A audiência do Super Bowl na TV dos EUA, há 8 anos com mais de 100 milhões de telespectadores. Segue atrás da Copa

Super Bowl 51, Patriots 34 x 28 Falcons. Foto: Todd Rosenberg/NFL

O Super Bowl de 2017, em Houston, foi um dos mais emocionantes da história, com o Patriots, do quarterback Tom Brady, revertendo um placar improvável. De 3 x 28 para 34 x 28, na maior virada em uma decisão, que pela primeira vez só foi definida no overtime. O suficiente para atrair a atenção de 1/3 da população norte-americana, no maior evento esportivo do país. De acordo com o instituto Nielsen, que há tempos mede a audiência do evento, foram 111,3 milhões de telespectadores, em média, no canal Fox. Outros 2,4 milhões assistiram no aplicativo Fox Go e no canal para o público hispânico.

Embora gigantesco, não foi o recorde, com 600 mil a menos em relação à edição 50, em 2016. Por outro lado, manteve a escrita desde 2010, com todas as decisões do futebol americano ultrapassando a marca de 100 milhões de telespectadores, num raio de interesse que vai bem além. Em escala global, o dado sobe para 172 milhões. Basta medir o interesse no Brasil. Antes do Super Bowl 51, o Ibope Repucom divulgou uma pesquisa no país, com 15,2 milhões de aficionados na modalidade, ou 20% da população. Gente que viu a final nos cinemas e, sobretudo, na ESPN e no Esporte Interativo..

Audiência televisiva do Super Bowl nos EUA
2010 – 106,4 milhões (New Orleans Saints 31 x 17 Indianapolis Colts)
2011 – 111,0 milhões (Green Bay Packers 31 x 25 Pittsburgh Steelers)
2012 – 111,3 milhões (New York Giants 21 x 17 New England Patriots)
2013 – 108,4 milhões (Baltimore Ravens 34 x 31 San Francisco 49ers)
2014 – 111,5 milhões (Seattle Seahawks 43 x 9 Denver Broncos)
2015 – 114,4 milhões (New England Patriots 28 x 24 Seattle Seahawks)

2016 – 111,9 milhões (Denver Broncos 24 x 10 Carolina Panthers)
2017 – 111,3 milhões (New England Patriots 34 x 28 Atlanta Falcons)

% da população dos EUA que assistiu ao Super Bowl (população estimada)
2010: 34,4% (308.745.538)
2011: 35,7% (310.792.611)

2012: 35,5% (313.100.430)
2013: 34,3% (315.368.796)
2014: 35,1% (317.655.775)
2015: 35,7% (320.004.267)
2016: 34,7% (322.260.431)
2017: 34,3% (324.485.597) 

Apesar da franca exibição internacional – somente no Brasil são cinco jogos por semana na temporada regular -, a NFL segue bem atrás do futebol.

Copa do Mundo (final)*
2010 – 909 milhões (Espanha 1 x 0 Holanda)
2014 – 1,013 bilhão (Alemanha 1 x 0 Argentina)
* Pessoas que assistiram pelo menos 1 minuto da partida

Eurocopa (final)**
2012 – 300 milhões (Espanha 4 x 0 Itália)
2016 – 300 milhões (Portugal 1 x 0 França)
** Audiência média

Com uma influência muito maior no planeta, o soccer ocupa os três primeiros lugares no ranking mundial de audiência na tevê. Em 3º lugar, a Champions League já passa de 200 milhões, com a Euro e a Copa do Mundo em escalas bem maiores. Por sinal, 1/7 da população da Terra sintonizou a televisão na decisão mundial no Maracanã em algum momento. Mesmo analisando só a média, aquela partida segue imbatível, com 700 milhões de pessoas assistindo à vitória da Alemanha sobre a Argentina. Também no overtime.

Super Bowl 51, Patriots 34 x 28 Falcons. Foto: Todd Rosenberg/NFL

O discurso de CR7 na conquista da Euro

Quatro meses após a inédita conquista da Eurocopa, a Federação Portuguesa de Futebol divulgou um vídeo de bastidores, com o discurso de Cristiano Ronaldo no vestiário do Stade de France, após a vitória sobre os donos da casa, na prorrogação. O craque do Real Madrid apontou aquele momento, aquele triunfo, como o momento mais feliz de sua carreira. Assista.

“Eu poderia repetir isso 100 vezes. Eu estou muito feliz. Esse é o troféu que estava faltando.”

