Inaugurado em 10 de março de 1979, o estádio de Pituaçu sempre ficou em segundo plano em Salvador. Assim como a Fonte Nova, trata-se de um estádio pertencente ao governo da Bahia.
Quando Pituaçu terminou de ser construído, com capacidade modesta para 16 mil pessoas, a Fonte Nova, erguida em 1951, já havia sido ampliada para receber até 110 mil torcedores. Desnecessário dizer que o filho Pituaçu, também conhecido como ‘Metropolitano’, ficou subutilizado. Com o tempo, foi sendo esquecido… 😯
Cadeiras danificadas, ferragens corroídas, estrutura comprometida, abandono. Em 1983 ainda houve uma pequena reforma. Em 1995, alguns jogos do Bahia foram disputados no então acanhado Pituaçu. Depois, não teve jeito. Até porque a tradicional Fonte Nova era o principal estado da capital baiana. A ‘casa’ do Bahia.
Isso até o dia 25 de novembro de 2007. Data na qual o Bahia, diante de 60 mil tricolores, conseguiu o acesso à Série B. Festa que terminou em tragédia, depois que parte da arquibancada do anel superior cedeu, matando 7 pessoas. Fonte Nova interditada, condenada. Será demolida. Em seu lugar, a arena da Copa de 2014.
Assim, o Bahia ficou desalojado. O rival Vitória não cedeu à pressão política do governo e não deixou o Tricolor de Aço jogar no Barradão. O jeito foi ir até Feira de Santana, a 116 km. Públicos pífios (4 mil, ao invés de 40 mil). Enquanto isso, o governo do estado anunciou um investimento de R$ 21 milhões em Pituaçu (veja AQUI).
Reforma em todo o estádio (cadeiras, gramado, refletores, placar eletrônico etc). Ampliação de 16 mil pra 32.400 lugares e melhorias no acesso viário ao bairro.
Serão 5 anos sendo finalmente tratado com algum zelo pelos baianos… Começando pelo primeiro jogo oficial da Seleção Brasileira lá (contra 9 na velha Fonte). E olhe que ainda existe a possibilidade de o Bahia arrendar o estádio em 2011. Mas e quando a futura Fonte Nova ficar pronta em 2014? Órfão de novo? Ih…
Curiosidade: os estádios homenageiam dois governadores da Bahia. O nome oficial da Fonte Nova é Estádio Octávio Mangabeira (chefe do executivo baiano entre 1947 e 1951). Já o nome de Pituaçu é Estádio Roberto Santos (1975/1979). Coincidentemente, os dois governadores inauguraram os estádios no último ano de suas gestões. O primeiro jogo de Pituaçu aconteceu 5 dias antes do fim do mandato de Roberto Santos… É a política. 😎
O Recife estava há 14 anos sem ver a Seleção Brasileira. Viu e gostou. Salvador já está há 10 anos na mesma situação… Vai sair do jejum na noite desta quarta-feira. Os baianos vão acompanhar ao time de Dunga sem 3 jogadores da espinha dorsal (Lúcio, Kaká e Luís Fabiano), mas com a mesma vontade de vencer a 11ª partida seguida.
Uma equipe pronta para celebrar uma classificação antecipada ao Mundial, bem diferente do que temos visto há decadas na Seleção. Um time com presença garantida na Copa do Mundo de 2010. E também na de 2014. 😎
Apenas 8 países (de um total de 32) já se classificaram para a próxima copa, e o Brasil já tem vaga nas duas próximas, totalizando 20 participações. Definitivamente, uma Copa do Mundo sem o Brasi é como cinema mudo (só lamento caso alguém goste).
Voltando ao futebol… Está ficando difícil secar o Brasil, hein?
Com todo respeito ao Chile, que montou uma seleção razoável e deve se classificar para o Mundial da África do Sul, mas o time ‘rojo’ é um freguesaço da Seleção. O Brasil ganhou nada menos que 45 dos 64 jogos, desde o primeiro confronto, em 1916, no então Campeonato Sul-Americano (atual Copa América) realizado em Buenos Aires/ARG.
