“A iluminação por LED não estava prevista no projeto inicial e, por isso, não havia sido licitada. Para viabilizar o plano de antecipação da obra para a Copa das Confederações, foi realizada a mudança no projeto da fachada, o que garantiu que entregássemos 8 meses antes da data prevista. De toda forma, estão sendo realizados estudos de viabilização técnica e financeira para a realização do projeto para a Copa.”
A explicação da Arena Pernambuco em sua fan page oficial no facebook é recorrente, tamanha a quantidade de perguntas realizadas pelos torcedores, e olhe que são 166 mil curtidores na página.
Apesar da pequena esperança dada na última frase da nota oficial, visando o Mundial, a beleza do projeto em três dimensões, numa fachada semelhante à da Allianz Arena, em Munique, deve mesmo ficar no campo virtual.
Saiba mais sobre a polêmica em relação à fachada de LED aqui.
A ordem de serviço para a construção de um estádio de futebol com 16 mil lugares no bairro de Rio Doce, em Olinda, foi assinada em 2008.
O projeto de R$ 7,1 milhões foi oficializado através de uma parceria, sendo R$ 6 milhões do Ministério do Esporte e R$ 1,1 milhão da Prefeitura de Olinda.
A fundação foi realizada, parte a estrutura da arquibancada foi erguida e…
…a obra foi abandonada na Cidade Patrimônio.
Já são 15 meses sem atividade alguma no terreno, um cenário desolador, um escândalo no desperdício de dinheiro público, atravessando as gestões de Luciana Santos e Renildo Calheiros, ambos do PCdoB.
A promessa do poder público era entregar o empreendimento em dezembro de 2013, inscrevendo o estádio – o segundo sob a posse do município – para a seleção de centros de treinamento de seleções (CTS) para a Copa do Mundo.
Obviamente, Olinda não chegou nem perto desse objetivo. Sequer inscreveu.
Pior. A paralisação ocorreu, de acordo com a secretaria de obras da cidade, para adequar o estádio às normas da Fifa.
Como já informado, a ordem de serviço é de 2008. O Brasil foi escolhido como sede da Copa do Mundo em 2007. Logo, já se sabia da possibilidade.
O abandono, com lixo acumulado, entulhos, barro, ferro retorcido e mato, segue sem prazo para acabar, comprometendo até a estrutura.
A prefeitura informou que está sendo definida uma data para a retomada da obra e também o novo cronograma das ações.
Para isso, mais dinheiro, bem acima da previsão inicial.
Achou parecido com o que já ocorreu em algumas arenas do Mundial, como a de Curitiba, com todos os prazos esgotados?
Em Olinda, a expectativa é de que o gasto total ultrapasse os R$ 10 milhões…
A Arena Pernambuco será o primeiro estádio de futebol da região metropolitana do Recife a contar com um programa de visita guiada.
A partir do dia 22 de fevereiro, o moderno palco da Copa do Mundo de 2014 será inserido oficialmente no contexto turístico do estado.
O tour oficial terá um roteiro semelhante ao dos estádios mais famosos da Europa, como Camp Nou do Barcelona e o Santiago Bernabéu do Real Madrid, incluindo visitas aos bastidores e áreas restritas aos jogadores e dirigentes.
Na versão em São Lourenço, um tour pelo vestiário, zona mista, setor de imprensa, camarotes, lounge e campo de jogo. O percurso será realizado em grupos de até 50 pessoas, com duração de aproximadamente 40 minutos.
A visita deverá custar R$ 20, com a vantagem de meia entrada para os sócios-torcedores em dia de Náutico, Santa Cruz e Sport.
Impressiona se dar conta de que Arruda, Aflitos e Ilha do Retiro, com décadas de uma rica história, ainda não contam com visitas do tipo…
São Paulo – A volta de Luiz Felipe Scolari à Seleção Brasileira, no fim de 2012, trouxe velhos costumes à vida do experiente técnico gaúcho.
No embalo da onipresença na imprensa nacional, Felipão voltou a ficar em evidência no mercado publicitário, através de comerciais na televisão, a dar palestras… e a demonstrar uma enorme confiança em relação ao desempenho da Canarinha.
Ao iniciar o trabalho no rastro de Mano Menezes, o treinador tinha a consciência do tamanho da missão em 2014.
Não menos do que ser campeão do mundo, atuando em casa.
Somente o italiano Vittorio Pozzo conquistou dois títulos mundiais comandando um país. No caso, a sua amada Azzurra, em 1934 e 1938.
O histórico não muda o tom de Scolari, detentor do título de 2002, que sintetizou os motivos que “levarão” a Seleção ao hexa nesta temporada.
