recoleta -, o movimento era tímido. Segundo o vendedor, o domingo na capital vizinha esvazia qualquer lugar – fato confirmado na procura por um lugar para jantar.

O jantar, aliás, ocorreu na volta de La Plata, onde o Brasil jogaria. Até lá, o som da Radio Deportiva (AM 950), com o interminável debate sobre a qualidade de Messi – um ídolo sob eterna desconfiança.

Para esquentar a discussão, é claro que Maradona foi envolvido. “Messi é um fenômeno, mas Maradona é Deus”, disse um dos radialistas, com a aprovação irretocável.

Todas aquelas frases que sempre escutamos no Brasil sobre El Pibe, e que parecem brincadeira, são levadas bem a sério por aqui…

Menos mal que os cartazes oficiais estão tentando criar uma nova identidade na seleção local, sem Maradona. Para isso, acredita o povo local, só com a Copa… Onipresente.

Copa América, placa na autopista. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Como será o desempenho do Brasil na Copa América?

Neymar, Pato e Ganso, jovem trio de ouro da Seleção Brasileira. Foto: Fifa/divulgação

Começa a saga da Seleção Brasileira em território “inimigo”.

Atual bicampeão (2004 e 2007), o Brasil tentará igualar um recorde da Argentina, único país a ter conquistado três edições seguidas da Copa América, em 1945, 1946 e 1947.

Tabela do Brasil na primeira fase da competição continental em 2011, no grupo B:

03/07 – Brasil x Venezuela – La Plata
09/07 – Brasil x Paraguai – Córdoba
13/07 – Brasil x Equador – Córdoba

No embalo da estreia verde e amarela, com os jovens craques Neymar, Pato e Ganso, participe da nova enquete do blog!

Qual será o desempenho do Brasil na Copa América de 2011?

  • Campeão (47%, 75 Votes)
  • Semifinalista (16%, 25 Votes)
  • Primeira fase (15%, 24 Votes)
  • Vice (11%, 18 Votes)
  • Quartas de final (11%, 18 Votes)

Total Voters: 160

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Sem pressão verbal, mas com pressão presencial

Mano Menezes e Ricardo Teixeira, técnico e presidente da CBF, respectivamente. Foto: CBF/divulgação

Mano Menezes terá o seu primeiro teste com a seleção mais vencedora do mundo.

O técnico gaúcho assumiu o comando da Canarinha após uma histórica desistência de Muricy Ramalho, no ano passado.

Curiosamente, Muricy conquistou a Série A de 2010 com o Fluminense, em jejum desde 1984, e a Libertadores de 2011 com o Santos, em jejum desde 1963…

Enquanto isso, Mano acumulou derrotas contra times mais fortes, como Argentina e França. Com um bom relacionamento com a mídia, o treinador demonstra plena confiança em seguir o trabalho até 2014.

Antes da estreia na Copa América contra a Venezuela, o grupo canarinho recebeu a visita o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, no hotel em Campana.

A conversa mais demorada foi justamente com Mano…

Diante das câmeras, de forma oficial, nada de pressão verbal. Só a presencial…

Na sua opinião, Mano Menezes será o treinador do Brasil no Mundial de 2014?

Brasil segue treinando em Campana, na Argentina. Foto: CBF/divulgação

Real e Peso à parte, um gol = 1.000 Dólares

Copa América de 2011, mascote Tangolero. Crédito: AFA/divulgação

Gol solidário em Buenos Aires… Com um “preço”, é claro.

Patrocinador da Copa América – e também da Taça Libertadores da América, onde “faz parte” da denominação oficial -, o banco espanhol Santander vai doar US$ 1 mil para cada gol marcado durante as 26 partidas da disputa continental na Argentina.

O dinheiro vai entrar no Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

No site oficial do torneio há um “contador de gols” para as doações…

Em 2007, na última Copa América, foram 86 gols marcados, com uma boa média de 3,3 gols por jogo. Será que é possível pelo menos repetir a marca?

Curiosamente, coube ao mesmo banco escolher o nome do mascote da Copa América, o Tangolero. A definição ocorreu após uma pesquisa com 6 mil pessoas na América…

O nome é uma referência direta à tradição cultural da Argentina (tango) e ao futebol (goleiro). Se tem alguém que vai faturar com isso tudo é a Conmebol, e não o Unicef…

América 2 – Um líder inesperado e tradicional

Copa América 2011: Colômbia 1x0 Costa Rica. Foto: AFA/divulgação

Motivação total entre Colômbia e Costa Rica.

Em San Salvador de Jujuy, a 1.622 quilômetros de La Plata – onde a Argentina tropeçou no grupo A na sexta-feira -, os outros dois times da chave entraram com a chance de liderar o quadrangular, na tarde deste sábado.