Retrospecto geral
64 jogos
45 vitórias da Seleção Brasileira
12 empates
7 vitórias do Chile
148 gols da Seleção Brasileira
53 gols do Chile
Últimos 5 jogos
Brasil 5 x 0 Chile (Brasília – Eliminatórias – 04/09/2005)
Brasil 4 x 0 Chile (Gotemburgo, Suécia – amistoso – 24/03/2007)
Brasil 3 x 0 Chile (Cachamay, Venezuela – Copa América – 01/07/2007)
Brasil 6 x 1 Chile (Puerto La Cruz, Venezuela – Copa América – 07/07/2007)
Brasil 3 x 0 Chile (Santiago, Chile – Eliminatórias – 07/09/2008)
Essa Seleção Brasileira comandada por Dunga está aniquilando tabus.
Primeiro, o mito de não vencer o Uruguai em Montevidéu. Eram 33 anos. Mas acabou. O Brasil foi lá e trucidou o combalido time uruguaio por 4 x 0.
Depois, o de não conseguir ganhar da Argentina na Argentina. A última vez havia sido em 1995. Em Buenos Aires. No sábado, os dois maiores rivais no futebol se enfrentaram em Rosário. Num cenário bem armado pelo técnico Maradona, que quis incendiar o jogo.
E vitória categórica da Canarinha, que fez 3 x 1 com vaga pra mais. Deixou Maradona roendo a unha. E com o atacante da Copa de 2010 (com presença garantida do Brasil) já definido: Luís Fabiano.
Mesmo que Adriano e Ronaldo – dois grandes nomes do ataque da Seleção – consigam um apoio ainda maior da mídia, não consigo ver Luís Fabiano fora do time titular. É muito rápido pra finalizar. Chuta forte. Com categoria. E faz gol quase sempre (foram 2 contra os hermanos). Esse é o cara da Seleção na próxima copa.
Quanto ao Dunga… Já são 18 jogos sem perder, com 10 vitórias seguidas. Vaga na Copa por antecipação (mesmo com treinadores mais renomados, o Brasil sempre penou nas Eliminatórias) e títulos (Copa América e Copa das Confederações). 😎
Galvão Bueno está certo: Ganhar é bom, mas ganhar da Argentina é muito melhor.
Obs. A Argentina está em 4º lugar nas Eliminatórias Sul-Americanas, com 22 pontos, e seriamente ameaçada. Muita gente já está secando os ‘caras’, para que a bicampeã mundial fique de fora da Copa da África do Sul.
Confesso: espero a Argentina na Copa. Mas, faltando 3 rodadas, a missão está difícil. Na próxima rodada, nada menos que o Paraguai, em Assunção. É bronca. Deles…
A Associação de Futebol da Argentina (AFA) colocou 1.200 ingressos à disposição da torcida brasileira para o jogão deste sábado no estádio Gigante de Arroyito, em Rosário, pelas Eliminatórias da Copa. Mas os bilhetes estão encalhados.
Por um simples motivo… O preço é diferenciado para os visitantes (algo proibido no Brasil). Os brasileiros estão tendo que desembolsar nada menos que 450 pesos por uma entrada. O valor equivale a R$ 220. Já os argentinos tiveram ingressos com valores bem mais baixos, entre 100 e 350 pesos, ou R$ 49 e 171, respectivamente. 😯
O valor cobrado aos torcedores do Brasil é superior ao de uma camisa oficial da seleção argentina, que custa 150 reais. Alguém se interessa…?
Mas tem problema não… Os outros 191 milhões de torcedores da Canarinha vão acompanhar pela TV mesmo. E todos têm um motivo para ficar otimista nesta noite. Ate hoje, a Argentina jogou 11 vezes em Rosário, com 8 vitórias, 2 empates e 1 derrota. Pra quem? Pra quem…? Argentina 0 x 1 Brasil, em 16 de agosto de 1975, pela Copa América (veja a lista AQUI).
Esse sim é o peso de jogar 100% pressionado para tentar a classificação para a Copa. E ao contrário dos últimos Mundiais, agora a pressão está do ‘outro’ lado.
O jogaço agendado para o sábado entre Brasil e Argentina, em Rosário, será a 93ª edição do superclássico sul-americano, apontado como um dos maiores do mundo. Eu, particularmente, acho esse jogo o maior clássico do futebol.
