La Plata – Após brilhar em campo e ser eleito o melhor da partida pela organização da Copa América, Diego Forlán precisou encarar uma muralha de repórteres.
Na desorganizada zona mista na sequência de Uruguai 1 x 0 México, com jornaistas, voluntários, torcedores e curiosos, os jogadores das duas seleções passaram em um corredor de cerca de 50 metros, com painéis dos patrocinadores no fundo.
A cada passo, uma novas entrevistas. Alguns atletas, ainda desconhecidos, saíram rapidamente para os ônibus oficiais, mas falaram pelo menos uma vez.
Forlán não… O blog acompanhou o trajeto do camisa 10 da Celeste do começo ao fim.
Foram quase 20 minutos para percorrer 50 metros. Ele parou em seis focos diferentes com câmeras de TV e radialistas.
Paciente, o uruguaio procurou atender à imprensa, sobretudo a de seu país, com preferência na hora das respostas, pois eram dez perguntas feitas ao mesmo tempo.
Agora, imagine essa zona mista no estádio Cemitério de Elefantes, no sábado.
Diego Forlán e Lionel Messi no mesmo corredor. Coragem…
La Plata – Assim como ocorreu com a Argentina, o Uruguai entrou em campo no desfecho da chave C sabendo o que era preciso fazer para seguir na Copa América.
A vitória do Chile sobre o Peru deixou a Celeste na cômoda situação de poder empatar para fugir do precoce choque contra os argentinos, nas quartas de final, em Santa Fé.
Não houve arrumadinho, catimba ou corpo mole. Com a sua melhor atuação até aqui, o time de Forlán venceu o México por 1 x 0, pela primeira vez em cinco confrontos na Copa América, e avançou.
O Uruguai se preocupou apenas em jogar futebol e agora enfrentará os hermanos do Rio da Prata, no clássico com o maior número de jogos entre seleções. A briga por uma vaga na semifinal, no sábado, será o 178º jogo desde 1902 (veja aqui).
Vale a ressalva: a vitória da Argentina parece ter instigado os favoritos…
Abaixo, o gol da vitória uruguaia, registrado pelo blog.
La Plata – Melhor jogador da Copa do Mundo de 2010, o meia Diego Forlán tem plena consciência do que representa não só para seleção como para todo o seu país.
Na chegada do ônibus da Celeste no estádio Único, às 20h30, o craque do Atlético de Madri saiu logo puxando a fila. Sequer parou no vestiário…
Ele foi logo com o grupo para o gramado, ainda de terno, para sentir o calor da hinchada uruguaia presente em grande número na cancha de La Plata.
Forlán ainda não apresentou o mesmo futebol visto na África do Sul? Ok, mas ele não fugiu da responsabilidade.
Ao pisar no campo, o grupo celeste foi ovacionado pela torcida…
Buenos Aires – Se a cidade de Jujuy já se despediu da Copa América após dois jogos, agora finalmente ocorreu a estreia de Mendoza, a quarta maior cidade do país.
Com 1 milhão de habitantes e um estádio com 45 mil lugares (Malvinas Argentinas), Mendoza estará presente até a semifinal do torneio.
Lá, a história do futebol já se fez presente. Em 1978, no último Mundial na América do Sul, o holandês Resenbrink anotou o gol nº 1.000 das Copas.
A noite desta sexta-feira, certamente, não foi um dos maiores capítulos esportivos de Mendoza, mas Uruguai e Chile fizeram uma partida de muita luta, com sete cartões.
Na Celeste, ressabiada pelo tropeço diante do time do Peru, duas chances perdidas nos primeiros 45 minutos com Suárez (travessão) e Forlán. E só.
No segundo tempo, aos 8, Pereira, após boa trama dentro da área, finalizou rasteiro. Festa uruguaia, curta. Maior aposta da Roja, Alexis Sanchéz empatou.
O empate em 1 x 1 deixou o caminho aberto para a história,, inclusive em Mendoza.