A dor de perder uma Eurocopa dentro de casa e um abraço muito além do esporte

Em 2004, Portugal foi vice-campeão europeu em casa.
Derrota surpreendente em Lisboa, para a Grécia.

Em 2016, a França foi vice-campeã europeia em casa.
Derrota surpreendente em Saint-Denis, para Portugal.

Ainda que o torcedor lusitano no vídeo não tenha sofrido com o revés há doze anos, já vivia com as cicatrizes de sua seleção. Franceses de todas as idades vão viver essa dor em 2016, das maiores nos últimos tempos. Mas eis que um simples abraço numa Fan Fest mostra que o futebol é muito mais que um jogo…

Portugal, o 10º país campeão da Eurocopa

Torre Eiffel com as cores de Portugal. Foto: @uefaeuro

A Torre Eiffel, no Champ de Mars, em Paris, ganhou as cores portuguesas.

O título da Eurocopa teve toda a entrega possível de Portugal, que bateu a França no Saint-Denis com um gol no segundo tempo da prorrogação, com Éder mandando de fora da área. O favoritismo era todo dos Bleus, com uma campanha melhor, com o artilheiro (Griezmann, 6 gols), com o apoio da torcida e ainda mais com a saída prematura de Cristiano Ronaldo, que sofreu uma entrada dura com apenas 18 minutos de bola rolando na decisão.

E quem esperava o time luso retraído, se enganou. Surpreendeu o adversário, criando chances, ainda que tenha tomado um susto daqueles no último lance do tempo regulamentar, com Gignac acertando a trave. No tempo extra, com os atacantes abertos, foi à frente e arrancou a vitória. 1 x 0 para a história, apagando a frustração de 2004, quando sediou o torneio e perdeu a final da Grécia. Nesse tempo todo, CR7 chorou de tristeza, de dor e, enfim, de felicidade. Uma vitória quase sem sua presença, mas ele mesmo avisou…

“Não somos 11, somos 11 milhões!”

Com a conquista continental, Portugal encerra a busca por um título de primeira linha. Já havia sido semifinalista do Mundial em 1966 e 2006 e em outras quatro vezes terminou entre os quatro melhores no Velho Mundo. Agora, o topo.

Tornou-se o 10º país campeão da Euro. Antes tarde do que nunca.

1º) 1960 – União Soviética (1 no total)
2º) 1964 – Espanha (3)
3º) 1968 – Itália (1)
4º) 1972 – Alemanha (3)
5º) 1976 – Tchecoslováquia (1)
6º) 1984 – França (2)
7º) 1988 – Holanda (1)
8º) 1992 – Dinamarca (1)
9º) 2004 – Grécia (1)
10º) 2016 – Portugal (1)

Eurocopa 2016, final: França x Portugal. Foto: Uefa (@uefaeuro)

Portugal x França, a final da Euro 2016. Um título para a história ou pela história

Cristiano Ronaldo (Portugal) x Antoine Griezmann (França) na final da Eurocopa 2016. fotos: @uefaeuro

Uma potência em busca de uma nova conquista diante do seu povo.
Um coadjuvante de respeito querendo a primeira taça de sua história.

O Stade de France vai abrigar, em 10 de julho, a decisão da Eurocopa 2016, com a França de Antoine Griezmann, o artilheiro desta edição, com 6 gols, e Portugal de Cristiano Ronaldo, o maior goleador da história do torneio, com 9 tentos. As jornadas foram bem contrastantes, com os Bleus superiores em quase todas as apresentações. Apenas no encerramento da fase de grupos, já classificados, pisaram no freio e ficaram num empate sem gols com a Suíça.

No mata-mata, a França avançou com tranquilidade, com direito a um triunfo sobre a atual campeã mundial. Vai em busca do tricampeonato, com a força do “mando”. Disputando torneios oficiais em casa, são 17 jogos de invencibilidade. Não por acaso, é o último anfitrião campeão europeu (1984) e campeão mundial (1998). Mais: venceu o adversário lusitano nos últimos dez jogos, numa série iniciada em 1978! Contra todas essas estatísticas, os portugueses tentam preencher a lacuna de 2004, quando sediaram a Euro e, com a sua melhor geração, deixaram a taça escapar numa zebraça comandada pelos gregos. Presente naquele ano, CR7 chega como protagonista, com três gols em 2016, decidindo a semi contra Gales do companheiro Bale. Foi a primeira vitória categórica de um time recheado de empates, jogando no limite.