Jogo de rivalidade tão grande que até a simples contagem de partidas gera polêmica. O número no início do post foi “93”, certo? Para eles será o 94º clássico.
Na contagem de confrontos feita pela Associação de Futebol da Argentina (AFA) está registrado um jogo a mais. Uma vitória argentina por 2 x 1 ( 😎 ), em 3 de dezembro de 1956, no Maracanã, pela Copa Raul H. Colombo, torneio amistoso disputado em jogo único.
Porém, nos registros oficiais da CBF, não foi a Seleção Brasileira que atuou, e sim o time da Liga Metropolitana do Rio de Janeiro – que contava com apenas dois jogadores da Seleção de fato. A escalação abaixo não nega que era de fato o time da Guanabara, por mais forte que fosse.
Escalação: Castilho (Fluminense); Pinheiro (Fluminense), Nílton Santos (Botafogo), Rubens (Flamengo), Zózimo (Bangu), Dequinha (Flamengo), (Benedito, São Cristóvão), Joel (Flamengo), Zizinho (Bangu), Índio (Flamengo), Didi (Botafogo) (Walter Marciano, Vasco) e Pinga (Vasco). Técnico: Flávio Costa
O Brasil… digo, o Rio de Janeiro até saiu na frente, com Indio, aos 15 minutos de jogo. Mas Sanfilippo, que havia entrado no lugar de Infante, empatou aos 24 minutos do segundo tempo. Um minuto depois, Antonio Héctor Garabal virou o jogo, dando a vitória a Argentina.
Que a Argentina venceu, todos sabem… Mas quem perdeu… Brasil ou Rio de Janeiro?
Em tempo: Raúl H. Colombofoi o dirigente que assumiu a presidência da AFA naquele ano. Ele comandou a associação argentina entre 1956 e 1965. Tempo inferior apenas à gestão de Júlio Grondona, o mandatário atual, que assumiu em 1979… 😯
A maior goleada oficial da história do futebol aconteceu em 2001, durante as Eliminatórias para a Copa do Mundo que foi disputada no Japão e na Coreia do Sul.
Austrália 31 x 0 Samoa Americana.
O vídeo abaixo, com os “melhores momentos” da partida, sequer conta com todos os gols. Foram registrados apenas 16… 😯
Tempo dos gols (oficialmente, segundo a Fifa, o 2º tempo vai de “46 a 90”): 10, 12, 13, 14, 17, 19, 21, 23, 25, 27, 29, 32, 33, 37, 42, 45, 50, 51, 55, 56, 58, 60, 65, 66, 78, 80, 81, 84, 85, 88 e 89.
Artilheiro: Archie Thompson, com 13 gols… 😈
A Austrália é uma potência? Longe disso… Mas na Oceania, repleta de micropaíses, reinava de uma forma sem graça, tanto que – em busca de um melhor nível técnico – pediu a autorização da Fifa para se filiar à federação asiática. Conseguiu.
Já a Samoa Americana continua lá na Polinésia, praticando algo parecido com futebol. O país de 70 mil habitantes (menos que o município de Gravatá/PE *) é o último colocado no Ranking da Fifa. Está em 203º lugar, ao lado de outras ‘potências’, como San Marino, Montserrat, Papua Nova Guiné e Anguilla. Todos com ZERO ponto.
A verdade é que já é quase um milagre um país como a Samoa Americana ainda conseguir formar uma seleção para a disputa das Eliminatórias. O país deixou de ser reconhecido como colônia apenas em 2002, mas preferiu continuar como uma dependência dos Estados Unidos (‘trabalhando’ com dólar mesmo). A economia é baseada na pesca e no turismo. A jogatina é proibida…
Obs. A campanha da Samoa Americana nas Eliminatórias de 2002 foi de 4 derrotas em 4 jogos. Nenhum gol marcado e 57 sofridos (veja mais AQUI).
(*) Gravatá, para servir de exemplo, tem uma população maior (74 mil moradores) e também uma área superior, de 513 km2, contra 199 km2 da Samoa.
