Uma noite de gênios

Gênios: Albert-Einstein e Elvis-Presley

A única partida do Fenômeno em Pernambuco aconteceu em 23 de março de 1994, em uma noite de quarta-feira, com céu limpo.

Aos 17 anos anos, ele estreou na Seleção Brasileira justamente no Recife, num histórico amistoso contra a Argentina, no Arruda. Ronaldo substituiu Bebeto, autor dos gols da vitória por 2 x 0, aos 35 minutos da etapa final. Pouco fez naquela partida.

Será que pelo menos um dos 90.200 torcedores no Mundão imaginava que ali estava um gênio brasileiro? O blogueiro era um entre tantos na arquibancada naquela partida.

Se havia o claro desconhecimento em relação à presença de um gênio brasileiro em campo, o mesmo não ocorria pelo lado argentino, com Maradona.

Já apontado como um dos maiores nomes da história do futebol, El Diez entrou em campo puxando o time dos hermanos. Descrição daquela cena na reportagem do Diario de Pernambuco da época: “A vaia no Arruda chegou até a Encruzilhada”.

Infelizmente, Dieguito não jogou, pois sentiu uma lesão muscular na véspera. Infelizmente sim, pois mesmo sendo um adversário de peso, o público pernambucano queria muito ter visto o craque em ação antes de sua derradeira Copa do Mundo.

Assim como aconteceria com Ronaldo, aquela também foi a única passagem do astro portenho no Recife. Suficiente para mostrar toda a “marra” de Don Diego.

A delegação da Argentina ficou hospedada no Mar Hotel. El Pibe de Oro ocupou, sozinho, a suíte presidencial, com 160 metros quadrados, três ambientes, escritório, dois banheiros e hidromassagem com TV. Diária de 1.300 dólares.

Às 4h da madrugada do dia partida contra a Canarinha, Maradona, já ciente de que não jogaria, pediu uma garrafa de champanhe, um sanduíche e uma porção de batatas fritas. Tranquilo, tranquilo. Até porque o seu quarto tinha a presença de seguranças 24h.

Em outro hotel, Ronaldo era só um menino de 17 anos deslumbrado com a Seleção…

Gênios: Albert-Einstein e Elvis-Presley

El Diez

Argentina

Em eterno atrito, o presidente da Asociación del Fútbol Argentino (a “CBF” deles), Julio Grondona, abriu fogo contra o maior ídolo do país, Diego Maradona.

Perguntado em um programa de rádio na capital argentina sobre quem seria o melhor “camisa 10” da história do país, o dirigente de 80 anos listou Riquelme, Verón, Messi e Maradona. Apertado sobre o melhor entre eles, Grondona emendou:

“Messi…”

A resposta de Dieguito? Daquele jeito… “Es un viejo gagá.”

A polêmica já toma conta em Buenos Aires. Veja no jornal Olé, clicando AQUI.

Aqui no Brasil, até bem pouco tempo, Ricardo Teixeira e Pelé, assim como os hermanos, também viviam às turras via imprensa. Mas nada que fizesse o todo poderoso da CBF chegar ao ponto de dizer algo como “Ronaldo…”.

Abaixo, dois vídeos com os melhores momentos dos craques argentinos, em qualidade HD. Grondona cometeu uma heresia ou foi visionário? Heresia, até agora.

Lionel Messi, la Pulga

Diego Armando Maradona, el Pibe

Pauta onipresente

Livro sobre a Igreja Maradoniana, à venda em Buenos Aires. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – Diego Armando Maradona é mesmo uma entidade à parte na Argentina. Qualquer coisa que ele faça repercute de forma impressionante no país.

Perto de completar 50 anos de idade (em 30 de outubro), Maradona é uma figura onipresente na mídia local, em pelo menos três editorias: esportiva, social e política.

No Brasil, muitas crianças querem pedalar como Neymar. Por aqui, muitas querem repetir as jogadas de Messi. Mas quase todos os garotos argentinos querem mesmo é marcar novamente o gol de mão contra a Inglaterra, anotado em 1986 (veja AQUI).

Feito reservado ao mito local, que faz por onde manter o status.

Há dois dias continua passando na TV a declaração do gênio portenho acusando o presidente da AFA (a “CBF” deles), Julio Grondona, e o diretor técnico da associação de futebol do país, Carlos Bilardo, de terem encerrado a sua passagem na Seleção.

“Me cerraron las puertas.”

