Recordistas mundal nos 100 metros rasos do atletismo, nos 200 metros e no revezamento 4 x 100 metros. Em duas Olimpíadas, 100% de aproveitamento.
Três provas em Beijing e três em Londres.
Nas seis, o primeiro lugar, o ouro. São seis medalhas para raio jamaicano.
Fenômeno que também se mostra rentável, com um pool de patrocinadores.
Ídolo no esporte, com recorde até nas redes sociais. Nas suas provas, chegou a ter a marca de 80 mil menções no Twitter a cada minuto.
Não por acaso, o corredor quer canalizar o seu sucesso junto ao público.
A nova ideia é o mosaico de Bolt com as medalhas olímpicas. O quadro será formada 3.600 fotografias de torcedores mundo afora. Para participar, clique aqui.
O souvenir terá dimensões de 72 cm x 50 cm. Cada foto enviada será na resolução de 1 cm x 1 cm. A inserção de uma foto custa 12,95 libras esterlinas. Ou R$ 41.
Ou seja, o faturamento do atleta poderá chegar a 46 mil libras, ou R$ 147 mil.
O jogo entre Brasil e Suécia, revivendo a decisão do Mundial de 1958, será o último duelo internacional no estádio Rasunda, em Estocolmo, palco daquela histórica decisão para a Seleção, com 49 mil torcedores. O Rasunda será demolido em novembro, para dar lugar a uma moderna arena, a um quilômetro de distância.
A partir deste ponto, o blog fez um levantamento com os estádios das 20 finais da Copa do Mundo desde 1930, já considerando a próxima edição no Brasil. Vários foram remodelados, outros foram demolidos. Houve até estádio que regrediu. Confira o passado, o presente e o futuro de cada um…
1930 – Centenário, em Montevidéu, no Uruguai
Sem dúvida alguma, foi a construção mais rápida de um estádio deste porte. Em apenas nove meses os operários levantaram o campo da primeira Copa do Mundo. O nome deve-se aos 100 anos da Primeira Constituição do Uruguai. No ano da abertura era possível receber até 93 mil pessoas, em pé. Sequer contava com refletores. Apesar de ter sido ampliado depois, ampliando a arquibancada atrás dos gols, o número caiu para 65.235, devido às normas de segurança e conforto, com assentos marcados, apesar de velhos. As suas quatro arquibancadas, divididas para torcedores de Peñarol e Nacional, têm nomes próprios: Olympic, Colombes, Amsterdam e America. Os três primeiros são relacionados ao bicampeonato olímpico de futebol, em 1924 e 1928. O último mostra o domínio da Celeste no continente, com 15 títulos.
1934 – Stadio Nazionale PNF, em Roma, Itália
Com capacidade para 50 mil torcedores, o estádio do Partido Nacional Fascista (PNF) foi construído em 1927 e recebeu três jogos da Copa do Mundo, incluindo a final. Lazio e Roma, os clubes de futebol mais tradicionais da capital do País da Bota, mandavam os seus jogos lá até a construção do Olímpico, em 1953. Naquele mesmo ano, o Nazionale PNF foi demolido. Foi substituído pelo Stadio Flaminio, sede do torneio de futebol da Olimpíada de 1960. Hoje, com 32 mil lugares, é utilizado para jogos de rúgbi
1938 – Stade Olympique Yves-du-Manoir, em Colombes, França
Mais de cem anos de história e cada vez menor. Inaugurado em 1907 como Stade du Matin, o local foi ampliado para 45 mil lugares visando os Jogos Olímpicos de Paris, em 1924. Quatro anos depois foi rebatizado com uma homenagem ao francês Yves du Manoir, atleta de rúgbi, que faleceu com apenas 24 anos em 2 de janeiro de 1928. Após o Mundial de futebol de 1938, o Olympique recebeu várias finais da Copa da França e permaneceu como o maior estádio do país até 1972, com a inauguração do Parque dos Príncipes, do PSG. Após reformas estruturais e a demolição de alguns setores, em uma reorganização do terreno, a capacidade caiu para 14.000 espectadores, a atual. O palco é dividido pelo RC Paris (futebol) e Racing Métro 92 (rúgbi)
1950 e 2014- Maracanã, no Rio de Janeiro, Brasil
Um estádio de futebol construído duas vezes para o mesmo evento, a Copa do Mundo. De 1950 e 2014. Preparado para abrigar a final das duas competições. Na primeira edição, foram utilizados 500 mil sacos de cimento e 10 mil toneladas de ferro. Ao todo, dez mil operários trabalharam na obra, que durou dois anos. Oficialmente, a capacidade máxima era de 183.354 pessoas. A maior do planeta. Estimativa baseada no “Padrão Fifa” da época, incluindo 32 mil pessoas em pé. Várias décadas depois, ao incrível custo de R$ 1 bilhão, outro Maracanã. No papel, uma modernização. A segunda versão deverá consumir 140 toneladas de ferro e 8,6 toneladas de cimento, com 5.200 trabalhadores. Por mais que se use as antigas fundações, o discurso não cola. Trata-se de um novo palco, luxuoso, com 78.639 lugares, ou 42,8% capacidade antiga. Foi preciso mais de um ano para demolir boa parte do trabalho antigo, que de fato já havia sido parcialmente refeito em 2000, com um novo anel inferior.
