No sufoco, Náutico empata com Cordino e garante mais R$ 600 mil na Copa do Brasil

Copa do Brasil 2018, 1ª fase: Cordino 1 x 1 Náutico. Foto: Lucas Almeida/L17/comunicação

Foi o oitavo jogo oficial do Náutico em 24 dias. Média de um a cada 72 horas. Por isso, o técnico Roberto Fernandes poupou no domingo o volante Negretti, um dos poucos destaques do time neste início de temporada. Era preciso ter a peça de estabilidade para o sistema defensivo, que ainda tenta se tornar confiável. O objetivo era não perder no Maranhão, na estreia da Copa do Brasil. O empate seria suficiente para obter a vaga. E foi.

A atmosfera lá era até favorável. Em vez de Barra do Corda, no interior, a partida ocorreu na capital, com o mandante pegando 444 km de estrada – pela falta de condições em seu campo. No amplo Castelão, apenas 272 torcedores e zero pressão. Mas (quase) faltou bola. Após sofrer um gol de pênalti no primeiro tempo e ter que substituir o goleiro, o alvirrubro só conseguiu reagir de fato aos 37 minuto da etapa final, com o zagueiro Camutanga escorando de cabeça uma falta na ponta da área. O 1 x 1 que colocou o timbu na segunda fase do torneio após dois anos caindo na primeira fase, também para times do interior da região (Vitória da Conquista e Guarani de Juazeiro).

Copa do Brasil 2018, 1ª fase: Cordino 1 x 1 Náutico. Foto: Léo Lemos/Náutico

Num jogo não televisionado, uma análise mais ampla não é possível – ao menos aqui no blog -, restando a observação sobre o ganho financeiro, com o Náutico conseguindo mais uma cota importante para o seu planejamento até dezembro. Somando as classificações na seletiva nordestina e na fase inicial da copa nacional, um acumulado de R$ 1,1 milhão. Por mérito esportivo.

Cotas do Náutico na Copa do Brasil
1ª fase – R$ 500 mil (vs Cordino)
2ª fase – R$ 600 mil (vs Fluminense-BA, fora)
3ª fase – R$ 1,4 milhão?

O timbu na 1ª fase da Copa do Brasil
23 participações

18 classificações (78%; última em 2018 – Cordino/MA)
5 eliminações (21%; última em 2017 – Guarani de Juazeiro/CE) 

Copa do Brasil 2018, 1ª fase: Cordino 1 x 1 Náutico. Foto: Lucas Almeida/L17/comunicação

Com 8 jogos, preliminar do Nordestão de 2018 registra média de 2,1 mil torcedores

Copa do Nordeste 2018, seletiva: Náutico (5) 0 x 0 (4) Itabaiana. Foto: Itabaiana/instagram (@aitabaianaoficial)

A Copa do Nordeste foi reformulada, com a fase de grupos caindo de 20 para 16 times, após as duas edições seguidas com média de público abaixo de 6 mil espectadores. Tentanto elevar o número de partidas envolvendo as forças tradicionais da região, a Liga do Nordeste encaminhou à CBF, após uma assembleia, a ideia de uma seletiva com oito times. Ou seja, quatro mata-matas e eliminação direta, projetando emoção. No entanto, ao menos focando o torneio de 2018, a nova etapa não colaborou para o incremento, deixando claro como um calendário ruim (e esse foi) atrapalha.

Os oito jogos preliminares foram assistidos in loco por 17 mil torcedores, com a maior assistência justamente na última partida, na Arena Pernambuco. Ainda assim, menos de 5 mil torcedores viram a classificação do Náutico na disputa de pênaltis. Na média, pouco mais de 2 mi. Na bilheteria, idem. Em 2017, a média geral foi de R$ 113 mil, turbinada, naturalmente, pela fase final. Em 2018, a preliminar inteira arrecadou R$ 186 mil, com índice de R$ 23 mil.

Ao todo, a 15ª edição do Nordestão terá 70 jogos, 4 a menos que a anterior.

Os maiores públicos da fase preliminar da Lampions
4.805 pessoas – Náutico 0 x 0 Itabaiana (13/01/2018)
4.357 pessoas – Treze 1 x 0 Cordino (11/01/2018)
3.757 pessoas – CSA 4 x 0 Parnahyba (22/08/2017)
1.114 pessoas – Parnahyba 0 x 1 CSA (15/08/2017)
1.094 pessoas – Itabaiana 0 x 0 Náutico (08/01/2018)
947 pessoas – Globo 2 x 0 Fluminense (24/08/2017)
785 pessoas – Fluminense 1 x 1 Globo (16/08/2017)
206 pessoas – Cordino 1 x 1 Treze (04/01/2018)

Público total: 17.065 torcedores; média: 2.133

Classificados à fase de grupos: Treze (A), Globo (B), Náutico (C) e CSA (D)