Os 10 gols mais rápidos da história da Seleção em 1.078 jogos, com DS87 em 1º

Amistoso, 2017: Austrália 0x4 Brasil. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

A Gerência de Arquivo e Memória da CBF detalhou a lista com os gols mais rápidos já marcados pela Seleção. Considerando os 1.078 jogos do time principal, contra seleções, clubes ou combinados, o primeiro gol de Diego Souza no amistoso em Melbourne tornou-se o mais ligeiro. O recorde anterior, de Willian, durou exatos 20 meses – curiosamente, o próprio Willian cobraria o escanteio para o segundo gol de DS87 no Melbourn Cricket Ground. Abaixo, o vídeo do histórico gol do craque do Sport, do apito inicial à bola na rede.

Em relação ao tempo dos gols, conforme ressalvado pelo blog no post anterior, durante muitos os anos não foram considerado os segundos para os registros dos tentos, nem cronômetro nem na súmula. Apenas os minutos. Por sinal, três dos gols mais rápidos estão neste contexto, com 1 minuto.

Os 10 gols mais rápidos da seleção principal
0min10s – Diego Souza (Brasil 4 x 0 Austrália, 13/06/2017)
0min35s – Willian (Brasil 3 x 1 Venezuela, 13/10/2015)
0min46s – Jairzinho (Brasil 2 x 1 Argentina, 08/03/1970)
0min47s – Ronaldo (Brasil 3 x 1 Bolívia (05/09/2004)
1min00s – Gil (Brasil 4 x 3 Pumas, 02/06/1976)
1min00s – Toninho Baiano (Brasil 2 x 2 Seleção Gaúcha, 25/05/1978)
1min00s – Romário (Brasil 8 x 2 Honduras, 08/06/1994)
1min20s – Miranda (Brasil 2 x 1 Colômbia, 06/09/2016)
1min40s – Denilson (Brasil 7 x 0 Peru, 26/06/1997)
1min50s – Jonas (Brasil 2 x 0 Panamá, 29/05/2016)

Brasil goleia a Austrália com dois gols de Diego Souza, o primeiro aos 10 segundos

Amistoso, 2017: Austrália x Brasil. Foto: Brasil Globar Tour/twitter (@BGT_ENG)

Início de jogo com a Austrália trocando passes para trás. No primeiro toque à frente, Giuliano interceptou e enfiou para Diego Souza. O camisa 21 entrou na área pela direita e tocou apenas uma vez na bola. Bastou para abrir o placar no Melbourn Cricket Ground, com apenas 10 segundos. Simplesmente o gol mais rápido da história da Seleção Brasileira, em sua 1.078ª apresentação desde 1914, considerando partidas contra clubes e países. Desde que a cronometragem passou a marcar os segundos dos gols, no futebol, ninguém havia precisado de tão pouco tempo. O recorde pertencia a Neymar, embora num contexto mais amplo, com a Seleção Olímpica. Em 2016, nos Jogos do Rio, o craque do Barça marcou sobre Honduras com 14 segundos.

Voltando ao amistoso, o gol do meia do Sport, jogando como centroavante na Canarinha, abriu a goleada por 4 x 0. Foi um jogo com muitas mudanças na equipe, começando pelo ataque brasileiro, sem Neymar, que não foi convocado, e Gabriel Jesus, que se machucou contra a Argentina. Com o país confirmado na Copa do Mundo de 2018, Tite aproveitou para testar outras peças, como Diego Souza, que nunca ficara tanto tempo em campo pelo Brasil nesta temporada. Titular e presente o jogo inteiro, o jogador anotou dois gols, desperdiçou outra boa chance e trabalhou muito bem como pivô. Inclusive, participou de forma direta do terceiro gol, numa jogada iniciada por Willian, com Paulinho tabelando com Diego e tocando para Taison marcar – Thiago Silva, de cabeça, marcara o segundo tento. No último lance, em cobrança de escanteio, Diego fez de cabeça. Deixou boa impressão.

