O duelo no Arruda encerrou a 6ª rodada do grupo A da Série C. A surpreendente derrota deixou o Santa Cruz na sexta colocação, a um ponto do G4.
Apesar de a tabela representar a sexta rodada, oito dos onze times já disputaram sete rodadas. Essa atualização assimétrica da classificação acontecerá durante quase toda a fase. Com onze times, a tabela só terá o mesmo número de jogos no fim dos turnos.
A 7ª rodada do representante pernambucano 31/07 – Santa Cruz x Rio Branco/AC (20h30)
O jogo no Mato Grosso na tarde desta quarta, com a goleada do Cuiabá sobre o Treze por 4 x 0, encerrou a primeira rodada do grupo A. O Santa Cruz larga na quarta colocação, fechando a zona de classificação da Série C.
Vale salientar uma particularidade desta chave, com onze times. Ou seja, a cada rodada um clube irá folgar. Na abertura foi logo o Rio Branco, incluído após a conciliação no Supremo Tribunal Federal. Confira a nova tabela aqui.
A 2ª rodada do representante pernambucano
09/06 – CRB x Santa Cruz (19h)
Um domingo para celebrar a retomada do Santa Cruz.
Os resultados da rodada haviam sido excelentes para os corais, com empate entre os paraenses Águia e Paysandu e derrota do Treze.
Tropeços de três adversários diretos, o que possibilitou ao bicampeão pernambucano buscar uma vitória simples nesta tarde para voltar à zona de classificação da Série C.
Ao fim dos noventa minutos, o placar até seria simples, mas não a história do jogo…
Contra o renascido Cuiabá, que vinha de um 5 x 1, os corais esbarram no goleiro Gatti no primeiro tempo. Num chutaço de Renatinho e em duas finalizações do atacante DM9.
Se o mandante festejava a volta do paredão e ídolo Tiago Cardoso, após quatro meses no estaleiro, o visitante “apresentou” Rafael Savério Gatti, já com 28 anos.
No primeiro tempo, ele conseguiu calar um Mundão lotado, conforme previsto na concorrida venda de ingressos durante a semana.
As vaias no intervalo e a bronca de Zé Teodoro em relação à arbitragem, pedindo um pênalti não assinalado, parecia o cenário de outras jornadas de futebol irregular.
A impaciência da torcida passando para o time e vice-versa.
Disposto a sacramentar a vitória e alcançar os 19 pontos, o Tricolor martelou o quanto pôde o Cuiabá na etapa final. Aos 26 minutos, a zaga falhou e Dênis Marques aproveitou para bater para o gol, chegando a nove tentos. Alcançou a artilharia.
Depois uma pressão natural do adversário. No fim, o importantíssimo triunfo por 1 x 0. Alívio com o G4 de volta, a quatro rodadas do fim desta fase. Que não saia novamente.
A angústia estava enorme, do tamanho da torcida, com nada menos que 35.464 torcedores presentes desta vez. Sofreram, mas saíram felizes.
Como de costume, a rodada no grupo A da Série C acabou somente na noite de terça.
O Santa Cruz somou o 4º empate em 5 jogos. Ficou no empate em 0 x 0 com o penúltimo colocado da chave, o Cuiabá. Jogo na capital do Moto Grosso, no domingo.
Se o Tricolor não conseguiu balançar as redes, o Salgueiro foi à forra. Que o diga o atacante Marciano, autor de quatro gols no chocolate de 6 x 2 sobre o Luverdense.
A 6ª rodada para os pernambucanos:
04/08 (16h00) – Santa Cruz x Icasa
04/08 (16h00) – Águia/PA x Salgueiro
Era a primeira partida do Santa Cruz fora de Pernambuco nesta Série C.
A “estreia” foi bem distante, em Cuiabá, a 3.341 quilômetros do Recife.
Se em casa a contenção já era o foco absoluto da equipe, gerando inclusive a insatisfação de parte da torcida no Mundão, imagine longe do Arruda.
O bicampeão estadual até embarcou para o Moto Grosso disposto a buscar a vitória nesta sequência de três jogos fora de casa nas próximas quatro rodadas, mas passou longe disso neste domingo, no acanhado estádio Presidente Dutra.
Apesar de ter acertado a trave uma vez, numa cabeçada com o zagueiro Willian Alves, a Cobra Coral foi pressionada pelo Cuiabá, mas sem grande sustos, diga-se.