Buenos Aires – Em San Juan, no início de uma rodada dupla pelo grupo C, mais um favorito não correspondeu à expectativa…
Antes da abertura da Copa América, os três campeões mundiais do continente eram apontados como “Argentina de Messi”, “Brasil de Neymar” e “Uruguai de Forlán”.
Equipes com uma “cara”, de qualidade. Porém, depois dos empates dos dois primeiros países contra Bolívia e Venezuela, respectivamente, a Celeste seguiu o caminho e também empatou com uma equipe tecnicamente inferior.
O empate em 1 x 1 com o Peru, nesta segunda, manteve o torneio sem brilho nos gramados, devido à economia dos atacantes.
Após os gols na primeira etapa, Diego Forlán, eleito como o melhor jogador do último Mundial, teve uma chance daquelas para virar o jogo.
Na frente da barra, cara a cara com o goleiro… Isolou. Chutou por cima.
Mas, assim como brasileiros e argentinos, os uruguaios ainda têm crédito na Copa América. O bom futebol pode, sem problemas, voltar na próxima rodada. É o limite.
A Copa do Mundo de 2010 acabou em 11 de julho, na África do Sul, mas só agora, cinco meses depois do desfecho, o uruguaio Diego Forlán recebeu da Fifa o prêmio de melhor jogador da competição (veja AQUI).
Com muita técnica, o meia-atacante, atleta do Atletico de Madri, carregou a Celeste Olímpica nas costas até a semifinal do Mundial.
Ao receber o troféu, ele sucedeu Zinedine Zidane, eleito como o melhor em 2006.
Projetando para a próxima edição, em 2014, quem desponta para o prêmio?
1982 – Paolo Rossi (Itália, campeã)
1986 – Diego Maradona (Argentina, campeã)
1990 – Salvatore Schillaci (Itália, 3º lugar)
1994 – Romário (Brasil, campeão)
1998 – Ronaldo (Brasil, vice)
2002 – Oliver Kahn (Alemanha, vice)
2006 – Zinedine Zidane (França, vice)
2010 – Diego Forlán (Uruguai, 4º lugar)
Que em 2014 o melhor jogador da Copa do Mundo volte a atuar na seleção campeã, de forma incontestável, de preferência como em 1994…
Montevidéu – A campanha do Uruguai na Copa do Mundo de 2010, com a suada 4ª colocação, mudou o país. Os craques viraram estrelas. O atacante Luis Suárez – aquele mesmo que evitou com as mãos o gol de Gana no último minuto das quartas de final – está na capa da revista Caras, na versão local (veja AQUI). O meia Forlán, eleito como o melhor jogador do Mundial da África, estampa outdoors pela capital charrúa. A camisa azul celeste (ou moletom, por causa do frio) caminha nas ruas em massa.
Na imprensa local – e são quatro jornais diários em Montevidéu -, a seleção nacional realmente renasceu. Se no Brasil a atualização do ranking da Fifa rende apenas uma nota discreta, no país vizinho é uma matéria ampla, como trouxe o principal periódico do Uruguai, o El Pais. A reportagem de duas páginas (no estilo tablóide) aborda a mudança no ranking mundial – o time caiu do 6º para o 7º lugar -, já levantando a projeção para próximo mês, além de uma análise (veja AQUI).
O título no jornal, no caderno Ovación: A recuperar el sexto lugar del ranking. Virou uma obsessão manter a Celeste no topo do futebol mundial. A semifinal alcançada após 40 anos não quer ser retratada como acaso. É ilustrada como um marco.
No início deste mês, o time goleou duas vezes na Ásia, sendo 7 x 1 na Indonésia e 4 x 0 na China. Os resultados, atrelados à permanência do técnico Oscar Tabárez, condicionam a equipe a um raro favoritismo nas Eliminatórias para a Copa de 2014. A última vez que se classificou de forma direta foi para a edição de 1990. E olhe que o time vem penando. Ficou de fora em 1994, 1998 e 2006.
Esse princípio de “favoritismo”, na visão dos próprios uruguaios, aumenta ainda mais quando eles lembram que a próxima Copa do Mundo será no Brasil. Aí a história ganha corpo. Uma campanha no mesmo Brasil onde o pequeno país (cuja área tem 62,5% do território do Rio Grande do Sul) conquistou a sua maior façanha? É demais.