Convocado três vezes, para cinco partidas, o craque do Sport totaliza 169 minutos na Seleção Brasileira sob o comando de Tite. Agora, para voltar a ser lembrado, DS87 precisa retomar o ritmo na Ilha. Ah! Um rubro-negro não fazia um gol pelo Brasil desde 23/09/1981, com Roberto Coração de Leão, no 6 x 0 sobre a Irlanda, no Rei Pelé. Foi, também, a primeira vez que um atleta do clube marcou 2 gols num jogo da Canarinha. No futebol pernambucano, não acontecia desde Nunes, do Santa Cruz, em 1978. Manhã histórica…

Participação de Diego Souza na Seleção em 2017
25/01 – Brasil 1 x 0 Colômbia (titular, 64 minutos)
23/03 – Uruguai 1 x 4 Brasil (reserva, 5 minutos)
28/03 – Brasil 3 x 0 Paraguai (reserva, 6 minutos)
09/06 – Brasil 0 x 1 Argentina (reserva, não entrou)
13/06 – Austrália 0 x 4 Brasil (titular, 94 minutos e 2 gols)

Amistoso, 2017: Austrália x Brasil. Foto: Brasil Globar Tour/twitter (@BGT_ENG)

Austrália x Brasil ao vivo via CBF TV

A CBF liberou o sinal de transmissão do amistoso entre Brasil e Austrália, em Melbourne, através do compartilhamento de seu perfil oficial no Livestream. Um jogo marcado pela titularidade de Diego Souza, do Sport, na vaga do machucado Gabriel Jesus. O camisa 21 da Seleção assume o ataque.

Como ocorreu na sexta-feira, diante dos argentinos, a confederação não negociou os direitos com a Rede Globo. Além da exibição online, comprou espaços na tevê aberta, na TV Brasil (TV Universitária no Recife, canal 11) e TV Cultura (TV Nova no Recife, 22). Assista, a partir de 7h05.

Atualização: o Brasil goleou por 4 x 0, com dois gols de Diego Souza.

Borderô lotado e estádio nem tanto. Pernambucano? Copa do Mundo

A expectativa da Fifa apontava plena ocupação dos estádios brasileiros nos 64 jogos da Copa do Mundo de 2014, com 3.334.524 pessoas presentes, o que proporcionaria numa média de 52.101 espectadores.

Nesta conta estão treze categorias de público, incluindo torcida geral, cortesias, os caríssimos pacotes de hospitalidade, jornalistas credenciados etc. Numa balanço nos dois primeiros dias do Mundial, os espaços vagos estão visíveis nas transmissões na televisão…

É curioso constatar isso levando em conta os ingressos esgotados para os respectivos jogos. Há de se considerar a capacidade reduzida pela Fifa nas doze arenas por questão de segurança (veja aqui).

Ainda assim, números curiosos. Dos quatro jogos analisados, dois passaram da ocupação máxima projetada, mesmo com os clarões na arquibancada.

Públicos oficiais dissociados do visual… Esse modus operandi não é novo.

Brasil 3 x 1 Croácia – Itaquerão (62.103 pessoas)
Capacidade máxima: 67.349
Capacidade na Copa: 59.955
Ocupação na estreia: 103,58%

Estatística do jogo Brasil 3x1 Croácia na Copa do Mundo de 2014. Crédito: Kevin Cox/Getty Images/Fifa

México 1 x 0 Camarões – Arena das Dunas (39.216 pessoas)
Capacidade máxima: 44.070
Capacidade na Copa: 39.305
Ocupação na estreia: 99,77%

Giovani dos Santos, craque da partida México 1x0 Camarões, na Copa do Mundo de 2014. Crédito: Mike Hewitt/Getty Images/Fifa

Espanha 1 x 5 Holanda – Fonte Nova (48.173 pessoas)
Capacidade máxima: 54.907
Capacidade na Copa: 49.280
Ocupação na estreia: 97,75%

Copa do Mundo de 2014, fase de grupos: Espanha 1 x 5 Holanda. Foto: Jeff Gross/Getty Images/Fifa

Chile 3 x 1 Austrália – Arena Pantanal (40.275 pessoas)
Capacidade máxima: 44.335
Capacidade na Copa: 39.553
Ocupação na estreia: 101,82%

Copa do Mudo de 2014, fase de grupos: Chile x Austrália. Foto: Clive Mason/Getty Images/Fifa)

Festa chilena em Cuiabá a la Libertadores

Copa do Mundo de 2014, fase de grupos: Chile 3x1 Austrália. Foto: Matthew Lewis/Getty Images/Fifa)

Os chilenos tomaram Cuiabá. A massa vermelha na arquibancada da Arena Pantanal impressionou. Cantou bonito, empurrando a bem armada seleção. O comportamento foi ordeiro, mas com lampejo das canchas a la Libertadores…

Após a goleada holandesa sobre os atuais campeõs mundiais, à tarde, a vitória sobre a Austrália tornava-se essencial para vislumbrar uma vaga nas oitavas.

O categórico 3 x 1, com gols de Alexis, Valdívia (sim, aquele!) e Beausejour, deixou o time com a possível “vantagem do empate” contra a Espanha na próxima rodada do grupo B. A torcida chilena deve ir em peso ao Rio de Janeiro.