A 15ª decisão europeia mantém a tradição de finais distintas na competição. Até hoje, apenas uma repetição, com alemães e tchecos em 1976 e 1996. Ainda assim, há  a ressalva da unificação alemã e da separação tcheca no período.

As campanhas dos finalistas de 2016
França
5 vitórias, 1 empate, nenhuma derrota, 13 GP, 4 GC

Portugal
2 vitórias, 4 empates, nenhuma derrota, 8 GP, 5 GC

Todas as finais da Euro
1ª) 1960 – União Soviética 2 x 1 Iugoslávia (Paris, França)
2ª) 1964 – Espanha 2 x 1 União Soviética (Madri, Espanha)
3ª) 1968 – Itália x Iugoslávia: 1 x 1 (Roma, Itália) e 2 x 0 (Roma, Itália)
4ª) 1972 – Alemanha Ocidental 3 x 0 União Soviética (Bruxelas, Bélgica)
5ª) 1976 – Tchecoslováquia (5) 2 x 2 (3) Alemanha Oc. (Belgrado, Iugoslávia)
6ª) 1980 – Alemanha Ocidental 2 x 1 Bélgica (Roma, Itália)
7ª) 1984 – França 2 x 0 Espanha (Paris, França)
8ª) 1988 – Holanda 2 x 0 União Soviética (Munique, Alemanha)
9ª) 1992 – Dinamarca 2 x 0 Alemanha (Gotemburgo, Suécia)
10ª) 1996 – Alemanha 2 x 1 República Tcheca (Londres, Inglaterra)
11ª) 2000 – França 2 x 1 Itália (Roterdã, Holanda)
12ª) 2004 – Grécia 1 x 0 Portugal (Lisboa, Portugal)
13ª) 2008 – Espanha 1 x 0 Alemanha (Viena, Áustria)
14ª) 2012 – Espanha 4 x 0 Itália (Kiev, Ucrânia)
15ª) 2016 – França x Portugal (Saint-Denis, França)

* Rússia herdou o histórico da União Soviética
** Alemanha herdou o histórico da Alemanha Ocidental

*** República Tcheca herdou o histórico da Tchecoslováquia*
*** Sérvia herdou o histórico da Iugoslávia  

O  campeão europeu deverá enfrentar o Chile, o campeão da Copa América Centenário, num duelo intercontinental promovido pela Conmebol e pela Uefa…

Islândia, um país menos populoso que Olinda, destrona a Inglaterra. Acredite

Torcida da Islândia. Foto: Eurocopa 2016/twitter (UEFAEURO_

O território da Islândia é quase do mesmo tamanho de Pernambuco, com 103.001 km² x 98.149 km². Demograficamente, contudo, há uma enorme diferença, com 9,4 milhões de habitantes no estado e apenas 331 mil no país insular, espalhados em cidades pequenas no litoral, bem afastadas da Europa. Lá, num cenário quase deserto, o futebol vive. Apesar da população menor em relação a cinco municípios locais (Olinda, para se ter ideia, tem 57 mil a mais!), é capaz de formar uma seleção competitiva, que já faz história na Euro 2016.

Começou nas eliminatórias, num rendimento já irreal para o padrão da equipe. Seguiu contra a lógica na fase de grupos e alcançou uma impressionante classificação às quartas, vencendo a Inglaterra por 2 x 1, de virada. Superou o inventor do esporte, o país da liga mais rica, de um nível de profissionalismo superior a oito divisões. Na Islândia, segundo a federação nacional de futebol (KSI), existem apenas 3 mil adultos jogando bola, com 100 profissionais!

Fazendo uma relação entre a população masculina (167 mil islandeses) e os 23 convocados da seleção, 1 em cada 7 mil foi chamado para o torneio continental. No estado, essa conta ficaria 1 em 198 mil. Tudo, absolutamente tudo, sobre a Islândia parece ficção, como a sua torcida, com 5% do país presente nos jogos na França. Uma torcida fiel, que segue a sua história, agora contra os donos da casa, os franceses. Mundialmente, a torcida já está maior…

1.617.183 – Recife (IBGE, estimativa de 2015)
686.122 – Jaboatão
389.494 – Olinda
347.088 – Caruaru
331.951 – Petrolina

331.811 – Islândia

322.730 – Paulista
200.546 – Cabo
154.054 – Camaragibe
136.949 – Garanhuns
135.805 – Vitória

Islândia comemora a classificação às quartas da Euro 2016. Foto: Eurocopa 2016/twitter (@UEFAEURO)