“Ambiente, organização e torcida”.
Na prática, a mesma trinca da Copa das Confederações.
“O nosso planejamento vem desde 28 de novembro de 2012. Está tudo seguindo e vamos conseguir os nossos objetivos. Estou cada dia mais convicto. Como eu poderia passar para todo um país que não acredito na minha Seleção, que não vejo os meus jogadores em condições?”
As declarações foram dadas no encerramento do evento Futebol Melhor, bancado pela Ambev, com quem ele tem contrato – também já firmou acordos com Nike e Peugeot.
Frases do tipo também já foram proferidas em palestras em empresas, faculdades etc.
“Pagam direitinho”, brincou.
Como de costume, encerrou a noite quebrando gelo…
“E se eu perder a Copa, continuarei sendo o último técnico campeão mundial com o Brasil.”
Milionários, modernos e erguidos no mesmo ano. Dezoito estádios foram inaugurados em 2013, sendo seis deles no Brasil, justamente os palcos da Copa das Confederações. Entre os empreendimentos, a Arena Pernambuco, construída a partir da quinta e última versão do Padrão Fifa, ao custo de R$ 650 milhões.
Todas as arenas concorrem ao prêmio internacional de Estádio do Ano – 2013, nomeação anual organizada pela stadiumdb.com (da Inglaterra) e stadiony.net (da Polônia), considerando os palcos para o futebol abertos na temporada correspondente, com ao menos dez mil lugares.
A votação do Stadium DataBase, aberta ao público, tem uma estrutura diferente. Em vez de um, o participante escolhe cinco estádios, dando cinco estrelas para o melhor, quatro para a segunda opção e assim sucessivamente, até a quinta opção, com apenas uma estrela.
A votação irá até o dia 22 de fevereiro. Abaixo, a lista completa dos candidatos.
Em 2012, quando foram inaugurados 16 estádios mundo afora, o prêmio foi vencido pela Arena do Grêmio, em uma votação com a participação de 14.439 pessoas. O estádio gaúcho recebeu 216.585 pontos.
Na sua opinião, qual deve ser a posição da arena de São Lourenço da Mata diante desta concorrência…?
A Fan Fest da Copa do Mundo de 2014 foi cancelada no Recife.
O palco oficial da Fifa seria armado no Marco Zero e contaria com um telão de 144 metros quadrados para a exibição de todas as partidas.
A expectativa era de um público diário acima de 35 mil pessoas na ilha, com entrada franca, durante 35 dias, conforme a previsão inicial.
Alegando o custo do evento, de R$ 20 milhões – excluindo os equipamentos eletrônicos, fornecidos pela entidade -, a Prefeitura do Recife cancelou o projeto, faltando quatro meses para o Mundial.
Após ler a repercussão nas redes sociais sobre o assunto, sei que provavelmente estarei entre a minoria nessa discussão…
Na minha opinião, porém, foi um erro da prefeitura da capital pernambucana. O município não cumpriu com a palavra, dada há um bom tempo.
Pernambuco foi eleito com uma das doze subsedes em 30 de maio de 2009.
Desde então, como as outras localidades selecionadas, se dispôs a cumprir uma enorme matriz de responsabilidades. Cara, com prazos apertados.
Estádio de última geração, obras de mobilidade, reforma do aeroporto, construção de terminal portuário e ações de turismo. No caso pernambucano, a previsão de gasto chegou a R$ 2,9 bilhões, em investimentos federal, estadual, municipal e privado.
No quesito relacionado ao turismo, além do número de leitos nos hotéis, sistema de transporte e placas de sinalização, haveria um item presente no torneio desde 2006. As fan fests se tornaram uma parte importante da Copa do Mundo.
Reúnem multidões – população local e turistas – em eventos de longa duração, com shows, ações de marketing etc. Uma atração popular à parte da arena, com a lotação esgotada.
E esse ônus seria da Prefeitura, fato. Há cinco anos se sabe disso. Não só o Recife, mas Natal, Belo Horizonte, Cuiabá, Porto Alegre…
Politicamente – e talvez seja este o ponto com o qual discordei dos comentários que li nas redes sociais -, é algo positivo economizar 20 milhões de reais para gastar em outros equipamentos (necessários) para a cidade.
Contudo, esta verba já era matéria vencida, comprometida, como o carnaval de 2014, já pago, por exemplo.
Na suposta parceria governo/prefeitura para o evento, Geraldo Júlio contradiz com o veto à fan fest as atitudes do governador Eduardo Campos, até pouquíssimo tempo o maior entusiasta da participação pernambucana.
Entre as explicações a favor da decisão vem o fato de a “Fifa explorar o Brasil de todas as formas na organização da Copa do Mundo”.
