Agora é contigo, Mano

Ricardo Teixeira, presidente da CBF, e Mano Menezes, técnico da Seleção Brasileira. Foto: CBF/divulgação

Temporada de clássicos em 2011.

Sem a necessidade de disputar a Eliminatória para a Copa do Mundo de 2014, a Seleção Brasileira já agenda as suas partidas para o próximo ano (veja AQUI).

A CBF já confirmou 3 ótimos confrontos para o ano que vem.

09/02 – Brasil x França – Saint-Denis
04/06 – Brasil x Holanda – (o jogo será no Brasil, em local a ser definido)
10/08 – Brasil x Alemanha – Stuttgart

Vale lembrar que a Canarinha ainda terá a  Copa América em 2011, na Argentina. Lá, o país tentará o seu primeiro tricampeonato continental.

Na primeira fase estão programados os seguintes jogos:

03/07 – Brasil x Venezuela – La Plata
09/07 – Brasil x Paraguai – Córdoba
13/07 – Brasil x Equador – Córdoba

Apesar da vaga garantida, a vida não será nada fácil, Mano…

¿Qué pasó?

Goleadas estranhas no futebol europeu nas últimas semanas…

24 de outubro – PSV 10 x 0 Feyenoord (Holanda)
7 de novembro – Porto 5 x 0 Benfica (Portugal)
29 de novembro – Barcelona 5 x 0 Real Madrid (Espanha)

Como fica a rivalidade depos de jogos assim? Insuportável…?!

O maior domingo. O pior domingo

Campeonato Holandês 2010/2011, em 24/10/10: PSV 10 x 0 Feyenoord. Foto: PSV/divulgação

Qual é a maior goleada que o seu clube já aplicou no maior rival? E qual foi a maior derrota que o seu time do coração já sofreu em um clássico?

Na época amadora, ou no início do profissionalismo (no Recife, em 1937), jogos com resultados elásticos não eram tão raros. Mas impressionavam.

Mas, então, vamos afunilar esse questionamento…

Qual é a maior goleada que você já viu o seu clube aplicar no maior rival?

E o revés também, é claro…

Aí, o placar fica bem mais enxuto. São vitórias por três, quatro ou até cinco gols de diferença. Jogos históricos. Agora, imagine um 10 x 0! Placar de várzea.

Foi o que aconteceu no campeonato holandês da primeira divisão neste domingo, quando PSV e Feyenoord se enfrentaram em Eindhoven, casa do PSV.

Os dois clubes, ao lado do Ajax, formam o Trio de Ferro da Holanda.

Os três já conquistaram a Liga dos Campeões da Uefa e são os maiores campeões nacionais: Ajax, 29 títulos; PSV 21; Feyenoord, 14.

O PSV venceu o Feyenoord por 10 x0. Foi a maior derrota do time de Roterdã.

No site oficial do Feyenoord, o resultado foi chamado de “punição” (veja AQUI). Já no portal do PSV foi uma “vitória monstruosa” (veja AQUI).

Como devem ter ficado os torcedores após esse jogo? Dos dois clubes.

Três é demais

Colômbia, Peru e Equador

A ideia de realizar grandes competições de futebol com uma candidatura conjunta é relativamente nova. O primeiro campeonato disputado desta forma foi em 2000, com a Eurocopa, quando as vizinhas Holanda e Bélgica organizaram com sucesso a competição. Desde então, outras propostas com este modelo de divisão (de jogos e gastos) foram aprovadas. Até mesmo uma Copa do Mundo, em 2002, na Ásia.

Mas, agora, eis que aparece uma proposta tripla! Para o Mundial de 2026.

Colômbia, Peru e Equador. O primeiro, e maior país, havia sido escolhido como o país-sede da Copa de 1986, mas alegou problemas econômicos em 1982 e perdeu a vaga.

FifaSomadando os três países, essa pseudo-candidatura ficaria assim:

Área: 2.680.504 km²
População: 86.864.355 habitantes
PIB: 654 bilhões de dólares
Renda per capita: US$ 7.534

Desde já, um problema… Em todas as candidaturas, obviamente um país ficou com a abertura do campeonato, enquanto o segundo (geralmente, o mais rico) abriu a decisão.

Supondo que a Fifa aceite essa candidatura (algo que vai demorar, já que a entidade ainda está analisando as propostas para 2018 e 2022, cuja decisão sairá em dezembro), quem vai ficar de fora dos dois principais jogos da Copa do Mundo de 2026?

A póxima Eurocopa, em 2012, vai quebrar a regra do mais rico/final, pois a Polônia tem um PIB bem maior que a Ucrânia (666 x 336, em bilhões de dólares).

2000 – Euro, com a abertura na Bélgica (Bruxelas) e final na Holanda (Roterdã)
2001 – Copa das Confe., com a estreia na Coreia (Taegu) e final no Japão (Yokohoma)
2002 – Mundial, com a abertura na Coreia do Sul (Seul) e final no Japão (Yokohoma)
2008 – Euro, com a abertura na Suíça (Basileia) e final na Áustria (Viena)
2012 – Euro, com a abertura na Polônia (Versóvia) e final na Ucrânia (Kiev)

Veja a lista com o PIB de todos os países AQUI.