Essa motivação refletiu até na arquibancada, com a atenção da hinchada argentina, marcando boa presença no estádio 23 de agosto. Ponto para a organização.

Diante em um convidado de última hora – os costa-riquenhos só entraram porque o Japão (sim, o Japão) abriu mão do convite após o último grande terremoto -, a Colômbianão não deu espaço para mais uma zebra na rodada.

Buscando o seu segundo título – a conquista há dez anos, jogando em casa, aconteceu sem sofrer gols -, o time “Cafetero” teve a vida facilitada pela expulsão de um adversário com apenas 27 minutos de jogo.

Convidado de última hora, com uma formação Sub-23, tecnicamente inferior e com um a menos? A Colômbia fez o básico e venceu. Apesar do placar econômico: 1 x 0.

Com esse contexto apresentado, a liderança é confiável?

Copa América 2011: Colômbia 1x0 Costa Rica. Foto: AFA/divulgação

América 1 – O show ficou pra próxima

Copa América 2011: Argentina 1x1 Bolívia. Foto: AFA/divulgação

Abertura da Copa América de 2011.

Foram nada menos que 196 países ligados na festa no estádio Único, em La Plata, e no desempenho da anfitriã e favorita Argentina, do camisa 10 Lionel Messi.

Milhões mundo afora e mais de 35 mil hinchas no estádio mais moderno do país.

O jogo na noite desta sexta-feira foi transmitido em HD, algo inédito na história da competicão. Câmeras a postos, expectativa de show e… surpresa!

E logo nos primeiros 90 minutos dessa que tem tudo para ser uma das melhores edições da história da disputa das Américas.

Longe da Copa do Mundo desde 1994, a Bolívia é reconhecidamente uma seleção do segundo escalão no continente, no mínimo, aliás. Nada que impedisse um time aguerrido e disposto a anular a saída de jogo dos pés do melhor jogador de futebol da atualidade.

Craque no Barcelona, Messi foi muito marcado na partida. Suportou o frio sem problemas – tanto que jogou de mangas curtas -, mas na disputa de bola ele não teve sossego.

Mesmo sendo eleito o craque do jogo no site oficial, com 31%, La Pulga não foi decisiva.

Até porque o time albiceleste, depois de um falso domínio no primeiro tempo, sofreu um gol de Edivaldo Rojas, um brasileiro naturalizado, logo aos 2 minutos da etapa final.

Derrota em casa? Um anfitrião não caía assim na estreia há 52 anos. Aos 30, Agüero – o genro de Maradona – empatou com um golaço e evitou um vexame maior.

Empate em  1 x 1? O show ficou para a próxima, hermanos

Copa América 2011: Argentina 1x1 Bolívia. Foto: AFA/divulgação

Me voy…

Copa América de 2011, na Argentina

Cobertura direto de Buenos Aires…

O blog parte para a Argentina com o objetivo de “viver” a Copa América de 2011, com o máximo de histórias com os rivais hermanos, que prometem a melhor edição da história da competição continental mais antiga do mundo, iniciada em 1916.

Fatos curiosos, números, fotos, vídeos e personagens…

Sob um frio próximo de zero grau, o blog vai trazer um conteúdo “quente” e exclusivo para o leitor/internauta do Diario de Pernambuco e do Superesportes.

Então… Hasta!

Camisas 10 e 11, a qualidade em estado bruto na Seleção

Copa América: numeração da Seleção Brasileira. Foto: CBF/divulgação

Numeração definida para os craques da Seleção Brasileira na Copa América de 2011.

Os 23 jogadores conheceram os seus números na camisa nesta quarta-feira, através de um anúncio oficial da CBF à Conmebol. Duas camisas nobres já estão com novos donos.

Camisa 10 – Paulo Henrique Ganso

Camisa 11 – Neymar

Brasil do 1 ao 11, de acordo com as camisas no grupo treinado por Mano Menezes:

Júlio César; Daniel Alves, Lúcio, Thiago Silva e André Santos; Lucas Leiva, Ramires, Ganso e Robinho; Alexandre Pato e Neymar.

É um bom time. Mas acho que o Lucas, meia do São Paulo e com a camisa 18 na Canarinha,  vai brigar por uma vaga na Seleção durante a busca pelo tri das Américas.

Nas cores da América

Camisa oficial da Copa América de 2011

Entre os vários modelos lançados, a camisa acima é a principal da Copa América de 2011, na Argentina. O modelo está sendo comercializado na web por 20 dólares (R$ 31).

Confira outros produtos da Copa América, que começa nesta sexta, clicando aqui.

Em destaque, o troféu da competição, estilizado com as cores das bandeiras das 12 seleções, entre elas, os convidados México e Costa Rica. Não deixa de ser América!

Vale lembrar que a camisa oficial da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, também está à venda. A peça, produzida pela Adidas, sai por R$ 100… Saiba mais aqui.