O mata-mata da Eurocopa 2016, com módulo amarelo e módulo verde

Mata-mata da Eurocopa 2016. Crédito: twitter.com/euro2016

O chaveamento da fase final da Eurocopa 2016 deixou as maiores forças do continente agrupadas em um lado. Alemanha, Itália, Espanha, França e Inglaterra, as seleções campeãs mundiais. Do ouro lado, os emergentes. Não há sequer um campeão europeu, com Portugal e Bélgica entre os principais nomes. O mata-mata lembra uma composição com Módulo Amarelo e Módulo Verde, num paralelo conhecido do torcedor pernambucano, remetendo a 1987.

Após 36 jogos na fase de grupos, 16 dos 24 países avançaram às oitavas de final do torneio em andamento na França. Aliás, esta 15ª edição é a primeira com esta fase. De 1996 a 2012, o mata-mata começava nas quartas, enquanto de 1960 a 1992 ocorria ainda mais cedo, na semi. Com a ampliação da Euro, agora é preciso jogar sete vezes para levantar a taça. Tal formato, com alguns terceiros colocados passando da fase de grupos, é idêntico ao Mundial de 90 e 94. Curiosamente, o período de maior crítica acerca do nível técnico.

Pitacos do blog para a formação das quartas de final:

Polônia x Portugal, Gales x Bélgica, Alemanha x Itália e França x Inglaterra.

Confira a agenda da fase final do torneio europeu aqui.

Confira o retrospecto dos 18 países que já alcançaram ao menos a semifinal, com 8 deles ainda na disputa. Sendo cinco no “verde” e três no “amarelo”.

Os países que já ficaram entre os quatro melhores na Eurocopa de 1960 a 2012. Crédito: Wikipedia

A maior Eurocopa da história, a caminho do 15º campeão. Alguma camisa nova?

Campeões da Europa de 1960 a 2012. Crédito: Euro (@UEFAEURO)

A 15ª edição da Eurocopa, em 2016, é a maior da história do torneio, com 24 seleções. Com a França de país-sede pela terceira vez, após 1960 (a primeira, com apenas quatro times na fase final) e 1984, a chamada “Copa do Mundo sem Brasil e Argentina” reúne a nata do futebol no velho continente.

No sorteio dirigido, ficaram no pote 1 França, Espanha, Alemanha, Inglaterra, Portugal e Bélgica. A Itália, em eterna crise (mas sem nunca deixar de ser favorita), caiu no pote 2, com outras boas equipes ainda mais abaixo, como Suécia, Irlanda e Turquia. Acima, os uniformes de todos os campeões europeus, desde a Союз Советских Социалистических Республик (a abreviação CCCP), o equivalente a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS)

Nas últimas duas décadas, apenas um campeão inédito, com a surpreendente conquista da Grécia em 2004, diante dos portugueses, donos da casa e treinados por Felipão. A organização da Euro divulgou os uniformes de todos os campeões. Há espaço para uma camisa nova no pódio desta edição?

Campeões da Euro
1960 – União Soviética (extinta)
1964 – Espanha
1968 – Itália
1972 – Alemanha Ocidental (unificada)
1976 – Tchecoslováquia (extinta)
1980 – Alemanha Ocidental (unificada)
1984 – França
1988 – Holanda
1992 – Dinamarca
1996 – Alemanha
2000 – França
2004 – Grécia
2008 – Espanha
2012 – Espanha

Confira o retrospecto dos 18 países que já alcançaram ao menos a semifinal…

Os países que já ficaram entre os quatro melhores na Eurocopa de 1960 a 2012. Crédito: Wikipedia

A indústria de arenas com Padrão Fifa, torneios regulares e prêmios de design

Estádios inaugurados em 2013, incluindo a Arena Pernambuco. Crédito: copa2014.gov.br

Em 2013, quando foi inaugurada, a um custo superior a R$ 532 milhões, a Arena Pernambuco teve a companhia de outros 17 novos pacos mundo afora. Foram seis brasileiros, é verdade, numa relação direta com o Mundial, com os demais se adequando às demandas de conforto e mercado. Exceção? Pois hoje esse é o cenário comum da “indústria de arenas”, instaurada a partir das novas exigências técnicas da Fifa, que em 2011 lançou a quinta versão do caderno “Estádios de futebol – Recomendações técnicas e os requisitos”, com 420 páginas, englobando as últimas tendências sobre dados estruturais, sobre arquibancadas e coberturas, mídia e campo de jogo. Ou seja, o Padrão Fifa.

