Náutico segura o Sport na Ilha do Retiro e comemora

Série A 2012: Sport 0 x 0 Náutico. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Tabu mantido na Ilha do Retiro. O Sport não perde do Náutico em seu campo desde 2004. Mas será que o Leão comemorou a marca na noite deste domingo?

O empate em 0 x 0, diante de 19 mil torcedores, foi um bom resultado para o Timbu, pressionado o tempo todo. O Leão, que poderia ter saído da zona de rebaixamento em caso de triunfo, manteve o inoperante ataque na competição.

Desta vez, até criou bastante. Porém, desperdiçou inúmeras oportunidades e chegou a inacreditáveis 738 minutos sem marcar um golzinho sequer. Assombroso.

Não por acaso, o time da Ilha terminou o turno na penúltima colocação, com apenas 15 pontos. Somando 24, os comandados de Alexandre Gallo ficaram na 11ª colocação, em um desempenho pra lá de satisfatório nesta primeira metade da Série A.

Dos 24 pontos, esse foi um dos maios suados para os alvirrubros. No primeiro tempo, o Sport teve pleno domínio da bola no meio-campo, com vantagem seguida na sobra.

Os volantes alvirrubros pareciam um tanto presos no campo defensivo, instruídos para conter o avanço do rival. Na criação, até mesmo Martinez pouco fez.

O Leão, por sua vez, utilizou bastante as laterais. O atacante Gilsinho, única surpresa na escalação, oscilava nas alas, mas sem cumprir o seu papel de fato, no ataque.

Série A 2012: Sport 0x0 Náutico. Foto: Alexandre Barbosa/Diario de Pernambuco

Assim, as melhores jogadas rubro-negras acabaram nos pés do volante Rithelly. Como em outras jornadas, marcava e encostava no ataque. Teve duas grandes chances.

Aos 24, escorou um cruzamento na pequena área. Mérito de Gideão, que defendeu essa finalização e foi ainda melhor no rebote, num chute à queima roupa de Felipe Azevedo.

Dez minutos depois, livre, Rithelly acertou a trave. Pelo menos algo mudou. As vaias sistemáticas deram lugar aos aplausos, talvez pelo desespero da torcida.

No lado timbu, reclamando bastante da arbitragem de Sandro Meira Ricci, só uma chance, a primeira do jogo, aliás. Numa bobeira do zagueiro Diego Ivo, o aguardado contragolpe foi armado para Kieza. Magrão defendeu. Muito pouco em 90 minutos.

Na etapa final, o domínio do Sport foi ainda maior, com direito a um bola no travessão numa cabeçada de Gilberto, uma das três substituições feitas por Waldemar Lemos.

Com Gideão inspiradíssimo embaixo das traves, o Timbu conseguiu deixar a Ilha do Retiro contente, nem aí para o tabu a favor do rival centenário.

Já o Sport tem um tabu mais importante para se preocupar. Dez jogos sem vitória.

Série A 2012: Sport 0 x 0 Náutico. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Magrão fez o possível, mas o São Paulo chegou ao gol

Série A 2012: São Paulo 1x0 Sport. Foto: WAGNER CARMO/AE

No retrospecto, eram 14 derrotas em 14 jogos na capital paulista. O São Paulo é, sem sombra de dúvidas, o maior algoz do Leão jogando em seus domínios.

Neste domingo, o Tricolor cansou de arrematar a pelota contra a meta do Sport.

Do começo ao fim. Mas encontrou uma barreira…

Aos 12 minutos, Willian José. Aos 15, Ademílson. Nas duas oportunidades, Magrão fez grandes defesas. As primeiras da tarde, com a presença de 22 mil torcedores.

Tarde com um duelo equilibrado no primeiro tempo, com o Rubro-negro bem ajustado em campo, tanto que chegou a criar duas boas chances. Desperdiçou.

Para tentar dar mais força ao time, Mancini promoveu a estreia do meia Hugo e também o retorno do zagueiro Edcarlos, nas vagas de Marquinhos Gabriel, destoando, e de Willians, que não ajudava na marcação. Depois disso, acabaram os contragolpes.

As mudanças acabaram recuando demais o time pernambucano, aumentando de vez o sufoco do São Paulo. Aos 27, o Tricolor ainda teve um gol mal anulado, num rebote para Ademilson, que estava em posição legal. O atacante precisou chutar duas vezes.

O bombardeio seguia, com Magrão salvando o resultado para os rubro-negros.

Atacante cara a cara, chute com força, bem colocado, de todo jeito. O goleiro vinha tendo uma de suas melhores atuações desde que chegou ao clube leonino.

Mas, aos 32 minutos da etapa complementar, depois de mais uma grande defesa, Ademilson encheu o pé e finalmente abriu o placar, 1 x 0.

O lance começou em mais uma desatenção do time, ainda no meio-campo. A escrita de jamais pontuar em duelos contra o São Paulo no Morumbi continua.