Com bastante experiência no fato de ser o centro das atenções, Maradona sabe que cada palavra sua tem um peso grande sobre os hinchas, que o idolatram apesar de qualquer episódio pouco ortodoxo em sua biografia. As camisas nas calles confirmam.

E haja mesa redonda debatendo o assunto.

No dia seguinte, com boa parte da imprensa ocupada sobre a pendência que afastou Maradona da Albiceleste, El Diez já estava presente em uma partida de showbol, entre argentinos e uruguaios. De chuteira e contando piadas, rendeu novamente.

Mais notícias. Mais mídia. Mais Maradona. Amém!

De fato, o ex-jogador é o deus (ou “D10s”) da Igreja Maradoniana, fundada na cidade de Rosário, em 1998. Esta surreal religião virou livro e tem o seu destaque nas inúmeras livrarias de Buenos Aires (veja AQUI).

Pelé? Esse foi o segundo melhor da história. E olhe lá…

Maradona nas ruas de Caminito. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Caminito da pasión

Caminito, em Buenos Aires. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – De volta à capital argentina após o passeio no Uruguai, chegou a vez de um dos programas oficiais do país vizinho: vagar pelas calles (ruas) de Caminito.

Encravado dentro do bairro de La Boca, terra do Boca Juniors, o colorido de Caminito é uma das mais famosas atrações turísticas de Buenos Aires. O nome foi inspirado em um tango, como não poderia deixar de ser, de 1926 (saiba mais AQUI).

Tango e cores primárias à parte, o futebol toma conta de Caminito… Não bastasse à proximidade ao estádio La Bombonera, lembranças e quinquilharias remetem ao futebol.

Camisas, ímã de geladeira, cinzeiro com réplicas dos estádios, pulseiras, quadros etc. Na teoria, nada se relaciona com Caminito. Mas ao enxergar a paixão dos argentinos pela sua seleção e pelos grandes clubes esse cenário econômico fica compreensível.

Caminito, em Buenos Aires. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de PernambucoComo os brasileiros não ficam atrás neste quesito, o tema se desenvolve rapidamente, com boas doses de provocação.

Por sinal, o volme de turistas brasileiros é impressionante. Tanto que em Caminito a nossa moeda é aceita em espécie!

Com o apelo do futebol, os chicos (garotos) dos restaurantes ficam na calçada chamando os brasileiros, puxando papo sobre os clubes para atrair clientes – bife de chorizo como prato principal e show de tango gratuito.

São Paulo e Flamengo são as primeiras opções. Mas ao trocar duas frases e perguntar o nome da cidade de origem, eles vão logo citando, um a um, os clubes locais.

O Recife está bem na fita. Sport, Náutico e Santa Cruz estão no “catálogo” desses argentinos. Não pense que é apenas o nome. Falam das cores, da rivalidade e apelidos.

Santa Cruz? A Série D já é conhecida aqui, infelizmente.

Após levantar a bola verde e amarela, os argentinos retomam o orgulho local e evocam a grandeza dos seus times. Apesar da oferta generosa de equipes nos quiosques (cerca de dez), Boca Juniors e River Plate são os mais procurados pelos gringos – neste caso, nós também “somos” os gringos. A vantagem do Boca é gritante, no quintal de sua casa. Muitas casas da vizinhança têm as cores do time, amarelo e azul.

Isso é quase um convite à La Bombonera, já conhecida dos brasileiros (veja AQUI).

E assim segue a caminhada brasileña na fria Buenos Aires, com 14 graus. No futebol, o clima sempre é mais quente… Esse diálogo é universal.

Caminito, em Buenos Aires. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Maradona nipônico

Copa do Mundo de 2010: Argentina 1 x 0 Nigéria. Maradona e Heinze. Foto: Fifa/divulgação

Antes fosse um convite para Maradona trabalhar no Japão…

Os programas de humor no Japão conseguem ser ainda mais sem noção que os da velha guarda no Brasil. É um pastelão do começo ao fim.

Mesmo sem entender absolutamente nada da língua local, é possível assistir ao concurso de imitação do técnico Diego Armando Maradona.

Sim. Japoneses imitando aquele Maradona que foi ao Mundial de 2010, na África do Sul… De fato, era mesmo uma caricatura de treinador!

Veja uma imitação chilena do treinador com trejeitos e entonação de voz AQUI. Trata-se de uma apresentação de quase 9 minutos do humorista Stefen Kramer, que esteve em junho, durante a Copa, no programa Halcon Camaleon, na TVN, do Chile.

