Da apresentação na véspera da estreia contra o Botafogo, num empate que eliminou o Sport da Copa do Brasil, à derrota para o Junior Barranquilla, também na Ilha, praticamente despachando o leão da Sul-Americana, foram 150 dias. A passagem efetiva de Vanderlei Luxemburgo no comando rubro-negro. Consagrado como o técnico com mais títulos brasileiros, cinco, Luxa buscava no Recife a retomada da carreira, após seguidos trabalhos ruins no Sul-Sudeste, onde viu o seu tradicional mercado fechar. No Sport, seguiu a cartilha do encaixe com resultados imediatos (chegou ao G6 do Brasileirão), com mudanças paulatinas a partir de indicações (a insistência em Wesley), a ausência de alternativas táticas na equipe (cada vez mais cruzamentos), o atrito com o grupo e, por fim, a derrocada do rendimento no futebol.
Ao todo foram 34 jogos, com um aproveitamento mediano de 40%, incluindo um título pernambucano, com apenas uma partida, aquela polêmica em Salgueiro. Pesou contra o treinador o acúmulo de tropeços, com apenas 1 vitória nas últimas 13 rodadas da Série A, numa campanha inviável. Ele até deixou o comando com o clube fora do Z4, mas bastante pressionado.
Assume Daniel Paulista, de novo. Em 2016 e 2017, a oito rodada do fim.
Além do ‘loop’ sobre o interino, também fica claro que o momento da saída de Luxa foi mais uma decisão errada da direção. A demissão já cabia há semanas, desde o 5 x 0 sofrido em Porto Alegre, quando o ambiente interno implodiu após a coletiva do treinador – em vez disso, foi anunciada a sua ‘renovação contratual’. Saiu apenas quando ficou irreversível, no caso da Sula. Já havia sido assim com Falcão (semi do Nordestão 2016) e Ney Franco (final do Nordestão 2017). Ou seja, o trabalho é questionável já na gestão…
Luxemburgo no Sport (de 30/05 a 26/10)
34 jogos
11 vitórias
8 empates
15 derrotas
39 gols marcados
42 gols sofridos
40,1% de aproveitamento
1 título pernambucano