Viagem, hospedagem, alimentação e ingressos… Ir para a Copa do Mundo do ano que vem, na África do Sul, não será nada barato. Cerca de R$ 4 mil (veja AQUI)! Tem gente no Brasil que vai esperar a 2014 mesmo. Mas há um outro caminho para se chegar ao continente africano: ser voluntário oficial do Mundial.
Isso mesmo. Basta se inscrever no site oficial da Fifa (veja AQUI), já que a entidade irá recrutar nada menos que 15.000 voluntários para a Copa de 2010. As inscrições começaram nesta semana.
Mas não pense que o trabalho será moleza… Alguns requisitos básicos para a tarefa:
1) Domínio de uma língua estrangeira (inglês ou espanhol);
2) Conhecimento em informática e mídia;
3) Conhecimento das 9 cidades sul-africanas (e, posteriormente, dos 10 estádios também);
4) Tempo livre, dedicação e pique para aguentar um mês (de 11 de junho até 11 de julho).
Após a primeira essa seleção e a entrevista com funcionários da Fifa, os escolhidos ainda irão passar palestras e oficinas de treinamentos.
Abaixo, um trecho da entrevista do diretor do Programa de Voluntários da Copa de 2010, Onke Mjo (veja mais AQUI).
“O caráter e a personalidade dos voluntários são muito importantes para o sucesso do torneio. Eles são a cara do torneio e serão as primeiras pessoas que as equipes e os espectadores vão ver quando chegarem ao país.”
Na Copa das Confederações, no mesmo país, foram 4 mil voluntários. Na ocasião, a inscrição foi aberta apenas para os sul-africanos, e cerca de 40 mil se inscreveram… Para a Copa do Mundo, são esperados mais de 450 mil turistas.
Muita gente não lembra nem o que comeu ontem. Mas todos recordam perfeitamente onde estavam em 17 de julho de 1994.
Eu tinha 12 anos. Começava aos poucos a frequentar os estádios de futebol do Recife, a alimentar a minha paixão clubística.
Acompanhado do meu irmão mais novo, Carlo, fui ao extinto Hotel Quatro Rodas, onde estavam hospedados dois amigos nossos, os irmãos Júnior e Fernando, que moravam em Belo Horizonte e passavam as férias com os pais em Pernambuco. Lá, dezenas de hóspedes se vestiam de amarelo.
Todos contavam as horas para ver uma conquista perdida no tempo aqui no Brasil. Eram 24 anos sem a taça da Copa do Mundo. Não mais a Taça Jules Rimet, conquistada em definitivo pela SeleçãoBrasileira em 1970, mas a nova Taça Fifa.
Como moleque que era (de fato), passei o dia batendo uma bolinha, nadando, jogando ping-pong, Street Fighter II e o que mais tivesse no salão de jogos.
À tarde, todos pararam tudo. Até os gringos do hotel. Sem exceção. Todo mundo na frente da TV, para assistir ao Brasil x Itália que os nossos pais e avós viram, em 1970 e 1982. Agora era a “nossa” vez de ver a história ser escrita ao vivo.
Foram 120 minutos de um jogo parelho, sem gols. Sol escaldante em Pasadena, cidade onde foi realizada a final da Copa do Mundo daquele ano. E sol também em Olinda, ali, na orla de Casa Caiada.
Disputa de pênaltis… Acho que foi a primeira que vi uma na vida. E logo valendo a felicidade de todo um país. Partiu Baggio, bateu… 😎
Quando começou a histórica narração de Galvão Bueno, eu já estava abraçado com meu irmão e com meus amigos. Na frente da televisão. Lembro vagamente de até ter sido xingado porque estava “cobrindo” a imagem. Sem problema.
Nada de cerveja. Na comemoração, refrigerante e pizza até chegar o sono.
Aquele domingo terminou com a volta para casa, me sentindo tão herói quanto os jogadores. Esta era a sensação da torcida mesmo, de que todos ajudaram no tetra. Eu “ajudei”. Os jogadores sabem disso. Tanto que desembarcaram no Recife para agradecer… E eu também estava naquele dia em Boa Viagem
Por ter se acostumado a ver o Brasil ganhar, talvez a juventude de hoje não entenda a dimensão daquele título mundial de 1994. Uma geração inteira de sedentos estava diante daquele 17 de julho. Foram 24 anos de espera e frustrações. Pelé e o time dos sonhos de 1970 eram os responsáveis pela última conquista. Imagine um rapaz com mais de 40 anos, virgem de títulos mundiais. Ele sofreu com os três gols de Paolo Rossi, em 1982, com o pênalti perdido por Zico, em 86, com o gol de Cannigia, em 90.