Copa baseada em projetos utópicos

Arenas lançadas no Recife no século XXI. Arte: Diario de Pernambuco

Brasil x Ucrânia, Cidade da Copa

Abertura da Copa do Mundo de 2014. Domingo, céu nublado no Recife. Coisa rara num mês marcado pelas pancadas de chuva. Mesmo com algumas avenidas alagadas, o clima na capital pernambucana é de festa. O aguardado primeiro jogo do Mundial vai acontecer às 17h, a dezenove quilômetros do Marco Zero, na recém-inaugurada Cidade da Copa, diante de 46.214 torcedores.

Ao redor da arena o visual é espetacular, com canhões de luzes amarelas e verdes apontando para a cobertura de policarbonato, dando vida ao estádio. Cores que condizem com a presença no gramado da Seleção Brasileira, a anfitriã, pronta para enfrentar a Ucrânia. Enquanto Neymar e Ganso lutam para furar a muralha ucraniana, uma multidão de repórteres tem o aporte do centro de imprensa ao lado do estádio mais caro da Copa. A suada vitória brasileira acaba sendo transmitida em 3D em sinal aberto para algumas cidades do Brasil.

Argentina x Gana, Arena do Sport

Dia seguinte. Chega a vez da estreia dos hermanos argentinos. Após 15 dias de isolamento em um resort no litoral sul de Pernambuco, o time que idolatra Maradona encara Gana na arena do Sport. Estádio que um dia abrigou a Ilha do Retiro, sede do único jogo da Copa do Mundo de 1950 no Nordeste. A chuva fina na arena não mudou a marra de El Diez, que adotou mais uma vez a postura de “Poderoso Chefão”, de terno bem apertado e gravata.

Com um forte esquema de segurança, e sob os olhares de alguns integrantes da Torcida Jovem, a torcida argentina invadiu o estádio, comprovando a expectativa de que a hinchada de Buenos Aires seria mesmo o maior contingente de gringos no país. Com muito barulho e centenas de faixas nas arquibancadas, a Argentina vence por 2 x 0. Após oito anos, Lionel Messi voltou a marcar um gol no Mundial.

Itália x Suécia, Arena Recife

Na mesma tarde, mas em Engenho Uchôa, a Itália dava largada ao temível grupo da morte, contra a Suécia, que não disputava a Copa desde 2006. O estádio do Náutico foi o último a ser entregue pelo comitê organizador, porém, recebeu elogios da Fifa pela estética ousada, a única comparada ao Mundial da África do Sul. Em campo, uma Azzurra renovada. Mesmo assim, os jogadores, muitos deles desconhecidos do grande público, foram bastante assediados pelas tietes pernambucanas em frente ao hotel cinco estrelas na Avenida Boa Viagem.

Em campo, o time recuperou a péssima imagem deixada pela prematura eliminação anterior e venceu a Suécia por 2 x 1. Na saída da partida, muitas torcedoras suecas foram “consoladas” pelos pernambucanos de plantão. E a primeira fase do Mundial seguiu com dois ou três jogos diários no estado.

Holanda x Uruguai, Arena Recife-Olinda

Uma das partidas mais aguardadas acabou acontecendo apenas na última rodada do Grupo F, entre a atual vice-campeã Holanda e o Uruguai, que perdeu a emocionante semifinal de 2010 justamente para a Laranja Mecânica. Como não foi escolhida como cabeça-de-chave, a Celeste Olímpica acabou na mesma chave do algoz, numa dessas ironias do mundo da bola. O jogo foi marcado para a Arena Recife-Olinda, a poucos metros da Cidade Patrimônio, tão marcada pela cultura holandesa. E o que dizer dos uruguaios, cujo consulado fica no próprio Sítio Histórico?

Aos 35 anos, o Bola de Ouro da Celeste, o meia Diego Forlán, não apresentara o mesmo futebol até então, mas num lampejo de genialidade, acertou um chutaço de fora da área e empatou o jogo aos 44 minutos do segundo tempo, com a cara da garra charrúa. O resultado classificou os dois países para a fase seguinte. Com a paz selada entre as duas torcidas, a festa aconteceu logo depois, pertinho dali, no Alto da Sé.

