A França se tornou o primeiro país a conquistar todos os principais títulos masculinos no futebol, sob a chancela da Fifa. Campeã mundial em todas as categorias, Copa das Confederações, torneio continental e até mesmo a Olimpíada. São necessários seis títulos para isso. Os franceses conquistaram quatro deles nos últimos quinze anos…
Até este sábado faltava só o título mundial de juniores para os Bleus, que venceram a “corrida das taças” contra Brasil e Argentina. Na Seleção, a única lacuna é o topo do pódio olímpico. Aos hermanos, falta o título mundial juvenil.
A nova conquista dos franceses veio na Turquia, após 120 minutos sem gols contra o Uruguai, na finalíssima. A Celeste, com a base vice-campeã mundial Sub 17 há dois anos, só sucumbiu nos nos pênaltis.
1 Copa do Mundo (1998)
2 Copas das Confederações (2001 e 2003)
2 Eurocopas (1984 e 2000)
1 medalha de ouro olímpica (1984)
1 Mundial Sub 20 (2013)
1 Mundial Sub 17 (2001)
Com uma atualização mensal, o ranking da Fifa já teve o Brasil na liderança em 150 oportunidades desde a sua criação, em 1993.
Considerando que foram 235 listas divulgadas com o complexo sistema de pontuação, a Seleção Brasileira, de Careca a Neymar, liderou a tabela durante 63,8% do tempo nas últimas duas décadas do futebol.
Provavelmente por isso, por enxergar a Canarinha sempre tão alto num passado não muito distante, seja surreal observar a equipe verde e amarela afundada pelo terceiro mês consecutivo no 18º lugar, a pior colocação de sua história.
Noventa dias como coadjuvante, sem conseguir superar grandes adversários, aumentando ainda mais a pressão. A menos de 500 dias de sua própria Copa.
Enquanto isso, a Espanha mantém a liderança, agora com 18 meses seguidos, desde fugaz primeira colocação da Holanda, em agosto de 2011.
Atualmente, a Fúria, atual campeã mundial e europeia, registra uma segura diferença de 153 pontos sobre a segunda colocada, a Alemanha (veja aqui).
Será possível alguma mudança na liderança até a Copa do Mundo de 2014?
Meses na liderança do ranking (entre parênteses, o primeiro mês em 1º):
Brasil – 150 (09/1993)
Espanha – 48 (07/2008)
França – 14 (05/2001)
Argentina – 10 (03/2007)
Alemanha – 6 (08/1993)
Itália – 6 (11/1993)
Holanda – 1 (08/2011)
Como poucos no mundo do futebol, o time espanhol sabe ficar desmarcado na grande maioria do tempo com a bola nos pés.
Considerando que há alguns anos a Fúria termina quase todas as apresentações com o maior percentual na posse da pelota, então o time realmente se mexe bastante…
Os jogadores focam o desempenho coletivo, se sobrepondo ao lampejo individual.
Isso explica um pouco o primeiro gol da vitória por 2 x 0 sobre a França, neste sábado, que levou o país à semifinal da Eurocopa, em busca do tricampeonato.
Da intermediária, o meia Xabi Alonso seguiu sozinho à área dos Bleus, onde cabeceou livre, livre. O gol saiu aos 19 minutos do primeiro tempo.
A vantagem logo cedo fez com que a partida ficasse ainda mais no ritmo cadenciado dos espanhóis, que tiveram 55% de domínio da bola.
Enquanto isso, a França tinha apenas o arisco Ribéry e o perigoso Benzema para tentar algo. Na etapa complementar, entraram Ménez e Nasri. Não deu resultado.
Aos 44 minutos, num raro lance à frente, a Espanha ainda teve um pênalti a favor. Destaque no Real Madrid, Xabi Alonso deslocou o goleiro e fechou o placar.
Com um toque de bola que oscila entre a plasticidade e a burocracia, a Espanha agora vai encarar Portugal. No clássico ibérico será preciso esquentar o clima.
Eis a fase final de uma das melhores edições da Eurocopa dos últimos tempos.
Portugal x República Tcheca (quinta, 15h45, Varsóvia)
Vice-campeões em 2004, os lusos voltam a sonhar com a conquista continental, após a sofrida classificação. Assim como os tchecos, Portugal estreou com derrota e precisou vencer na última rodada para avançar. O motivo da confiança vem da recuperação técnica de Cristiano Ronaldo, que marcou os dois gols da virada sobre a Holanda. O atacante do Real Madrid marcou nas últimas três edições da Euro. O time irá encarar a compacta formação da República Tcheca, sempre à espera dos contragolpes.