Foi esse trauma que a seleção de 94 curou. Uma seleção questionada, criticada até os dias atuais. Mas responsável por uma das vitórias mais festejadas pelo povo brasileiro. Naquela tarde de 17 de julho, um tal rapaz lavou a alma. Enrolou-se na bandeira e chorou copiosamente. Não só ele. Crianças, jovens e velhos. Talvez contagiados por aquela angústia exalada durante um mês pelos quatro cantos do país. O inesquecível berro de Galvão Bueno resumiu o sentimento.
De fato, tinha acabado a angústia. Anos depois, Parreira daria uma declaração contundente. Palavras revestidas de honestidade. “Naquele momento, quando Baggio chutou por cima do gol de Taffarel, não senti felicidade. Felicidade nenhuma. O sentimento ali era um só: alívio”. A alegria viria instantes depois. Não só para Parreira, senão para milhões de brasileiros. Um dia especialmente feliz.
O mais pernambucano dos títulos foi também um dos mais comemorados. Basta lembrar o mar de gente sobre a areia da praia de Boa viagem. Que recepção aos 22 heróis! Salve Taffarel, Jorginho, Ricardo Rocha, Ricardo Gomes, Mauro Silva, Branco, Bebeto, Dunga, Zinho, Raí, Romário, Zetti, Aldair, Cafu, Marcio Santos, Leonardo, Mazinho, Paulo Sérgio, Müller, Ronaldo, Viola e Gilmar. 20/6/1994 – 1º jogo – Brasil 2 x 0 Rússia
Uma estreia segura. A vitória sobre a Rússia teve tom de autoridade. Logo no primeiro gol brasileiro, uma marca registrada do futuro time tetracampeão. Passe de Bebeto, gol de Romário. A fantástica dupla de ataque ainda daria muitas alegrias no decorrer da competição. De quebra, o Baixinho ainda sofreu o pênalti, que resultou no gol de Raí. Uma bela atuação individual. Romário e Bebeto era o toque criativo que o time de Parreira precisava.
24/6/1994 – 2º jogo – Brasil 3 x 0 Camarões
Um jogo para encher de confiança time e torcida. Novamente uma atuação segura. Se não encantava, o futebol de resultado tão propalado por Carlos Alberto Parreira realmente dava resultado. Romário brilhou de novo. Abriu o caminho para vitória com seu tradicional biquinho na saída do goleiro. Iniciou a jogada que resultou no gol de Bebeto, outro destaque em campo. Com uma rodada de antecedência, o Brasil garantia vaga nas oitavas de final.
28/6/1994 – 3º jogo – Brasil 1 x 1 Suécia
Já classificada, a Seleção faz sua pior atuação na Copa. O golaço de Kennet Andersson, aos 26 minutos do primeiro tempo, foi uma ducha de água fria. Desencontrado, o Brasil sentiu muitas dificuldades diante da marcação sueca. Na volta do intervalo, Romário (sempre ele!) inventou o gol de empate.
Em bela jogada individual, o Baixinho saiu deixando marcadores para trás e acertou um bico certeiro no canto do goleiro Raveli. A invencibilidade estava garantida. Detalhe para a estreia de Mazinho, que entrou durante o jogo. Ele não sairia mais do time. Desde então, Raí passou a frequentar o banco.
4/7/1994 – 4º jogo – Brasil 1 x 0 Estados Unidos
Para alguns, o jogo mais difícil do Brasil na Copa. Entusiasmados com os festejos pelo Dia da Independência (deles), os americanos tentaram sobrepor a limitação técnica. Na base da raça. Mas mesmo sem apresentar um grande futebol, os brasileiros eram melhores. Chances de gol foram criadas, nenhuma convertida no primeiro tempo.