O Maracanazo está nas veias da população. É algo marcado na cidade. Ao lado do Centenário encontra-se uma praça em homenagem aos heróis de 1950. No museu dentro do estádio, a réplica oficial da Taça Jules Rimet de 1950, em um saguão com uma foto gigantesca do Maracanã com 200 mil pessoas naquele trágico 16 de julho.
Eu tentei “recuperar” a taça durante a passagem por lá… Não deu. Mas que o Uruguai não invente de querer pegar mais uma vez a taça encomendada para o Brasil. Em Montevidéu, esse desejo já é real.
Como não poderia deixar de ser, o craque uruguaio Diego Forlán estampa a capa da nova edição da revista da Conmebol, que acaba de ser divulgada.
A revista, editada a cada dois meses, traz o resumo das seleções sul-americanas na Copa de 2010, com destaque para o semifinalista Uruguai e o Bola de Ouro do Mundial, Forlán.
É curioso, porém, o corporativismo da revista ao falar da participação do continente no Mundial.
“A Copa do Mundo da África do Sul colocou novamente a América do Sul no mais alto nível, com os nossos cinco representantes entre os dez primeiros colocados” (veja AQUI).
De fato, foi muito representativa a participação da Conmebol na Copa do Mundo de 2010, mas os três primeiros lugares da competição ficaram com o futebol da Europa. Assim, o Velho Mundo tomou, consequentemente, a hegemonia de títulos, virando o placar (10 x 9).
O meia uruguaio Diego Forlán nunca esquecerá a sua passagem pela África do Sul com a camisa da seleção celeste.
O bola de Ouro do Mundial agora virou desenho animado… Inspirado no clássico japonês “Supercampeões” (veja AQUI).
E olhe que o camisa 10 ainda ganhou uma música na animação, feita para os torcedores do Uruguai, que ainda festejam o 4° lugar no Mundial. Confira o vídeo!
A música é do grupo Golden Vuvuzelas, enquanto o vídeo foi produzido pela OptimusPraino. Em tempo: notaram a presença ilustre de Luis Suárez?!
Ao todo, 736 jogadores viajaram para a África do Sul para a disputa do Mundial de 2010. Deste total, 533 jogaram pelo menos uma vez nos campos africanos. E após um mês e 64 jogos, onze jogadores realmente mostraram um grande futebol e foram eleitos para a seleção oficial da Copa. A Fifa divulgou nesta quinta-feira a lista oficial. Confira:
Goleiro: Iker Casillas (Espanha) Lateral-direito: Maicon (Brasil) Zagueiros: Puyol (ESP) e Sérgio Ramos (ESP) Lateral-esquerdo: Philipp Lahm (Alemanha) Volantes: Schweinsteiger (Alemanha) e Xavi (ESP) Meias: Sneijder (Holanda) e Iniesta (Espanha) Atacantes: Forlán (Uruguai) e David Villa (ESP)
Técnico: Vicente del Bosque (Espanha)
Seis espanhóis na equipe, além do comandante. Foi o ano da Fúria! Merecidamente campeã mundial.
A votação mais alta foi de David Villa, com 61,33%.
Três laterais foram eleitos, todos pelo lado direito! Apesar de Sergio Ramos ter atuado como lateral, ele foi eleito como zagueiro – mas a dupla espanhola foi Puyol/Pique. A ala direita ficou com Maicon. Já o alemão Lahm ficou com a esquerda, pois ele realmente inverteu bastante os lados do campo durante a campanha germânica. Houve uma “carência” de um bom lateral-esquerdo de origem?
Curiosidade: os três apoiadores do time (Xavi, Iniesta e Sneijder) têm 1,70m…
O que você achou da seleção oficial da Copa do Mundo de 2010? Comente!
Apesar de Forlán ter recebido a Bola de Ouro como melhor jogador, o Índice Castrol, que mede atuação do atleta através de um software, apontou Sérgio Ramos como o melhor de todos! Nesse ranking, o meia da Celeste ficou apenas em 46° lugar…