Menos mal que não há “STJD” na Copa do Mundo. No finzinho da partida, no embalo do bom resultado, rojões foram arremessados no campo…

Padrão Fifa, pero no mucho.

O Chile não marcava três gols num jogo pelo Mundial desde 1962. Não por acaso, jogou em casa. Como nesta noite… quase em Santiago.

Copa do Mundo de 2014, fase de grupos: Chile 3 x 1 Austrália. Foto: Matthew Lewis/Getty Images/Fifa

África, finalmente. Alemanha, sempre

Copa do Mundo de 2010: Alemanha x Gana

Grupo D.

Finalmente, África!

Dos seis países do continente, pelo menos um representante estará nas oitavas de final do Mundial da África do Sul. Honra que pertence a Gana, que já havia passado para a segunda fase há quatro anos.

Desta vez, Gana se classificou  com uma campanha muito irregular. Uma vitória, empate e uma derrotase. O revés aconteceu nesta quarta-feira. Contra a poderosa Alemanha, o time africano pouco fez. Os germânicos ganharam por 1 x 0, com um golaço de Mesut Oezil, fechando a chave com uma econômica liderança (6 pontos).

Copa do Mundo de 2010: Austrália 2 x 1 SérviaPara a seleção de Gana avançar mesmo perdendo (de novo), a Sérvia precisou fazer a sua parte…

O resto da ex-Iugoslávia, que empolgou ao bater a Alemanha na rodada anterior, fraquejou e caiu diante da Austrália.

Vitória merecida da turma dos cangurus por 2 x 1. E ambos já podem se dirigir ao Aeroporto de Joanesburgo e comprar a passagem de volta.

Fotos: Fifa

100 vezes África

Copa do Mundo de 2010: Gana x Austrália

Um dia histórico para o futebol africano.

Neste sábado, 19 de junho de 2010, Gana disputou a 100ª partida do continente no Mundial. O 1 x 1 com a Austrália, em Rustemburgo, o time – atual campeão Sub-20 – confirmou a melhor campanha entre entre os 5 representates da África.

África na Copa: 100 jogos, 20 vitórias, 30 empates e 50 derrotas.

Até hoje, o melhor resultado foi chegar nas quartas de final, em 1990 (Camarões) e 2002 (Senegal). Será possível quebrar essa marca nesta edição? Com a resposta, África do Sul, Costa do Marfim, Nigéria, Gana e Argélia.

A sede neste ano já é uma vitória. E o título mundial… Está longe?

A estreia do continente no Mundial aconteceu em 27 de maio de 1934, na Itália. A competição, bem mais enxuta, começou já nas oitavas de final. O Egito – que, apesar de ser o atual campeão africano, está fora da Copa de 2010 – foi derrotado pela Hungria por 4 x 2, em Nápoles.

Apesar da eliminação, o Egito teve a honra de marcar o primeiro gol da África na Copa do Mundo, através de Abdulrahman Fawzi. Aliás, o atacante egípcio marcou os dois gols do seu país. E ainda fez o outro (que teria virado o placar para 3 x 2), mas o árbitro italiano Rinaldo Barlassina anulou…

Já a primeira vitória aconteceu apenas 2 de junho de 1978, quando a Tunísia bateu o México por 3 x 1, de virada, na cidade argentina de Rosário. Veja um vídeo sobre o histórico triunfo abaixo, diante de 17 mil torcedores.

Foto: Fifa

Alemanha. Aleluia

Copa do Mundo de 2010: Alemanha 4 x 0 Austrália

Durban.

A cidade que finalmente viu uma grande atuação de um time na Copa do Mundo.

Argentina, Espanha, Holanda e Brasil. Os times que geram a expectativa de bom futebol na África do Sul. Até aqui, coube à seleção da Alemanha mostrar um futebol contundente. Decisivo ofensivamente e seguro na defesa.

A Alemanha de sempre, fria e técnica, mas com um grupo renovado em 2010, montado apenas com atletas quem atuam na Bundesliga, a liga local. Habilidade, movimentação e velocidade. E, sobretudo, objetividade no passe: acertou 77% dos 618 na estreia.

Contra a Austrália, neste domingo, os tricampeões mundiais não deram qualquer chance. Com 8 minutos o placar já havia sido aberto. Ao contrário da estreia da Argentina, os germânicos souberam aproveitar as chances de gol que foram criadas.

A pontaria estava apurada. Dos 16 chutes na meta do goleiro Schwarzer, 10 foram certeiros, na meta. E 4 balançaram as redes. Klose e Podolski (o mesmo ataque de 2006, apesar da série de mudanças) no primeiro tempo e Müller e Cacau no segundo.