A descida para o intervalo foi tensa. Minutos antes, numa atitude incompreensível, Leonardo foi expulso ao acertar uma cotovelada no adversário. A angústia terminou quando Romário e Bebeto resolveram brilhar. De Romário para Bebeto. De Bebeto para o fundo da rede. O Brasil estava nas quartas.
9/7/1994 – 5º jogo – Brasil 3 x 2 Holanda
Falar daquele Brasil x Hollanda é lembrar do gol salvador de Branco. É lembrar da histórica comemoração de Bebeto, em homenagem ao filho recém-nascido. É lembrar do golaço de Romário, que abriu o caminho da vitória. Uma partida regada de emoção, com direito a cinco gols no segundo tempo. Novamente Romário e Bebeto deixaram o Brasil em vantagem: 2×0.
Parecia encaminhada a classificação sem maiores sustos. Parecia. Dois gols holandeses e o fantasma da eliminação pairou sobre os brasileiros.
Até Branco exorcizá-lo faltando dez minutos para o fim do jogo. Nascia a cobrança de falta mais importante da história do futebol brasileiro.
13/7/1994 – 6º jogo – Brasil 1 x 0 Suécia
A vitória sobre a Holanda empolga o torcedor brasileiro. Confiança passou a ser o sentimento. Contra a Suécia, o Brasil está a um passo de chegar à final 24 anos depois. Entra em campo como favorito e ratifica a condição no desenrolar da partida. Melhor tecnicamente, o time de Parreira tem amplo domínio. O retrato do jogo é diferente daquele primeiro embate ainda na primeira fase. Parecia questão de tempo o gol da vitória.
Mas a angústia aumenta na medida em que a bola não entra. Chances são criadas e desperdiçadas. O destino do Brasil naquela Copa seria mesmo sofrido. Não foi diferente na semifinal, nem também seria na grande decisão. Quem mais poderia carimbar o passaporte brasileiro? Na altura dos seus 1,68 m, Romário saltou como nunca. Cabeceou firme entre dois gigantes suecos. Deixou o Brasil mais perto do título.
17/7/1994 – 7º jogo – Brasil 0 (3) x (2) 0 Itália
O inédito tetracampeonato estava em jogo. Naquela tarde quente de 17 de julho, sairia a primeira seleção a conquistar o quarto título mundial, Brasil ou Itália. Uma geração de brasileiros jamais havia visto a Seleção levantar a Copa. Pressão e responsabilidade.
Ingredientes para tornar o jogo tenso, truncado. No tempo normal, nada de gols. Um 0 x 0 representativo. Talvez para ilustrar o baixo nível técnico daquele Mundial. Nem mesmo o inspirado Romário conseguiu mexer no placar. Pela primeira vez na história, a Copa seria decidida nos pênaltis. Um teste para cardíacos, diria Galvão Bueno.
Nas cobranças, surge um novo herói: Cláudio Taffarel, que brilhou como nunca. A defesa no chute de Massaro é determinante. Só restava Roberto Baggio mandar a bola para longe. Uma imagem histórica. Um momento inesquecível. Há 15 anos.
*Lucas Fitipaldi é repórter do diariodepernambuco.com.br e colaborador do blog
Na Copa do Brasil, na noite desta quarta, Inter e Corinthians já duelam com a polêmica do DVD. Um vídeo com imagens de suposto erros favorecendo o Timão foi apresentado para a imprensa pela diretoria colorada.
Na Libertadores, na quinta, Grêmio e Cruzeiro entrarão em campo após o episódio de racismo no jogo de ida, envolvendo Elicarlos e o argentino Maxi López.
Puxe pela memória e verá que quase sempre é assim… De cabeça: 😈
Sport x Corinthians (Copa do Brasil de 2008) – Carga de ingressos para a torcida visitante (nos 2 jogos) menor que 10%, ferindo o Estatuto do Torcedor.
Náutico x Grêmio (Série B de 2005) – Pintura e redução do vestiário dos visitantes…
Vasco x São Caetano (Brasileiro de 2000) – Grade desaba no estádio de São Januário, paralisando a partida. O título quase foi dividido!
Brasil x Uruguai (Copa do Mundo de 1950) – Jornal carioca estampando uma foto do “Brasil campeão mundial” no dia do jogo. 😯