1954 – Wankdorf Stadium, em Berna, Suíça
Foram várias transformações no econômico espaço em Berna. Aberto em 1925 e podendo receber até 22 mil pessoas, o Wankdorf foi gradativamente ampliado entre 1933 e 1939, chegando a 42 mil. Antes da Copa de 1954, a demolição. Foi construído um novo, com 64 mil lugares. A inauguração ocorreu com o Mundial em andamento. Nesse tempo todo, foi a casa do BSC Young Boys. Até 2001, quando foi novamente levado às ruínas. Era a vez do moderno Stade de Suisse, aberto no verão de 2005. A “terceira” arena tem lotação máxima de 32 mil torcedores e foi sede da Eurocopa 2008. Virou a nova casa do BSC.
1958 – Rasunda, em Estocolmo, Suécia
Do campo acanhado para o estádio tradicional foram mais de duas décadas, até a inauguração em 18 de abril de 1937, com o clássico sueco entre AIK e Malmö. Bem antes da Copa do Mundo, o Rasunda foi utilizado na Olimpíada de 1912, para a prática de futebol e disputas de tiro! Tradicionalmente, recebeu 75% das apresentações da Suécia como mandante. Foi o primeiro estádio do planeta a receber a final do Mundial tanto no masculino (1958) quanto no feminino (1995). De 51 mil pessoas há 54 anos, terá a sua despedida com 36 mil ingressos. Com a inauguração da Friends Arena (Arena dos Amigos) prevista para este ano, com 50 mil lugares e orçada em 300 milhões de euros, o terreno do velho Rasunda será cedido. A demolição deve ser ainda em 2012.
1962 – Nacional, em Santiago, Chile
Caso raríssimo na história da Copa, o maior público da competição de 1962 foi na semifinal entre Brasil e Chile, com 76.500 espectadores, quase oito mil a mais que a final. O recorde, contudo, é de 85.268 pessoas, curiosamente na mesma temporada. O Nacional faz parte de um enorme complexo esportivo em Santiago, criado em 1937. Chegou a ser chamado de “Elefante Branco” na inauguração, ainda com 45 mil lugares, pois achava-se que jamais lotaria. Passou por uma reforma completa em 2009, reduzindo drasticamente o espaço disponível para o público, agora com 50 mil cadeiras.
1966 – Wembley, em Londres, Inglaterra
Nada mais nada menos que um dos palcos mais famosos do futebol em todos os tempos. Após um ano de obras, Wembley foi aberto para o público em 1923, numa época na qual o futebol inglês já era profissional. Custou 750 mil libras esterlinas, projetado com 127 mil lugares. De cara, passou a receber as finais da Copa da Inglaterra. Em 1966, com 98 mil lugares disponíveis, abrigou a decisão da Copa do Mundo. Foi a casa do English Team até 2000, quando foi fechado. A demolição, no entanto, só aconteceu duas temporadas depois. Foram cinco anos de obras para o “New Wembley”, não menos espetacular. Aberta em 9 de março de 2007, a super-arena custou 783 milhões de libras (1.044 vezes mais que a primeira versão). Atualmente são 90 mil cadeiras.
1970 e 1986 – Azteca, na Cidade do México, México
Ainda hoje o estádio Azteca ostenta a marca de estádio de maior capacidade na América Latina, com 105.064 assentos. Foi o primeiro a receber a final da Copa do Mundo em duas oportunidades, em 1970 e 1986, com 107.412 e 114.600 torcedores, respectivamente. Festa de brasileiros e argentinos. O Azteca começou a ser construído em 1961 e foi inagurado em 1966. Dois anos depois recebeu Olimpíada. Se tornou um dos principais polos de eventos do continente, com apresentações da NFL, shows de Michael Jackson, presença do Papa etc. Segue moderno. Já foi a casa de seis times mexicanos. Atualmente, o mandante é o Club América, um dos mais populares do país.