Espanha x França (sábado, 15h45, Gdansk)
Em campo, dois bicampeões da Europa. Tirando a goleada sobre a Irlanda, a Fúria não empolgou. Jogos cadenciados, com um outro lampejo de Iniesta e Xavi. A indecisão de Vicente del Bosque sobre a função de contar com um atacante (Fernando Torres) é outro ponto. Apesar disso, a atual campeã mundial e europeia aparece como favorita diante da França de Ribéry, Diarra e Benzema. Os franceses, campeões de 1984 e 2000, vêm tendo um bom volume ofensivo, mas estão pecando nas conclusões.
Grécia x Alemanha (sexta, 15h45, Donetsk)
Maior surpresa nas quartas de final, a Grécia terá de cara a maior campeã da Euro. A tricampeã Alemanha foi o time que apresentou o melhor futebol na fase de grupos. Não por acaso foi o único time que venceu as três partidas, tendo como destaque o meia Bastian Schweinsteiger. Os gregos, que surpreenderam com o troféu de 2004, seguem no mesmo ritmo, tentando se defender e se lançando pouco ao ataque. Pragmáticos e, de forma incrível, vem dando resultado. Novamente.
Itália x Inglaterra (domingo, 15h45, Kyev)
A liderança inglesa nos minutos finais do grupo D colocou frente a frente duas escolas tradicionais. No English Team, as eternas bolas aéreas, apesar da evolução técnica de sua equipe, que conta com os talentosos Gerrard e Rooney. Na Azzurra, a defesa bem postada de sempre, mas sem abrir mão do ataque. Os atacantes Cassano e Balotelli vêm sendo bem municiados pelo meia Pirlo, um dos melhores jogadores da primeira fase.
Pitaco do blog para a semifinal: Portugal x Espanha e Alemanha x Itália.
Chave de ouro para fechar a animada primeira fase da Eurocopa 2012.
Em um dos melhores jogos desta primeira fase, que terminou com a incrível marca de nenhum 0 x 0, ucranianos e ingleses lutaram demais pela classificação.
Na Donbass Arena, a Inglaterra venceu por 1 x 0. Mas não foi nada fácil conter as investidas dos donos da casa, que assim como a Polônia caíram fora precocemente.
No primeiro tempo, equilíbrio puro. No comecinho do segundo, aos 2 minutos, o English Team marcou o gol do jogo. Após uma bola alçada na área, claro, em jogada de Gerrard.
Coube a Wayne Rooney completar de cabeça. Foi o primeiro jogo do atacante do Manchester United na Euro, pois ele teve que cumprir uma suspensão de dois jogos imposta no fim das eliminatórias do torneio. Faro de gol.
Em Kyev, a França, bem encaminhada às quartas de final, resolveu se complicar.
No primeiro tempo, com o apoio de sua imensa torcida no estádio, mesmo com a seleção eliminada, a Suécia até partiu para o jogo, nesta terça.
Taivonen chegou a acertar a trave, depois de driblar o goleiro Lloris. Atuando bem, a Suécia abriu o placar com o ídolo Ibrahimovic, aos 9 minutos da etapa final. Voleio.
O lance assustou a França. Mas não adiantou “acordar” àquela altura, pois a pressão continuou, com o goleiro Lloris salvando o time depois.
Larsson marcou no finzinho, fazendo 2 x 0 e acabando com a invencibilidade de 23 jogos dos Bleus, que ficaram observando o outro jogo, na cidade dos mineiros.
De Donetsk, então, a confirmação da classificação francesa. Com emoção.
Chuva torrencial em Donetsk. A bola só rolou quatro minutos até que o árbitro holandês Björn Kuipers suspendesse o duelo entre Ucrânia e França, nesta sexta.
Tromba d’água e raios! Pela primeira vez na história da Euro uma partida era suspensa por este motivo. No Mundial, a última vez foi em 1974, no jogo Alemanha x Polônia.
O jogo ficou paralisado por quase uma hora. A chuva diminuiu, fim dos raios e um gramado impecável, com um sistema de drenagem devidamente aprovado.
A longa espera não valeria pelo primeiro tempo, insosso. Destoava apenas Alou Diarra.
Na etapa final, uma França categórica. Em dez minutos, dois gols franceses, com Ménez e Cabaye. O segundo ocorreu em uma falha de posicionamento dos ucranianos.
Vitória por 2 x 0, a primeira dos Bleus na Eurocopa sem os astros Zidane ou Platini.
Completando a 2ª rodada do grupo D e de toda a competição, ingleses e suecos fizeram um jogaço, com duas viradas no placar. Tenso até os descontos.
Partida equilibrada, que começou com o centroavante Andy Carrol abrindo o placar em sua especialidade, a cabeçada. No comecinho do segundo tempo, um gol contra de Johnson e outro de Mellberg deram a vantagem aos suecos, aos 14 minutos.
O English Team acusou o golpe, mas tentou reagir. Com o chuveirinho. Conseguiu o empate cinco minutos depois. O goleiro Isaksson até operou um milagre em uma cabeçada de Terry, mas falhou num chute despretensioso de Walcott.