De fato, a dona Fifa é exigente demais e já fez pedidos além do razoável.
Independentemente de a fan fest ser ou não “razoável” – e eu considero que seja, pois é mais um vetor para movimentar a cidade massivamente -, o projeto estava no contrato original, assinado.
Como a Radial da Copa, a duplicação da BR-408, obras que ficarão para a população, obviamente, mas com o mesmo peso burocrático do compromisso.
Durante o Mundial, o Recife Antigo, até então na expectativa de se tornar um imenso polo de animação, poderá passar no limbo, caso os patrocinadores do evento – com aportes em outras direções – não banquem a conta inesperada.
Ou mesmo o governo do estado…
Enquanto isso, as outras onze cidades seguem com o formato completo de entretenimento de uma subsede, garantindo estádio e fan fest.
E assim deverá continuar ocorrendo nas próximas edições da Copa do Mundo.
A Copa do Mundo é uma marca pulsante no mercado. A concorrência para associar produtos ao maior torneio de futebol, de forma oficial, é enorme.
Não por acaso, os contratos costumam ser exclusivos junto à Fifa. Assim, as prateleiras a cada esquina recebem a cerveja oficial, o refrigerante oficial, a camisa oficial, a bola oficial, o boneco oficial… E até o chocolate oficial.
Pois é. A Garoto é uma das patrocinadoras da edição de 2014, no Brasil. Aproveitando o “direito adquirido”, a empresa, com previsão de investimento de R$ 200 milhões em ações de marketing até o evento, lançou uma réplica do troféu inteiramente de chocolate ao leite.
O produto embrulhado de dourado terá 25 centímetros de altura, pesando 300 gramas e com preço sugerido de R$ 50. Já a taça original, criada há quatro décadas, tem 36,8 centímetros e 6,175 quilos. O valor da peça oficial, com cinco quilos de ouro dezoito quilates, até hoje não foi calculado…
O Recife viveu um dia inesquecível em 19 de julho de 1994. Há vinte anos aconteceu na Avenida Boa Viagem a carreata do tetracampeonato mundial, com a Taça Fifa. Mais de 1,5 milhão de pernambucanos tomaram conta da orla no desfile dos campeões, na primeira parada no país.
Era uma ensolarada terça-feira, com ponto facultativo em toda a cidade. Na frente do carro do Corpo de Bombeiros, no desfile, estavam Ricardo Rocha e Romário, exibindo a taça. A festa durou o dia todo. Para se ter ideia, o Galo da Madrugada daquele ano teve um milhão de pessoas.
A tradição da filatelia em eventos esportivos no país ganhou mais um capítulo através dos Correios. A companhia lançou os primeiros selos da Copa do Mundo de 2014. No caso, a reprodução dos cartazes oficiais das doze subsedes, incluindo, claro, o Recife. Foram apresentadas cartelas com 24 imagens, com 600 mil cópias ao todo. Em caso de compra por unidade, o selo sai por R$ 1,20.
Com 351 anos de história, Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos já utilizou bastante o conceito em competições de grande porte no Brasil, como Mundial, Copa das Confederações e Jogos Pan-americanos, além de clubes de futebol, em aniversários ou títulos expressivos.
Em 1950 a Copa do Mundo teve como destaque o Maracanã, construído na época e cuja capacidade era de 200 mil pessoas. Há 64 anos os selos básico foram vendidos por menos de 1 cruzeiro. Curiosamente, o principal foi vendido por Cr$ 1,20.
Voltando ao presente, outros selos do Mundial de 2014 devem chegar ao mercado, com a devida autorização da Fifa. Seria interessante ver o principal selo de 1950, com o estádio Mário Filho, repaginado.
O padrão tradicional da Seleção Brasileira, com camisa amarela e detalhes verdes, calção azul e meias brancas, foi instituído em 1954.
Antes, o Brasil atuava nos gramados de branco, dos pés à cabeça. No máximo, alguns detalhes azuis na gola. O Maracanazo sepultou o uniforme. Desde então, a Canarinha ainda atuou algumas partidas com um segundo uniforme, azul.
Nos tempos atuais, com inúmeros padrões lançados por ano, para alavancar as vendas, é comum a utilização de um terceiro uniforme nos clubes – alguns contam com até quatro, cinco modelos, completamente alternativos.
Agora, uma versão extra na Seleção. Primeira primeira vez, a Nike – fornecedora da CBF desde 1996 – lançou uma versão completa do terceiro padrão. Anteriormente, já havia sido criada uma camisa preta. Agora é a vez do tom verde escuro, incluindo calção e meias, e um distintivo que brilha no escuro.