A nova ordem do futebol

Final da Copa do Mundo de 2010: Espanha 1 x 0 Holanda

Acabou mais uma Copa do Mundo. A Copa de todos os povos na África.

Salve a nova seleção campeã mundial de futebol.

MundoA Espanha!

Campeã da Euro de 2008 e campeã do mundo em 2010.

O time de Xavi, Iniesta, David Villa, Casillas… Um grande time, com um futebol refinado, envolvente. Cadenciado em muitos momentos, de uma plasticidade impressionante, que abusa do (bom) toque de bola.

A nova dona da bola é aquela mesma Fúria que estreou na África do Sul com uma derrota surpreendente para a fraca Suíça. O time, um dos maiores favoritos ao título, se recuperou e engatou seis vitórias seguidas. No mata-mata, quatro triunfos por 1 x 0. Econômica e letal. O último deles no estádio Soccer City, neste domingo.

Foi a maior vitória da história do futebol espanhol. Muito acima das conquistas estelares de Real Madrid e Barcelona…

Para erguer a Taça Fifa, a Espanha precisou se superar nos últimos minutos da prorrogação em um duelo equilibradíssimo contra a Holanda. No primeiro tempo, muitas faltas. Foram cinco cartões amarelos. No segundo, gols perdidos. Cara a cara.

Na prorrogação, o novo herói: Iniesta. Vitória magra, por 1 x 0, mas muito além do suficiente. Até porque final não é mesmo para jogar bonito. É para ganhar! A Copa do Mundo é da Espanha. Com a melhor defesa da história, com apenas 2 gols sofridos, repetindo a campanha da Itália em 2006.

Mas é impossível não citar que a Fúria entra na história, também, com o pior ataque de um campeão… Foram apenas 8 gols em 7 jogos. Média de 1,14 por jogo. Pífia. Até este domingo, a pior média de gols pertencia ao Brasil, com 1,57 em 1994. Mesmo ali, fizemos 11 gols (veja AQUI).

Atualização da lista de campeões. Parabéns, Espanha!

1958, 1962, 1970, 1994 e 2002 – Brasil
1934, 1938, 1982 e 2006 – Itália
1954, 1974 e 1990 – Alemanha
1930 e 1950 – Uruguai
1978 e 1986 – Argentina
1966 – Inglaterra
1998 – França
2010 – Espanha

Foto: Fifa

Fúria econômica e histórica

Copa do Mundo de 2010: Espanha 1 x 0 Alemanha

Em 1954, a Alemanha foi campeã do mundo com um ataque arrasador.

Foram 25 gols em apenas seis jogos, com uma média impessionante de 4,16. Foi a única vez na história que um campeão superou a marca de quatro gols por partida.

Média de gols dos campeões mundiaisCom o formato atual, com uma campanha de sete jogos, o campeão teria que fazer 29 gols para obter a mesma média. Sem dúvida, é uma missão bem complicada…

Ainda mais numa entressafra de gols como nesta Copa de 2010 (veja AQUI). O resultado poderá ficar mais evidente caso a Espanha conquistar o título inédito.

Com apenas sete gols marcados (sendo cinco de David Villa), a Fúria precisa balançar as redes holandesas pelo menos quatro vezes para não ter o pior ataque da história.

Chegando a 11, a Espanha pelo menos “dividiria” o posto com o Brasil, que fez apenas 11 tentos na campanha do tetra, em 1994, com uma média de 1,57.

A atual média espanhola é de 1,16! O futebol de toque de bola pode impressionar pela beleza… O time pode até finalizar bastante, tanto que lidera a lista na África do Sul, com 103 chutes… Mas falta “algo”, pois gol mesmo a Espanha não fez até aqui.

Com 12 gols, a Holanda pode ficar despreocupada. Se for campeã, mesmo nos pênaltis após 120 minutos de 0 x 0, a Laranja Mecânica não será a recordista negativa.

Curiosidade: a Alemanha pode ter o recorde de gols de um campeão do mundo, mas o recorde absoluto numa Copa do Mundo pertence à Hungria, que fez 27 gols em cinco jogos (5,4), também no Mundial de 1954. Mas o time de Puskas acabou com o vice…

Fotos: Fifa

Os meus eternos super-heróis

Rooney, Kaká, Messi, Cristiano Ronaldo e Robben

Por Lucas Fitipaldi, direito de Joanesburgo*

Era uma vez o craque, na acepção da palavra. Era uma vez extremo talento combinado com rara personalidade. Era uma vez Romário, Zidane, Ronaldo, Rivaldo… espécies em extinção. Os craques da moda são apenas midiáticos. A galeria dos monstros sagrados fechou pra balanço.