1974 – Olympiastadion, em Munique, Alemanha
Seu primeiro objetivo foi abrigar os Jogos Olímpicos de 1972. Foi construído em quatro anos, a partir de 1968. Podendo acomodar 69.250 pessoas, o “Estádio Olímpico” não precisou de reforma alguma para ser o principal palco da Copa do Mundo dois anos depois. Ainda receberia a final da Euro de 1988 e as decisões da Liga dos Campeões da Uefa de 1979, 1993 e 1997, mantendo o design original. Foi a casa do Bayern e do TSV 1860 Munich até 2006, quando foi inaugurada a Allianz Arena, também na cidade de Munique. Sem clubes, o seu uso passou a ser esporádico, com eventos de atletismo, automobilismo e até esqui.
1978 – Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, Argentina
Encravado em um dos bairros mais nobres da capital dos hermanos, o estádio Antônio Vespucio Liberti surgiu em 1938 já com um status imponente, como o maior da Argentina. Após uma despesa de 3 milhões de dólares, o River Plate abriu as portas do seu “Monumental”. Com um empréstimo do governo militar do país, visando o Mundial de 1978, o River conseguiu remodelar a “cancha”. Já chegou a receber 100 mil pessoas, no clássico entre River e Racing, mas hoje não passa de 60 mil. Apesar de grande e tradicional, a a praça esta sucateada, mantendo, por exemplo, as mesmas cadeiras utilizadas há três décadas.
1982 – Santiago Bernabéu, em Madri, Espanha
Casa do Real Madrid desde 1947, o Santiago Bernabéu recebeu a final do Mundial da Espanha, fatídico para a Seleção Brasileira, que sequer jogou nesse campo. Nos seus 65 anos de história, o estádio passou por duas grandes ampliações. A primeira delas em 1981, para a Copa, claro. Modernização e placar eletrônico. Depois, em 2001, ao custo de 127 milhões de euros, o terceiro anel de arquibancadas foi construído, além da cobertura em todos os setores. Até a década de 1990 o Santiago Bernabéu ainda contava com a “geral”, com torcedores em pé. Atualmente, só cadeiras. São 85.454. É um estádio “cinco estrelas” na análise da Uefa, a maior possível.
1990 – Olimpico, em Roma, Itália
Em seus primeiros estágios, o nome era bem diferente: Stadio del Cipressi. O terreno existia desde 1901, mas a abertura foi somente em 1937. A sua ampliação foi paralisada em 1940 devido à 2ª Guerra Mundial. Em 1953, um novo nome, Stadio dei Centomila. A explicação (na tradução) vem da lotação obtida nos clássicos da época entre Lazio e Roma, passando de 100 mil pessoas. Em 1960, o nome definitivo, por causa da Olimpíada de Roma. Com a construção da pista de atletismo, a capacidade caiu para 73 mil. Ao ser escolhido para a final do Mundial de 1990, o palco foi reformado, com a colocação de cadeiras e a cobertura metálica. Em 2008, nova modernização, com o “Padrão Fifa”, incluindo vestiários, telões de led, segurança etc. É a casa de Lazio e Roma.
1994 – Rose Bowl, em Pasadena, Estados Unidos
Concebido para jogos de futebol americano, o Rose Bowl passou por leves adaptações para outros esportes. Recebeu competições das Olimpíadas de 1932 e 1984, incluindo aí a final do futebol, com derrota brasileira diante da França. Porém, em 1994, a Seleção festejou no enorme estádio após o pênalti perdido pelo italiano Roberto Baggio. Seu projeto original apresentava uma forma de “ferradura” na arquibancada. Posteriormente, a arquibancada foi construída, com um único anel, com 94 mil lugares. O recorde é de 1973, com 106 mil espectadores. Em 1999, a revista norte-americana Sports Illustrated nomeou o Rose Bowl como o 20º estádio mais importante do século XX. Os assentos de madeira de 1922 foram substituído por peças de alumínio em 1969. Mais recentemente, para cadeiras de plástico no padrão mais moderno da atualidade.