Com a Copa do Mundo e a Eurocopa ampliadas para 32 e 24 países, numa alternância de dois em dois anos no calendário da bola, a quantidade de novos projetos disparou. Nas últimas quatro temporadas foram inaugurados 88 estádios! Neste boom estão palcos menores, remodelados a partir de US$ 8,6 milhões, e enormes complexos construídos do zero, por até US$ 1,41 bilhão. Via clubes e iniciativa privada? Sim. Mas sobretudo com gastos governamentais. França (2016), Rússia (2018) e Catar (2022), sedes dos próximos grandes torneios, somam 34 estádios, entre novos empreendimentos e modernizações – acredite, é sempre “necessário” fazer algo, faz parte da engrenagem. Em 2020 a Euro não terá sede fixa, mas os cadernos de encargos seguem à risca.

Estádios de futebol (a partir de 10 mil lugares) inaugurados no mundo:
2015 – 22
2014 – 32
2013 – 18
2012 – 16

Sem surpresa alguma, surgiram até premiações de “Design do Ano”, para projetos em andamento, e “Estádio do Ano”, para palcos recém inaugurados. Eleições de entidades distintas. A primeira é feita no World Stadium Congress, realizado anualmente em Doha, num evento com 200 construtoras, marcado pela assinatura de novos contratos e debates sobre como agilizar as obras.

A segunda premiação é organizada pelo Stadium DataBase, site inglês especializado tanto em construção quanto operação. A votação conta com um júri de arquitetos com experiência em arenas. Paralelamente, há uma segunda premiação, aberta ao público. Na última, com 37 mil participações, ganhou o BBVA Bancomer, no México, com capacidade para 53,5 mil espectadores. Com a atuação maciça de internautas brasileiros, a Arena do Grêmio e a Allianz Parque também já venceram a categoria. Em 2013, quando só havia a votação popular, a Arena Pernambuco ficou na 15ª colocação.

Neste bilionário ciclo econômico, usando o futebol como força motriz (e garantido, por baixo, até 2022), não podemos esquecer jamais a base. Os milhares de operários com condições geralmente adversas (salários, segurança etc), sempre relegados na cobertura da Fifa sobre os torneios a caminho.

Em relação aos estádios mais espetaculares vamos aos últimos vencedores..

Stadium Design of the Year (melhor design), do World Stadium Congress

2016 – Al Rayyan (Catar), com 40 mil lugares (previsto para 2019)

Projeto do Al Rayyan Stadium, para a Copa do Mundo de 2022, no Catar. Crédito: Fifa/Loc

2015 – Singapore Stadium (Cingapura), com 55 mil lugares

Projeto do Singapore Sports Hub. Crédito: divulgação

Stadium of the Year (estádio do ano), do Stadium DataBase

2015 – Matmut Atlantique (França), com 42.115 lugares

Estádio Matmut Atlantique (França). Crédito: bordeauxpalaisbourse.com

2014 – Hazza Bin Zayed (Emirados Árabes), com 25.000 lugares

Estádio Hazza Bin Zayed, nos Emirados Árabes. Crédito: StadiumDB

A milionária Eurocopa, acabando a crise no Velho Mundo

Tabela de prêmios da Eurocopa 2012. Crédito: Futebol Finance

As dezesseis seleções que participaram da recém-encerrada Eurocopa 2012 vão repartir US$ 229 milhões em prêmios (182 milhões de euros), com índice de US$ 14,3 milhões.

Acima, a tabela de prêmios do torneios segundo o Futebol Finance, em euros, com direito a uma verba extra por ponto conquistado na fase de grupos.

Ao todo, a campeã Espanha abocanhou 28,9 milhões de dólares. Há dois anos, na África do Sul, a Fúria recebeu US$ 30 milhões, um valor bem próximo.

Para se ter uma ideia do que esse valor pago pelo torneio da Uefa desta temporada representa em competições deste porte, os 32 países que disputaram a Copa do Mundo de 2010 dividiram 420 milhões de dólares, com média de US$ 13,1 milhões.

A crise econômica está pesada no Velho Mundo, mas as seleções passaram ilesas…

Confira a premiação absoluta do Mundial de futebol, de acordo com a Fifa.

2002 – US$ 199 milhões
2006 – US$ 300 milhões (+ 50,7%)
2010 – US$ 420 milhões (+ 40,0%)