O que dizer de Cristiano Ronaldo, Messi, Rooney, Lampard… Kaká? Fenômenos do marketing? Suas belas performances nas peças publicitárias realmente são de cair o queixo. Até mesmo a realidade clubística tem sido benevolente com alguns. O problema é um certo livro, onde somente os grandes têm a honra de rabiscar eternidade.

As últimas páginas dos pergaminhos da Copa foram escritas por um singelo francês; craque, doce e explosivo. Antagônico. Quando veremos outra atuação como a de Zinedine Zidane diante do Brasil, em 2006? Que privilégio presenciar a magia do esplendor individual; um homem e a capacidade de definir a trajetória de uma equipe. Capaz de sobrepor esquemas táticos e outras asneiras do pragmatismo teórico. Raridade ontem, hoje e sempre.

A epidemia devastou a todos. Não sobrou nenhum para nos brindar na África. É a vez do triunfo coletivo, frio. Particularmente, prefiro ler sobre heróis e suas epopeias. Como a de um certo Baixinho desbocado, cheio de marra e auto-confiança. Cheio de ilusão a nos oferecer. Como se tivesse molas nos pés, saltava como anjo no meio dos gigantes. Messias, copiava o milagre de multiplicar, em vez de pães e peixes, pequenos espaços.

O francês referido tinha outros atributos especiais. Mutante, parava o tempo. Hipnotizava companheiros e adversários, todos no ritmo de sua cadência mágica. Jogava em câmera lenta para que pudéssemos desfrutar cada segundo do seu balé.

O magro desengonçado também aprontava. Tinha o dom da farsa. Enganava os que mordiam a isca e se atreviam a questioná-lo. Puro encanto. Capricho santo. Lá estava estava ele, sempre presente a honrar a tradição da camisa 10 amarela.

Seu fiel escudeiro era o highlander de chuteiras. Imortal. Usava o truque da invisibilidade para estar sempre no lugar certo, na hora certa. Nasceu virado pra lua, de menino selou pacto com as redes. Fenômeno, na acepção da palavra. Antimarketing.

*Lucas Fitipaldi é o repórter do Diario enviado para a Copa-2010 e colaborador do blog

Armada espanhola

Seleção da tecnologia da Fifa na Copa-2010 até a finalA armada espanhola assumiu de vez a seleção da Copa do Mundo de 2010.

Na primeira semana, nenhum atleta da Fúria conseguiu atingir uma nota suficiente para entrar no time da Fifa, que leva em conta o Índice Castrol.

Após as oitavas de final, três jogadores foram escalados. Agora, com a Espanha em sua primeira final, a seleção emplacou nada menos que seis jogadores (print screen ao lado)!

Uruguai e Alemanha, que caíram na semifinal, também têm um jogador na lista. Assim como a própria Holanda, finalista! Sneijder (sempre ele) garante o tom laranja. Lembra de Gilberto Silva? O volante brasileiro segue fime.

O lateral-direito Sergio Ramos é o novo líder da “tecnologia“. O ala, conhecido pela truculência em algumas jogadas, tem uma média de 9,79.

Os cinco jogadores (quatro espanhóis) com as notas mais altas são da defesa. Pelo menos a estatística condiz com a baixa média de gols da Copa, que é de 2,24.

Ainda faltam dois jogos. Tempo suficiente para mudar esse time…

Você concorda com essa seleção da Copa do Mundo de 2010?

A 8ª dinastia

Copa do Mundo de 2010: Espanha 1 x 0 Alemanha

Após 12 anos, o mundo terá um novo campeão.

O 8º campeão mundial de futebol será conhecido em 11 de julho, no Soccer City. No epílogo da Copa do Mundo da África do Sul.

E lá estará a Fúria. O time quebrou todos os prognósticos possíveis após a desastrosa estreia contra a Suíça, quando saiu de campo derrotada. Com o velho rótulo “amarelo”.

Esbanjando eficiência, a Espanha venceu o terceiro jogo seguido por 1 x 0 na fase mata-mata do Mundial. O toque de bola dos espanhóis até empolga, em um estilo de jogo incomum para o futebol atual.

Foi assim diante de portugueses e paraguaios. E agora contra os alemães, na semifinal. Nesta quarta, em Durban, a Espanha envolveu o time germânico, que esteve longe do bom futebol mostrado nas fases anteriores.

Assim, a vencedora da Eurocopa de 2008 está a um jogo de ratificar uma campanha incrível neste período, com o capítulo final escrito “título mundial”.

Um feito inédito para os espanhóis. Mas será, também, uma conquista inédita para a Holanda. O mundo da bola terá uma nova dinastia. Laranja Mecânica ou Fúria? Abaixo, a lista de novos campeões da Copa do Mundo. Estamos nela há 52 anos.

Será a primeira final sem o quarteto de potências: Brasil, Itália, Alemanha e Argentina.

1930 – Uruguai
1934 – Itália
1954 – Alemanha
1958 – Brasil
1966 – Inglaterra
1978 – Argentina
1998 – França
2010 – Holanda ou Espanha?

Foto: Adidas