O técnico Zé Teodoro ainda tentou impor mais velocidade à equipe pernambucana na etapa complementar, mas o empate em 0 x 0 acabou ficando de bom tamanho.
Pela circunstância do jogo, sim, mas não pela classificação geral da Terceirona.
Mesmo com o status de único invicto do grupo A do Campeonato Brasileiro, o Santa Cruz ainda está fora do G4, com quatro empates em cinco rodadas.
A zona de classificação não está distante. Não mesmo. Tanto que o Salgueiro, que goleou o Luverdense por 6 x 2 , tem a mesma pontuação, construída a base de vitórias.
Resumindo. Para saltar na tabela, será preciso somar três pontos num mesmo dia…
Um breve relato sobre a história do Santa Cruz em finais nacionais:
Em sua melhor campanha, passou muito perto em 1975.
Diante de 38 mil torcedores, num Arruda bem diferente – ainda sem o anel superior -, o Santa Cruz disputou a semifinal do Campeonato Brasileiro.
Da Série A, é bom lembrar. Contra o timaço do Cruzeiro, o Tricolor jogava pelo empate para chegar à decisão da competição.
O jogo seguia 2 x 2 até os 45 minutos do segundo tempo, quando Palhinha, em posição duvidosa, fez o gol da vitória mineira.
Não veio a classificação à finalíssima do Brasileirão e nem a vaga à Libertadores de 1976. Depois daquele dia fatídico na história coral, o clube ainda teve mais duas oportunidades claras de conquistar uma estrela.
Em vez do ouro, um metal menos nobre, a prata. Primeiro, em 1999.
No estádio Serra Dourada, o Santa Cruz jogava pelo empate com o Goiás para conseguir o acesso. Uma vitória, no entanto, daria o título da Série B.
Não foi uma final de direito, mas quase isso, de fato. Porém, naquela última rodada do campeonato, o empate sem gols não foi sequer ameaçado.
Portanto, Goiás campeão e Santa vice.
Depois, novamente ma Segundona, o título ficou ainda mais perto.
Na verdade, o título chegou a ser comemorado durante 15 minutos, após a vitória pro 2 x 1 sobre a Portuguesa, diante de 65 mil pessoas no Mundão.
A derrota do Náutico diante do Grêmio, aos 60 minutos (isso mesmo) do 2º tempo, brecou a volta olímpica tricolor, então com uma taça improvisada.
Veio, então, a derrocada que todos estão cansados de saber.
Mas o primeiro passo para a reconstrução de um gigante adormecido – como o próprio povão faz questão de dizer – está acontecendo.
Neste primeiro passo, a pioneira estreia numa decisão nacional. Neste domingo, o time treinado por Zé Teodoro venceu o Cuiabá/MT por 2 x 1, de virada e fora de casa.
Na Série D, a última divisão do país?! Pouco importa, hoje. Só por hoje.
Infelizmente, o Santa Cruz teve que disputá-la (três vezes). Está fazendo o seu papel e agora está a duas partidas de superar essa fase em sua história com uma conquista.
Pela lógica, seria uma estrela de cobre, “cor” instituída pela Conmebol nesta temporada. Valeria a pena bordar? A expectativa da torcida tricolor é a resposta.
Sem dúvida alguma, o ano de 2011 já está “ganho” pelo Santa Cruz. Para muitos torcedores, o time coral foi além do que era possível no início da temporada.
Começando pelo título estadual, quando desbancou os dois rivais, com investimento muito acima da realidade tricolor.
Depois, ainda que com algum sufoco, com o desejado acesso à Série C, diante de 60 mil torcedores. O ano teria acabado ali que não haveria qualquer problema.
Porém, não acabou e uma importante taça ainda está na mira do Santinha.
O título brasileiro da Série D pode referendar de uma vez por todas esse renascimento, coroando – literalmente – a temporada coral.
Portanto, a sonolenta vitória por 1 x 0, neste domingo, sobre o Cuiabá, deve ser tratada como parte disso. O ímpeto da massa foi menor na abertura da semifinal, com 26 mil torcedores, mas não deve ser.
O time está a três jogos de erguer um troféu, o primeiro de uma série de conquistas que poderá recolocar o clube na elite nacional, em 2014, em seu centenário.