1998 – Stade de France, em Saint-Denis, França
Suntuoso, o estádio na periferia de Paris foi inaugurado como o mais moderno do mundo. Se hoje não é mais o nº 1, pelo menos segue entre os melhores. O governo francês bancou a bagatela de 290 milhões de euros em três anos de obras. A sua primeira arquibancada pode ser “recuada”, de forma retrátil, abrindo espaço no campo de jogo. Não por acaso, a arena pôde implantar uma pista de atletismo de forma provisória para o Mundial de Atletismo de 2003. Após a Copa de 1998, com vitória dos Bleus, o palco virou a casa das seleções francesas de futebol e rúgbi, bastante popular no país. Nenhum clube manda jogos de forma regular no Stade de France, que se tornou um dos pontos mais visitados da cidade.
2002 – Estádio Internacional, em Yokohama, Japão
Os japoneses esperavam receber a Olimpíada de 2008. A eleição do Comitê Olímpico Internacional (COI) seria apenas em 2001. No entanto, os nipônicos construíram o International Stadium em 1998! O objetivo desse empreendimnto era promover também o Festival Nacional de Esportes do Japão. Com se sabe, os Jogos Olímpicos de 2008 aconteceram na chinesa Beijing. Ainda assim, a casa do time de futebol Yokohama Marinos, com 72.327 lugares, recebeu a decisão do Mundial de 2002 sem necessitar de reformas. Com uma infraestrutura invejável, a arena foi escolhida pela Fifa para a final do Mundial de Clubes de 2005 a 2008, além do biênio 2011/2012. Apesar do nome “Internacional”, o contrato é naming rights. A Nissan já bancou a denominação oficial.
2006 – Olímpico, em Berlim, Alemanha
Em 1936, a Olimpíada teve pela primeira vez a “pira olímpica”, sob o olhar do führer Adolf Hitler. Construído para demonstrar a suposta superioridade ariana – no mantra de Hitler -, o estádio acabou vendo o show do corredor norte-americano Jesse Owens, negro. Na Segunda Guerra Mundal, o Estádio Olímpico sofreu vários danos. Sofreu uma leve reforma e se transformou na casa do Hertha Berlin em 1963. Onze anos depois, recebeu três jogos do Mundial, na então Alemanha Ocidental. Em 2006, mais seis partidas, incluindo a final, após uma caríssima reforma geral de 247 milhões de euros, quase o preço de um novo estádio com 45 mil lugares. A sua capacidade é de 77.166 pessoas, com lugares cobertos. Mantém o design original.
2010 – Soccer City, em Johanesburgo, África do Sul
Fantástico, o estádio Soccer City foi palco da abertura e da final da Copa do Mundo de 2010, com orçamento de quase R$ 800 milhões. Com capacidade para 94.700 torcedores, a arena de Joanesburgo foi criada, como uma das maiores do mundo. A construção original data de 1987, com lotação máxima de 80 mil pessoas, num único lance de arquibancada. O local foi ampliado e modernizado para o primeiro Mundial de futebol em solo africano. No entorno, uma grande área de “escape”, uma das exigências mais atuais da Fifa, para centros de imprensa e fan fests.
Serão quatro anos de intensa publicidade da Cidade Maravilhosa.
O primeiro vídeo oficial do Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016 foi revelado nesta segunda-feira, com inúmeros artistas.
Arte, beleza, clichê etc. Os primeiros minutos para consolidar a imagem da cidade. O clipe foi intitulado de “Os Deuses do Olimpo visitam o Rio de Janeiro”.
As cenas mostram como seria a visita dos deuses Zeus, Hera, Poseidon, Atena, Ares, Deméter, Apolo, Artemis, Hefesto, Afrodite, Hermes e Dionísio.
A peça foi produzida pela empresa Pindorama, com direção de Estevão Ciavatta.
O que você achou do vídeo da pioneira Olimpíada no Brasil? Comente.
Os olhos do mundo já estão voltados para o Brasil, que irá gastar R$ 92 bilhões em infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014 a para a Olimpíada de 2016.
Em relação às instalações esportivas, o papel pernambucano está fundamentado na Arena Pernambuco, orçada em R$ 532 milhões, ou 0,57% de todo o montante.
O estádio já passou da metade do cronograma. Eis o cenário atualizado neste mês.
Confira a imagem em uma resolução maior clicando aqui.
O palco será utilizado apenas no Mundial de futebol. Nos Jogos Olímpicos, o torneio de futebol será realizado no Maracanã, Morumbi (ou Itaquerão), Mineirão e Fonte Nova.