Brasil x Espanha, Arena Coral

Mesmo com alguns problemas no sistema de transporte, com a capacidade insuficiente do Corredor Norte-Sul e o excesso de passageiros transitando no Aeroporto Internacional dos Guararapes, apontado antes da competição como um dos cinco melhores do mundo, o Mundial seguiu dentro dos padrões da Fifa, chegando à mesma nota 9 dada ao país-sede quatro anos atrás. No último dia, o duelo que deveria ter acontecido na África do Sul: Brasil x Espanha. A Fúria e o passo final para consagrar a geração de Iniesta e Xavi contra a Seleção e a chance de apagar de vez o Maracanazo. Ou seria Arrudazo? Final da Copa de 2014, 13 de julho, na Arena Coral.

Foi o mais polêmico de todos os projetos. O estádio tricolor chegou a ser vetado pelo secretário geral da Fifa, Jerome Valcke, por causa dos problemas estruturais e as apertadas vias de acesso. Mas Pernambuco não abriu mão do Arruda e costurou a entrada do estádio, o único com capacidade para receber a finalíssima do 20º Mundial. Um dia histórico no Recife, um “Galo da Madrugada” nas ruas em pleno inverno.

A torcida caminhou desde os principais pontos de concentração, como Encruzilhada, Campo Grande e Casa Amarela. Como todos os 68.500 bilhetes foram vendidos cerca de um ano antes (sendo 40% deles para os estrangeiros), uma multidão de 30 mil pessoas se concentrou no Fifa Fan Fest no Recife Antigo. A decisão acabou às 22h. Soberano em campo, o Brasil ganhou a sexta estrela. Em uma Copa 100% pernambucana.

Ao todo, os cinco estádios custariam R$ 1,692 bilhão, com 235.514 assentos. Acredite se quiser, mas esse texto fictício também está no Diario (veja aqui).

A escolha de Sofia

Bola de Ouro de melhor jogador da Copa do Mundo

Os dez melhores jogadores da Copa do Mundo de 2010.

A Fifa divulgou nesta sexta os nomes dos dez candidatos ao prêmio de Bola de Ouro do Mundial (veja AQUI). O prêmio foi criado em 1982. Entre os postulantes, três espanhóis (Iniesta, Xavi e David Villa) e dois holandeses (Sneijder e Robben). Nenhum brasileiro…

O vencedor será anunciado em 11 de julho, logo após a final da Copa, no Soccer City. Ao vencedor, a Escolha de Sofia! Nas três últimas edições do Mundial da Fifa, o jogador que foi eleito como o melhor da competição acabou como vice-campeão…

Ronaldo em 1998, Oliver Kahn em 2002 e Zinedine Zidane em 2006. 😯

Então, a “dúvida”: campeão do mundo ou o prêmio melhor da Copa? Dos sete vencedores do prêmio, só três também ganharam o título, em 1982, 1986 e 1994. Assim, o último que realmente terminou feliz foi Romário. E olhe que o Baixinho ficou a um golzinho de levar também a chuteira de ouro de artilheiro do Mundial.

Vale lembrar que os segundo e terceiro lugares recebem, respectivamente, as Bolas de Prata e de Bronze. Falcão (1982) e Ronaldo (2002) receberam também a Bola de Prata. Veja a lista completa de vencedores da Bola de Ouro do Mundial AQUI.

Para evitar uma nova gafe, a Fifa vai esperar a decisão de 2010 para encerrar a eleição. Parece algo óbvio, mas não era assim.

Para as mãos do capitão

Capitães dos títulos mundiais de 1930 a 2006

Quem será o 19º capitão a erguer a taça de campeão do mundo?

O goleiro espanhol Iker Casillas ou o lateral-esquerdo holandês Van Bronckhorst?

O vencedor do duelo no domingo, no Soccer City, entrará de vez na história. Casillas, campeão mundial de juniores há 11 anos, pode se tornar o primeiro goleiro a levantar o troféu com a braçadeira de capitão 28 anos depois do gesto do quarentão Zoff na Espanha. Já o experiente jogador da Laranja Mecânica, de 35 anos, quer encerrar a sua carreira na seleção com a quebra de um tabu bem curioso.

Até hoje, nenhum capitão campeão era lateral-esquerdo. Todas as outras posições já foram contempladas. Até mesmo a de líbero, em desuso. Bronckhorst seria o pioneiro.

Confira abaixo a relação de todos os capitães que ganharam a Copa. Nunca houve um bicampeão com a braçadeira nas duas campanhas. Já a imagem do post conta com todos os capitães campeões desde 1930, da esquerda para a direita (de cima para baixo).Vale lembrar que nove jogadores ergueram a Taça Jules Rimet entre 1930 e 1970, enquanto os outros nove levantaram a Taça Fifa, a partir de 1974.