A goleada por 4 x 0 foi incontestável. Um bom jogo, o melhor da Copa até o momento. E o time sequer pôde contar com o craque Michael Ballack, que foi cortado por lesão.

A Alemanha sempre “surpreende” o mundo. Ou seria apenas o Brasil, através de boa parte da imprensa? O velho senso comum de duvidar do país de Beckenbauer.

Calada há quatro anos, a Alemanha reaparece mais uma vez. Favorita. Como sempre.

Foto: Fifa

Escrevendo o nome no Egito

Ciro marca o seu primeiro gol no Mundial Sub-20

Jogando com um time praticamente reserva (até mesmo o uniforme), o Brasil perdia da Austrália por 1 x 0, neste sábado, em Port Said, pelo Mundial Sub-20.

O goleiro Rafael havia tomado um frangaço, complicando a situação da Seleção logo no começo do jogo. Um falta cobrada sem tanta pretensão por Mooy, aos 14, mas que foi para o fundo das redes.

Mas a imagem abaixo – um print screen do lance a lance do site da Fifa – ilustra bem a mudança no placar, no jogo que encerrou o Grupo E da 1ª fase.

Ciro marca o seu primeiro gol no Mundial Sub-20

Aos 34 do 1° tempo aconteceu a primeira finalização do Brasil na meta australiana. Até ali, só chutes sem direção. Quem? Ciro! O atacante do Sport recebeu na área, foi pra um lado, pro outro, passou pelo zagueiro e encheu o pé esquerdo. A foto deste post mostra bem a emoção do jogador após marcar um gol no Egito.

No início do 2° tempo, Ciro recebeu o cartão amarelo. Aos 11, o “Faraó da Ilha” tentou repetir o lance do primeiro gol. A mesma ginga, o mesmo drible, o mesmo pé esquerdo. Desta vez, porém, bateu por cima.

O Brasil virou aos 15 minutos, quando Douglas Costa aproveitou um cruzamento rasteiro pelo lado direito. Aos 30, Ciro deixou o campo, dando lugar a Alan Kardec. Aos 35, Paulo Henrique “Ganso” ainda marcou outro belo gol, fechando a conta: 3 x 1.

Classificada, a Seleção Brasileira enfrentará agora o Uruguai, num velho clássico sul-americano, e logo nas oitavas de final… Novamente em Port Said, na quarta. 😯

Gols perdidos no oceano

Samoa Americana

A maior goleada oficial da história do futebol aconteceu em 2001, durante as Eliminatórias para a Copa do Mundo que foi disputada no Japão e na Coreia do Sul.

Austrália 31 x 0 Samoa Americana.

O vídeo abaixo, com os “melhores momentos” da partida, sequer conta com todos os gols. Foram registrados apenas 16… 😯

Tempo dos gols (oficialmente, segundo a Fifa, o 2º tempo vai de “46 a 90”): 10, 12, 13, 14, 17, 19, 21, 23, 25, 27, 29, 32, 33, 37, 42, 45, 50, 51, 55, 56, 58, 60, 65, 66, 78, 80, 81, 84, 85, 88 e 89.

Artilheiro: Archie Thompson, com 13 gols… 😈

A Austrália é uma potência? Longe disso… Mas na Oceania, repleta de micropaíses, reinava de uma forma sem graça, tanto que – em busca de um melhor nível técnico – pediu a autorização da Fifa para se filiar à federação asiática. Conseguiu.

Já a Samoa Americana continua lá na Polinésia, praticando algo parecido com futebol. O país de 70 mil habitantes (menos que o município de Gravatá/PE *) é o último colocado no Ranking da Fifa. Está em 203º lugar, ao lado de outras ‘potências’, como San Marino, Montserrat, Papua Nova Guiné e Anguilla. Todos com ZERO ponto.

A verdade é que já é quase um milagre um país como a Samoa Americana ainda conseguir formar uma seleção para a disputa das Eliminatórias. O país deixou de ser reconhecido como colônia apenas em 2002, mas preferiu continuar como uma dependência dos Estados Unidos (‘trabalhando’ com dólar mesmo). A economia é baseada na pesca e no turismo. A jogatina é proibida…

Obs. A campanha da Samoa Americana nas Eliminatórias de 2002 foi de 4 derrotas em 4 jogos. Nenhum gol marcado e 57 sofridos (veja mais AQUI).

(*) Gravatá, para servir de exemplo, tem uma população maior (74 mil moradores) e também uma área superior, de 513 km2, contra 199 km2 da Samoa.