No número absoluto de medalhas, entre ouro, prata e bronze, o Brasil alcançou o seu melhor resultado em uma Olimpíada, com 17 pódios. Só treze nações ganharam mais.
Três ouros, cinco pratas e nove bronzes. Dos 257 atletas, 59 ganharam medalha (22%).
A delegação superou as 15 medalhas obtidas em Atlanta-1996 e Beijing-2008. Pela quinta vez seguida o Team Brazil passou de 10 medalhas nos Jogos. Antes, o máximo eram oito, no distante ano de 1984, ainda sob boicote dos países socialistas.
Assim, o Brasil ultrapassou a meta estabelecida pelo Comitê Olímpico Brasileiro, de 15.
A princípio, parece um saldo positivo. No entanto, é preciso destacar o objetivo pra lá de modesto do COB, que era baseado na igualdade em relação à participação na China.
O que é curioso, pois o dinheiro investido no esporte de alto rendimento visando 2012 recebeu um acréscimo de 48% em relação ao último ciclo olímpico.
Além disso, parte do favoritismo brasileiro na Olimpíada acabou dissipado pela participação frustrante de alguns atletas, como a saltadora Fabiana Murer.
Isso acaba de certa forma suplantado pela surpresa de outros, como o judoca Felipe Kitadai, os pugilistas da família Falcão, Esquiva e Yamaguchi, e a pentatleta Yane.
Para o Rio de Janeiro, o país tem duas metas “paralelas” no quadro geral.
A mais difícil delas é alcançar o 10º lugar no quadro de medalhas, considerando a ordem tradicional de ouro, prata e bronze. Em seguida, conquistar 30 pódios no Rio de Janeiro.
Em Londres, o 10º colocado na lista foi a Austrália, com a sua estrutura esportiva. Ganhou 7 ouros, 16 pratas e 12 bronzes, somando 35 medalhas ao todo.
A verba para o esporte brasileiro subirá de 370 milhões de dólares para 700 milhões.
Numa conta rápida, eis a projeção…
Em 2012 se gastou US$ 21,7 milhões por cada medalha. Uma média fria, claro.
Em 2016, o número subiria para US$ 23,3 milhões, em caso de 30 medalhas. A conferir.
Pela primeira vez, um representante de Pernambuco subiu sozinho no pódio…
Uma pernambucana, na verdade.
De Afogados da Ingazeira, com apenas 43 mil habitantes, a 386 quilômetros do Recife.
Yane Marques, 28 anos.
Na última prova da Olimpíada de 2012, ela conquistou o bronze no pentatlo moderno.
Modalidade criada pelo barão Pierre de Coubertin, idealizador dos Jogos Olímpicos.
Uma soma improvável de esportes, que completou o seu centenário nesta temporada.
Esgrima, natação, hipismo, tiro e corrida.
Não é preciso ser expert nos cinco. É preciso ser regular.
Yane é, e muito. Ela desbravou a modalidade no país. Começou nadando, com 11 anos. Aos poucos, foi praticando os demais. Instigou outros competidores locais…
Neste 12 de agosto, ela somou 5.340 pontos, no ponto mais alto de sua carreira, tão batalhada, que já vinha com um bom rendimento no ranking mundial.
Haja dificuldade para chegar a esse momento de glória. Um bronze de ouro.
Campeã sul-americana em 2006. Medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos de 2007. Presença na Olimpíada de 2008, em 18º lugar. Pódio em 2012. Evolução, superação.
Foi a 17ª medalha do Brasil em Londres. Valeu, Yane!
Ele jamais recebeu uma medalha de ouro no peito, devido a uma falha protocolar.
Na festa olímpica, observa o seu time a alguns metros de distância, no alto do pódio.
Dali, na beira da quadra, não consegue esconder o sorriso de satisfação com trabalho muito bem feito, vencedor. Interminável.
Fica a lembrança. Das orientações a cada parada técnica em jogos disputadíssimos, a paciência para incutir na equipe o melhor caminho para obter o resultado.
A análise instantânea, com uma visão de jogo muito acima da média. De quem jogou.
Há vinte anos, um ouro inesquecível em Barcelona, o primeiro do país em esportes coletivos. Era a geração de Marcelo Negrão, Tande, Carlão…
Há quatro temporadas, outro triunfo sensacional em Beijing, desmistificando uma equipe tida como inconstante, a seleção feminina.
Homens e mulheres, todos devem às suas instruções com a camisa do Brasil.
No papel de treinador, elevou demais o nível técnico no esporte.