1930 Jose Nasazzi (zagueiro, Uruguai)
1934 Giampiero Combi (goleiro, Itália)
1938 Giuseppe Meazza (atacante, Itália)
1950 Obdúlio Varela (volante, Uruguai)
1954 Fritz Walter (meia, Alemanha)
1958 Bellini (zagueiro, Brasil)
1962 Mauro Ramos (zagueiro, Brasil)
1966 Bobby Moore (zagueiro, Inglaterra)
1970 Carlos Alberto Torres (lateral-direito, Brasil)
1974 Franz Beckenbauer (líbero, Alemanha)
1978 Daniel Passarella (zagueiro, Argentina)
1982 Dino Zoff (goleiro, Itália)
1986 Maradona (meia, Argentina)
1990 Lothar Matthäus (meia, Alemanha)
1994 Dunga (volante, Brasil)
1998 Didier Deschamps (volante, França)
2002 Cafu (lateral-direito, Brasil)
2006 Fabio Cannavaro (zagueiro, Itália)

1930 Jose Nasazzi (zagueiro, Uruguai)
1934 Giampiero Combi (goleiro, Itália)
1938 Giuseppe Meazza (atacante, Itália)
1950 Obdúlio Varela (volante, Uruguai)
1954 Fritz Walter (meia, Alemanha)
1958 Bellini (zagueiro, Brasil)
1962 Mauro Ramos (zagueiro, Brasil)
1966 Bobby Moore (zagueiro, Inglaterra)
1970 Carlos Alberto Torres (lateral-direito, Brasil)
1974 Franz Beckenbauer (líbero, Alemanha)
1978 Daniel Passarella (zagueiro, Argentina)
1982 Dino Zoff (goleiro, Itália)
1986 Maradona (meia, Argentina)
1990 Lothar Matthäus (meia, Alemanha)
1994 Dunga (volante, Brasil)
1998 Didier Deschamps (volante, França)
2002 Cafu (lateral-direito, Brasil)
2006 Fabio Cannavaro (zagueiro, Itália)

Entre 1930 e 1970, o troféu foi a Taça Jules Rimet. Com o tricampeonato do Brasil, que ficou em definitivo com a relíquia, foi criada então a Taça Fifa.

Copa dos Campeões Mundiais

Final do Mundialito em 10 de janeiro de 1981: Uruguai 2 x 1 Brasil

Bastou a confirmação de um novo campeão mundial de futebol, que será conhecido no domingo, para começar uma avalanche de ideias, principalmente em fóruns na internet.

A principal delas é reeditar em breve o Mundialito, com a nata das seleções.

Eram seis campeões mundiais em 1980 quando a ditadura uruguaia resolveu organizar uma competição para melhorar a imagem do país. E conseguiu o apoio da Fifa. Apenas a Inglaterra desistiu (por não querer fazer “propaganda” para o governo celeste). O país foi substituído pela Holanda, vice-campeã mundial em 1974 e 1978.

O Mundialito, que celebrou os 50 anos do Mundial de fato, foi realizado em Montevidéu, no estádio Centenário (palco da primeira Copa da história). E foram verdadeiros timaços: Brasil de Sócrates, Argentina de Maradona, Uruguai de Hugo de León, Alemanha de Rummenigge, Itália de Scirea e Holanda de Van der Kerkhof.

E, assim como em 1930, o Uruguai conquistou o título do Mundialito, também chamado de Copa de Ouro, ao vencer o Brasil na final por 2 x 1, já em 10 de janeiro de 1981. Victorino marcou o gol do título aos 35 minutos do segundo tempo (foto).

Agora, com o 8º campeão mundial a caminho (Holanda ou Espanha), um novo Mundialito teria um número viável de seleções, com o mesmo modelo da Copa das Confederações, com dois grupos de quatro, seguido de semifinal e final. Uma copa de clássicos!

O sufocado calendário atual, porém, não deixa espaço algum para um novo torneio. A ideia proposta, então, seria substituir a própria Copa das Confederações de vez em quando. A Fifa não deverá fazer nada a respeito. Mas é até válido o debate…

Sem querer querendo

Dublagem de Maradona na coletiva após a derrota da Argentina nas quartas de final da Copa do Mundo. Derrota não… Massacre alemão, por inacreditáveis 4 x 0! Ao som de Chaves, eis a verdadeira de vontade de El Pibe depois daquele sábado.

Post com a colaboração do webdesigner João Bosco.