Magrão, que renovou o contrato por mais uma temporada na Ilha, bem que tentou mudar a história diante do adversário paulista. Sozinho, não adianta…

Série A 2012: São Paulo 1x0 Sport. Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

Os atores Tiago Cardoso, Magrão e Gideão

Goleiros Tiago Cardoso (Santa Cruz), Magrão (Sport) e Gideão (Náutico). Crédito: reprodução do Youtube

No mesmo cenário, o tricolor Tiago Cardoso, o rubro-negro Magrão e o alvirrubro Gideão. Um trio com bastante crédito junto às respectivas torcidas no Recife.

Nada mais natural do que associar a imagem dos goleiros a alguma campanha na televisão, pela paz ou visando a venda de produtos mesmo.

É um caso ainda pouco aproveitado no futebol local. A evolução desse segmento deve ser uma tendência, em todas as mídias. Basta haver qualidade no campo…

Quem também já estrelou um comercial foi Carlinhos Bala. Lembra? Confira aqui.

Um dia para não levar gol

Goleiros de Náutico, Santa Cruz e Sport, homenageados pelos clubes em 2012. Crédito: Náutico, Santa e Sport

Dia do Goleiro, 26 de abril. A curiosa data é celebrada no Brasil desde 1976.

Por causa do aniversário do pernambucano Manga, então goleiro do Inter.

O jogador foi um dos melhores do país na posição. Naquele ano, ele se tornaria o campeão brasileiro mais velho naquela temporada, aos 39 anos. Marca não superada.

Nas imagens deste post, as homenagens oficiais dos clubes do Recife.

Goleiros dos Náutico: Felipe, Gideão e Rodrigo Carvalho.

Camisa 1 do Santa Cruz: Tiago Cardoso.

Arqueiros do Sport: Magrão, Saulo, Matheus e Flávio.

Qual é o melhor goleiro do estado em atividade?

E qual seria o pior entre os nomes listados acima?

Reservas deixam o Sport a um empate de todas as vantagens

Pernambucano 2012: Porto 1 x 3 Sport. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Repleto de desfalques e focado na Copa do Brasil, o Sport foi até Caruaru para manter a liderança no Estadual. Era preciso jogar na base da superação neste domingo.

Logo aos 48 segundos Magrão foi exigido e fez uma boa defesa. Teria sido aquele lance um indício de uma tarde complicada? Ledo engano.

Com apenas três minutos o Leão abriu o placar, através do centroavante Jheimy, um dos cinco reservas acionados no estádio Lacerdão.

Ele recebeu na área e tocou com categoria, por cima do goleiro Romero. O mesmo Jheimy acertou o travessão aos 30. Coube ao jovem Ruan, de pênalti, ampliar.

No começo da etapa complementar, o Gavião teve uma chance, em uma penalidade. Joelson bateu no cantinho e Magrão defendeu, repetindo o feito da última quarta.

O goleiro (titular de segurança) impediu o atacante caruaruense de alcançar Marcelinho Paraíba na artilharia do campeonato, como fez o coral Dênis Marques. O camisa 10, que cumpriu suspensão e não apareceu para treinar no Recife, segue com 12 gols.

Faltando 15 minutos, o Porto diminuiu o placar. Bem postado, o Sport não só segurou o resultado como ainda amplicou, com outro reserva, Milton Júnior, aos 39.

A vitória por 3 x 1 sobre o Gavião deixou o time comandado por Mazola com 47 pontos, a um empate no Clássico das Multidões para ratificar a liderança da primeira fase.

Terminando em 1º lugar, o Sport terá o direito de decidir a semifinal e a decisão na Ilha. A finalíssima, é bom lembrar, será no aniversário rubro-negro, em 13 de maio…

Pernambucano 2012: Porto 1 x 3 Sport. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Nunca duvide do Sport, em película

Assim como o Timbu, o Sport também lançará um vídeo com bastidores sobre o acesso.

Confira a prévia do vídeo leonino abaixo, com a reta final da campanha que recolocou o clube na elite. O trecho foi disponibilizado pela TV Sport Recife.

Cena gravada instantes antes do time entrar em campo no gramado do Serra Dourada…

Mesmo com a situação difícil na tabela, uma equipe vinha gravando as passagens do elenco na Série B, colhendo depoimentos e emoções.

No título, a nova marca rubro-negra: Nunca duvide do Sport.

O timaço imaginário do Sport

Time de botão do Sport

Polêmica, do começo ao fim. Mas, nesse caso, com o que há de melhor no futebol.

O Sport irá pintar no clube a formação de sua seleção histórica. A escolha será feita pela própria torcida. Certamente, uma atração no site leonino.

Qual seria a seleção com os melhores jogadores rubro-negros desde 1905?

Impossível não haver injustiça, sobretudo com jogadores de décadas passadas, uma vez que a votação será na internet, com público reconhecidamente mais jovem…

Antes de qualquer coisa, a lista é subjetiva. Não existe nem mesmo uma formação padrão. Pode ser 5-3-2, 4-4-2, 4-3-3 etc. Então, vamos começar a discutir o tema…

A lista “prévia” do blog levou em consideração o fato de que os maiores títulos do clube foram conquistados nos últimos 30 anos, além de um passeio na história, claro.