Neste domingo, outra vitória das meninas, com a presença das pernambucanas Dani Lins e Jaqueline. Atropelou o favoritismo dos Estados Unidos por 3 sets a 1, de virada.
Aos 58 anos, esse personagem descrito desde a primeira linha segue como um pilar no vôlei nacional. Outro pódio sem a sua presença. Não importa. Está claro para todos.
Três conquistas olímpicas. Algo inédito para um brasileiro.
Sem dúvida, o maior vencedor do país nos Jogos. Obrigado, José Roberto Guimarães.
Um erro incrível da defesa brasileira, na saída de bola. Um passe desatento do ala Rafael somado à falta de cobertura do volante Sandro. Pronto, o estrago estava feito.
Oribe Peralta se aproveitou da bobeira e bateu no cantinho do goleiro Gabriel, uma das peças mais fracas da Seleção Brasileira na jornada olímpica.
A vantagem mexicana já era histórica.
O gol foi o mais rápido em uma final com a chancela da Fifa. Somente.
Ainda assim, seriam 90 minutos para tentar uma recuperação. Uma leitura correta, caso o Brasil estivesse num dia, domingo, bem organizado taticamente.
Não esteve. Não atacou com objetividade, preso às velhas individualidades, que voltaram a assombrar a equipe verde e amarela.
Foram poucas chances que realmente levaram perigo ao adversário mais forte enfrentado pelo país numa campanha até então 100%.
Aí, vale creditar o mérito à zaga mexicana, segura e determinada em toda a decisão do futebol na Olimpíada de Londres.
Ainda no primeiro tempo, Mano Menezes colocou Hulk no lugar de Alex Sandro. Três atacantes em campo, mas sem adiantar muito. Oscar estava bem marcado.
Enquanto isso, o México continuou assustante bastante. Teve um gol anulado, corretamente, e outras duas chances incríveis desperdiçadas.
Batendo o desespero, Mano promoveu a entrada de mais um atacante, Alexandre Pato.
Quatro atacantes? Faltou consistência no meio-campo para fomentar essa linha ofensiva. Sem força na intermediária, a mudança não surtiu efeito.
Pior. Aos 28 minutos da etapa complementar, novo gol do México. Novamente com Peralta, subindo sozinho diante de uma zaga estática, que não se encontrou nos Jogos.
O meia Lucas, negociado recentemente por R$ 107 milhões, entrou faltando apenas cinco minutos, numa síntese das contradições do comando técnico.
Nos descontos, Hulk até diminuiu. Aos 47, no tudo ou nada, Oscar ainda teve uma chance de ouro. Cabeceou para fora e o país teve que se contentar com a prata.
Vitória mexicana por 2 x 1. Um merecido ouro olímpico para os sombreros.
Ao Brasil, o terceiro vice-campeonato. Como em 1984, como em 1988. Como sempre, inconsolável. Ainda resta uma lacuna na galeria da Seleção…
Nesta sexta-feira, o Brasil garantiu a sua 16ª medalha na Olimpíada de Londres.
No quadro geral, 11. Virtualmente, faltando decidir o tipo de metal, mais cinco, incluindo finais no vôlei, feminino e masculino, futebol e boxe.
Mesmo com o maior número de pódios alcançados pelo país em uma edição dos Jogos Olímpicos, o sentimento de parte da torcida e da imprensa é que a delegação verde e amarela poderia ter conquistado mais medalhas.
Ok, faz parte do jogo vencer e perder. Mas e o que dizer do torcedor austríaco? O país, que enviou 70 atletas, encerrou a sua participação em Londres nesta sexta.
Não conquistou uma medalha sequer, fato que não ocorria desde 1964, em Tóquio.
O “feito” acabou na manchete do jornal Neue Vorarlberger Tageszeitung, que estampou fotos de atletas, numa crítica sobre a participação. Em 2008 foram três. Em 2004, sete.
A manchete, numa tradução literal: “zero medalha”.
Michael Phelps ratificou em Londres o status de maior atleta olímpico da história, com 22 medalhas na piscina, sendo 18 delas douradas.
Na pista de atletismo, o jamaicano Usain Bolt manteve a hegemonia como o mais rápido do mundo. Ouro nos 100m e 200m. Com direito a flexão no fim da prova. Tirou onda.
Dois dos maiores nomes da Olimpíada em 2008 e 2012.
Focando os dois nomes, a Lego produziu dois vídeos, divulgados pelo The Guardian.
Duas divertidas homenagens com uma linha de brinquedos tradicional.