Aos 33 minutos, o goal da vitória da Inglaterra por 3 x 2, explodindo o estádio em Kyev. Um cruzamento e um gol de costas de Welbeck, tentando dominar a bola. Surreal.
Não confunda. As fotos deste post são realmente de jogos diferentes…
Dando sequência aos bons duelos desta primeira rodada da Euro, o clássico entre ingleses e franceses ficou no empate em 1 x 1, na ucraniana Donetsk, nesta segunda.
Sem seu melhor jogador, Wayne Rooney, suspenso após uma expulsão nas eliminatórias, o English Team jogou de forma compacta, articulado pelo meia Steven Gerrard.
Mas sentiu a falta de um centrovante de qualidade. A Inglaterra quase não finalizou. Enquanto a França chutou 15 vezes, a Inglaterra só acertou uma finalização na meta!
Mas no futebol, imprevisível desde sempre, basta uma chance.
Por mais que se diga que a Inglaterra desenvolveu seu jogo, adotando outros estilos, o tradicional chuveirinho continua sendo a sua marca registrada, que abriu o placar desta forma, em uma cabeçada do zagueiro Lescott, aos 30 minutos.
Com um time mais técnico, municiado por Ribéry, os Bleus empataram logo depois, com Nasri. Na etapa final, a pressão continuou, mas com muitos chutes de longa distância.
No fim, aplausos dos dois lados. Satisfação pela aplicação tática e pelo volume ofensivo.
No último jogo desta primeira leva da Eurocopa, a Ucrânia, que divide a organização do torneio, surpreendeu e virou o placar sobre a Suécia, 2 x 1.
Os donos da casa, que não vinham agradando na preparação, contaram com a estrela do veterano atacante Shevchenko, de 35 anos, que marcou dois gols de puro oportunismo. Antes, a estrela sueca, Ibrahimovic, também havia balançado as redes.
Atletas objetivos e eficientes. Referências para quem corre por fora no grupo D.
Nem mesmo a crise econômica no Velho Mundo foi capaz de brecar as projeções astronômicas do mercado da bola para os atletas que estarão na Eurocopa de 2012
Nesta 14ª edição, 368 jogadores estarão em ação pelas 16 seleções.
De acordo com o levantamento da Pluri Consultoria, o valor de mercado de todos os jogadores convocados chega a R$ 9,39 bilhões! Sem surpresa, a atual campeã europeia e mundial, a Espanha, está no topo da lista, com R$ 1,6 bilhão.
Curioso é destacar que o Santos, com o elenco mais valorizado do Brasil, segundo o mesmo processo de cálculo, apareceria em 9º lugar em uma comparação.
Somadas, Espanha, Alemanha e Inglaterra representam 40% de toda a competição.
Sobre o equilíbrio do torneio, o grupo C (Espanha, Itália, Croácia e Irlanda) é o de maior valor, com 1,18 bilhão de euros. Será, também, o mais difícil?
Falando em Eurocopa… Quem é o maior candidato para desbancar o título da Espanha?
Paris – Mais um grande estádio europeu desbravado na rota das férias.
Confira algumas fotos da visita ao Stade de France, cuja opção de passeio, ao contrário do Real Madrid e do Barcelona, é realizada necessariamente com uma guia. Em francês…
Confira os detalhes do Stade de France em outra postagem, com vídeo, clicando aqui.
Paris – O Stade de France custou uma fortuna. Em 1995, o governo francês começou a gastar o orçamento de 290 milhões de euros para construir o moderno e belíssimo palco da final da Copa do Mundo que ocorreria três anos depois.
Localizado no subúrbio da capital do país, na região de Saint-Denis, o estádio jamais foi adotado pelos clubes locais…
O Paris Saint-Germain, o principal da cidade, segue jogando no Parque dos Príncipes.
Desta forma, o Stade do France recebe, basicamente, a seleção nacional (de futebol e rugby), as decisões das Copas da França e da Liga Francesa e shows musicais…
Teoricamente, um prejuízo? Acredite, nem só de futebol vive uma arena.
Um estudo sobre a Arena Pernambuco, por exemplo, mostra que caso nenhum time mandasse seus jogos por lá, o faturamento anual seria de R$ 5,7 milhões, contra R$ 86,2 milhões com os três. Com o Náutico certo, o valor está em R$ 27,3 mi (veja aqui).
Voltando ao Stade de France, obviamente seria melhor ter um clube de ponta mandando as suas partidas por lá, mas, ainda assim, o estádio é auto-suficiente.
A sua agenda já está praticamente pronta até o fim de 2013. Em junho do próximo ano, por exemplo, haverá o show da banda de rock Red Hot Chili Peppers.
Outros esportes, como corridas de superbikes e patinação no gelo, também tem espaço por lá, com a montagem de pistas especiais.
Dinheiro e estrutura à parte, a verdade é que é impossível pisar no Stade de France e não lembrar dos gols de cabeça de Zidane em 1998… O nosso abandono foi o da taça.