Seleção histórica do Sport:

Magrão; Betão, Durval, Ailton e Dutra; Leomar, Merica, Raul Betancourt e Jackson; Ademir Menezes e Leonardo. Técnico: Emerson Leão.

Vou arriscar até um segundo time:

Bosco; Russo, Marco Antônio, Alemão e Dedé; Dinho, Ely do Amparo, Ribamar e Juninho Pernambucano; Traçaia e Roberto Coração de Leão. Técnico: Nelsinho Batista.

Obviamente, as duas equipes estão longe de qualquer unanimidade.

O blog sequer tem essa pretensão.

Por sinal, escale a sua seleção rubro-negra, torcedor!

Em 2009, o Santa Cruz também montou a sua superseleção (veja AQUI).

All in

Pernambucano 2011: Sport 3 x 1 Porto. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

No pôquer, a jogada com o título desta postagem significa a colocação de todas as fichas em uma única aposta, o centro das atenções.

Uma jogada derradeira, geralmente em uma situação crítica.

Contudo, ela vem acompanhada do blefe, a mola mestra do carteado.

Talvez todas aquelas fichas estejam motivadas pela confiança do apostador, com boas cartas e uma mão certeira. Ou então seja uma tentativa de intimidar o adversário, mesmo sem qualquer carta digna de bons adjetivos.

Assim foi a vitória do Sport na tarde deste sábado, em um Recife alagado.

"All in" no pôquer...Diante do bem ajustado Porto, a equipe rubro-negra mostrou as suas últimas cartas em busca do hexacampeonato estadual.

Foram novas peças, como o contestado ala Renato, um setor de criação exigido pela torcida, com Marcelinho Paraíba e Saci, e um ataque com Bala e Bruno Mineiro.

O adversário até pressionou e criou três boas oportunidades, mas Wellington Saci, de perna esquerda (claro), escorou cruzamento de Bala e abriu o caminho.

Depois, já na segunda etapa, Marcelinho Paraíba ampliou… Chute forte, seco.

Paulista chegou a 13 gols no Estadual e assustou, mas o zagueiro Montoya fez 3 x 1.

A vitória com todas as fichas. Agora com mais “três” fichas na mesa. Alívio. Sim, mas e a mão do Sport nesta rodada? Aposta arriscada, com um simples par de 2…

Para vencer o Pernambucano, o Leão precisará de um Royal Straight Flush.

Dúvida no pôquer? Saiba mais sobre as regras clicando AQUI.

Pernambucano 2011: Sport 3 x 1 Porto. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Camisa 1 x 300

O camisa 1 do Sport é o maior ídolo do clube na atualidade.

Jogando na Ilha desde 2005, Magrão chega a 300 partidas pelo Leão nesta quinta, contra o Ypiranga. É o único pentacampeão legítimo do elenco, com conquistas estaduais de 2006 a 2010. Ainda acumula um título nacional, a Copa do Brasil.

É um goleiraço mesmo. Seguro, dono de uma ótima elasticidade e simples.

Abaixo, uma compilação de grandes defesas do goleiro dividida em dois vídeos, produzidos pela torcida rubro-negra. A história vencedora do Sport dependeu dele.

Um documentário com direito a vários narradores e a já célebre expressão:

“Magrãããããããããããoooo!”

Parte I

Parte II

A (não) convocação

Magrão em ação no Clássico das Multidões contra o Santa Cruz, em 2009. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Durante toda a segunda-feira, o futebol pernambucano viveu uma expectativa disseminada após uma notícia na internet. Magrão, goleiro do Sport, poderia ser chamado por Mano Menezes em sua primeira convocação para a Seleção Brasileira.

Tudo conspirava contra. Primeiro, a idade, bem elevada para uma possível renovação do grupo. O paulista Alessandro Beti Rosa tem 33 anos. Seria um estreante tardio.

Além disso, a situação do Rubro-negro não colabora em nada. A 13ª colocação na Série B, após a lanterna na Série A, não é um bom cartão de apresentação.

Mas Magrão, dono de uma elasticidade impressionante, tem 267 jogos pelo Sport, com grande serviços prestados. É o único legítimo pentacampeão pernambucano do Leão, presente em todos os títulos entre 2006 e 2010.

Ganhou a Copa do Brasil de 2008 como um dos destaques. E logo contra o Corinthians de Mano Menezes, um dos vários técnicos que já elogiaram o camisa 1 da Ilha, que costuma receber sondagens da elite nacional – mas que acaba ficando por causa da multa rescisória de R$ 2 milhões.

Ele também ganhou elogios de colegas de posição. Colegas renomados, como Marcos, do Palmeiras, e Rogério Ceni, do São Paulo. Trintões como ele.

Enfim, Manos Menezes chamou 24 jogadores para o amistoso contra os Estados Unidos, no próximo dia 10 de agosto, em Nova Jersey.

Magrão não foi lembrado pela Canarinha. E, provavelmente, nunca será.

Perde a história.